Lei Organica 1 1990 Campinas SP
Lei Organica 1 1990 Campinas SP
Lei Organica 1 1990 Campinas SP
LEI ORGÂNICA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
Art. 4º Compete ao Município, no exercício de sua autonomia, legislar sobre tudo quanto
respeite ao interesse local, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento de suas funções
sociais e garantir o bem estar de seus habitantes, cabendo-lhe, privativamente, entre outras,
as seguintes atribuições:
II - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, fixar e cobrar preços, bem como
aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes
nos prazos fixados em lei;
XVI - dispor sobre o registro, captura, guarda e destino dos animais apreendidos, sempre
em conformidade com os preceitos de bons tratos aos animais, assim como sua vacinação,
com a finalidade de erradicar moléstias;
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
III - criar condições para proteção dos documentos, das obras e de outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais notáveis e dos sítios
arqueológicos;
XVIII - garantir o acesso a todos de modo justo e igual, sem distinção de origem, raça,
sexo, orientação sexual, cor, idade, condição econômica, religião ou qualquer outra
discriminação, aos bens, serviços e condições de vida indispensáveis, a uma existência digna,
bem como coibir, no seu âmbito de atuação, qualquer discriminação desta ordem, na forma da
lei. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 25/1997)
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal
II - a partir de 1.000.001 e até 2.000.000 de habitantes, será composta por trinta e três
vereadores;
III - a partir de 2.000.001 e até 3.000.000 de habitantes, será composta por trinta e cinco
vereadores;
IV - a partir de 3.000.001 e até 4.000.000 de habitantes, será composta por trinta e nove
vereadores;
Seção II
Das Atribuições da Câmara Municipal
Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias
Art. 7º
de competência do Município e especialmente:
II - legislar sobre o sistema tributário municipal, bem como autorizar isenções, anistias
fiscais e a remissão de dívidas;
VIII - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargos;
XIII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha o
Município subscrito, adquirido, realizado ou aumentado;
logradouros públicos;
XVIII - dispor, mediante lei, sobre o processo de tombamento de bens e sobre o uso e a
ocupação das áreas envoltórios de bens tombados ou em processo de tombamento;
VII - fixar, de uma para outra legislatura, a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do
Vice-Prefeito;
VIII - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Câmara Municipal e
pelo Prefeito, e apreciar o relatório sobre a execução dos Planos de Governo;
XX - dar publicidade de seus atos, resoluções e decisões, bem como dos resultados
aferidos pelas comissões processantes e de inquérito, conforme dispuser a lei;
XXI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar;
XXII - representar ao Ministério Público, por dois terços de seus membros, para a
instauração de processo contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais pela
prática de crime contra a Administração Pública de que tomar conhecimento.
Seção III
Dos Vereadores
Subseção I
Da Posse
Art. 9ºNo primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às 10 horas, em sessão
solene de instalação, independente do número, os Vereadores, sob a Presidência do mais
votado dentre os presentes, prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de 15 dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
Subseção II
Da Remuneração
Subseção III
Da Licença
III - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, nunca inferior a 30 dias,
não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da licença;
§ 3º O Vereador, licenciado nos termos dos incisos I e II, receberá remuneração; nos
casos dos incisos III e IV, nada receberá. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
29/2001)
Subseção IV
Da Inviolabilidade
Subseção V
Das Proibições e Incompatibilidades
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando obedeça a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível "ad nutum", nas entidades constantes na alínea anterior;
II - desde a posse:
Subseção VI
Da Perda do Mandato
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Câmara Municipal;
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, IV e VIII deste artigo, a perda do mandato será decidida
pela Câmara Municipal, por voto público e maioria de dois terços, mediante provocação da
Mesa ou de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 30/2001)
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, V, VI e VII, a perda será declarada pela Mesa, de
ofício ou mediante provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal ou de partido
político nela representado, assegurada ampla defesa.
Subseção VII
Da Convocação do Suplente
I - vaga;
Parágrafo Único - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição se faltarem
mais de 15 meses para o término do mandato.
Parágrafo Único - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de dez
dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
Subseção VIII
Do Testemunho
Art. 18Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre pessoas que lhes confiarem ou delas
receberem informações.
Seção IV
Da Mesa da Câmara
Subseção I
Da Eleição
Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os
presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a
Mesa.
Art. 20
Subseção II
Da Renovação da Mesa
Subseção III
Da Destituição de Membro da Mesa
Art. 23 Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, justificadamente e com direito
da defesa prévia, pelo voto de dois terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso
ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador
para completar o mandato.
Subseção IV
Das Atribuições da Mesa
Parágrafo Único - A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus membros.
Subseção V
Do Presidente
VI - conceder licença aos Vereadores nos casos previstos nos incisos II e III do artigo 11;
IX - apresentar ao Plenário, até o dia 20 de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e as despesas do mês anterior;
XII - Informar à Justiça Eleitoral, para as providências que julgar necessárias, o número
de cadeiras que serão levadas ao pleito eleitoral, quando houver alteração do número de
habitantes, conforme disposto no art. 6º, mediante certidão oficial do órgão responsável pelo
censo ou estimativa populacional. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 36/2003)
a) na eleição da Mesa;
b) quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;
c) quando houver empate em qualquer votação no Plenário;
d) nas votações onde o voto for secreto;
Seção V
Das Reuniões
Subseção I
Disposições Gerais
As reuniões da Câmara serão públicas e só poderão ser abertas com a presença de,
Art. 26
no mínimo, um terço dos seus membros.
Art. 27A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Art. 28Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-se
a votação, se o seu voto for decisivo.
Art. 29O voto será público, em todos os casos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 30/2001)
Subseção II
Da Sessão Legislativa Ordinária
Parágrafo Único - As reuniões marcadas dentro desse período serão antecipadas para o
dia anterior, no caso da quinta-feira coincidir com feriado, ou postergadas para o dia posterior
quando houver feriado na segunda-feira. (Redação dada pela Emenda nº 13/1992)
Art. 31 A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.
Subseção III
Da Sessão Legislativa Extraordinária
Seção VI
Das Comissões
a) Secretário Municipal;
b) Presidente de autarquias, de empresas públicas, de sociedades de economia mista e
de fundações instituídas ou mantidas pelo Município;
VI - velar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem dispositivos
legais;
Seção VII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
II - leis complementares;
IV - medidas provisórias;
V - decretos legislativos;
VI - resoluções.
O voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal será exigido nos
Art. 39
casos de:
Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica
II - do Prefeito;
III - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por cinco por cento
dos eleitores.
§ 2º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o
respectivo número de ordem.
§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa.
Subseção III
Das Leis Complementares
Art. 41As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
Câmara, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
II - Código de Obras;
VI - zoneamento urbano;
Parágrafo Único - Os projetos de lei de que tratam este artigo serão publicados no Diário
Oficial do Município e permanecerão em pauta por 30 dias para recebimento de emendas de
Subseção IV
Das Leis Ordinárias
Art. 43As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria dos
Vereadores presentes na reunião.
I - ao Vereador;
II - à Comissão da Câmara;
III - ao Prefeito;
IV - aos cidadãos.
Art. 45 Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
Art. 46 A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de
projeto de lei subscrito por no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
§ 3º Os projetos de iniciativa popular, poderão ser defendidos na tribuna por seu primeiro
subscritor, respeitando-se o regimento interno.
Art. 47Não será admitido o aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva
do Prefeito, ressalvado o disposto no artigo 166, § § 1º e 2º desta lei.
Art. 48Nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa pública será
aceito pela Mesa sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para
atenderem aos novos encargos.
Art. 49O Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa, salvo os de codificação e
os previstos no artigo 42 desta lei, encaminhados à Câmara, tramitem em regime de urgência,
dentro do prazo de 45 dias.
§ 1º Se a Câmara não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na ordem do dia,
sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime sua votação.
§ 2º Por exceção, não ficará sobrestado o exame do veto cujo prazo de deliberação
tenha se esgotado.
Art. 50 O projeto aprovado, na forma regimental, no prazo de 10 dias úteis, será enviado ao
Prefeito que adotará uma das posições seguintes:
Art. 51O Prefeito, entendendo ser o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público,
no todo ou em parte, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis, contados da
data do recebimento, publicando e comunicando, em 48 horas, ao Presidente da Câmara, o
motivo do veto. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 27/1999)
§ 1º O veto deverá ser justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de artigo,
parágrafo, inciso, item ou alínea.
§ 5º Se o veto for rejeitado, no todo ou em parte, o projeto será enviado ao Prefeito, para
que promulgue a lei ou parte dela em 48 horas, caso contrário, deverá fazê-lo o Presidente da
Câmara, em igual prazo.
Art. 52Os prazos para discussão e votação dos projetos de lei, assim como para o exame do
veto, não correm no período de recesso.
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa
exclusiva do Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da Câmara.
Subseção V
Das Medidas Provisórias
Art. 55 O Prefeito poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, somente para a
abertura de crédito extraordinário, conforme o previsto no § 3º do artigo 167 da Constituição
Federal, devendo, de imediato, submetê-las à Câmara Municipal que, estando em recesso,
será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
Art. 56As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas
em lei no prazo de 30 dias, a partir de sua publicação, devendo a Lei Federal disciplinar as
relações jurídicas delas decorrentes.
Subseção VI
Dos Decretos Legislativos e Das Resoluções
Seção VIII
Da Procuradoria e Consultoria da Câmara Municipal
Seção IX
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial.
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-prefeito
Subseção I
Da Eleição
Art. 62O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, eleito para um mandato de quatro anos,
na forma estabelecida pela Constituição Federal.
Subseção II
Da Posse
Art. 64
§ 1º Se, decorridos 10 dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito, não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago, salvo motivo de força maior;
Subseção III
Da Desincompatibilização
I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou concessionária de serviço público, salvo quando
obedeça a cláusulas uniformes;
Subseção IV
Da Inelegibilidade
Art. 66É inelegível para o mesmo cargo, no período subseqüente, o Prefeito e quem o
houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores à eleição.
Art. 67Para concorrer a outro cargo, o Prefeito deve renunciar ao mandato até seis meses
antes do pleito.
Subseção V
Da Substituição e Sucessão
Art. 68O Prefeito será substituído no caso de impedimento, e sucedido, na vaga ocorrida
após a diplomação, pelo Vice-Prefeito.
Parágrafo Único - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado, para missões
especiais.
Vagando os cargos de Prefeito e Vice Prefeito, nos primeiros três anos de período
Art. 69
governamental, far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga.
Parágrafo Único - Até a posse do novo Prefeito eleito exercerá o cargo o Presidente da
Câmara, o Vice-Presidente e o Vereador mais idoso, sucessivamente.
Subseção VI
Da Licença
Art. 71O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município,
por período superior a 15 dias, sob pena da perda do cargo.
III - para tratar de assunto particular por prazo nunca inferior a 15 dias.
§ 2º O Prefeito licenciado, nos casos dos incisos I e II, receberá a remuneração integral.
Subseção VII
Da Remuneração
Subseção VIII
Do Local de Residência
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
Art. 75Compete privativamente ao Prefeito, além de outras atribuições previstas nesta Lei
Orgânica:
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para a sua
fiel execução;
VII - decretar desapropriações por necessidade, utilidade pública ou por interesse social;
XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
XII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, nos termos da lei;
XVI - enviar à Câmara Municipal projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;
XVIII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 de março de cada ano, a sua
prestação de contas e da Mesa da Câmara, bem como os balanços do exercício findo;
XX - colocar numerário à disposição da Câmara nos termos do artigo 164, desta lei;
XXIII - editar medidas provisórias com força de lei nos termos dos artigos 55 e 56 desta
lei;
§ 1º A representação a que se refere o inciso I poderá ser delegada por lei de iniciativa do
Prefeito a outra autoridade.
Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito
Art. 76 O Prefeito, nos crimes definidos na legislação federal, será julgado pelo Tribunal de
Justiça.
Art. 77O Prefeito, nas infrações político-administrativas, definidas em lei complementar, será
julgado pela Câmara Municipal.
Seção IV
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
Subseção I
Dos Secretários Municipais
Art. 80Os Secretários farão declaração pública de seus bens, no ato da posse e anualmente,
e terão os mesmos impedimentos estabelecidos para os Vereadores, enquanto
Art. 81Além das atribuições fixadas em leis ordinárias, compete a cada Secretário Municipal,
especialmente:
III - expedir atos e instruções para a boa execução das leis e regulamentos;
VI - praticar atos pertinentes as atribuições que lhe forem outorgadas pelo Prefeito;
Subseção II
Dos Subprefeitos
Parágrafo Único - Caso não seja alcançado o mínimo de eleitores previsto no Caput
deste artigo, haverá segunda eleição com qualquer número de votantes.
Seção V
Da Procuradoria Geral do Município
CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art. 89 A democracia será exercida pelo sufrágio universal, através do voto secreto, na
escolha de seus representantes e, diretamente, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
Art. 90 As questões relevantes aos destinos do Município poderão ser submetidas a plebiscito
ou referendo, quando, pelo menos um por cento do eleitorado o requerer ao Tribunal Regional
Eleitoral, ouvida a Câmara Municipal.
I - proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal, subscrita por, no mínimo, cinco por
cento do eleitorado do Município;
II - iniciativa de projetos de lei mediante a subscrição por, no mínimo, cinco por cento do
eleitorado do Município;
Art. 93A ação fiscalizadora sobre os Poderes Públicos Municipais dar-se-á, basicamente,
pelo exame e apreciação das contas do Município, que ficarão, durante 60 dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.
Art. 94Lei municipal disciplinará as demais formas de ação fiscalizadora sobre os Poderes
Públicos do Município, por entidades representativas, atendendo ao objetivo fundamental de
superação das contradições entre o funcionamento das instituições e os interesses maiores
da sociedade.
Art. 96Os Conselhos Municipais de Participação Popular deverão ter um prazo máximo de 10
dias para se reunirem quando convocados em regime de urgência, sob pena de não opinarem
sobre a matéria em pauta.
Fica assegurado, na forma da lei, espaço para uma tribuna de livre expressão do
Art. 97
pensamento popular, através das entidades representativas.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Seção I
Disposições Gerais
Subseção I
Dos Princípios
Art. 99A Administração Municipal direta, indireta ou fundacional obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação,
interesse público e participação popular, bem como aos demais princípios constantes nas
Constituições Federal e Estadual.
Subseção II
Das Leis e Dos Atos Administrativos
Art. 100As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do
Município, para que produzam seus efeitos regulares.
Parágrafo Único - A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.
Art. 101 A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecer
recursos adequados a sua revisão, indicando seus efeitos e forma de processamento.
Art. 102 Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o seu objeto, observar-se-ão
entre outros requisitos de validade: igualdade entre os administrados e o devido processo
legal, especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa e
do despacho e decisão motivados.
Subseção III
Do Fornecimento de Certidão
Art. 103 A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para defesa de seus
direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, no prazo máximo de 15 dias
úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.
Subseção IV
Dos Agentes Fiscais
Art. 104 A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos municipais, terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da
lei.
Subseção V
Da Administração Indireta e Fundações
II - dependem de lei para serem criadas subsidiárias, assim como a participação destas
em empresa pública;
Subseção III
Do Fornecimento de Certidão
Art. 103 A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para defesa de seus
direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, no prazo máximo de 15 dias
úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.
Subseção IV
Dos Agentes Fiscais
Art. 104 A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos municipais, terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da
lei.
Subseção V
Da Administração Indireta e Fundações
II - dependem de lei para serem criadas subsidiárias, assim como a participação destas
em empresa pública;
Subseção IX
Dos Prazos de Prescrição
Os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não,
Art. 109
que causem prejuízos ao erário, serão os fixados em lei federal, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.
Subseção X
Dos Danos
Seção II
Das Obras, Serviços Públicos, Aquisições e Alienações
Subseção I
Disposição Geral
Art. 112Nas desapropriações, as áreas remanescentes ou as que não forem utilizadas por
modificação do projeto, o desapropriado terá preferência de compra em caso de venda ou
permissão de uso.
Subseção II
Das Obras e Serviços Públicos
Parágrafo Único - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios,
incentivos fiscais.
Art. 114 As licitações de obras e serviços públicos, sob pena de invalidade, deverão ser
precedidas da indicação do local onde serão executados e do respectivo projeto técnico, que
permita a definição precisa de seu objeto e previsão de recursos orçamentários.
§ 2º Nenhuma obra pública, mesmo que iniciada em gestão anterior, poderá ser
interrompida sem prévia autorização da Câmara Municipal.
Art. 115 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante:
Art. 118O Município poderá realizar obras de interesse público local, através de plano
comunitário, mediante adesão mínima de 51% da população diretamente interessada, nos
termos da lei.
Subseção III
Das Aquisições
Art. 119A aquisição na base de troca, desde que o interesse público seja manifesto, depende
de prévia avaliação dos bens móveis a serem permutados.
Subseção IV
Das Alienações
Art. 121A alienação de um bem móvel do Município mediante doação ou permuta, dependerá
de interesse público manifesto e de prévia avaliação.
Art. 122A alienação de um bem imóvel do Município, mediante venda, doação com encargo,
permuta ou investidura, depende de interesse público manifesto, prévia avaliação e
autorização legislativa.
CAPÍTULO II
DOS BENS MUNICIPAIS E DA GUARDA MUNICIPAL
Seção I
Dos Bens Municipais
Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que,
Art. 123
a qualquer título, pertençam ao Município.
Art. 124 Pertencem ao patrimônio municipal as terras devolutas que se localizem dentro de
seus limites.
Art. 127O uso de bem imóvel municipal por terceiros far-se-á mediante autorização,
permissão ou concessão.
§ 1º A autorização será dada pelo prazo máximo de 90 dias, salvo no caso de formação
de canteiro de obra pública, quando então, corresponderá ao de sua duração.
Art. 128A concessão de direito real de uso sobre um bem imóvel do Município dependerá de
prévia avaliação, autorização legislativa e licitação.
Parágrafo Único - A lei municipal poderá dispensar a licitação quando o uso tiver
destinatário certo, havendo interesse público manifesto.
Seção II
Da Guarda Municipal
CAPÍTULO III
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Seção I
Do Regime Jurídico único
§ 1º Lei específica estabelecerá o regime jurídico próprio dos servidores que ingressarem
no serviço público a partir de sua publicação.
§ 5º A efetividade nos cargos de que trata o § 2º deste artigo, bem como a estabilidade
dos servidores então ocupantes de função atividade, ora denominados cargos, dar-se-ão
mediante aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 28/2000)
Seção II
Dos Direitos e Deveres Dos Servidores
Subseção I
Dos Cargos Públicos
Art. 131 Os cargos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
§ 3º Nenhum servidor, sob a pena de demissão, poderá ser diretor ou integrar conselho
de empresa fornecedora, ou que realize qualquer modalidade de contrato com o Município.
Subseção II
Da Investidura
Art. 132A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei, de livre nomeação e exoneração.
§ 2º O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por
igual período.
Subseção III
Da Contratação Por Tempo Determinado
criados, por lei, os cargos referentes que serão extintos quando vagarem.
Subseção IV
Da Remuneração
Art. 134A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma
data, sem distinção de índices, ressalvada a fixação do piso salarial.
§ 3º O vencimento dos cargos da Câmara Municipal não poderá ser superior ao pago pelo
Executivo.
§ 7º O vencimento do servidor será de, pelo menos, um salário mínimo, capaz de atender
às suas necessidades vitais básicas e às de sua família como moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer
fim.
aposentadoria.
§ 13 O vencimento não poderá ser diferente, no exercício de funções idênticas, ainda que
de áreas de atuação diversas, e no critério de admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil.
Subseção V
Das Férias
Art. 135As férias anuais serão pagas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal.
§ 1º As férias serão concedidas por ato do Poder Público, nos 12 meses subsequentes à
data em que o servidor tiver adquirido o direito.
§ 2º Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o parágrafo
anterior, o servidor terá direito ao dobro da respectiva remuneração. (Redação dada pela
Subseção VI
Das Licenças
Art. 136 A licença à gestante, sem prejuízo do cargo e da remuneração, terá a duração de 120
dias.
Subseção VII
Das Normas de Segurança
Art. 137A redução dos riscos inerentes ao trabalho far-se-á por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
Parágrafo Único - Ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida, em
decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho, será garantida transferência para
locais ou atividades compatíveis com sua situação.
Subseção VIII
Do Direito de Greve
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
Art. 139
complementar federal.
Subseção IX
Da Associação Sindical
Art. 140 É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical.
Subseção X
Da Estabilidade
Art. 141 São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
Subseção XI
Da Acumulação
Art. 142 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horário:
Subseção XII
Do Tempo de Serviço
Art. 143 O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado
integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
Subseção XIII
Da Aposentadoria
III - voluntariamente:
a) aos 35 anos de serviço, se homem, e aos 30, se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 anos, se
professora, com proventos integrais;
c) aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25, se mulher, com proventos proporcionais
a esse tempo;
d) aos 65 anos de idade, se homem, e aos 60, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço;
Subseção XIV
Dos Proventos e Pensões
Subseção XV
Do Regime Previdenciário
Art. 146 O Município estabelecerá, por lei, o sistema previdenciário de seus servidores.
Subseção XVI
Do Mandato Eletivo
Subseção XVII
Dos Atos de Improbidade
Art. 149Todo servidor quando submetido à sindicância ou processo administrativo, terá a sua
individualidade resguardada, não podendo ter publicado o seu nome, apenas o número de
TÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS E DOS ORÇAMENTOS
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
Seção I
Dos Princípios Gerais
Art. 150 A receita pública será constituída por tributos, preços e outros ingressos.
I - os impostos previstos nesta Lei e outros que venham a ser de sua competência;
Seção II
Das Limitações do Poder de Tributar
Município;
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
Art. 153É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Seção III
Dos Impostos do Município
§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
Seção IV
Da Participação do Município Nas Receitas Tributárias
§ 2º Para fins do disposto no parágrafo 1º, alínea "a", deste artigo, lei complementar
federal definirá valor adicionado.
Art. 158 A União entregará vinte e dois inteiros e cinco décimos do produto da arrecadação
dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados ao Fundo de Participação dos Municípios.
Art. 159O Estado entregará ao Município 25% dos recursos que receber da União, a título de
participação no Imposto sobre Produtos Industrializados, observados os critérios
estabelecidos no artigo 158, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal.
Art. 160 O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os
Seção V
Dos Recursos
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS
A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
Art. 162
complementar a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal.
Art. 163O Executivo publicará e enviará à Câmara Municipal, até 30 dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Parágrafo Único - A Câmara Municipal publicará seu relatório nos termos deste artigo.
CAPÍTULO III
DOS ORÇAMENTOS
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
Art. 167Será criado, através de lei, um Conselho Municipal Orçamentário constituído por
representantes dos diversos segmentos da população, por eles escolhidos direta e livremente,
por representantes do legislativo e que, juntamente com a administração, acolherá as
sugestões e propostas para as diretrizes orçamentárias.
III - relacionadas:
§ 4º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170 Toda atividade econômica, instalada ou com sede no Município, estará sujeita à
inscrição, regularização e fiscalização do Poder Público Municipal, sem prejuízo do
atendimento às leis e regulamentos federais e estaduais, pertinentes a cada caso.
CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO
I - o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem estar dos
seus habitantes;
Art. 173A criação de espaços edificados superiores a área total de seu terreno, que se
denominará solo criado, implicará ressarcimento ao poder público, proporcionalmente à
quantidade de solo criado, conforme a lei dispuser.
Art. 174 O Município estabelecerá, mediante lei, em conformidade com as diretrizes do plano
diretor, normas de zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices
urbanísticos, proteção do patrimônio histórico, cultural e ambiental, áreas envoltórios dos bens
Parágrafo Único - O Plano Diretor e toda e qualquer alteração às normas a ele correlatas
receberão, antes de serem submetidas à apreciação da Câmara, um parecer do Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Art. 177 É facultado ao Município, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Art. 180
Art. 181 O Município poderá permitir, mediante lei, e após parecer do Conselho de
Desenvolvimento Urbano, operações interligadas que integrem e complementem a iniciativa
privada com o poder público, conciliando interesses de ambas as partes, possibilitando
empreendimentos geradores de benefícios diversos para a comunidade.
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 185 O Município poderá implementar projetos de cinturão verde para produção de
alimentos, bem como estimulará a venda do produto agrícola diretamente aos consumidores
urbanos.
CAPÍTULO IV
DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO
Seção I
Do Meio Ambiente
Art. 186 Todos têm direito ao meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado,
III - definir e propor medidas nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor
privado, para manter e promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental,
prevenindo a degradação em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos
ambientais negativos e recuperando o meio ambiente degradado;
II - as várzeas urbanas;
III - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, bem como aquelas que
sirvam como local de pouso ou reprodução de migraórios;
Art. 191As áreas declaradas de utilidade pública, para fins de desapropriação, objetivando a
implantação de unidades de conservação ambiental, serão consideradas espaços territoriais
especialmente protegidos, não sendo nelas permitida nenhuma atividade que degrade o meio
ambiente ou que, por qualquer forma, possa comprometer a integridade das condições
ambientais que motivaram a expropriação.
Art. 192 O critérios, locais e condições de deposição final de resíduos sólidos domésticos,
industriais e hospitalares e outros de qualquer natureza deverão ser definidos por lei.
Art. 193O Município deverá criar um banco de dados com informações sobre fontes e causas
de poluição e degradação, bem como informação sistemática sobre os níveis de poluição no
ar, na água e nos alimentos, aos quais a coletividade deverá ter garantido o acesso
gratuitamente.
Parágrafo Único - Para atingir os fins de que trata este artigo, o Município poderá firmar
convênios com entidades estaduais e federais.
Art. 196Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida na forma da lei, sem prejuízo das demais
sanções cabíveis.
Art. 197 O Município deverá utilizar-se dos mecanismos criados pelo Estado, no sentido de
compensação financeira, quando venha sofrer restrições por força da instituição de espaços
territoriais especialmente protegidos.
Seção II
Dos Recursos Naturais
Subseção I
Dos Recursos Hídricos
Art. 199Para a utilização de recursos hídricos, o Município poderá manter convênio com o
Estado, inserindo-se também em convênios regionais, respeitados os preceitos estabelecidos
nas constituições Federal e Estadual.
Art. 200 Compete ao Executivo Municipal pleitear, junto ao Estado, compensações financeiras
e de outras formas por conta de utilização de recursos hídricos do Município, quando obras de
utilização desses recursos visarem ao atendimento a outros Municípios, ou por qualquer
espécie tiverem impacto sobre os mananciais ou cursos d`água do Município.
Subseção II
Dos Recursos Minerais
Seção III
Do Saneamento
III - ações de saneamento que deverão ser compatíveis com a proteção ambiental.
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Disposição Geral
Art. 204 O Município deverá contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto nos
artigos 194 e 195 da Constituição Federal, visando a assegurar os direitos relativos à saúde e
à assistência social.
Seção II
Da Saúde
transporte e lazer;
a) vigilância sanitária;
b) vigilância epidemiológica;
c) saúde do trabalhador;
d) saúde do idoso;
e) saúde da mulher, garantindo assistência integral à sua saúde nas diferentes fases de
sua vida;
f) saúde da criança e do adolescente;
g) saúde dos portadores de deficiência, garantindo a prevenção e sua reabilitação,
promovendo a formação de recursos humanos especializados em todos os níveis para
atendimento em suas unidades de saúde do tratamento integral da pessoa portadora de
deficiência, através da integração dos estagiários das várias áreas, com supervisão e controle
de profissionais especializados em cada área de atuação. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 41/2007)
Art. 207 As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Município
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
Art. 209A administração do Sistema Municipal de Saúde de Campinas se dará através das
seguintes instâncias:
Art. 210O Fundo Municipal de Saúde deverá ser acompanhado e controlado pelo Conselho
Municipal de Saúde e deverá ser utilizado de acordo com as políticas de saúde definidas.
Art. 211O Conselho Municipal de Saúde, com sua composição, organização e competência
fixadas em lei, contará, na elaboração e controle das políticas de saúde, bem como na
formulação, fiscalização e acompanhamento do sistema único de saúde, com a participação
de representantes da comunidade, em especial, dos trabalhadores e entidades prestadoras de
serviços na área de saúde.
Seção III
Da Assistência Social
estadual e federal.
Art. 216 As ações do Município, por meio de programas e projetos na área de assistência
social, serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base nos seguintes
princípios:
I - participação da comunidade;
IX - informação ampla das atividades assistenciais oferecidas pelo serviço público e dos
critérios de sua concessão.
Art. 217O Município criará o Conselho Municipal de Assistência Social, cuja composição e
funções serão definidas em lei.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DOS ESPORTES, LAZER E TURISMO
Seção I
Da Educação
Art. 223O Poder Público Municipal assegurará, na promoção da educação em creche, pré-
escolar e ensino fundamental, a observância dos seguintes princípios:
IX - unificação por série dos livros didáticos, permitindo assim, que os mesmos possam
ser reutilizados por vários anos consecutivos, principalmente pelos alunos carentes;
Art. 226 O Município só poderá atuar nos níveis mais elevados de educação quando a
demanda de creches e pré-escolas, e ensino fundamental estiver plena e satisfatoriamente
atendida do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
Art. 227O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente.
Art. 228 O atendimento em creche deverá ter uma função educacional, de guarda, de
assistência, de alimentação, de saúde e de higiene, executado por equipes de formação
interdisciplinar.
Art. 229O Município implantará, através de lei, uma política de educação profissionalizante,
permitindo-se, para a consecução desse fim, a celebração de convênios com os Governos
Federal e Estadual e empresas particulares.
IV - Conselho de Escola.
Art. 231 Caberá a Secretaria Municipal de Educação, na forma da lei, elaborar normas para
instalação, funcionamento e fiscalização das escolas de educação infantil, maternal, creches e
internatos mantidos por particulares, obedecidas as normas gerais de educação nacional.
do ensino público.
Art. 233 O Município publicará, até 30 dias após o encerramento de cada trimestre,
informações completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos destinados à
educação nesse período, discriminadas por nível de ensino, e sua respectiva utilização.
Art. 235É vedado o uso, a título gratuito, de próprios públicos municipais, para o
funcionamento de estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.
Art. 236 Os órgãos públicos municipais são obrigados a manter creches e pré-escolas para os
filhos de seus empregados e funcionários.
Parágrafo Único - O Município poderá estabelecer convênio com empresas privadas para
efeito do cumprimento do disposto no artigo 7º, inciso XXV, da Constituição Federal.
Seção II
Da Cultura
III - cooperação com a União e o Estado na proteção aos locais e objetos de interesse
histórico, artístico e arquitetônico;
IX - abertura dos espaços das Escolas Municipais às entidades para eventos culturais,
observando a disponibilidade e autorização prévia;
Art. 242 A lei criará o Conselho Municipal de Cultura, estabelecendo suas atribuições e
assegurando na sua composição a participação de todos os segmentos da sociedade,
integrantes na ação cultural do Município.
Seção III
Art. 245O Município deverá elaborar e dar condições de execução a uma política municipal
de turismo que se adeqüe às características da realidade local.
CAPÍTULO III
DO TRANSPORTE COLETIVO E DO TRÁFEGO
Seção I
Do Transporte
§ 1º os serviços definidos nos incisos I, II e III terão suas políticas tarifárias e direito dos
usuários definidos em lei.
Seção II
Do Tráfego
I - a sinalização das vias urbanas, estradas municipais e ciclovias; os limites das "zonas
de silêncio", dando prioridade ao transporte coletivo urbano;
Art. 250 O Município poderá manter convênio com o Estado, através de seus órgãos
competentes, visando a instituição de serviço de estatística de ocorrências de trânsito,
guinchamento e lacração de veículos, definição de locais para a realização de exames
práticos de habilitação para motoristas e demais assuntos atinentes ao trânsito urbano, de
conformidade com a lei.
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
IV - imparcialidade.
CAPÍTULO VI
DA DEFESA DO CONSUMIDOR
Todos os cidadãos tem direito à livre informação para a defesa de seus direitos como
Art. 253
consumidores, por parte do Poder Público, nos termos da lei.
CAPÍTULO VII
DA PROTEÇÃO ESPECIAL
Art. 256O Município dará prioridade para a assistência pré-natal e à infância, assegurando
ainda condições de prevenção de deficiência e integração social de seus portadores, mediante
educação, reeducação e treinamento para o trabalho e para a convivência, por meio de:
Art. 257 Na atenção especial ao idoso o Município atenderá aos princípios de:
Art. 258Será criado o Conselho Municipal de Proteção Especial, cujos objetivos, composição
e funcionamento serão definidos em lei.
Art. 259O Poder Municipal garantirá, em conjunto com os recursos disponíveis pela
sociedade civil, o atendimento as vítimas de maus tratos na infância, dispondo de recursos
orçamentários para manutenção de programas de proteção à criança.
Art. 262O município criará e manterá serviços e programas de prevenção e orientação contra
o tabagismo, contra o uso de entorpecentes e drogas afins.
O Município criará a Defesa Civil para amparo aos flagelados, que trabalhará em
Art. 263
cooperação com o Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar e Forças Armadas, na forma da
lei.
Art. 264O Município garantirá, através de lei, a ser aprovada em 90 dias a contar da
promulgação desta lei aos estudantes, o pagamento de parcela não superior a 20% das
passagens de ônibus.
CAPÍTULO VIII
DAS POLÍTICAS AFIRMATIVAS DA POPULAÇÃO NEGRA E AFRODESCENDENTES
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/2003)
africana;
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 267Fica a Câmara Municipal proibida de manter convênio com qualquer instituto de
previdência para pecúnia ou aposentadoria dos Vereadores em regimes especiais.
Art. 268A partir de 1991, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Código Tributário, o Código de
Obras, o Plano Plurianual e o Orçamento anual deverão subordinar-se ao Plano Diretor do
Município.
Parágrafo Único - Será assegurada ampla consulta popular nas elaborações e alterações
do Plano Diretor.
Art. 271 As matas ciliares na área do Município devem ser recuperadas pelos proprietários
das áreas particulares ou pela Administração Municipal em áreas públicas, cumprindo para tal,
legislação específica.
Art. 273 Fica assegurado aos ex-combatentes da II Guerra Mundial, bem como aos
participantes da Revolução Constitucionalista de 1932, o benefício de auxílio-funeral.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 1º Fica estabelecido o prazo de um ano para que, através de concurso público, seja
instituído o Hino Oficial do Município.
Art. 4º O Município efetuará a medida adotada no inciso II do artigo 201, no prazo de dois
anos.
Art. 5º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, incisos I
e II da Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto de lei do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato subsequente do atual Prefeito Municipal, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
Art. 6ºO prazo da licença paternidade, mencionada no artigo 136, § 1º será de cinco dias até
que a lei estabeleça outro prazo.
Art. 9ºO Município, no prazo de 180 dias e nos termos do artigo 130, deverá regulamentar o
regime jurídico único.
Art. 10A Imprensa Oficial do Município promoverá a edição do texto integral desta Lei
Orgânica que, gratuitamente, será colocado à disposição de todos os interessados.
Art. 11O disposto no § 5º do artigo 132 desta lei não se aplica às transferências de servidor
público efetuadas até 30 de setembro 1994. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
19/1994)
Art. 12 Fica a Mesa Diretora da Câmara autorizada, mediante ato específico, comunicado
com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas aos Vereadores, a alterar o horário do
expediente, bem como, os dias e horários das reuniões ordinárias do Legislativo, em
atendimento e de acordo com programa ou campanha, de alcance nacional, de economia ou
de racionamento de energia elétrica, encetado pelo Governo Federal.