Aula Do Crime - Parte 2
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PARTE II
RODRIGO GOMES
@RODRIGO37GOMES
Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: Consultor Legislativo
Age com dolo eventual ou indireto a pessoa que
A- prevê que o resultado típico pode ser uma consequência de seu comportamento, porém
lhe é indiferente se ela se realizará ou não.
B- comete um crime consciente de que haverá resultados indesejáveis, mas que são
decorrência natural da forma de execução escolhida para alcançar o seu objetivo.
C- instigado por terceiro a um comportamento reprovável, comete um crime por
imprudência.
D- reconhece a possibilidade de causar o resultado típico e decide prosseguir na execução
porque confia sinceramente que isso não acontecerá.
E- se vale intencionalmente de terceiro inocente, que executa o crime sem saber o que faz.
GAB: A
Dolo eventual - Apesar de o sujeito não desejar o resultado danoso, prevê e aceita a
possibilidade do resultado.
A- que, após iniciar os atos de execução, voluntariamente, impede que o resultado se produza,
responderá pelo resultado pretendido inicialmente;
B- que, por ato voluntário, repara o dano causado, em crime praticado com violência à pessoa, até o
recebimento da denúncia ou da queixa, terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3;
C- que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução, só responde pelos atos até então praticados;
D- responde pela tentativa, nos crimes culposos, ao não observar o dever de cuidado a que estava
obrigado;
E- não responde pela tentativa, quando, por ineficácia relativa do meio, é impossível consumar-se o crime.
GAB: C
● ACIDENTAL:É o que recai sobre elementos acessórios que não fazem desaparecer o crime divididos em:
ERRO SOBRE OBJETO: Agente confunde o objeto material atingindo outro que não o desejado .
Responderá pelo delito considerando-se o objeto material efetivamente atingido.Ex: Quer furtar um
celular e furta um relógio
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução
do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o
fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a
regra do art. 70 deste Código ( concurso formal)
Exclusão de ilicitude
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou
no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
1-ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual*, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio*, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
ATENÇÃO:
DE O bem preservado pertence a outra pessoa, mas esse bem jurídico deve
ser INDISPONÍVEL.Ex: a VIDA.Sendo disponível, caberá a própria pessoa
TERCEIRO defendê-lo, mas esse titular pode solicitar alguém para defendê-lo
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o
agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de
crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ATENÇÃO:
- O Uso moderado é o Disponível no momento;
- A agressão injusta é de uma conduta humana;
- Inimputáveis: é cabível LD, pois podem agir voluntariamente e de forma lícita, embora não serem passíveis de culpa.
- Deve se ter cuidado para o elemento subjetivo da conduta não ser crime. Ex: Forçar a LD.
- DUELO: Não é Legítima Defesa e sim Induzimento ao suicídio.
- Não cabe LD PRETÉRITA OU FUTURA.
2.2-ESPÉCIES DE LEGITIMA DEFESA
TERCEIRO
Quando não existe injusta agressão, mas por ERRO ou má apreciação sobre a
PUTATIVA situação fática o agente acredita que exista.Ex1:PM que foi ameaçado e se depara
com o ameaçador que leva mão à cintura.
Aplica-se a questão do ERRO de tipo escusável ou inescusável.
É a que decorre da REAÇÃO contra o EXCESSO.Ex: Fulano cospe em
Beltrano para humilhar a honra.Beltrano saca da arma efetua disparos em
SUCESSIVA Fulano que reage ao excesso e também efetua disparos.Fulano está em
legítima defesa.Ele começou, mas Beltrano entrou em excesso.
PERMANENTE Ocorre quando o perigo é constante.Ex: Preso jurado de morte por companheiro
de cela.
Ocorre quando para repelir a injusta agressão o agente erra o alvo atingindo
ABERRANTE pessoa diversa da pretendida, ou seja, ocorre Erro na Execução.Considera-se
atingido a pessoa diversa da pretendida, ou seja, no caso o agressor.
DIFERENÇAS ENTRE
ESTADO DE NECESSIDADE E LEGÍTIMA DEFESA
ESTADO DE NECESSIDADE LEGÍTIMA DEFESA
Há conflito entre bens jurídicos. Há INJUSTA AGRESSÃO a um bem jurídico..
Bem jurídico está sofrendo EXPOSIÇÃO AO PERIGO Bem jurídico está sofrendo AGRESSÃO.
A preservação do bem jurídico é por ATAQUE. A preservação do bem jurídico é por DEFESA.
3-ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
-O agente pratica um fato típico em cumprimento a um -É atuação do agente conforme um direito que está
dever previsto em lei estando acobertado por essa previsto em lei ou diante de um direito subjetivo, pois
excludente. esse “direito” é entendido em sentido amplo.
-Eventuais terceiros envolvidos em uma ação também
estarão acobertados por essa excludente -Ex: Atleta de MMA que vem a agredir o outro não
-Não é exclusivo de Servidores Públicos, pois comete crime, pois ambos estão se submetendo a
particulares também podem agir ECDL. uma prática desportiva que permite a conduta
-ATENÇÃO:
Ex: PM que diante de alguma ocorrência tenha que Caso o mesmo atleta descumpra as regras, ex: pisar
imobilizar uma pessoa, mas acaba lesionando-a. na cabeça , e causar-lhe lesões, poderá responder
pelo crime que cometer naquele momento.
Ex: Advogado que sega a dar depoimento sobre
algum fato que teve ciência em razão da profissão
REQUISITOS:
Consentimento deve ser válido;
Bem jurídico deve ser próprio e disponível( vida é indisponível e o interesse público se sobrepões ao particular);
Consentimento deve ser prévio ou concomitante à conduta
Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: Promotor de Justiça Substituto
A- exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
B- sempre isenta o agente de pena.
C- não isenta o agente de pena, mas esta será diminuída de um sexto a um terço.
D- não tem relevância na punição do agente, pois o desconhecimento da lei é
inescusável.
E- se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de um
sexto a um terço.
GAB: A
c) Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.