Resumo de Direito Penal 2 bIMESTRE
Resumo de Direito Penal 2 bIMESTRE
Resumo de Direito Penal 2 bIMESTRE
Desistência voluntária
A desistência voluntária ocorre quando o agente não dá prosseguimento
à execução da infração penal por sua própria vontade, ou seja, o agente
inicia a prática do delito, que somente não se consuma, porque ele
desistiu da ação, que poderia ter continuado com os atos executórios,
mas não o fez. Na desistência voluntária o agente, embora tenha
iniciado a execução, não a leva adiante, desistindo da realização típica.
Ex.: sujeito que ingressa na casa da vítima e desiste da subtração que
pretendia efetuar; sujeito que efetua apenas um disparo, havendo mais
munição, e desiste na ação criminosa.
Arrependimento Eficaz
O agente, após ter esgotado todos os meios de que dispunha,
necessários e suficientes para a obtenção do resultado, arrepende-se e
evita que o mesmo aconteça. Assim, o agente pratica nova atividade
para evitar que o resultado ocorra. Também não é necessário que o
arrependimento seja espontâneo, bastando que seja voluntário (atuação
livre). O êxito da atividade impeditiva do resultado é indispensável. Caso
contrário, não será eficaz.
Ex.: sujeito ministra antídoto à pessoa envenenada e esta se salva
Arrependimento Posterior
ERRO DE TIPO
erro de tipo está no art. 20, “caput”, do Código Penal. Ocorre, no caso concreto,
quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina
estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma
conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita
A) Erro Essencial
Ocorre o erro essencial quando ele recai sobre elementares, qualificadoras,
causas de aumento de pena e agravantes, ficando-as excluídas se o erro foi
escusável. Portanto, nesta forma, o agente não tem plena consciência ou
nenhuma de que esta praticando um conduta típica.
O erro essencial por sua vez se desdobra em duas modalidades, a saber:
a) Escusável ou Invencível – está previsto no art. 20, “caput”, 1.º parte. Verifica-
se quando o resultado ocorre, mesmo que o agente tenha praticado toda
diligencia necessária, em suma, naquela situação todos agiriam da mesma
forma.
Ocorrendo esta modalidade, ter-se-á por excluído o dolo e também a culpa.
Logo, se o erro recai sobre uma elementar, exclui o crime, se recai sobra
qualificadora, exclui a qualificadora e assim por diante.
As conseqüências processais são de suma importância pois, havendo
inquérito, deve o membro do “parquet”pedir seu arquivamento, e se houver
ação penal, deve pedir o trancamento.
b) Vencível ou Inescusável – previsto no art. 20, 1º parte, CP. Se dá quando o
agente, no caso concreto, em não agindo com a cautela necessária e
esperada, acaba atuando abruptamente cometendo o crime que poderia ter
sido evitado.
B) Erro de Tipo Acidental
O erro acidental, que recai sobre circunstâncias secundárias do crime. Não
impede o conhecimento sobre o caráter ilícito da conduta, o que por
consectário lógico não obsta a responsabilização do agente, devendo
responder pelo crime.
Esse erro possui várias espécies, a saber:
a) Erro sobre o objeto: o agente supõe estar praticando a conduta contra o
objeto material que deseja, mas por erro acaba atingindo outro. Ex: uma
pessoa querendo furtar um aparelho de televisão que encontra-se em
embalagem fechada, entra na loja da vítima, acaba, porém, levando uma
máquina de lavar. Observe que o erro do agente é acidental e irrelevante,
consoante mencionado supra, respondendo assim pelo crime.
b) Erro “ in persona”: o agente com sua conduta criminosa visa certa pessoa,
mas por erro de representação, acredita ser aquela em que efetivamente
deseja atingir. Um exemplo ajuda entender essa espécie: Júnior, atirador de
elite, resolve dar cabo na vida de José, seu pai. Para tanto usa de seus
conhecimentos de atirador, esperando que seu pai passe, como de costume,
pelo local onde o aguarda. Então vem um indivíduo com os mesmos caracteres
físicos de seu pai. João prepara sua melhor mira e atira, mas acaba matando
Pedro, irmão gêmeo de José, seu pa
c) Erro na execução ou “aberratio ictus”: ocorre quando o agente por execução
imperfeita acaba atingindo um terceiro que, em regra, não fazia parte do seu
“animus”. Ex: Júnior, um desastrado, resolve matar seu irmão. Quando este
passa pelo local esperado Júnior atira, mas por erro de pontaria, acaba não por
atingir seu irmão, mas a namorada deste, que estava ao seu lado.
Havendo resultado único o agente responde por um só crime, mas levando-se
em conta as condições pessoa que queria atingir, nesse sentido art. 73 CP.
d) “aberratio causae”: neste caso o erro recai sobre o nexo causal, é a hipótese
do dolo geral. Um exemplo nos leva à compreensão da espécie, ex: A dá várias
facadas em B e, presumindo que esteja morto, atira-o de um precipício, mas B
vem a morrer com a queda e não em razão das facadas – nesses casos, não
haverá exclusão do dolo, punindo-se o autor por crime doloso.
e) Resultado diverso do Pretendido ou “aberratio delicti” – nesta espécie de
erro do tipo, o agente quer atingir determinado bem jurídico, mas atinge outro.
Ex: Júnior quer atingir a vidraça, mas por erro de pontaria acaba por acertar a
cabeça de José. Neste caso o agente só responde por lesões culposas, que
absorve a tentativa de dano.
ERRO DE PROIBIÇÃO
Assim dispõe o art. 21, CP: “O desconhecimento da lei é inescusável. O erro
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuir a pena de um sexto a um terço”.
EXCLUDENTES DA ILICITUDE
EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE
A excludente de culpabilidade é uma das situações onde o sujeito que
cometeu um crime é afastado ou excluído da culpa de tê-lo cometido.
Isso quer dizer que houve um ato ilícito e tipificado como tal no Código
Penal, mas o agente que o cometeu não é responsável pela culpa de tê-
lo cometido.
Imputabilidade;
A imputabilidade é a capacidade psíquica do agente de compreender o
caráter ilícito de determinada conduta.