Dir Penal - Do Crime
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Teoria do Crime
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DIREITO PENAL
Teoria do Crime
DO CRIME
Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. (Arts. 20 a 22).
ERRO
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
CULPA PRÓPRIA resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, mas, sendo previsível, o causa
por imprudência, negligência ou imperícia.
1. (FCC - TJ/SC - 2015) O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do
erro de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas causas de justificação amolda-se
ao conceito de
a) culpa imprópria.
b) dolo eventual.
c) culpa inconsciente.
d) culpa consciente.
e) dolo direto.
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não
se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa
contra quem o agente queria praticar o crime.
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Teoria do Crime
Há dois tipos de erro de tipo: erro de tipo essencial e erro de tipo acidental.
Erro de tipo Essencial - é aquele que impede o agente de compreender o caráter criminoso
do fato. Ele se apresenta de duas maneiras:
A) Invencível, inevitável, desculpável ou escusável: aquele que não poderia ser evitado, nem
mesmo com emprego de uma diligência mediana;
B) Vencível, evitável, indesculpável ou inescusável: aquele que poderia ter sido evitado, se o
agente empregasse mediana prudência.
Erro de Tipo Acidental - É o erro que incide sobre dados irrelevantes da figura típica.
A) Erro sobre o Objeto - Objeto material de um crime é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai
a conduta. O erro sobre o objeto é juridicamente irrelevante, pouco importa que o agente queira
roubar um celular e roube uma carteira, que queira furtar um relógio de ouro e furte um de latão
pintado. Furto é subtrair coisa alheia móvel, independente de qual coisa seja. Responderá o
agente por furto independente do erro.
B) Erro sobre a Pessoa - O agente pensa estar matando uma pessoa quando está matando
outra. Supondo estar ferindo seu desafeto, o agente fere o gêmeo de seu desafeto. Para o
direito pouco importa que o agente tenha errado, importa o atentado ao bem jurídico tutelado.
Acrescente-se que se o marido pensa estar matando a esposa para poder se casar com a amante
(fato que configura agravante por motivo torpe) e mata outra mulher qualquer, ainda
responderá por homicídio qualificado, mesmo tendo errado a vítima.
C) Erro na Execução/ aberratio ictus - O agente ao tentar matar uma pessoa, por erro na
execução atinge outra matando-a. Responde independente do erro, pelo crime consumado. É
importante diferenciar erro na execução de erro sobre a pessoa. No primeiro o agente acerta
outra pessoa porque errou na execução da ação; já no segundo o agente não erra na execução,
e pensa estar matando a pessoa que desejava, quando na verdade atingiu a pessoa errada.
D) Resultado Adverso do Pretendido - O agente pretende estilhaçar com uma pedra a vidraça
de sua vizinha que lhe incomoda, mas instantes antes da pedra atingir a vidraça, a vizinha
aparece para abrir a vidraça e é atingida pela pedra em sua cabeça e morre. Neste caso
ocorreu um resultado adverso do pretendido, pois o agente pretendia causar dano material e
acabou causando um homicídio. Como não houve intenção o agente responde por homicídio
culposo, uma vez que não se constate a vontade do agente.
Se inevitável (ESCUSÁVEL)
Isenta de pena
O ERRO SOBRE A ILICITUDE
Se evitável (INESCUSÁVEL)
Poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
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Teoria do Crime
O erro de proibição direto recai sobre seu comportamento, o agente acredita sinceramente
que sua conduta é lícita. Pense, por exemplo, turista que trazia consigo maconha para consumo
próprio, pois em seu país era permitido tal uso.
Por seu turno, o erro de proibição indireto se dá quando o agente supõe que sua ação, ainda
que típica, é amparada por alguma excludente de ilicitude.
4. (FCC - TRE/CE) Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar:
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
dolosamente.
b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa do meio, é impossível
consumar-se o crime.
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se evitável, poderá diminuí-la de
um sexto a um terço.
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena e serão
consideradas, neste caso, também, as condições ou qualidades da vítima.
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, ainda que não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
QUESTÕES COMENTADAS
DIREITO PENAL
Teoria do Crime
1. (FCC - TJ/SC - 2015) O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do
erro de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas causas de justificação amolda-se
ao conceito de
a) culpa imprópria.
b) dolo eventual.
c) culpa inconsciente.
d) culpa consciente.
e) dolo direto.
Gabarito: A.
Derivada do erro evitável/inescusável nas descriminantes putativas sobre
a situação fática (CP, art. 20, §1º) ou do excesso nas justificativas. Na
verdade, a conduta é dolosa, mas o legislador determina a aplicação da
CULPA IMPRÓPRIA pena do crime culposo, em virtude do erro de respresentação antes da
manifestação da conduta. Ex.: o agente, supondo-se na iminência de uma
injusta agressão, atira contra o imaginário agressor (legítima defesa
putativa evitável)
Gabarito: E.
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei.
4. (FCC - TRE/CE) Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar:
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
dolosamente.
b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa do meio, é impossível
consumar-se o crime.
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se evitável, poderá diminuí-la de
um sexto a um terço.
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena e serão
consideradas, neste caso, também, as condições ou qualidades da vítima.
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, ainda que não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Gabarito: C.
Se inevitável (ESCUSÁVEL)
Isenta de pena
O ERRO SOBRE A ILICITUDE
Se evitável (INESCUSÁVEL)
Poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
A coação irresistível e a obediência hierárquica excluem a culpabilidade. Sendo punível apenas quem
deu a ordem!