Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Apostila - 2013 61 70

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

116.

Um esquimó escorrega do alto de um iglu, um domo he-


misférico de gelo de altura 3 m.

(a) De que altura h, acima do solo, o esquimó perde o con-


tato com a superfı́cie do iglu?
(b) A que distância d da parede do iglu ele cai?

117. Uma conta de massa m = 300 g, enfiada em um aro circular


de raio R = 1 m, situado em um plano vertical, está presa
por uma mola de constante de mola k = 200 N/m ao ponto
C, localizado no topo do aro. Na posição relaxada da mola,
ela está localizada em B, o qual é o ponto mais baixo do aro.
Se soltarmos a conta, a partir do repouso, do ponto A, que
faz um ângulo de 60◦ com B, como indicado na figura 2.37,
com que velocidade ela atinge o ponto B?

60
A
B
Figura 2.37: Esquema do aro circular e da conta do exercı́cio 117.
118. O cabo de um elevador de 20 kN rompe-se, quando ele está
parado no primeiro andar, de modo que o piso do elevador
encontra-se a uma distância d = 3, 5 m acima de uma mola
amortecederora, cuja constante de mola é k = 150 kN/m.
Um sistema de segurança prende os trilhos laterais que ser-
vem de guia, de modo que uma força de atrito constante de
4,5 kN opõe-se ao movimento do elevador após o rompimento
do cabo. Determine:

Instituto de Fı́sica/2013 61
(a) A velocidade do elevador imediatamente antes de atin-
gir a mola;
(b) A deformação máxima da mola ;
(c) A altura que o elevador subirá de volta, a partir da
posição inicial da mola relaxada;
(d) A distância total, aproximada, percorrida pelo elevador
antes de parar totalmente, utilizando, para isto, o prin-
cı́pio da conservação de energia. Porque esta resposta
não é exata?

119. Uma moeda de massa m = 2 g é pressionada sobre uma mola


vertical, comprimindo-a em 1,0 cm. A constante elástica da
mola é 40 N/m. A que altura h, a partir da posição inicial,
se elevará a moeda quando a mola for liberada?

120. Um bloco de massa m = 10 kg é solto em repouso em um


plano inclinado de 45◦ em relação ao plano horizontal, com
coeficiente de atrito cinético µc = 0, 5. Depois de percorrer
uma distância d = 2 m ao longo do plano inclinado, o bloco
colide com uma mola de constante k = 800 N/m, de massa
desprezı́vel, que se encontrava relaxada, de acordo com o
esquema mostrado na figura 2.38.

Figura 2.38: Plano inclinado e corpo do exercı́cio 120.

(a) Qual é a compressão sofrida pela mola?

Instituto de Fı́sica/2013 62
(b) Qual é a energia dissipada pelo atrito durante o trajeto
do bloco desde o alto do plano até a compressão máxima
da mola? Que fração representa da variação total de
energia potencial durante o trajeto?
(c) Se o coeficiente de atrito estático com o plano é de
µe = 0, 8, que acontece com o bloco logo após colidir
com a mola?

121. Num parque de diversões, um carrinho desce de uma altura


h, a partir do repouso, para dar a volta no loop de raio R
indicado na figura 2.39.

B
q

Figura 2.39: Esquema do loop do exercı́cio 121.


(a) Desprezando o atrito do carrinho com o trilho, qual é
o menor valor de h = h1 necessário para permitir ao
carrinho dar a volta completa?
(b) Se R < h < h1 o carrinho cai no trilho em um ponto
rotulado por B, quando ainda falta percorrer mais um
ângulo θ para chegar até o topo A. Calcule θ.
(c) Que acontece com o carrinho para h < R?

122. Uma partı́cula de massa m = 1 kg se move ao longo da


direção x sob o efeito da força F(x) = 3x2 − 12x + 9 (N).

(a) Tomando U(1) = 0 J, calcule a energia potencial da


partı́cula;

Instituto de Fı́sica/2013 63
(b) Faça um gráfico de U(x) em função de x para o intervalo
de posições −0, 5 < x < 4, 5 m. Determine as posições
de equilı́brio e discuta suas estabilidades.
(c) Considere o caso em que a partı́cula parte da origem
com velocidade nula. Discuta o movimento da partı́cula
nesta situação. Qual será a velocidade máxima e em
que ponto isso ocorrerá?
(d) Para que valores da energia mecânica total a partı́cula
poderá apresentar um comportamento oscilatório?

123. Uma partı́cula está submetida a uma força dada pela energia
potencial U(x, y) = 3x2 y − 7x.

(a) Qual é a força ~F(x, y) a que ela está sujeita?


(b) Qual é a variação da energia cinética entre os pontos
(0,0) e (1,1)? Este resultado depende do caminho per-
corrido pela partı́cula? Justifique.

124. Uma partı́cula de massa m = 2 kg move-se ao longo do


eixo x sob a ação de uma força conservativa F(x) em uma
região onde a energia potencial U(x) varia conforme o gráfico
apresentado na figura 2.35.

U(J)
4

0
2 4 6 8 10 12 x(m)
-2

-4

Figura 2.40: Gráfico da energia potencial do exercı́cio 124.


(a) Quais são os pontos ou as regiões de equilı́brio?

Instituto de Fı́sica/2013 64
(b) Se a energia mecânica total for ETOTAL = 5 J determine
as regiões permitidas para o movimento da partı́cula;
(c) Determine a energia cinética da partı́cula em x = 12 m;
(d) Determine o trabalho realizado pela força F(x) para
deslocar o corpo desde x = 1, 5 m até x = 12 m;
(e) Se a partı́cula tem energia cinética nula quando posi-
cionada em x = 1, 5 m, qual é a energia mı́nima que
deve ser fornecida para que ela possa atingir a posição
x = 12 m? Neste caso, qual sua energia cinética em
x = 12 m?

125. Uma partı́cula de massa m = 6 kg move-se em uma trajetória


retilı́nea sob a ação de uma força conservativa F(x) = x − x3 ,
onde x é medido em metros e F em Newtons.

(a) Determine a expressão da energia potencial associada


a esta força, a qual satisfaz a condição U(0) = 1/4;
(b) Esboce o gráfico de U(x) × x;
(c) É possı́vel esta partı́cula ter uma energia mecânica total
igual a 0,15 J? Justifique.
(d) Supondo que a partı́cula parta da origem com velo-
cidade 0,5 m/s, encontre a energia mecânica total da
partı́cula. Nesse caso seu movimento é oscilatório? Se
sim, encontre os pontos de retorno clássico.

126. Ionização do átomo de hidrogênio. No modelo de Bohr do


átomo de hidrogênio, o elétron segue uma órbita circular em
torno do próton. No estado de energia mais baixo, o raio da
órbita é R = 0, 529 × 10−10 m. A força que o próton aplica
no elétron é dada por

k e2
F(r) = − ,
r2
onde e = 1, 6 × 10−19 C e k = 9 × 109 N m2 /C2 .

Instituto de Fı́sica/2013 65
(a) Calcule o trabalho que a força elétrica realiza para tra-
zer o elétron de uma distância muito grande (r → ∞)
até a posição r = R e determine a energia potencial do
elétron em r = R;
(b) Calcule a energia cinética do elétron nesta órbita;
(c) Qual é a energia de ligação do elétron?

Instituto de Fı́sica/2013 66
Capı́tulo 3

Coordenadas polares e o
movimento circular

3.1 Vetores polares unitários: êr e êθ


y
e^q
e^r
^

r q
x

• êr ⇒ versor na direção radial e sentido para fora, com |êr | =


1 e direção e sentido variando com o tempo.

• êθ ⇒ versor na direção tangencial, perpendicular à êr , sen-


tido anti-horário, com |êθ | = 1 e direção e sentido variando
com o tempo.

67
Vamos escrever os versores polares em termos dos versores car-
tesianos:

êr = cos θ(t) ı̂ + sin θ(t) ̂

êθ = − sin θ(t) ı̂ + cos θ(t) ̂

Como êr e êθ dependem implicitamente do tempo, pois o ângulo


θ varia com o tempo, então suas derivadas em relação ao tempo
não são nulas, de modo que:

d êr d cos θ(t) d θ d sin θ(t) d θ


= ı̂ + ̂ =
dt dθ dt dθ dt

= − sin θ(t) ω(t) ı̂ + cos θ(t) ω(t) ̂ = ω(t) êθ ;

d êθ d sin θ(t) d θ d cos θ(t) d θ


= − ı̂ + ̂ =
dt dθ dt dθ dt

= − cos θ(t) ω(t) ı̂ − sin θ(t) ω(t) ̂ = −ω(t) êr .

Portanto, temos que

d êr
= ω(t) êθ
dt

d êθ
= −ω(t) êr
dt

3.2 Vetores posição, velocidade e acelera-


ção em coordenadas polares
Utilizando as coordenadas polares, podemos escrever o vetor posição
de uma partı́cula, em movimento circular, como:

Instituto de Fı́sica/2013 68
~r (t) = R êr

onde R é o raio da órbita circular. O vetor velocidade da partı́cula


será:
d~r d êr
~v (t) = =R
dt dt

~v (t) = R ω(t) êθ

mostrando que o vetor velocidade da partı́cula tem direção sempre


tangente à trajetória e módulo R ω. Podemos obter o vetor ace-
leração derivando o vetor velocidade:

d ~v d
~a (t) = = R [ω (t) êθ ]
dt dt
dω d êθ
= R êθ + Rω (t)
dt dt

~a (t) = R α (t) êθ − R [ω (t)]2 êr

Assim, o vetor aceleração de uma partı́cula em movimento cir-


cular tem duas componentes: uma tangencial e uma radial. A
componente radial é chamada de aceleração centrı́peta, está sem-
pre presente em um movimento circular, seja ele uniforme ou não,
e seu sentido é sempre para dentro. A componente tangencial
é não nula somente se o movimento for acelerado. Desse modo,
podemos escrever que

~a (t) = aT êθ − acp êr

com

d |~v|
aT (t) = R α (t) = R ddωt =
dt

Instituto de Fı́sica/2013 69
v2
acp (t) = ω 2 R =
R
q
| ~a (t)| = a2T + a2cp

Instituto de Fı́sica/2013 70

Você também pode gostar