O documento discute mitologia e resume os principais pontos sobre: 1) A definição de mito e sua importância para explicar fenômenos naturais e valores culturais; 2) As principais mitologias como a grega, romana e do Egito Antigo; 3) Como os mitos eram usados para organizar sociedades antigas.
O documento discute mitologia e resume os principais pontos sobre: 1) A definição de mito e sua importância para explicar fenômenos naturais e valores culturais; 2) As principais mitologias como a grega, romana e do Egito Antigo; 3) Como os mitos eram usados para organizar sociedades antigas.
O documento discute mitologia e resume os principais pontos sobre: 1) A definição de mito e sua importância para explicar fenômenos naturais e valores culturais; 2) As principais mitologias como a grega, romana e do Egito Antigo; 3) Como os mitos eram usados para organizar sociedades antigas.
O documento discute mitologia e resume os principais pontos sobre: 1) A definição de mito e sua importância para explicar fenômenos naturais e valores culturais; 2) As principais mitologias como a grega, romana e do Egito Antigo; 3) Como os mitos eram usados para organizar sociedades antigas.
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O Saber Mítico
Me. Evandro Roque
Afresco de Rafael (Raffaelo Sanzio, 1483/1520) e discípulos. Teto da Loggia di Psiche, Vila Farnesina, Itália. Livros Recomendados Filmes Recomendados Séries Recomendadas Mito A palavra vem do grego “mythós” e significa narrativa, lenda. Trata-se de narrativas fantasiosas que apelam ao mistério sobrenatural para explicar a origem do universo, o funcionamento da natureza e a origem dos valores morais do próprio povo. Mitologia A palavra “mitologia” vem da junção de duas palavras gregas; mythós, que significa “narrativa”, e logia, “conhecimento”. Trata-se do estudo ou interpretação dos mitos. Mitologias Quase todas as culturas humanas desenvolveram uma mitologia própria para explicar suas origens e entender os fenômenos naturais. • Grécia Antiga • Roma Antiga • Norte da Europa • Ásia • As Américas • Egito Antigo e África • Oceania Grécia Antiga – A origem do universo, os deuses olímpicos, a guerra entre os deuses e titãs etc. Roma Antiga – A fundação de Roma, Numa engana Júpiter, Vesta e Príapo etc. Norte da Europa – A criação do universo, Odin e Yggdrasil, a guerra dos deuses etc. Ásia – A descida de Inanna, Marduk e Tiamat, A epopeia de Gilgamesh etc. As Américas – A criação cherokee, Yebá Büró: a Avó da Terra, As aventuras dos gêmeos Sol e Lua etc. Egito Antigo e África – A criação e os primeiros deuses, a barca da noite de Rá, O nome secreto de Rá etc. Oceania - Dreaming, A morte de Luma-Luma, Os démas etc. Os mitos geralmente falam sobre a criação do mundo, preveem seu fim; explicam como os animais foram feitos; como a Terra se formou; fazem uma ponte ligando o mundo dos humanos como o mundo dos espíritos ou deuses; tentam impor uma ordem no caos e confrontar os mistérios da morte. Em muitos casos, os mitos estão na base de algumas religiões. Muitos mitos definem culturas e codificam seus valores morais. Em vários casos, os mitos eram absorvidos e reorganizados por culturas subsequentes. As batalhas entre nações eram batalhas dos deuses. Aqueles que venciam, venciam os deuses dos oponentes. Assim, muitos deuses e mitologias foram reorganizados e renomeados. Normalmente os governantes eram tidos como sendo guiados pelos deuses, cuja vontade cheia de caprichos, era interpretada por sacerdotes. Eram os sacerdotes que dominavam as adorações aos deuses que sempre desejavam ser glorificados e aplacados. Os mitos eram fundamentais para a organização social de muitas civilizações. No Egito antigo, o Faraó era tido como divino e digno de ser servido. Isso fundamentava sua dominação sobre os súditos. Na Grécia antiga (formada por mais de mil cidades- estado), cada cidade tinha um mito fundador e uma divindade protetora. Eram o mito e a divindade que definiam a cidadania. Esses mitos eram complexos e, as vezes, contraditórios. Daí a necessidade das obras de Homero e Hesíodo para a compreensão dessas narrativas. Como a maioria das narrativas mais antigas, os mitos também vieram de uma era anterior à própria escrita. Muitos desses mitos foram preservados, outros, porém, se perderam. Muitos povos ainda preservam as narrativas míticas. Destes, muitos mitos foram transcritos, outros, porém, permanecem na oralidade. Muitos mitos permanecem secretos. Os mitos que chegaram até a atualidade servem para compreender um pouco da expressão cultural daquele povo. Os mitos são emblemas culturais e morais dos povos mais antigos. A Mitologia Grega Os gregos primitivos entraram no território da Grécia por volta de 2000 a.C. na época em que o Egito ainda era uma potência. Esses povos talvez viessem da Rússia ou Ásia central e se estabeleceram na região montanhosa do Peloponeso. Em 1600 a cidade mais importante da Grécia era Mecenas. Descrita por Homero como a “cidade do ouro”. A sociedade micênica chegou ao fim em 1100 a.C. e por volta de 800 a.C. surgiram as primeiras cidades-estado separadas. As mais importantes foram Atenas, Esparta e Corinto. Estas três cidades eram unidas pela mesma língua e adoração. Contudo, a religião grega não era padronizada. Sua mitologia já havia sido emprestada de povos mais antigos. A era clássica grega começo com a queda do império persa em 479 a.C. Ao derrotar o império persa, Esparta e Atenas entraram em guerra pelo domínio da Grécia. Por ser uma potência na guerra, Atenas deu origem ao mais diversos mitos. A era do domínio grego chegou a fim no século IV a.C. quando Alexandre Magno construiu sem império. Por meio das conquistas de Alexandre, a cultura e mitologia grega alcançaram a Ásia Menor, o Egito, Israel, a Mesopotâmia e a Índia. Homero e Hesíodo Foram Homero e Hesíodo que estabeleceram uma ordem sobre a miríade de deuses e crenças herdadas dos primeiros tempos. A poesia de Homero, herdada da tradição oral, foi escrita por volta de 800 a.C. após as migrações devido à ruína da cultura micênica. Seus dois poemas épicos (Ilíada e Odisseia) proporcionaram aos gregos uma história, um panteão e as linhas mestras sobre sua conduta de vida. Pouco a pouco os doze principais deuses do Olimpo foram substituindo as crenças mais antigas. Pelo fato de os poemas épicos terem sido escritos numa sociedade feudal que precedeu a democracia do século V a.C., seus deuses se comportavam como chefes tribais. Os gregos, assim como outros povos tribais, se organizavam em torno da região e identificavam montes, vales e rios com diferentes divindades. Assim, muitos mitos explicavam aspectos da vida agrária (O Rapto de Perséfone por ex. era empregado para explicar os ciclos das estações e colheitas). Silly Sinphony - A Deusa da Primavera (Português-PT) (1934) A Ascensão do Rito No final do século V a.C. surgiram diversos ritos misteriosos no mundo grego. Ritos como os Elêusis (eleusinos) que, praticavam cultos da fertilidade em honra a Deméter e Perséfone que prometia o paraíso aos mortos. O culto a Dionísio (deus do vinho e das colheitas que os romanos chamaram Baco) envolvia danças frenéticas, orgias, bebedeiras e arrebatamento dos sentidos. Diferentemente da adoração pública dos deuses, esses cultos consistiam em ritos e doutrinas secretos e restritos. Atualidade do Mito Me. Evandro Roque Crença Mítica Também chamam-se “mitos” aquelas crenças não- justificadas, comumente aceitas e que, no entanto, podem e devem ser questionadas do ponto de vista filosófico. Ex. O mito da neutralidade científica. O mito do bom selvagem. O mito da superioridade da raça branca etc. A crítica aos mitos, nesse sentido, produziria uma desmistificação dessas crenças. Relação Mito e Filosofia
Me. Evandro Roque
Mito e Filosofia O surgimento do pensamento filosófico-científico na Grécia Antiga (séc. VI a. C.) é visto como uma ruptura com o pensamento mítico, já que a realidade passa a ser explicada a partir da consideração da natureza pela própria natureza, a qual pode ser conhecida racionalmente pelo homem, podendo essa explicação ser objeto de crítica e reformulação; daí a oposição tradicional entre mito e logos. Discurso Alegórico O mito também serve à Filosofia como discurso alegórico. Trata-se de um tipo de ilustração. O uso do mito como ilustração (discurso alegórico) visa transmitir uma doutrina através de uma representação simbólica. Ex. • O mito (alegoria) da Caverna de Platão. • O mito do Sol (Platão). • O mito do Carro e os dois cavalos (Platão). Considerações Finais O mito, antigo ou moderno, é uma narrativa fictícia. Na filosofia o mito é empregado como alegoria ilustrativa e serve para apresentar uma doutrina de forma mais visual. Referências • JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. – 4. Ed. Atual. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. • WILKINSON, Philip. O livro da mitologia; tradução de Bruno Alexander. – 1ª Ed. – São Paulo: Globo Livros, 2018. Exercício Você conhece algum mito moderno? Os mitos modernos são crenças não-justificadas. São basicamente informações falsas muitas vezes difundidas entre os mais leigos e acabam sendo aceitas como verdadeiras. Pesquise um mito moderno e transcreva-o abaixo. (Anexo:58 Mitos Modernos) https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/08/estilo/1431097551_315644. html