Erro de Tipo
Erro de Tipo
Erro de Tipo
Significado e os efeitos.
Belo Horizonte
2020
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Significado e os efeitos.
Belo Horizonte
2020
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ERRO DE TIPO:
O erro de tipo é a substituição na Reforma Penal de 1984 do erro de fato do
antigo C.P. de 1940 que tratava dos elementos objetivos do tipo penal. Essa
substituição serviu para abranger além dos elementos objetivos, os elementos
subjetivos e normativos que de maneria eventual são descritos na conduta
criminosa.
A previsão legal do erro de tipo se encontra no art. 20, caput, do CP: “O erro
sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei”. É importante ressaltar que o tipo legal
de crime definido no art. acima é o tipo penal incriminador.
O erro de tipo segundo o artigo mencionado acima, é quando falta a
percepção da realidade em relação aos elementos que compõem o tipo penal,
denomina-se erro de tipo essencial.
Exemplificando: Um agente no estacionamento de um supermemrcado ao
apertar o botão da chave e o insere no automóvel buscando desativar o alarme,
adentra o carro após escutar o barulho e insere a chave na iginição, lidando e indo
para casa. Chegando no estacionamento do condomínio onde mora percebe que o
carro em questão não é o seu, tendo ocorrido então um engano. Nesse exemplo, o
agente não praticou furto, pois acreditava ser sua a coisa móvel em questão, mas,
errou pois preenche o quesito “alheia” do crime de furto. Entreteanto, o instituto do
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tipo penal do delito de furto, impede que o agente compreenda o aspecto ilícito do
fato por ele praticado.
Já para outros doutrinadores, erro de tipo é oq eu recai sobre os elementos e
condições da figura típica, como qualificadoras e agravantes genéricas. Além dessa,
outra definição seria o erro não limitado a impedri o agente de compreender a
ilicitude do dato ocorrido, inclui também as cirscunstâncias relacionadoras do fato.
Erro de tipo e a relação com os crimes impróprios:
Nos delitos omissivos impróprios (omissivos espúrios ou comissivos por
omissão), o agir é definido pelo dever prescrito no art. 13, § 2° do CP e serve de
elemento carcaterístico do tipo em questão.
Assim, a incidência do erro de tipo não é impedida em relação ao dever de
agir objetivando evitar o resultado, mas, considerando a relação de normalidade ou
o perigo do caso concreto. Isto quer dizer, que no âmbito dos crimes omissivos
impróprios é cabível o erro de tipo.
Exemplo: Um banhista estar se afogando no mar, ser avistado pelo salva-
vidas mas pela visão dele parecer estar brincando ou dançado com terceiros, mas
não se afogando decide por não tomar nenhuma atitude, mais tarde o mesmo
banhista é retirado do mar sem vida por outrem. Nesse caso, pode-se reconhecer
com base na previsão do art. 20, caput, CP a aplicação dos efeitos inerentes a esse.
Espécies de erro de tipo: definir a natureza do erro na análise do caso concreto
levando em conta as condições em que o fato ocorreu é fundamental. As espécies
são:
1). Escusável (inevitável, invencível ou desculpável): essa modalidade não
deriva da culpa do agente, logo, mesmo em caso que ele aja com a cautela e
prudência esperada de um “homem médio”, não seria possível evitar a falsa
compreensão da realidade sob os elementos que constituem o tipo penal.
2). Inescusável (evitável, vencível ou indesculpável): essa modalidade advém
da culpa do agente, ou seja, caso ele empregue cautela e prudência do “homem
médio” seria possível evitar, baseado na capacidade de compreensão do caráter
criminoso do fato.
“homem médio”: É um modelo social que funciona como previsão para as
ações e comportamento da maioria dos indivíduos que compõem a sociedade.
Efeitos do erro de tipo:
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ERRO DE PROIBIÇÃO:
É falsa percepção quanto à ilicitude do fato, ou seja, tem relação com o
conteúdo da norma aprendida no dia-a-dia e serve de base para o conhecimento do
que é certo e errado. Foi incluído após a Reforma Penal o erro quanto à ilicitude do
fato, já que é uma possibilidade o agente agir movido por vontade a conduta típica
sem ideal de que é proibida.
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Referências:
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral, volume I / Rogério
Greco. – 19. ed. – Niterói, RJ: Impetus, 2017.
MASSON, Cleber. Direito Penal esquematizado: parte geral-vol. 1/ Cleber
Masson.- 11°. ed. rev.. atual. E ampl.- Rio de Janiero: Forense: São Paulo: Método,
2017.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal/ Guilherme Nucci. –
14. Ed. – [3. Reimpr.] – Rio de Janeiro: Forense, 2018.