Lei Orgânica Do Munícipio de Divinópolis
Lei Orgânica Do Munícipio de Divinópolis
Lei Orgânica Do Munícipio de Divinópolis
1ª Promulgação - 1990
PREÂMBULO
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Parágrafo único O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e pelas demais leis
que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado.
Art. 3º. Todo poder emana do Povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes
por ele eleitos.
I – indiretamente: pelo Prefeito e pelos Vereadores, todos eleitos em sufrágio universal e pelo
voto direto.
a) iniciativa popular, na proposição de leis de interesse local, incluindo emendas à Lei Orgânica
do Município;
b) plebiscito, convocado pela Câmara Municipal, na forma como indicar a lei e nos termos do
Regimento Interno;
c) referendo, autorizado pela Câmara Municipal, nos termos do respectivo Regimento Interno
e quando o indicar a lei;
d) fiscalização dos atos e decisões do Governo Municipal, bem como da prestação de serviços
públicos, inclusive quando outorgados a concessionários;
e) acesso aos documentos públicos em geral e segundo regulamentação em lei especial;
f) participação nas audiências públicas promovidas por qualquer dos Poderes do Município,
conforme disposto, respectivamente, na lei ou no Regimento Interno.
III – discussão sobre normas inseridas no Plano Diretor e nos Códigos de Obras e de Posturas
Municipais.
Art. 4º. Constituem objetivos fundamentais do Município, além dos previstos na Constituição
do Estado:
TÍTULO II
Art. 6º. O Município assegura, em seu território e nos limites de sua competência, os direitos e
garantias fundamentais que as Constituições da República e do Estado conferem aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
Art. 7º. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo de 15 (quinze) dias
Art. 8º. O Município garante o exercício do direito de reunião e de outras liberdades
constitucionais, além da defesa da ordem pública, da segurança pessoal e dos patrimônios
público e privado.
TÍTULO III
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO ÚNICO
Da Organização do Município
Seção I
Disposições Gerais
Art. 10. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o
Executivo
Seção II
Da Competência do Município
Art. 11. Ao Município compete prover tudo quanto diga respeito ao interesse local e,
especialmente:
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, nos termos da legislação específica;
VII – adquirir bens, inclusive mediante desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social;
VIII – instituir serviço especializado de fiscalização a pesos, medidas e condições sanitárias dos
gêneros alimentícios nos locais de venda;
XII – manter, sob sua exclusiva administração, os cemitérios e os serviços funerários públicos
e, sob sua fiscalização, os cemitérios e crematórios particulares e os serviços funerários por
eles mantidos, para prestação destes serviços exclusivamente aos seus clientes.
XVII – legislar sobre a erosão existente nos parcelamentos do solo urbano, visando ao
levantamento das áreas degradadas;
XVIII – zelar pela liberdade de consciência e de crença e pelo livre exercício de cultos
religiosos;
XXI – cuidar do amparo à maternidade, à infância, aos desvalidos, aos idosos e aos menores
carentes;
XXII – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber, bem como legislar sobre
assuntos de interesse local.
Seção III
Da Competência Comum
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, bem como da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico e cultural;
Seção IV
Do Domínio Público
Art. 13. São bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer
título, pertençam ao Município.
Art. 14. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a autonomia da
Câmara Municipal naqueles utilizados em seus serviços.
Parágrafo único É proibida a mudança de destinação, total ou parcial, de bem imóvel de uso
comum do Povo, sem prévia autorização legislativa, que será necessariamente precedida de
concordância do respectivo conselho comunitário.
Art. 15. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, zelados e tecnicamente
identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as terras públicas e a
documentação dos serviços públicos.
Parágrafo único A identificação técnica dos bens do Município será atualizada no mínimo ao
final de cada gestão, garantindo-se a qualquer munícipe o acesso às informações contidas no
cadastro correspondente.
c) dação em pagamento;
a) doação;
b) permuta por outro bem que atenda às finalidades precípuas da administração municipal,
observados os fatores de utilidade e preço compatível com o valor de mercado, apurado à
época da respectiva avaliação;
§ 3º Os imóveis doados pelo Município não poderão ser alienados ou transferidos, a qualquer
título, antes de 10 (dez) anos, devendo constar obrigatoriamente do ato translativo esta
condição, sob pena de nulidade, salvo nos procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária
Urbana (Reurb), na forma prevista na Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017.”
Art. 19. A permissão de uso de qualquer bem público será disciplinada por decreto e poderá
ser feita a título precário.
Art. 20. A autorização de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita e
disciplinada por portaria para atividades ou usos específicos e transitórios.
Art. 21. É vedada a cessão gratuita a particulares, mesmo para serviços transitórios, de
máquinas e equipamentos do Município, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 22. Os critérios para a denominação dos próprios municipais serão regulamentados na
forma da lei, respeitados os princípios constitucionais pertinentes.
Seção V
Da Administração Pública
Art. 23. A administração pública direta e indireta do Município obedecerá aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade e transparência e aos
demais princípios constitucionais.
Art. 24. Administração pública direta é aquela que compete a órgão de qualquer dos Poderes
do Município.
I – a autarquia;
IV – a fundação pública
§ 1º Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação pública.
§ 2º Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no parágrafo anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada.
Art. 26. É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos
pertencentes aos cofres públicos, quer pela imprensa escrita, pelo rádio ou televisão, por
serviços de alto-falante ou por qualquer outra forma ou meio de comunicação, propaganda
políticopartidária ou com fins estranhos à administração pública.
Art. 28. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Art. 29. Os cargos públicos da administração direta, indireta e fundacional serão criados por
lei, que fixará quantificação, denominação, vencimentos, condições de provimento e plano de
carreira.
Seção VI
Art. 30. Os serviços públicos e de utilidade pública de interesse local serão prestados
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão
§ 2º A permissão de serviço de utilidade pública, sempre a título precário, será autorizada por
decreto, após edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente,
procedendo-se as licitações com estrita observância da legislação federal e estadual
pertinentes.
Seção VII
Art. 31. Os servidores públicos municipais serão regidos por estatuto próprio, observados os
limites e princípios constitucionais, sendo ouvido o sindicato representativo da categoria,
quando em ocasião de apresentação de proposições de lei, através de encaminhamento de
parecer opinativo circunstanciado.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Do Poder Legislativo
Seção I
Disposições Gerais
Art. 32. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 17 (dezessete)
Vereadores, representantes do povo, eleitos para um mandato de 04 (quatro) anos.
Seção II
Da Câmara Municipal
Art. 33. A posse dos Vereadores será no dia 1º (primeiro) de janeiro do ano subsequente ao da
eleição.
§ 1º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de Diretrizes
Orçamentárias e nem será encerrada sem que se delibere sobre os projetos de Lei
Orçamentária Anual e do Plano Plurianual.
§ 3º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois terços dos
membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso, ineficiente ou exorbite no
desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara Municipal dispor
sobre o processo de destituição e sobre a substituição do membro destituído.
Art. 36. As reuniões da Câmara são públicas, salvo nos casos previstos no Regimento Interno.
Parágrafo único É assegurado o uso da palavra por qualquer cidadão ou por representantes
populares na Tribuna da Câmara, durante as reuniões, na forma e nos casos definidos no
Regimento Interno.
Art. 37. A Câmara realizará, anualmente, na forma regimental, no mínimo uma audiência
pública, com objetivo de prestar à população todos os esclarecimentos referentes às suas
atividades.
Parágrafo único Às audiências públicas será dada maior publicidade possível, com
antecedência de, no mínimo, 5 (cinco) dias.
Seção III
Dos Vereadores
Art. 38. O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II – desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa de direito público no Município, ou nela exercer função remunerada;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a
mencionada alínea “a” do inciso I;
§ 1º São incompatíveis com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento
Interno, o abuso de prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens
indevidas.
§ 2º Nos casos previstos nos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato será
decidida pela Câmara de Vereadores, por votação nominal e maioria absoluta, mediante
provocação da Mesa Diretora ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla
defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, também deste artigo, a perda será declarada
pela Mesa Diretora, de ofício, ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de
partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
II – licenciado por motivo de doença ou para tratar de interesse particular, sendo que, neste
último caso, a licença será sem remuneração e o prazo de afastamento não poderá exceder de
120 (cento e vinte) dias em cada sessão legislativa.
Seção IV
Das Comissões
Art. 42. A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
atribuições previstas no Regimento Interno ou no ato de que resultar sua criação
Art. 43. Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa da Câmara Municipal, eleita
na última reunião ordinária da sessão legislativa, com atribuições definidas no Regimento
Interno, refletindo sua composição, quanto possível, a proporcionalidade da representação
partidária
Seção V
Art. 44. Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o
especificado no artigo 45 (quarenta e cinco), dispor sobre todas as matérias de competência
do Município, especialmente:
VIII – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como declarar extintos os seus mandatos
nos casos previstos em lei;
XII – destituir do cargo o Prefeito e o Vice-Prefeito após condenação por crime comum ou de
responsabilidade, ou por infração político-administrativa, e os titulares de cargos
comissionados de recrutamento amplo dos órgãos da administração direta e indireta, após
condenação por crime comum ou por infração político-administrativa;
XIII – proceder à tomada de contas do Prefeito não apresentadas dentro de 60 (sessenta) dias,
contados da abertura da sessão legislativa;
XVII – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa;
XXI – zelar pela preservação de sua competência legislativa e sustar os atos normativos do
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentador;
Seção VI
Do Processo Legislativo
II – Leis Complementares;
IV – Decretos Legislativos;
V – Resoluções.
§ 1º Lei Complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis
municipais.
§ 3º Caberá à Resolução editada pela Câmara Municipal dispor sobre o processo legislativo
eletrônico, o protocolo e a comunicação entre os Poderes Legislativo e Executivo e sobre a
assinatura digital das proposições e documentos na Câmara Municipal de Divinópolis,
observadas as disposições da legislação federal pertinente.
Subseção I
II – do Prefeito Municipal;
III – dos cidadãos, com subscrição mínima de 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município.
§ 1º A Lei Orgânica não poderá sofrer emendas na vigência de estado de sítio, estado de
defesa ou ainda no caso de o Município encontrar-se sob intervenção estadual.
§ 3º A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de
10 (dez) dias úteis, considerando-se aprovada se, em ambos, obtiver o voto favorável de no
mínimo dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 5º A emenda à Lei Orgânica, será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara, com o
respectivo número de ordem.
I – os símbolos do Município;
Subseção II
Das Leis
Art. 2º. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou
comissão da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos termos desta Lei Orgânica,
observados os princípios constitucionais.
§ 1º O Projeto de Lei Complementar é aprovado por maioria dos membros da Câmara
Municipal, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
III – imposto sobre serviço de qualquer natureza, segundo critérios determinados pela
constituição federal e legislação federal;
X – concessão administrativa;
XI – aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação para o Município, sem
encargo.
Art. 3º. Não será admitido aumento da despesa prevista:
Art. 4º. O Prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1º Caso a Câmara não se manifeste sobre o projeto dentro de 45 (quarenta e cinco) dias,
contados da data do pedido de urgência protocolado na Câmara, será ele incluído na ordem do
dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação.
§ 2º O prazo previsto no parágrafo anterior não se aplica a projeto que dependa de quorum
especial para aprovação, de Leis Complementares, de Leis Orçamentárias, de Códigos
Municipais ou equivalente e Estatuto dos Servidores Municipais, não corre nos períodos de
recesso parlamentar e nem quando estiver aguardando informações do Executivo Municipal.”
Art. 5º. Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será ele imediatamente enviado ao
Prefeito que, aquiescendo, o sancionará.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado novamente ao Prefeito Municipal para
a promulgação.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito Municipal,
nos casos dos § § 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
Art. 6º. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, ou mediante proposta da maioria absoluta dos
Vereadores, ou mediante subscrição de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do
Município.
Art. 7º. Os projetos de resolução legislativa observarão, em sua tramitação, o que neste
sentido dispuser o Regimento Interno da Câmara.
CAPÍTULO I
Do Poder Executivo
Seção I
Disposições Gerais
Art. 9º. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos titulares dos
cargos comissionados de primeiro escalão, conforme definidos na estrutura administrativa do
Município.
§ 1º Decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, se o Prefeito ou o VicePrefeito, salvo
por motivo de força maior, não tiverem assumido os respectivos cargos, os mesmos serão
declarados vagos.
Art. 11. O Prefeito e o Vice-Prefeito Municipal não poderão, sob pena de perda do cargo:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, em
operações no âmbito do Município, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II – desde a posse:
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no
inciso I, alínea “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
alínea “a”;
§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o
Prefeito, sempre que por ele for convocado, em missões especiais.
Art. 13. No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou na vacância dos
respectivos cargos, será chamado ao exercício do Governo o Presidente da Câmara Municipal
ou seu substituto legal.
Seção II
Da Comissão de Transição
Art. 14. Proclamado oficialmente o resultado da eleição municipal, o Prefeito eleito poderá
indicar Comissão de Transição destinada a proceder ao levantamento das condições
administrativas do Município.
Seção III
Art. 15. Ao Prefeito, como chefe da administração, compete dar cumprimento às deliberações
da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, bem como adotar, de
acordo com a lei, todas as medidas administrativas de interesse público, sem exceder as
verbas orçamentárias.
I – a iniciativa das leis na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
III – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os
regulamentos para sua fiel execução;
VII – permitir ou autorizar o uso de bens municipais e a execução de serviços públicos por
terceiros, observado o disposto nesta Lei Orgânica e em legislação específica;
VIII – prover e extinguir os cargos públicos municipais e expedir os demais atos referentes à
situação funcional dos servidores, na forma da lei;
X – encaminhar à Câmara, até 31 (trinta e um) de março, a prestação de contas, bem como os
balanços do exercício findo;
XII – prestar à Câmara, por escrito, dentro de 15 (quinze) dias, informações pela mesma
solicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, em face da
complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção dos dados pleiteados nas respectivas
fontes;
XIV – superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e a aplicação da receita,
autorizando despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias do Município e
dos critérios votados pela Câmara;
XVI – aplicar multas previstas em lei e em contratos, bem como revê-las quando impostas
irregularmente;
XVII – deliberar sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos;
XXI – organizar os serviços internos dos órgãos públicos criados por lei, sem exceder as verbas
preestabelecidas;
XXIII – organizar, dirigir, administrar, conservar e resguardar, nos termos da lei, os serviços
relativos ao patrimônio do Município;
XXV – conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição prévia, anualmente aprovados pela Câmara;
XXVI – providenciar o incremento do ensino;
XXVIII – solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia de cumprimento
de seus atos;
XXIX – publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária;
XXX – conceder audiência pública a representações da sociedade civil, nos termos da lei.
Art. 16-A. O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa de Metas de sua gestão, até
noventa dias após sua posse, que conterá as prioridades: as ações estratégicas, os indicadores
e metas quantitativas para cada um dos setores da Administração Pública Municipal da cidade,
observando, no mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as
ações estratégicas e as demais normas da Lei do Plano Diretor.
§ 1º O Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela mídia
impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial dos Municípios Mineiros no dia
imediatamente seguinte ao do término do prazo a que se refere o “caput” deste artigo.
§ 2º O Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do prazo a que se
refere este artigo, o debate público sobre o Programa de Metas mediante audiências públicas
gerais temáticas.
c) atendimento das funções sociais da cidade com melhoria da qualidade de vida urbana;
e) promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de toda pessoa humana;
Seção IV
Art. 17. Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto nos
preceitos constitucionais.
Art. 18. As incompatibilidades declaradas nesta Lei Orgânica para os Vereadores estender-se-
ão, no que forem aplicáveis, ao Prefeito Municipal e aos ocupantes de cargo comissionado de
recrutamento amplo.
§ 1º Nos crimes de responsabilidade, assim como nos comuns, o Prefeito será submetido a
processo e a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado.
Art. 20. Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito, quando:
II – deixar de tomar posse, salvo por motivo de força maior, dentro do prazo de 10 (dez) dias;
Seção V
Art. 21. São auxiliares do Prefeito os titulares dos cargos comissionados de livre nomeação e
exoneração, conforme definidos na estrutura administrativa do Município, e os dirigentes dos
órgãos da administração indireta.
Parágrafo único Os servidores a que se refere este artigo apresentarão, no ato da posse e ao
término do exercício das funções, a declaração de seus bens patrimoniais.
Art. 22. Lei Municipal disporá sobre as condições para o provimento de cargos e empregos de
direção nas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, vedada
a nomeação ou a designações daqueles considerados inelegíveis para qualquer cargo nos
termos da legislação Federal.
Parágrafo único O Secretário Municipal será escolhido entre brasileiros maiores de 21 anos de
idade, no exercício dos direitos políticos, vedada a nomeação daqueles considerados
inelegíveis para qualquer cargo, nos termos da Legislação Federal. (Incluído pela Emenda à
LOM nº
Art. 23. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários, Diretores e
equivalentes, por delegação do Prefeito:
III – apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados pelos órgãos sob sua
direção;
IV – comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma, para prestação de
esclarecimentos especificados.
Art. 24. Os Secretários e Diretores ou seus equivalentes são solidariamente responsáveis com
o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.
§ 2º Para a prestação de contas de que trata o §1º deste artigo, os Secretários Municipais
poderão estar acompanhados de um técnico de sua secretaria para auxiliá-los.
Seção I
Da Fiscalização e do Controle
§ 1º Prestarão contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilizem, arrecadem,
guardem, gerenciem ou administrem dinheiro, bens e valores públicos pelos quais o Município
responda, ou que, em nome deste, assumam obrigações de natureza pecuniária.
Art. 72. As contas do Prefeito, referentes a cada exercício financeiro, serão julgadas pela
Câmara, mediante parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado.
Art. 73. O sistema de controle interno exercido pelo Executivo Municipal terá como finalidade,
dentre outras:
Art. 74. Para efeito do disposto nos artigos anteriores, o Prefeito deverá remeter à Câmara e
ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 (trinta e um) de março de cada ano, as contas relativas
à gestão financeira municipal do exercício imediatamente anterior, tanto da administração
direta quanto da indireta.
Art. 75. As contas relativas à aplicação dos recursos recebidos da União e do Estado serão
prestadas pelo Prefeito na forma prevista em lei, sem prejuízo da sua inclusão na prestação de
contas referidas no artigo anterior.
Art. 76. Se o Poder Executivo não apresentar as contas municipais até 31 (trinta e um) de
março, a Câmara nomeará uma comissão para tomá-las, com acesso e poderes para examinar
a escrituração e os comprovantes da receita e da despesa do Município.
Art. 77. As contas municipais ficarão durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, devendo ser dada ampla publicidade do local
onde se encontram, bem como das datas inicial e final do prazo para a consulta pelo
interessado.
§ 1º A disponibilidade de que trata este artigo não implicará o atraso do encaminhamento das
contas ao Tribunal de Contas do Estado no prazo legal.
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
Da Tributação
Seção I
Dos Tributos Municipais
I – imposto sobre:
a) imposto sobre:
b) transmissão de bens imóveis inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos à sua aquisição;
§ 1º O imposto previsto na alínea “a” do inciso I poderá ser progressivo, nos termos de lei
municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 2º O imposto previsto na alínea “b” do inciso I não incide sobre a transmissão de bens ou
direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra
e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
§ 3º As alíquotas dos impostos previstos na alínea “c” do inciso I deste artigo obedecerão aos
limites fixados em lei complementar federal.
§ 4º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração municipal identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do mesmo.
Art. 80. A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos municipais que incidam sobre mercadorias e serviços, observadas a legislação federal
e a estadual sobre o consumo.
Seção II
Art. 81. A lei que instituir tributos municipais observará, no que couber, as limitações do
poder de tributar, respeitados os preceitos constitucionais.
Art. 82. Qualquer anistia ou remissão que envolvam matéria tributária ou previdenciária de
competência do Município só poderão ser concedidas mediante lei específica, de iniciativa do
Poder Executivo
Seção III
Da Participação do Município em Receitas Tributárias Federais e Estaduais
Seção IV
Do Orçamento
I – o Plano Plurianual;
II – as Diretrizes Orçamentárias;
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Município e seus fundos, bem como aos
órgãos e entidades da administração, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público municipal
Art. 86. A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Art. 87. O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária, devendo constar do demonstrativo,
no mínimo, o balancete das receitas e despesas da administração direta e indireta até o último
dia do bimestre objeto da análise financeira.
Art. 88. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao
Orçamento Anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal na forma
regimental.
b) serviço de dívidas;
§ 3º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificações nos
projetos a que se refere este artigo, enquanto não emitido o parecer da Comissão de
Fiscalização Financeira e orçamentária da Câmara.
I – do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
do Prefeito subsequente: até o dia 30 (trinta) de setembro do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – das Diretrizes Orçamentárias: até o dia 15 (quinze) de maio de cada ano e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – do Orçamento Anual: até 30 (trinta) de setembro de cada ano e devolvido para sanção até
o encerramento da sessão legislativa.
§ 5º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariarem o disposto
nesta Seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art. 88-A. As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
§ 1º É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o
caput deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento)
da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária o Poder Executivo
enviará ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;
II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo
indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja
insuperável;
III – até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder
Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo
impedimento seja insuperável;
IV – se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso
III, o Poder Legislativo não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por
ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
TÍTULO II
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 89. A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivos o bemestar e
a justiça social.
CAPÍTULO II
Da Saúde
Art. 90. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas
econômicas e ambientais, que visem à prevenção e/ou eliminação do risco de doenças e
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.
Art. 91. Com a municipalização da saúde, as ações e serviços de saúde realizadas pelo
Município, Estado e União passam a integrar, em nível de Município, a rede nacional
regionalizada e hierarquicamente constituída do Sistema Único de Saúde.
Art. 92. As ações e serviços de saúde são de natureza pública, devendo o Município dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
Art. 93. As instituições privadas de saúde com sede no Município ficarão sob controle do setor
público nas questões de qualidade, de informação e de registros de atendimento, conforme o
Código Sanitário e as normas do Sistema Único de Saúde.
§ 1º As instituições privadas de saúde com sede no Município ficarão sob controle do setor
público nas questões de qualidade, de informação e de registros de atendimento, conforme o
Código Sanitário e as normas do Sistema Único de Saúde.
§ 2º A instalação de quaisquer novos serviços públicos de saúde deve ser discutida e aprovada
no âmbito do Conselho Municipal de Saúde.
Art. 94. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenção a instituições
privadas com fins lucrativos, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 95. Os recursos próprios para as ações de saúde não poderão ser remanejados e terão
prioridade na suplementação orçamentária.
Art. 96. Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde e de acordo com as
diretrizes do Conselho Municipal de Saúde, além de outras atribuições previstas em Lei
Federal:
VII – execução, no âmbito do Município, dos programas e projetos estratégicos para realização
das prioridades nacionais, estaduais e municipais;
XII – formulação e implantação de medidas que atentem para a saúde integral da mulher, da
criança e das pessoas portadoras de deficiência física, mental e sensorial, para a assistência
geriátrica, bem como para uma assistência adequada à gestante nos períodos pré, péri e pós
natal objetivando prevenir a mortalidade e a morbidez infantil e materna;
CAPÍTULO III
Da Assistência Social
Art. 101. Cabe ao Município coordenar e executar o Plano Municipal de Assistência Social,
através do sistema municipal de assistência social, obedecendo aos critérios de
descentralização e de participação da sociedade e entidades afins.
Art. 102. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivo:
Art. 103. No que se refere à assistência social, cabe ao Município suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber, bem como legislar sobre assuntos de interesse local.
CAPÍTULO IV
§ 1º Entende-se por família a comunidade formada pelos pais, ou qualquer deles, e seus
descendentes.
Art. 105. É dever da família, da sociedade e do Município promover ações que visem a
assegurar à criança, ao adolescente e ao idoso, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
a forma de negligência, marginalização, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Parágrafo único A garantia de absoluta prioridade compreende, por parte do poder público, a
preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas, em consonância com o
Estatuto da Criança e do Adolescent
Art. 106. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, enquanto que os
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
CAPÍTULO V
Art. 108. A lei disporá sobre normas de construção e adaptação de logradouros e edifícios
públicos e privados, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 109. Ao portador de deficiência será assegurado o acesso ao transporte coletivo urbano e
rural, gratuitamente, garantindo sua segurança no embarque, trajeto e desembarque.
Art. 110. Fica o Município, nos termos da lei, autorizado a conceder incentivos fiscais às
empresas privadas que mantenham em seu quadro funcional portadores de deficiência.
CAPÍTULO VI
Da Educação
Art. 111. A educação e a habilitação para o trabalho social constituem direito de todos e dever
do poder público e da família, devendo ser promovidas e incentivadas com a colaboração da
sociedade, com vistas ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para o exercício da
cidadania e à sua qualificação para o trabalho.
Art. 112. O ensino público será ministrado com base nos seguintes princípios:
V – ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram o
acesso na idade própria;
VIII – expansão e manutenção de rede municipal de ensino, com dotação de pessoal, infra-
estrutura física e equipamentos adequados;
XII – gestão democrática do ensino público, na forma da lei específica e da legislação dos
sistemas de ensino;
Art. 113. O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas
e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de
horas letivas previsto em lei.
Art. 114. Os cargos comissionados de direção e equivalentes das escolas públicas serão
preenchidos através de eleições diretas, regulamentadas pelo Conselho Municipal de
Educação, por proposta da Secretaria Municipal de Educação observadas as disposições
estatutárias
Art. 115. O poder público municipal elaborará o plano bienal, a ser aprovado pelo Conselho
Municipal de Educação, levando em conta os seguintes objetivos:
IV – erradicação do analfabetismo;
Art. 117. Os planos e projetos necessários à obtenção de auxílio financeiro federal e estadual
para programas de educação serão elaborados pela administração do ensino municipal, com
assistência técnica de órgão competente da administração pública e do Conselho Municipal de
Educação.
Parágrafo único É facultado ao Município prover, mediante convênio com entidades públicas,
faculdades e instituições privadas, atividades de pesquisa e estudos de interesse local de
natureza científica ou sócio-econômica.
Art. 118. Os recursos municipais destinados às escolas públicas poderão ser dirigidos, na
forma da lei, às escolas comunitárias, filantrópicas e confessionais que:
Art. 119. O dever do Município para com a educação será concretizado mediante a garantia
de:
III – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando e ao espaço físico;
XII – faculdade ao Município para, na educação infantil, poder celebrar convênios com
entidades não governamentais sem fins lucrativos, visando ampliar a oferta de vagas,
respeitada a legislação vigente.
Art. 120. O não oferecimento do ensino fundamental pelo poder público municipal, ou a sua
oferta irregular, importam responsabilidade da autoridade competente.
§ 2º A composição física da sala de aula deverá ter como critério a proporção de, no mínimo,
um metro quadrado por aluno.
II – 1º Ciclo (na faixa etária de 6, 7 e 8 anos de idade): 22 (vinte e dois) a 27 (vinte e sete)
alunos ;
III – 2º Ciclo ( na faixa etária de 9, 10 e 11 anos de idade): 28 (vinte e oito) a 33 (trinta e três)
alunos;
IV – 3º Ciclo( na faixa etária de 12, 13 e 14 anos de idade): 33 (trinta e três) a 38 (trinta e oito)
alunos;
Art. 121. A definição das matérias extracurriculares será de competência da escola e de toda
comunidade escolar, com aprovação do Conselho Municipal de Educação.
CAPÍTULO VII
Da Cultura
Art. 122. Cabe ao Município promover o desenvolvimento cultural de sua comunidade,
mediante:
III – incentivo à promoção e à divulgação dos fatos históricos, dos valores humanos e das
tradições locais;
IV – zelo pelas obras de arte e outros bens históricos, arqueológicos, artísticos e paisagísticos,
competindo-lhe a iniciativa no sentido de resguardá-los da erosão, da destruição e da
descaracterização.
Art. 124. O Município poderá, através de lei, conceder incentivos fiscais a entidades ou
associações que promovam ou ofereçam espaço às manifestações artesanais, artísticas,
culturais ou folclóricas.
III – preservar bens móveis e imóveis, de propriedade pública ou particular, em que for
constatada existência de valor histórico, arquitetônico, arqueológico, paisagístico,
bibliográfico, artístico ou ecológico.
Art. 126. A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a
cultura do Município.
Parágrafo único Fica assegurada a participação de artistas locais em eventos e festas de maior
notoriedade do Município, desde que a administração pública municipal tenha qualquer tipo
de participação na respectiva promoção, seja direta ou indiretamente.
CAPÍTULO VIII
Do Meio Ambiente
Art. 128. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do Povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Município e à coletividade o
dever de defendê-lo e conservá-lo para as gerações presentes e futuras.
Parágrafo único Para assegurar a efetividade do direito a que se refere este artigo, incumbe ao
Município:
III – levantar, mapear e inventariar coberturas vegetais nativas, áreas reflorestadas das bacias
e sub-bacias hidrográficas, bem como a rede de recursos hídricos do Município;
IV – criar mecanismos e programas específicos para recuperação das encostas, dos morros e
topos de serras, talvegues e margens dos recursos hídricos, bem como as suas nascentes, para
recomposição da mata ciliar e reflorestamento das bacias da região, especialmente as dos Rios
Itapecerica e Pará;
VII – prevenir, controlar, fiscalizar e autuar toda e qualquer forma de poluição, seja ela do ar,
da água, do solo, visual ou sonora;
Art. 129. O poder público manterá plano municipal de meio ambiente e recursos naturais, que
contemplará o conhecimento das características, da dimensão quantitativa e dos recursos dos
meios físico e biológico.
Parágrafo único O plano a que se refere este artigo definirá, ainda, o diagnóstico da utilização
dos recursos e as diretrizes para o seu melhor aproveitamento no processo de
desenvolvimento econômico-social, procurando sobretudo:
VI – fixar as penalidades administrativas por danos cometidos contra o meio ambiente, bens e
acervos históricos e paisagísticos, bem como critérios para sua recomposição;
XIV – aferir os níveis sonoros relativos às fontes poluidoras localizadas no Município, com
vistas a mantê-los dentro dos padrões científicos recomendáveis;
XVI – monitorar a qualidade da água fornecida para o consumo público, verificando os índices
permissíveis de sua composição biológica e físico-química, bem como a sua potabilidade.
Art. 130. Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente é órgão colegiado
autônomo, consultivo, deliberativo e normativo, composto paritariamente por representantes
do Poder Executivo, entidades ambientalistas e representantes da sociedade civil, na forma da
lei.
Art. 131. Os recursos oriundos de multas administrativas, por atos lesivos ao meio ambiente, e
de taxas incidentes sobre a utilização dos recursos ambientais, bem como aqueles de custos de
indenização e análise de projetos para licenciamentos pelo órgão ambiental executivo, serão
destinados a um fundo para reparação de danos ao meio ambiente.
Parágrafo único A administração do fundo a que se refere este artigo será regulamentada em
lei
Art. 132. É vedada a instalação de atividades econômicas que interfiram, de forma prejudicial
ao meio ambiente, no equilíbrio ecológico do Município.
Art. 133. É obrigatória a recuperação da vegetação nativa das áreas protegidas por lei e todo
aquele que não respeitar as restrições ao seu desmatamento deverá recuperá-las .
Art. 134. É vedada a concessão de recursos públicos ou incentivos fiscais àqueles que
desrespeitarem as normas e os padrões de proteção ambiental.
Art. 135. Os efluentes líquidos e resíduos sólidos industriais produzidos no Município não
poderão ser despejados nos cursos de água, ou expostos ao meio ambiente, sem receberem o
prévio tratamento, de acordo com os padrões exigidos pela lei ou tecnologia adequada e a
devida licença do órgão ambiental.
Art. 136. Ao Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente ou órgão
equivalente competirá, respeitado o Código Tributário Municipal, dosar e julgar as penalidades
previstas na legislação ambiental do Município.
I – área da extinta Usina de Álcool Motor de Minas Gerais: Espaço Cultural “Dr. Gravatá”;
IV – Chácaras Sambeca e suas adjacências, conhecidas como “Lago das Roseiras” e “Barragem
do Cajuru”.
CAPÍTULO IX
Art. 139. O poder público garantirá, em parceria com a sociedade civil, outros órgãos
governamentais e as empresas, a promoção, o estímulo, a orientação, o apoio, a prática e a
difusão do esporte, do lazer e do turismo, visando sobretudo:
Art. 142. O poder público realizará, anualmente, a copa rural de futebol de campo e as
olimpíadas comunitárias, nos termos da lei.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Da Política Urbana
Seção I
Da Política Urbana
Art. 143. O Município deverá organizar a sua administração e exercer sua atividade dentro de
um processo de planejamento permanente, atendendo às peculiaridades locais e aos
princípios técnicos de desenvolvimento integrado da comunidade.
Art. 145. Para assegurar as funções sociais do Município e da propriedade, o poder público
usará, principalmente, os seguintes instrumentos:
V – contribuição de melhoria.
Seção II
Do Plano Diretor
Art. 148. O Município elaborará o seu Plano Diretor nos limites da competência municipal e
das funções da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho, circulação, recreação, saúde,
educação, cultura, saneamento básico, segurança, lazer, meio ambiente e transporte.
§ 1º Aprovado pela maioria dos membros da Câmara, o Plano Diretor contemplará entre
outras as seguintes metas e diretrizes:
VI – saneamento básico;
II – serão regidas pelo Código de Posturas Municipais, sujeitas ainda à expedição de alvará
pelo Poder Executivo, quando se tratar de ocupação temporária, ou através de móveis e peças
susceptíveis de remoção.
Seção III
Art. 150. Incumbe ao Município, respeitadas a legislação federal e a estadual, planejar, delegar
e controlar a prestação de serviços públicos ou de utilidade pública relativos a transporte
coletivo e individual de passageiros, tráfego, trânsito e sistema viário municipal.
§ 1º Os serviços a que se refere este artigo, incluindo o de transporte escolar, serão prestados
diretamente ou sob regime de concessão, nos termos da lei.
Art. 152. Lei municipal disporá sobre a organização, funcionamento e fiscalização dos serviços
de transporte coletivo e individual de passageiros e outros de sua competência, devendo ser
fixadas diretrizes de caracterização precisa e de proteção eficaz do interesse público e do
direito dos usuários.
Art. 153. O planejamento dos serviços de transporte coletivo deve ser feito com a observância
dos seguintes princípios:
V – participação comunitária.
Art. 156. As vias integrantes do itinerário das linhas de transporte coletivo de passageiros
terão prioridade para pavimentação e conservação.
Art. 157. Novas tecnologias ou modificações, quanto ao sistema de transporte coletivo, que
atinjam diretamente o usuário, somente poderão ser implantadas após prévia aprovação do
Conselho Competente e autorização legislativa.
Art. 158. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos é garantida a gratuidade do transporte
coletivo urbano e rural.
Art. 160. O poder público municipal poderá subsidiar, em parte ou no todo, o transporte, na
ida e volta das escolas, para os estudantes da rede pública de ensino e para os estudantes
carentes, na forma da lei.
CAPÍTULO II
Da Política Rural
Parágrafo único Lei especial definirá a forma jurídica de legitimação da posse das áreas
destinadas pelo Município para ocupação pelo trabalhador rural.
CAPÍTULO III
Seção I
Da Política Econômica
II – adotar as medidas destinadas a fazer cessarem abusos do poder econômico, bem como
promover a fiscalização e o controle de qualidade, preços, pesos e medidas dos bens e serviços
produzidos e comercializados em seu território;
Art. 164. O Município procurará equipar, com recursos humanos e materiais, organismos
próprios para assistência ao consumidor, bem como garantir a aplicação do Código de Defesa
do Consumidor.
Art. 166. A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido
em lei federal, não poderá contratar com o poder público municipal nem dele receber
benefícios fiscais ou creditícios.
Seção II
Do Abastecimento
Art. 167. O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a União e o
Estado, organizará o abastecimento, objetivando melhorar as condições de acesso da
população, especialmente a de baixo poder aquisitivo, aos produtos alimentícios.
Parágrafo único Para assegurar a efetividade do disposto neste artigo, cabe ao poder público,
entre outras medidas:
V – implantar e ampliar as instalações dos mercados atacadista e varejista, tais como galpões
comunitários, feiras cobertas e livres, garantindo preferencialmente o acesso aos produtores
rurais e aos pequenos varejistas;
Art. 1º. No prazo de 10 (dez) anos, a contar da data da promulgação da Lei Orgânica
Municipal, de 21 de março de 1990, as empresas atualmente denominadas Siderúrgica São
Marcos Ltda. e Companhia Mineira de Siderurgia, ou suas sucessoras ou arrendatárias,
instaladas no perímetro central da cidade, deverão reinstalar-se em outro local, apropriado,
nos termos permitidos em lei.
Parágrafo único Parágrafo único Até que se atinja o prazo estabelecido neste artigo, fica
vedada a reativação das aludidas empresas no local onde atualmente se encontram instaladas.
Art. 2º. A Câmara Municipal promoverá edição popular do texto integral da Lei Orgânica, que
será encaminhado gratuitamente às escolas, sindicatos, igrejas e a outras instituições
representativas da comunidade.
Presidente da Câmara