Declaracao de Oviedo
Declaracao de Oviedo
Declaracao de Oviedo
Declaração de Oviedo
Dez propostas para integrar a Prevenção nas políticas de
drogas
Preâmbulo
Encorajadas ainda pela recente resolução da Comissão das Nações Unidas sobre
Estupefacientes: 65/4 “Promover a Prevenção Precoce Abrangente e Baseada em
Evidências Científicas”,7 as organizações que apoiam a Declaração de Oviedo visam
reforçar e envolver-se plenamente nos objetivos destas declarações políticas e
compromissos, ao mesmo tempo que reforçam progressos rumo aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável através das dez propostas seguintes.
1 https://www.unodc.org/res/WDR-2023/WDR23_Exsum_fin_SP.pdf
2 https://www.unodc.org/res/WDR-2023/Special_Points_WDR2023_web_DP.pdf
3 https://proyectohombre.es/ https://www.proyectohombreastur.org/
4 https://www.unodc.org/documents/postungass2016/outcome/V1603301-E.pdf
5 https://www.unodc.org/documents/hlr/19-06699_E_ebook.pdf
6 https://www.unodc.org/documents/prevention/UNODC-WHO_2018_prevention_standards_E.pdf
7 https://www.unodc.org/documents/commissions/CND/CND_Sessions/CND_66/ECN72023_CRP8_2303657E.pdf
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Propostas
1. Apelar aos países para que dediquem pelo menos 25% da sua
estratégia e orçamento para as políticas de drogas à prevenção até
2030
Considerando as evidências existentes sobre a eficácia da prevenção e relação custo-benefício,
desafiamos os países a alcançarem um consenso nacional até 2030, comprometendo-se a atribuir e
manter pelo menos um quarto do orçamento total para as políticas de drogas para a prevenção.
Além disso, reiteramos que as políticas devem ser proporcionalmente equilibradas entre medidas
para diminuir a procura e redução da oferta de drogas, garantindo simultaneamente a saúde e a
segurança públicas de todos os indivíduos, bem como os seus direitos humanos.
A prevenção deve começar o mais cedo possível e considerar os períodos a partir da gravidez,
neonatal, infância e adolescência, identificando áreas prioritárias de intervenção familiar, escolar e
comunitária, e continuando na idade adulta. A prevenção eficaz centra-se no fortalecimento dos
fatores de proteção e na capacitação dos indivíduos ao longo da vida, nos níveis pessoal,
emocional e social.
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6. Impulsionar os sistemas de prevenção com diversos parceiros e
documentar a eficácia e a relação custo-eficácia quando
implementados globalmente
Os sistemas de prevenção devem reunir diversas medidas e esforços coordenados de múltiplos
setores governamentais, não governamentais e comunitários para fornecer serviços, em grande
escala, para crianças, jovens e em diferentes idades de desenvolvimento. Os países devem
beneficiar dos serviços de prevenção disponíveis a nível nacional e local ao alinhá-los com os
padrões científicos internacionais. Portanto, deveria ser investido mais recursos para replicar
modelos de prevenção que tenham demonstrado a sua eficácia e a relação custo-eficácia a nível
internacional.
Em linha com uma abordagem de saúde pública, os países devem proporcionar programas de
prevenção do uso de drogas que sejam acessíveis e comportáveis economicamente a todos os
indivíduos em todo o mundo, a nível global e local, e interligada com a promoção da saúde, deteção
e intervenção precoces, redução de danos, tratamento da dependência e integração social, numa
lógica de continuidade de cuidados.
Nos países de baixos e médios rendimentos, e nas regiões que enfrentam crises humanitárias,
podem faltar infraestruturas sociais básicas e de cuidados de saúde. Nestes contextos, o
investimento na prevenção deve ser uma prioridade fundamental. Incentivamos a construção de
parcerias sólidas entre governos, organizações internacionais, a sociedade civil e o setor privado,
bem como o intercâmbio de experiências de prevenção, assim como a contextualização e
localização de estratégias de prevenção com base numa abordagem de não causar danos. Também
encorajamos a implementação de iniciativas para capacitar famílias, outros cuidadores, jovens e
líderes comunitários.
Convidamos os países, a Comissão sobre Narcóticos, o Escritório das Nações Unidas contra a
Droga e o Crime, a Organização Mundial de Saúde e organizações relacionadas a avaliarem
adequadamente a cobertura, relevância, implementação, investimento e eficácia das políticas de
prevenção de drogas nas suas jurisdições através de medidas contínuas e implementação de
sistemas de vigilância e comunicação de dados e relatórios de avaliação internacional, regional,
nacional e local sobre drogas ou estabelecendo monitorização ad hoc, em sólida colaboração com a
sociedade civil.
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Organizações subscritoras:
O período de adesões terá início no dia 1º de janeiro de 2024. A Declaração será lançada na 67ª
Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre Estupefacientes, de 18 a 22 de março de 2024.
Para assinar e visualizar a lista de organizações subscritoras: www.oviedodeclaration.org
Susana Al-Halabí, Eulalia Alemany, Alfonso Arana, Andrea Ascari, Graciela Barreto, Karen
Biggs, José María Blanco, Jessica Bolaños, Doug Bond, Luís Bononato, Nicolas Bourguignon,
Ilko Boyadzhiev, Michal Budniakiewicz, Pedro Caceda, Selva Careaga, Fabián Chiosso, Ibe
Christogonus, Ashley Colon, Nicolás Conde, Joe Coyte, Calixta De Balmaceda, Mari Paz De La
Puente, Marta Del Arco, Cristina Delgado, Natacha Delmotte, Paulo Azevedo Dias, Covadonga
Díaz, Markéta Dolejsi, Alasana Drammeh, Cristian Duarte, Maria Àngels Duch, Oriol Esculies*,
Gonzalo Esquivel, Aránzazu Fernández*, José Ramon Fernández-Hermida, Souraya Fremm,
Orsolya Gancsos, Lucía Goberna*, Alba González, Eliseo González, Marta González, Yoana
Granero, Sharif Hamid, Patrick Harvey, Amir Hasanović, Eider Hormaetxea, Jhonny Huanto,
Martin Infante, Ruslan Isaev, Julio César Jonte, Phaedon Kaloterakis*, Habib Taigore Kamara,
Rogers Kasirye*, Raffi Kaypekian, Kyoko Kondo, James Koryor, Matej Košir, Pablo Kurlander,
Alex Lee, Domingo Legua, Paola Lami, Faisal Latif, Thomas Legl, Manuel Enrique López,
Marianella Lorenzo, Wadih Maalouf, Quetzalli Manzano, Regina Mattsson*, Gabriel Mejía,
Orlando Menéndez, Guilherme de Sousa Meneses, Manuel Mingorance, Peter Moilanen, Jesús
Morán, Gladness Hemedi Munuo, Sonja Phutachad Neef*, Danil Nikitin, Augusto Nogueira*,
Irene Núñez, George Ochieng Odalo, Jorge Olivares*, Carmen Orte, Nuria Parada, Belén Pardo,
Virginia Pérez, Elena Presencio, Lidia Clara Rodríguez, Lucas Roncati, Patricia Ros, Miguel
Rubio, Margarita María Sánchez, Adriano Schuster, Luis Sdoia, Roberto Secades, Rosario
Sendino, Dharav Shah, Elias Siboniyo, Ondřej Sklenář, Stig Erik Sørheim, Eva Tenorio, Fabián
Tonda, Lohanis Ureña, Shane Varcoe, Eloísa Velarde, Olga Vicente, Cristina Von Sperling,
Diana Vincent, Ina Vutkariov, Dandy Yela, Natalia Zachartzi*, Mikhail Zharkov.
Observadores*:
Espanha (Delegação do Governo para o Plano Nacional sobre Drogas, Ministério da Saúde)
Departamento das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Seção de Prevenção, Tratamento e
Reabilitação) Conselho da Europa (Grupo Pompidou)
Universidade das Ilhas Baleares (Grupo de Formação e Investigação Social e Educacional)
Universidade de Oviedo (Unidade de Investigação em Comportamentos Aditvos)
Comité de ONGs de Viena sobre Drogas