Press Release Do Resultado Da Taurus Armas Do 3T23
Press Release Do Resultado Da Taurus Armas Do 3T23
Press Release Do Resultado Da Taurus Armas Do 3T23
(“Taurus” ou
“Companhia”) (B3: TASA3; TASA4), listada no Nível 2 de Governança Corporativa da
B3, empresa que criou a 3ª geração de pistolas e maior fabricante de revólveres do
mundo, apresenta seus resultados do 3º trimestre (3T23) e acumulado dos nove
primeiros meses de 2023 (9M23). As informações financeiras e operacionais a seguir,
exceto onde indicado de forma diferente, estão apresentadas em Reais (R$), seguem
as normas contábeis internacionais (IFRS) e os princípios brasileiros de contabilidade.
As comparações se referem aos mesmos períodos de 2022, exceto onde indicado de
forma diferente.
RESULTADOS
3T23/9M23
Destaques 3T23
* O Ebitda (ou Lajida) ajustado desconsidera o resultado da equivalência patrimonial e das operações descontinuadas. Esse indicador não
é utilizado nas práticas contábeis. Seu cálculo é apresentado no item “Ebitda Ajustado” deste relatório.
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3.
No decorrer do terceiro trimestre, as condições do mercado de armas não apresentaram significativa alteração em relação ao visto
desde o começo deste ano. É uma conjuntura oposta ao que vivenciamos em anos anteriores, quando a questão jurídica relativa
ao setor no Brasil estava claramente definida e a demanda estava em forte alta no mercado norte-americano.
A estrutura que desenvolvemos na Taurus no decorrer dos últimos anos criou uma Companhia com sólidos fundamentos. As
mudanças percebidas em nossos resultados são reflexos das condições dos ajustes aos mercados que atuamos: (i) mercado
nacional onde tivemos a mudança do cenário político, com a edição do Decreto 11.366/23, porém sem sua regulamentação até o
momento; (ii) no mercado norte-americano, o ajuste do NICS ao patamar acima da pré pandemia; alta da inflação; adequação de
mix de produtos e ajustes dos estoques dos distribuidores para níveis mais baixos, visando reduzir seus custos financeiros; e (iii) no
mercado mundial, as licitações internacionais estão em processos mais morosos, principalmente, após o início da guerra da
Ucrânia. Para nos adaptar aos diferentes momentos dos mercados, focamos na eficiência e baixo custo de produção, o que nos
permitiu obter resultados dentro de nossas expectativas, com crescimento em relação ao registrado em 2019, período pré-
pandemia, e com margens brutas superiores à média de empresas estrangeiras do setor. No 3T23, nossa margem bruta foi de
37,5%, frente a 20,5% da Ruger e 26,6% da Smith & Wesson que, como tem seu exercício social encerrado em 31 de abril, se refere
ao último resultado divulgado, do 1T24 (maio a julho de 2023). Estamos continuamente monitorando as oportunidades que se
apresentam e trabalhando para reforçar a posição de destaque da Taurus na indústria mundial de armas. Exemplo de nossa
flexibilidade e agilidade de adaptação é a alteração do mix de produção para acompanhar o comportamento do consumidor. Como
a demanda nos EUA atualmente está mais voltada para o segmento de revólveres, ampliamos a fabricação desses produtos em
nossa linha de produção na unidade brasileira no decorrer desse ano. A produção de revólveres foi responsável por cerca de 45%
do volume total de armas produzidas pela Taurus no 3T23, ante aproximadamente 30% no 3T22, ganhando espaço em relação à
produção de pistolas, que passou de 69% no 3T22 para 55% no 3T23.
A modernização fabril, com a aquisição de equipamentos de última geração e o uso de robôs na linha de produção, se traduzem
em crescente eficiência e produtividade industrial, proporcionando a redução de perdas e, consequentemente, ganhos para a
Companhia, mesmo com a redução recente no volume de produção. Ao mesmo tempo, as pesquisas conduzidas pelo nosso CITE -
Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA no desenvolvimento de novos processos e uso de novos materiais
permitem à Companhia se manter à frente em termos de inovação, apresentando ao mercado produtos diferenciados. Uma
característica da Taurus consolidada nos últimos anos é o contínuo lançamento de modelos, sempre oferecendo novas opções para
o consumidor. Acompanhando a robustez do aspecto operacional, tivemos sucesso em estabelecer também um perfil financeiro
equilibrado, com estrutura de capital adequada e baixo nível de alavancagem financeira. Esses fundamentos são consistentes, não
sendo abalados por oscilações conjunturais do mercado.
O mercado de armas nos EUA, principal destino de nossos produtos, vem consolidando seu novo patamar após o período de euforia
verificado durante os anos de pandemia. Os dados do NICS, que apresentam o número de intenções de compras de armas nesse
país, confirmam a expectativa que já vínhamos comentando de que, em 2023, o mercado norte-americano retomaria os níveis
observados no período pré-pandemia, com crescimento, quando comparado ao registrado no ano de 2019. No acumulado dos
nove primeiros meses de 2023, o NICS registrou 11,1 milhões de consultas, nível 20,7% superior ao verificado no mesmo período
de 2019. Ao mesmo tempo, tem sido observada uma tendência de mudança no padrão de estoque de produtos mantido pela
cadeia de vendas, com os distribuidores buscando aumentar o giro de seus estoques, de modo a se proteger do custo financeiro
gerado pelo aumento da inflação norte-americana. Com isso, novas encomendas são postergadas com a intenção de redução dos
estoques para níveis capazes de atender as vendas pelo período próximo de um mês, ante um padrão anterior de estoques
suficiente para cobrir 3 a 5 meses de vendas.
O NICS do mês de outubro teve o substancial aumento de 20% em relação a setembro, o que nos indica que as perspectivas para
o último trimestre do ano no mercado norte-americano apontam para um aumento da demanda, considerando também a
sazonalidade tradicional desse período, ainda que a adequação dos estoques na cadeia de vendas possa reduzir esse efeito para
os fabricantes. Já em 2024, por ser um ano de eleições presidenciais nos EUA, há a possibilidade de ocorrer maior movimentação
no mercado de armas desse país, pois, historicamente, a insegurança com relação à política a ser adotada para o setor por parte
do presidente a ser eleito leva ao aumento da demanda.
No Brasil, a economia vem apresentando dados conflitantes que combinam, de um lado, a preocupação com os gastos públicos e
o déficit primário e, de outro, a expectativa de crescimento econômico de 3,3%, de acordo com projeção da Confederação Nacional
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4.
da Indústria (CNI). No entanto, esse crescimento previsto se sustenta no aumento da atividade do setor primário, e não no
desempenho da indústria. Os dados de produção industrial até agosto divulgados pelo IBGE mostram recuo da atividade de 0,1%
em 12 meses e de 0,3% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2022. Para o nosso setor, soma-se ainda o fato de que o
mercado doméstico segue extremamente restrito por conta das questões jurídicas, configurando, assim, um ano bastante atípico.
Em 1º de janeiro de 2023 foi publicado o Decreto 11.366 que estabelecia restrições para o setor e deveria ser regulamentado no
prazo de três meses, o que não ocorreu. A incerteza paralisou o mercado, com consumidores e lojistas interrompendo suas compras
até que a questão fosse definida. Apenas em 21 de julho foi publicado o novo Decreto. No entanto, permanecem algumas
incertezas a serem esclarecidas pelos órgãos reguladores, uma vez que foi estabelecido o limite máximo de energia em joules
autorizado para as armas a serem vendias no mercado brasileiro, mas sem a apresentação de uma tabela de calibres. Até o
momento, novas aquisições de armas por parte de CACs (colecionador, atirador desportivo e caçador) estão basicamente
interrompidas.
Assim, a demanda no mercado brasileiro segue reprimida até que o aspecto jurídico esteja plenamente esclarecido e os processos
de autorização para a compra de armas normalizados. Quando isso ocorrer, estaremos prontos para atender os consumidores.
Nesse sentido, continuamos realizando diversos lançamentos de produtos, tendo apresentado ao mercado 16 novos modelos
durante o 3T23. Com base em nossa capacidade de desenvolvimento tecnológico, estamos criando um calibre .38 dentro do limite
máximo de energia estabelecido pela legislação. É uma tecnologia incremental desenvolvida pela Taurus, de um novo calibre para
pistolas criado para ocupar o espaço deixado pelo calibre 9mm, que passou a ser de uso restrito. No início de 2024, quando
provavelmente já teremos a regulamentação do Decreto 11.366, lançaremos as versões das pistolas compactas G2C e GX4 com
esse novo calibre.
No mercado internacional, excluído os EUA, a Taurus atende principalmente forças militares e de defesa, com vendas para mais
de 100 países. Nossos baixos custos de produção nos proporcionam grande competitividade em licitações internacionais, de modo
que temos nesse mercado uma opção interessante em momentos de menor demanda em outros mercados. Estamos atentos à
recente situação de conflito no Oriente Médio, que poderá gerar aumento natural da demanda para o setor. Lembrando que todas
as nossas exportações devem ser previamente autorizadas pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa do Brasil.
Na Índia, a operação da JD Taurus está para receber nos próximos dias a última licença necessária para o início da produção nas
instalações locais. Reforçando a presença de nossa marca na região, estivemos presentes na Milipol India, importante feira
internacional do setor de segurança itinerante, realizada pela primeira vez na Índia entre 26 e 28 de outubro. A realização dessa
feira na Índia confirma a crescente importância desse país no mercado mundial de armas.
Como sempre faço questão de comentar, o investimento em inovação, voltado para o desenvolvimento de produtos, processos,
materiais e equipamentos, é aspecto essencial na estratégia da Taurus. Nesse sentido, estamos firmando mais uma parceria com
o centro de pesquisa universitário da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, visando o desenvolvimento um novo
composto “CMT – Catalytic Material Taurus” para ser utilizado na unidade M.I.M. (Metal Injection Molding), reduzindo a
dependência de fornecedores externos. Estão em desenvolvimento no CITE diferentes projetos em direção à indústria 4.0, incluindo
pesquisas para aplicação de novos materiais na fabricação de armas, como o grafeno, nióbio, polímero de fibras longas e DLC
(Diamond Like Carbon). Sugiro a leitura do texto “Pesquisas em desenvolvimento”, no item “Investimentos” deste relatório, onde
são apresentados alguns detalhes sobre esses projetos.
Desde o início de nossa gestão, em 2018, adotamos um modelo de trabalho pautado em nosso planejamento estratégico e no tripé
que definimos para atingir o objetivo de colocar a Taurus em posição de crescente destaque no mercado global do setor:
“desenvolvimento de pessoas; tecnologia e inovação; e ambiente colaborativo”. Seguindo essas diretrizes estabelecidas, em 2023
demos início a mais um projeto de cunho estratégico para a Companhia: “Gestão e metas de indicadores ESG”. Com o
monitoramento dos indicadores e o crescente engajamento dos colaboradores, já tivemos resultados práticos, como um impacto
positivo em termos de redução na emissão de gases de efeito estufa.
A busca pela evolução incessante é o que nos move no dia a dia. A solidez que hoje garante a estabilidade da Taurus para se
adaptar a diferentes condições de mercado foi criada a partir da dedicação de toda a equipe, o apoio dos acionistas, a parceria
dos fornecedores e a confiança de nossos clientes.
Não poderia deixar de mencionar nossa próxima reunião Apimec presencial que ocorrerá no dia 6 de dezembro, em nossa loja em
São Paulo (AMTT Taurus, Rua Umberto Caputi, 139). Aproveito, aqui, para convidar analistas, investidores e acionistas a estarem
conosco nesse evento.
Salésio Nuhs
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5.
Mercado
Nos EUA, o mercado de armas vem confirmando a expectativa de normalização após os anos atípicos de aquecimento sem
precedentes verificado a partir do início da pandemia em 2020. O Adjusted NICS (National Instant Criminal Background System)
registrou 11,1 milhões de intenções de compra de armas nesse país no decorrer dos nove primeiros meses de 2023, resultado
20,7% superior ao apurado no mesmo período do ano de 2019, no pré-pandemia. Como pode ser observado no gráfico abaixo, à
esquerda, excluindo os três períodos anteriores (9M22, 9M21 e 9M20), o Adjusted NICS dos 9M23 é o mais alto já registrado na
série histórica desse indicador.
Considerando a evolução trimestral e comparando iguais trimestres, de modo a evitar distorções de sazonalidade, o Adjusted NICS
totalizou 3,3 milhões de consultas no 3T23, o que indica recuo de -12,8% ante ao verificado no 3T22 e alta de 11,1% em
comparação ao 3T19, antes da pandemia. O terceiro trimestre tende a ser um período de menor movimento no mercado de armas
dos EUA, com os consumidores aguardando o final do ano, quando há o início do período de caça no país, as promoções da “Black
Friday” e as compras de Natal. Ao mesmo tempo, há um impacto do aumento da inflação nos EUA sobre a cadeia de venda de
armas. De modo a diminuir o custo financeiro gerado pela alta da inflação norte-americana, os distribuidores e lojistas tendem a
ampliar o giro de seus estoques, o que afeta a realização de novas encomendas.
No Brasil, o mercado continuou retraído no decorrer do 3T23, ainda em razão de indefinições no aspecto jurídico. Apesar da
reedição do Decreto em 21/07/2023, até a presente data ainda existem dúvidas sobre algumas regulamentações e processos
como, por exemplo, as autorizações de novas aquisições de armas por parte dos CACs (colecionador, atirador desportivo e
caçador), bem como a possibilidade de novos registros. É um ano atípico para o mercado nacional, com o consumidor em
compasso de espera da normalização dos processos legais e os revendedores cautelosos, mantendo seus estoques bastante
baixos.
Produção e vendas
A produção de armas da Taurus no 3T23 foi de 301 mil unidades, totalizando 1 milhão nos nove primeiros meses do ano. O volume
acumulado até setembro de 2023 supera em 6,3% o registrado em igual período de 2019, antes do movimento de explosão do
mercado verificado durante a pandemia, quando a Companhia se mostrou plenamente preparada para atender ao consumidor.
Comparado aos 9M22, houve redução de 33,1% do volume de armas produzido, considerando o novo mix de produtos com maior
ênfase em revólveres, cujo processo de produção demanda mais horas do que o de pistolas, e as novas condições do mercado.
5
6.
Vale destacar o período mais longo de férias coletivas de 30 dias concedidos na unidade do Brasil entre dezembro/22 e a primeira
quinzena de janeiro/23, o que se refletiu em redução do volume produzido no 1T23.
A Taurus tem ampliado a fabricação de revólveres em sua linha, uma vez que esse segmento, em conjunto com o de armas longas,
tem apresentado maior demanda no mercado norte-americano, principal destino de vendas da Companhia. No 3T23, os
revólveres representaram aproximadamente 45% do total das armas produzidas, ante cerca de 30% no 3T22 e, considerando o
período acumulado de janeiro a setembro, essa representatividade passou de cerca de 31% em 2022 para 37% em 2023. A atual
estrutura industrial, com toda a transformação realizada no decorrer dos últimos anos em termos de processos e equipamentos,
proporciona agilidade para fazer essas alterações no mix de produção.
Como parte importante da estratégia, a Taurus segue investindo no desenvolvimento de produtos, com a utilização de novos
materiais, tecnologia incorporada e processos eficientes de produção, de modo a oferecer ao consumidor produtos de qualidade,
inovadores e a preços competitivos. No 3T23, foram lançados 16 modelos, sendo sete de revólveres e nove de pistolas.
Para garantir posição de destaque no mercado, a Companhia conta com uma equipe de mais de 200 profissionais dedicados ao
desenvolvimento de produtos, processos, materiais e equipamentos no CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia
Brasil/EUA. Os investimentos que estão sendo realizados em tecnologia, novos maquinários e robôs para a linha de produção,
alguns já em operação, proporcionam aumento de produtividade, com menor tempo de manufatura dos produtos e eliminação
de perdas, levando à redução de custos. Está em implantação a primeira das três células de manufatura autônomas previstas na
Taurus. Posteriormente, serão estabelecidas as células para pistolas e armas táticas. Mais informações sobre os projetos de
inovação em desenvolvimento na Taurus estão no item “Investimentos” deste relatório.
O desempenho de vendas das armas Taurus reflete as condições dos mercados nos quais atua, com normalização do patamar de
vendas no mercado norte-americano após os recordes históricos dos últimos anos e a paralização do mercado doméstico,
conforme comentado anteriormente. Considerando a produção acumulada nos nove primeiros meses do ano, o volume de vendas
total teve retração de 33,0% ante igual período de 2022, quando a Companhia ainda capturava os benefícios do forte aquecimento
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da demanda nos EUA. Já em relação aos 9M19, no período pré-pandemia, o volume de vendas apresenta leve diminuição, de
-1,4%.
No mercado brasileiro, depois de quase sete meses do mercado de armas civil praticamente parado em razão da insegurança
jurídica, uma vez que o Decreto relativo ao setor originalmente previsto para março foi publicado apenas em 21 de julho, ainda
existem dúvidas a serem esclarecidas pelos órgãos reguladores, pois foi definido o limite máximo de energia permitido, mas não
uma tabela de calibres. Essa situação vem afetando as vendas da Taurus no mercado nacional, fazendo com que o ano de 2023 se
configure como um período totalmente incomum. No 3T23, a Companhia vendeu 18 mil unidades no mercado doméstico,
totalizando 66 mil armas no acumulado dos 9M23, o que representa redução de 82,4% e 77,1% ante iguais períodos de 2022.
O canal de distribuição nacional segue desabastecido, o que representa uma oportunidade para atender essa demanda reprimida
a partir do esclarecimento das dúvidas por parte dos órgãos reguladores e a plena regularização dos processos legais para registro
e aquisição de armas no País. A Taurus trabalha para se adequar rapidamente às novas regras e seguir apresentando lançamentos
ao mercado, de modo a motivar o comércio e atender às necessidades dos consumidores brasileiros. Com esse objetivo, a equipe
do CITE está desenvolvendo um novo calibre para pistolas. É um novo calibre .38, com energia dentro do limite máximo permitido,
visando ocupar o espaço deixado pelo calibre 9mm, que passou a ser de uso restrito. No início de 2024, quando a expectativa é
de que a regulamentação esteja plenamente definida, a Taurus lançará versões das pistolas compactas G2C e GX4 com esse novo
calibre desenvolvido pelo CITE.
No mercado norte-americano, a Companhia comercializou 263 mil unidades no 3T23, somando o total de 871 mil armas nos
9M23. Comparado a iguais períodos do ano anterior, o desempenho indica redução de -26,5% na avaliação do trimestre e de
-22,7% na avaliação do acumulado de nove meses. Comparado aos 9M19, o volume de vendas nos EUA nos nove primeiros meses
de 2023 apresentou leve recuo, de -1,0%. Ainda que a demanda por parte do consumidor final nos EUA esteja apresentando alta
em relação ao período pré-pandemia, conforme mostram os dados do NICS (alta de 20,7% nos 9M23 ante os 9M19), esse efeito
não está chegando até os fabricantes de armas devido ao movimento de redução dos estoques de produtos por parte da cadeia
de vendas. Esse movimento tende a se estabilizar quando os distribuidores atingirem novos níveis de estoque, em linha com o
cenário econômico. No último trimestre do ano, sazonalmente há tendência de alta da demanda do consumidor norte-americano,
o que também pode ser arrefecido para os fabricantes em razão desse movimento de aumento do giro de estoques na cadeia de
vendas.
Com relação às exportações para outros países além dos EUA, as maiores vendas no 3T23 foram realizadas para Guatemala,
Filipinas e Honduras. As vendas internacionais são voltadas principalmente para licitações de forças de segurança, negócios que
normalmente envolvem ciclos de vendas e desenvolvimentos mais longos, incluindo fases de aprovação de orçamento,
apresentação, negociação, envio de amostras, testes, revisões, aprovações, entre outras etapas. Em 2023, até o momento, não
foram concluídas grandes licitações internacionais tendo, inclusive, a guerra na Ucrânia criado instabilidade em processos de
compras no mundo todo em termos de licitações.
Os produtos Taurus atendem as forças militares, policiais e está presente em mais de 100 países em todo o mundo, com essas
exportações sendo sempre previamente autorizadas pelo Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa. A recente
situação de guerra no Oriente Médio tende a criar maior movimentação no setor, com a possibilidade de haver um aumento
natural na demanda que, se vier a ocorrer, encontrará a Taurus preparada para atender.
Segue em andamento a maior licitação já realizada no mundo de fuzis, para 425 mil unidades, do Ministério de Defesa da Índia,
na qual a Companhia está participando por meio da JD Taurus. A entrega de amostras das armas para testes e avaliações,
originalmente prevista para a primeira quinzena de outubro de 2023, foi postergada para janeiro de 2024.
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8.
-31,4%
640,0
597,9 -6,6%
453,2 470,3
439,3
1.362,8
1.269,0
727,4
Acompanhando as tendências do mercado de armas, a comparação do 3T23 com igual período do ano anterior fica desequilibrada,
visto que em 2022 a Taurus obteve resultados recordes como reflexo da demanda fortemente aquecida nos EUA. Com menor
volume de vendas em todos os seus mercados de atuação e a pressão sobre a receita obtida nas vendas realizadas no exterior
representada pela valorização de 7,0% do real frente ao dólar norte-americano na cotação média do 3T23 ante o 3T22, a receita
líquida consolidada do 3T23 foi de R$ 439,3 milhões, -31,4% inferior à registrada em igual período de 2022. O desempenho, no
entanto, mostra que o aumento do preço médio de vendas permitiu compensar parcialmente esses fatores, uma vez a redução
da receita no período se deu em percentual inferior ao do volume de vendas (-31,4% ante -36,1%).
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9.
Nos 9M23, a receita líquida consolidada de R$ 1.362,8 milhões representa redução de -29,8% em relação aos 9M22. Já se
comparada ao resultado registrado nos 9M19, antes do período de demanda recorde por armas nos EUA, a receita consolidada
teve alta de 87,4%, denotando toda a transformação por qual a Companhia passou, se consolidando em novo patamar de
desempenho, como uma empresa sólida e de destaque no mercado.
Considerando exclusivamente o desempenho do segmento de armas & acessórios, a receita líquida foi de R$ 406,7 milhões no
3T23, totalizando R$ 1.274,6 milhões nos 9M23, o que representa recuo de -33,0% e -31,2% ante iguais períodos de 2022,
respectivamente, como consequência das condições de mercado. Ao
observar a evolução da receita do segmento de armas & acessórios no Receita líquida Armas & Acessórios
(R$ milhões)
acumulado dos nove primeiros meses do ano desde 2019 no gráfico ao lado,
fica evidenciado o efeito positivo do período de aquecimento da demanda 77,2%
durante a pandemia. Comparando a receita líquida da Taurus nos 9M23 ante 1.818,0 1.853,0
-31,2%
os 9M19, houve alta de 77,2%, apesar do volume total de vendas de armas
da Companhia ter se mantido basicamente estável (-1,0%) no período. O 1.204,5
1.274,6
EUA
82,6%
Receita Armas & Outros
países
Acessórios 9M23 6,2%
R$ 1.274,6 milhões
Brasil
11,2%
9
10.
Lucro bruto
O custo dos produtos vendidos no 3T23 foi de R$ 274,7 milhões, apresentando redução de -20,6% em relação ao apurado no
3T22. Visto a contração das vendas e da receita no mesmo período de comparação, houve menor diluição dos custos fixos, levando
a Companhia a registrar lucro bruto de R$ 164,7 milhões no trimestre, resultado 44,0% inferior ao do 3T22. A margem bruta no
trimestre foi de 37,5%, resultado já superior em 0,9 p.p. ao apurado no 2T23, mas 8,4 p.p. inferior à margem bruta do 3T22.
Nos 9M23, a Taurus obteve lucro bruto de R$ 513,1 milhões, com redução de -44,6% comparado aos 9M22, com margem sobre
a receita líquida de 37,6%, 10,1 p.p. inferior à registrada no mesmo período de 2022. No entanto, comparado ao desempenho dos
9M19, antes do início da pandemia, o lucro bruto mostra aumento de 100,2% e alta de 2,4 p.p. em sua margem.
Nos dois períodos de comparação com relação a 2022, trimestral e acumulado de nove meses, além da menor diluição de custos
fixos, também atuaram no sentido de pressionar a margem bruta a redução mais acentuada da receita de vendas no Brasil, em
função da estagnação do mercado local, e a maior participação de revólveres no mix de vendas, produto que proporciona menor
margem para a Taurus.
Ainda assim, dado os custos competitivos da Taurus, a rentabilidade bruta da Companhia segue maior do que a registrada por
empresas norte-americanas listadas em bolsa de valores. No 3T23, a margem bruta da Ruger foi de 20,5% e da Smith & Wesson,
considerando o trimestre de maio a julho de 2023 (1T24), de 26,6%, inferiores em 17,0 p.p e 10,9 p.p., respectivamente, em
relação à margem bruta de 37,5% da Taurus.
Despesas operacionais
O total das despesas operacionais no 3T23, incluindo o resultado da “equivalência patrimonial” e “perdas/receitas pela não
recuperabilidade de ativos”, foi de R$ 103,4 milhões, com redução de -14,5% em relação ao 3T22. Os principais fatores que
levaram a tal desempenho foram: (i) o registro de saldo líquido de “outras receitas operacionais” de R$ 17,3 milhões no trimestre,
referente, principalmente, a créditos de impostos a recuperar; (ii) a receita de R$ 3,6 milhões na conta de recuperabilidade de
ativos; (iii) a diminuição de R$ 8,5 milhões nas despesas com vendas, como reflexo das menores despesas com fretes e comissões;
e (iv) o firme controle sobre as despesas gerais e administrativas, que tiveram alta de apenas 1,7%
(R$ 1,0 milhão) no período, à despeito da alta da inflação no Brasil.
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11.
Nos 9M23, a Taurus registrou o total de R$ 322,5 milhões na conta de despesas operacionais, desempenho basicamente em linha
(alta de 0,3% ou R$ 1,0 milhão) em relação ao registrado nos 9M22. A conta referente às despesas com vendas apresentou redução
de R$ 14,4 milhões no período, pela mesma razão já comentada na comparação trimestral, de menores despesas com fretes e
comissões. No sentido oposto, compensando as menores despesas com vendas, estiveram as despesas administrativas (alta de
R$ 7,0 milhões) e fatores não recorrentes que levaram ao saldo de receita líquida de R$ 28,1 milhões na conta de outras
despesas/receitas operacionais nos 9M22, ante saldo de receita de R$ 21,3 milhões nessa conta nos 9M23 (menor em R$ 6,8
milhões). O saldo na linha de “outras receitas/despesas operacionais”, assim como no período de avaliação do terceiro trimestre,
está relacionado, principalmente, a créditos de impostos a recuperar.
Ebitda ajustado
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado desconsidera o resultado das
operações descontinuadas e da equivalência patrimonial, uma vez que tais resultados não estão diretamente ligados às atividades
operacionais da Taurus.
As condições do mercado de armas, com estagnação no Brasil e retomada de patamares mais normalizados do mercado norte-
americano após o período de demanda excepcional durante a pandemia, se refletiram no resultado operacional da Taurus.
Conforme comentado anteriormente, isso levou à diminuição do volume de vendas e da receita, à diminuição do lucro bruto e à
menor diluição das despesas operacionais. No 3T23, o Ebitda ajustado foi de R$ 70,7 milhões, 61,1% inferior ao apurado no 3T22,
enquanto o Ebitda acumulado nos 9M23 foi de R$ 217,9 milhões, com redução de 65,4% em relação a igual período do ano
anterior. Comparado aos 9M19, o Ebitda da Taurus nos nove primeiros meses de 2019 apresenta aumento de 89,8%.
A margem Ebitda ajustado foi de 16,1% no 3T23 e 16,0% no acumulado nos 9M23, pressionada pelos motivos apontados acima,
inclusive a redução de margem bruta também influenciada pelas baixas vendas no Brasil e maior participação de revólveres no
mix.
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12.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização - Lajida) não é uma medida financeira
segundo o BR GAAP, as Normas Internacionais de Contabilidade ou o IFRS e não deve ser considerado isoladamente como medida
de desempenho operacional ou alternativa ao fluxo de caixa operacional como medida de liquidez. Esse indicador é uma medida
gerencial, apresentado de forma a oferecer informações adicionais sobre a geração operacional de caixa.
Resultado financeiro
Tendo equacionado seu endividamento bancário a partir da reestruturação geral da Companhia e consequente aumento da
geração de caixa, o perfil financeiro atual da Companhia é bastante diverso da realidade de poucos anos atrás, quando parte
relevante da receita era utilizada para arcar com compromissos financeiros. No 3T23, a Taurus apresentou resultado financeiro
de despesa líquida de - R$ 22,3 milhões, alta de 8,3% frente à despesa líquida apurada no mesmo trimestre de 2022, acumulando
de janeiro a setembro de 2023 o saldo de despesa financeira líquida de -R$ 17,9 milhões, 17,9% inferior à despesa líquida dos
9M22.
Tendo a maior parte de seu faturamento (83,1% nos 9M23) proveniente de vendas no exterior e, também, a maior parte de sua
dívida (92,7% em 30/09/2023) registrada em moeda estrangeira, as variações cambiais, tanto ativas (receitas) como passivas
(despesas), representam o principal componente do resultado financeiro da Taurus. A desvalorização da moeda nacional se reflete
na forma de variação cambial ativa (receita) sobre a carteira de clientes e sobre o caixa em dólares da subsidiária norte-americana
e, na forma de variação cambial passiva (despesa), sobre as obrigações financeiras relativas à dívida bancária da Companhia em
dólares. As variações cambiais, no entanto, são registros contábeis que não têm efeito caixa.
Como as variações cambiais incidem sobre contas de balanço, que são apuradas na data de encerramento do período, o registro
contábil dessas contas considera a taxa de câmbio nesta data, e não a taxa média de câmbio do período. Ao final de setembro de
2023, a taxa de câmbio do dólar Ptax era de R$ 5,01, o que indica desvalorização do real de 7,4% em relação à cotação na mesma
data de 2022. Isso contribuiu para a redução das receitas financeiras representadas pela variação cambial ativa, ao mesmo tempo
que, por outro lado, contribuiu também para o registro de menores despesas financeiras no período.
Cotação dólar Ptax no final do período (R$) 5,01 5,41 -7,4% 4,82 3,9% 5,01 5,41 -7,4%
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Lucro líquido
O ano de 2023 tem se apresentado como um ano singular para a Taurus, especialmente considerando a quase inatividade do
mercado doméstico frente à insegurança jurídica do setor. Isso após uma conjuntura bastante diferente em 2022, quando a
Companhia obteve resultados recordes, com as vendas aquecidas no mercado brasileiro e o aumento sem precedentes verificado
na demanda por armas nos EUA, que representa o principal mercado para os produtos da Taurus.
Considerando esses diferentes momentos de mercado, a Companhia apurou lucro líquido de R$ 26,0 milhões no 3T23, resultado
74,8% menor do que o registrado no mesmo trimestre de 2022. No acumulado até setembro de 2023, o lucro líquido foi de
R$ 110,3 milhões, com redução de 72,4% ante os 9M22 e aumento de 417,8% comparado ao resultado obtido nos 9M19, antes
do início do período de pandemia.
Ao final de setembro de 2023, a dívida bancária líquida da Taurus era de R$ 360,3 milhões, montante R$ 200,7 milhões superior
ao registrado ao final do exercício de 2022. A evolução no decorrer dos nove primeiros meses de 2023 reflete a diminuição da
posição de caixa e aplicações financeiras em R$ 187,3 milhões, após o pagamento de dividendos obrigatórios em maio e adicionais
em agosto, com simultâneo aumento de R$ 13,5 milhões da dívida bruta bancária.
No acumulado do ano, a Companhia recebeu a primeira parcela, de R$ 37,9 milhões, e está em trâmites para liberar a segunda
parcela no valor aproximado de R$ 51,8 milhões da linha de crédito total de R$ 175,7 milhões aprovada pela Finep (Financiadora
de Estudos e Projetos) em março/23, para financiamento de 90% do projeto Plano Estratégico de Inovação para Competitividade
(PEI). Esse financiamento está alinhado com a atual política financeira da Taurus de retomar o acesso ao mercado de crédito e, ao
mesmo tempo, melhorar o perfil do endividamento da Companhia. A linha de crédito da Finep conta com taxas extremamente
competitivas, carência de 36 meses e pagamento em 108 parcelas mensais.
Do total da dívida bruta em 30/09/23, 92,7% eram registrados em dólares norte-americanos, que conta com hedge natural
representado pela parcela de receita da Companhia proveniente das vendas no exterior (83,1% da receita líquida total nos 9M23).
A Taurus apresenta perfil financeiro bastante confortável, com baixo grau de alavancagem financeira, e centrando suas novas
captações principalmente no empréstimo a juros bastante favoráveis da Finep para financiar os investimentos em inovação e em
operações cambiais de adiantamento de contrato de câmbio (ACC). Tomando por base o Ebitda dos últimos 12 meses encerrados
em 30/09/23, o grau de alavancagem financeira se mantinha inferior a 1, registrando 0,94x na data.
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1.002,9
881,0 865,7
6,67 775,4 795,5
474,4
436,8
360,3 383,9
1,63
0,94
0,44
129,8 159,5 0,20
78,9
31/12/18 31/12/19 31/12/20 31/12/21 31/12/22 30/09/23*
Dívida líquida (R$ milhões) Ebitda ajustado(R$ milhões) Dívida líquida/Ebitda ajustado (vezes)
Os investimentos da Taurus totalizaram R$ 92,0 milhões nos nove primeiros meses de 2023, principalmente direcionados para a
aquisição de máquinas e equipamentos, montagem das novas instalações do CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia
Brasil/EUA e desenvolvimento de novos produtos. A Companhia também destinou parcela de investimento para a instalação do
novo sistema de gestão SAP, de acordo com o plano de transformação digital da Companhia.
Os projetos voltados à inovação têm financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a partir da linha de crédito de
R$ 175,7 milhões aprovada para a Companhia em março/23. Em 2023, a Companhia decidiu por não realizar todo o Capex
originalmente previsto, devido à menor geração de caixa própria resultado de fatores externos, priorizando o Capex financiado
pela Finep.
Pesquisas em desenvolvimento
A Taurus está desenvolvendo pesquisas relevantes para aplicação de novos materiais, como o nióbio, riqueza mineral da qual o
Brasil possui mais de 90% das reservas do mundo. A Companhia estuda a inclusão do nióbio na produção de peças com a tecnologia
de moldagem por injeção de pós-metálicos (M.I.M. – Metal Injection Molding), agregando todos os benefícios desse novo material,
que garante maior resistência e durabilidade. O estudo conduzido pela Taurus com relação ao nióbio indica que, com apenas uma
pequena quantidade do metal, é possível modificar o aço, tornando a liga mais eficiente e o produto final, mais leve e resistente.
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A tecnologia MIM permite à Taurus produzir peças de geometria complexa, com baixo custo e alto volume, dispensando a
necessidade de fornecedores externos, utilizados pela maioria dos fabricantes de armas, com grande vantagem sobre processos
tradicionais. Atualmente, além da Taurus, apenas uma outra fábrica de armas no mundo produz o composto para injeção de metal
em suas instalações. A Companhia já está fabricando 25% de todo o composto MIM necessário para a produção das peças em
polímero de suas armas e acessórios, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros desse material e gerando economia
de custos.
Em fase ainda mais avançada estão as pesquisas da Taurus com o grafeno, material utilizado atualmente na produção de mais de
10 produtos de seu portfólio. Depois de lançar em 2022 a pistola GX4 Graphene, primeira arma do mundo com grafeno, a
Companhia seguiu inovando. Hoje, oferece ao mercado diversos modelos em diferentes plataformas: na família GX4 (GX4
Graphene, GX4 XL Graphene e GX4 Carry Graphene), na plataforma Striker TS9 (TS9 Graphene e a versão compacta TS9c
Graphene) e na plataforma Taurus Hammer (TH380 Graphene e a versão compacta TH380c Graphene). Além dos diversos modelos
de armamento, existem as linhas de acessórios, como Coldres, Supressores, Lubrificantes e Facas Artesanais.
Outros projetos pioneiros na Taurus incluem a utilização de Polímero de Fibras Longas e DLC (Diamond Like Carbon), adicionando
ao seu portfólio armas cada vez mais leves e resistentes.
A Taurus tem ações ordinárias (TASA3) e preferenciais (TASA4) listadas no Nível II da B3, segmento de mercado que reúne
empresas que aderem espontaneamente a regras diferenciadas de governança corporativa. Ambas as ações fazem parte da
carteira do IGCX (Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada) e do ITAG (Índice de Ações com Tag Along
Diferenciado), e as ações preferenciais fazem parte ainda do IBrA (Índice Brasil Amplo), IGCT (Índice de Governança Corporativa
Trade), INDX (Índice do Setor Industrial) e SMLL (Índice Small Cap) da B3.
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Desde o início das ações ESG na Companhia, observou-se o aumento do engajamento das pessoas em relação ao
comprometimento com os temas materiais e avaliação dos impactos ESG em suas áreas, seja por meio do melhor detalhamento
de dados para auxiliar na avaliação dos resultados, pelas análises de impacto de ações executadas ou o maior interesse das equipes
das diversas áreas em disseminar o conhecimento quanto aos temas ESG. Essas mudanças de comportamento já mostram
resultados práticos quanto a diversos indicadores monitorados, com impacto em reduções na emissão de gases de efeito estufa,
além de melhorias relacionadas à gestão de pessoas.
Governança corporativa
A Taurus conta com uma governança corporativa bem estruturada e estabelecida, que apresenta princípios e processos de gestão
definidos capazes de assegurar formalmente o atendimento às leis e normas e conectar colaboradores, fornecedores, acionistas
e investidores.
A administração da Taurus Armas S.A é exercida por um Conselho de Administração, com funções deliberativas; por uma Diretoria,
com funções representativas e executivas; e por comitês de assessoramento ao Conselho de Administração, sendo: (i) Comitê de
Auditoria e Riscos; (ii) Comitê de Ética, (iii) Comitê de Privacidade de Segurança da Informação e (iv) Comitê de ESG. Esses comitês
visam propor e manter atualizadas as diretrizes/regras das políticas vinculadas à governança, analisar eventuais violações às
políticas e, na hipótese de ser identificado seu descumprimento, encaminhar parecer para o Conselho de Administração. Já o
Conselho Fiscal da companhia é de funcionamento permanente, com as atribuições previstas em lei.
Social
A Taurus reforça o comprometimento na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas e no ambiente colaborativo entre
pessoas, empresas e sociedade.
Com o intuito de ampliar a inclusão e possibilitar a comunicação entre todos os colaboradores da unidade brasileira, a Taurus
realizou o primeiro módulo do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), ministrado pelo SENAI, com a participação de 60
colaboradores, que atuarão como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, promovendo a inclusão de pessoas surdas. A
iniciativa faz parte do programa Taurus de Educação Continuada, oferecido para capacitação dos profissionais que atuam na
Companhia. A Taurus já prevê o Módulo II do curso de Libras, assim como uma nova turma para o Módulo I.
Além disso, um grupo de 12 alunos, da 2ª turma do projeto social “Taurus do Bem - Respeitando as diferenças em prol da
igualdade”, visitou, no mês de agosto, o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. A iniciativa faz parte da prática
pedagógica e visa inspirar os alunos para a criação de suas obras de arte durante as oficinas do projeto, em parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Ambiental
Ciente de suas responsabilidades ambientais, a Taurus tem como premissa a constante busca de aperfeiçoamento do sistema de
gestão ambiental, contando com uma equipe capacitada e dedicada que atua na gestão ambiental de todos os processos
existentes na unidade de São Leopoldo (RS), além de garantir a aplicação de boas práticas ambientais de novos projetos.
As licenças de operação vigentes das empresas do grupo são fiscalizadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM),
órgão responsável pelo licenciamento ambiental do estado do Rio Grande do Sul e vinculada à Secretaria Estadual do Meio
Ambiente.
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A Taurus possui uma estação de tratamento (ETE) para efluentes industriais e sanitários, em que o efluente é tratado e testado
para garantir os parâmetros aceitáveis de descarte na rede pública de esgoto, procedimento autorizado pela licença ambiental de
operação vigente.
A gestão de resíduos segue as melhores práticas do mercado. Para toda saída de resíduos da Taurus são emitidos os documentos
legais necessários para acompanhamento das cargas. Indicadores de geração de resíduos são acompanhados mensalmente e
passam por análise crítica, no intuito de buscar oportunidades de redução na fonte, junto as áreas geradoras.
O presente documento pode conter afirmações que se constituem em perspectivas futuras dos negócios da Companhia. As projeções, resultados
e seus impactos dependem de estimativas, informações ou métodos que podem estar imprecisos e podem não se confirmar. Essas estimativas
também estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições, que incluem, entre outras, condições gerais econômicas, políticas e comerciais no Brasil
e nos mercados externos onde a Companhia atua, e regulamentações governamentais existentes e futuras. Acionistas e possíveis investidores
são aqui alertados de que nenhuma dessas previsões e/ou expectativas representa garantia de desempenho futuro, pois envolvem riscos e
incertezas. Os resultados futuros e a perspectiva de criação de valor para os acionistas poderão diferir de maneira significativa daqueles expressos
ou sugeridos pelas declarações com relação ao futuro. Muitos dos fatores que irão determinar esses resultados e valores estão além da
capacidade de controle ou previsão da Taurus. A Companhia não assume, e especificamente nega, qualquer obrigação de atualizar quaisquer
previsões, que fazem sentido apenas na data em que foram feitas.
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