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GEOGRAFIA DO BRASIL

Características socioeconômicas das


regiões brasileiras

Página 1

com Prof. Giba


DEMOGRAFIA

EDUCAÇÃO SAÚDE

ECONOMIA

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com Prof. Giba


CENTRO-OESTE

Formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato


Grosso do Sul e pelo Distrito Federal, a região localiza-se
no extenso Planalto Central. Seu relevo se caracteriza por
terrenos antigos e aplainados pela erosão, que originaram
chapadões. O território também abriga a planície do
Pantanal Mato-grossense, cortada pelo rio Paraguai e
sujeita a cheias durante parte do ano. O clima é tropical semiúmido e úmido, com
chuvas de verão. A vegetação é de cerrado no planaltos. No Pantanal, os campos
cerrados dividem o espaço com a floresta.

Ainda no Brasil colônia, o povoamento do Centro-oeste resulta de dois


movimentos migratórios. Um vem do Sul e do Sudeste, em virtude do transporte
de gado às fazendas que ali começaram a instalar-se e da ação dos bandeirantes
paulistas. O outro movimento vem do Nordeste, também ligado ao comercio de
gado, que acaba criando, e fortalecendo, os primeiros povoados da região. No
século XX, as maiores ondas migratórias vêm do Nordeste e ocorrem a partir dos
anos 1950, com a construção da nova capital federal, Brasília.

O crescimento econômico da região deve-se, sobretudo, ao bom desempenho do


setor agropecuário. Com cerca de 70 milhões de cabeças de gado, o rebanho
bovino do Centro-oeste é o maior do país. Na agricultura, os produtos mais
importantes são o algodão, o milho e, principalmente, a soja, cuja colheita
responde por mais da metade da produção nacional.

Por outro lado, a região enfrenta o desafio de aliar o crescimento econômico com
a preservação ambiental. A adaptação da soja ao solo do cerrado devastou grande
parte da vegetação local, e a cultura do grão avança perigosamente para o norte
de Mato Grosso, rumo à floresta Amazônica.

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NORDESTE

Formada por nove estados, a maior parte da região é


constituída por extenso planaltos, antigos e aplainados
pela erosão. Os climas predominantes são o tropical e o
semiárido, com grande parte do território coberta pela
caatinga.

O Nordeste reúne os mais baixos Índices de


Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com altas taxas de mortalidade infantil
(33,2 mortos para cada mil nascidos vivos).

A história nordestina é marcada pelos movimentos migratórios. No fim do século


XIX, o ciclo da borracha na Amazônia deu início à migração dos nordestinos, que
aumentou no século XX para o Sudeste, com a industrialização, e para o
Centro-oeste, com a construção de Brasília. Além da atração econômica de outras
regiões, os fluxos migratórios são motivados pelos períodos de seca.

Nos últimos anos, a economia nordestina vem apresentando crescimento. Com a


guerra fiscal (concessão de benefícios fiscais pelos governos estaduais com o
objetivo de atrair empresas), uma série de indústrias se instalou nos estados
nordestinos para fugir da carga tributária mais pesada no Sul e no Sudeste. Além
disso, a região é a segunda produtora de petróleo do país – lá funciona um dos
polos petroquímicos mais importantes: o de Camaçari (BA).

Apesar dos longos períodos de seca, a pecuária e a agricultura vêm ganhando


destaque. A boa adaptação das cabras ao clima local faz com que o Nordeste
tenha o maior rebanho do país. A cana-de-açúcar é o produto agrícola de
destaque, mas as lavouras irrigadas de frutas tropicais têm crescido em
importância na produção nacional.

Outro setor relevante na economia nordestina é o turismo. Com suas belas praias,
Salvador (BA), Fortaleza (CE), Natal (RN) e Recife (PE) estão entre as cidades mais
procuradas por estrangeiros.

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NORTE

Formada por sete estados, a região é banhada pelos


grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins. Em
todo o norte predomina o clima equatorial. A floresta
Amazônica, a vegetação mais abundante, é ma das áreas
de maior biodiversidade do planeta. Esse patrimônio,
contudo, está ameaçado pelo desmatamento.

A maior concentração de índios está nesta região e, segundo o IBGE, o Norte


abriga 342 mil índios de diversas etnias (38% do total). Amazonas, Pará e Roraima
são os estados com as maiores populações indígenas. No decorrer das décadas, os
estados do Norte também receberam grandes levas de imigrantes de outras
regiões, sobretudo do Nordeste.

Nos últimos anos, contudo, o crescimento econômico da região tem ocorrido à


custa de atividades de grande impacto ambiental: o aumento da pecuária
extensiva – um terço do rebanho do país -, o avanço da agricultura, sobretudo das
lavouras de soja, e a extração de madeira e borracha. Além do intenso
extrativismo vegetal, de produtos como látex e madeira, a região é rica m
minérios. Nela se encontram a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de
mineração do país, rica em manganês, ferro e ouro, e a Serra do Navio (AP).

A economia foi bastante beneficiada com a instalação, no final da década de 1960,


da Zona Franca de Manaus, baseada em políticas de incentivo fiscal e que
representa cerca de 30% do PIB do Amazonas.

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SUDESTE

Formada por quatro estados, a região situa-se na parte


mais elevada do planalto Atlântico, onde estão as serras
da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Os climas
predominantes dão o tropical úmido, tropical semiúmido
e tropical de altitude. A mata tropical nativa que cobria o
litoral e boa parte do interior foi devastada durante o
processo de povoamento.

O relevo planáltico do Sudeste confere grande potencial hidrelétrico à região. Em


Minas Gerais ocorre o encontro da nascente de duas importantes bacias
hidrográficas: a do Paraná e a do São Francisco.

A região é a que concentra a maior população do país, com cerca de 81,5 milhões
de habitantes, mais de 40% do total brasileiro. É também a que tem a maior
densidade demográfica e o mais alto índice de urbanização: 93%. Abriga as duas
mais importantes metrópoles brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Com Belo
Horizonte, as três formam as maiores regiões metropolitanas do país, reunindo
20% da população.

Se, por um lado, o Sudeste responde pela maior parcela da riqueza do Brasil, por
outro é a região que mais sofre com o desemprego e a escalada da violência. Ainda
assim, seus indicadores sociais estão entre os melhores do país.

Com o maior parque industrial do Brasil, o Sudeste responde por mais da metade
do PIB nacional. Além disso,a faixa litorânea da região abriga a maior parte das
jazidas de petróleo do país, como as situadas na Bacia de Campos, de onde saem
mais de 80% da produção nacional, bem como as descobertas recentes de
gigantescas reservas na Bacia de Santos (pré-sal).

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SUL

Formada por três estados, a região vive sob influência do


clima subtropical, responsável pelas temperaturas baixas
registradas no inverno.

A vegetação acompanha a variação de temperatura: nos


locais mais frios predominam as matas de araucárias
(pinhais) – que estão reduzidas a apenas 2% da área
original – e , nos pampas, os campos de gramíneas.

A região é marcada pela chegada dos imigrantes europeus, a partir da primeira


metade do século XIX, que contribuíram para o desenvolvimento da economia,
baseada na pequena propriedade rural de policultura voltada para a subsistência
e mercado local. O Sul apresenta os melhores indicadores de mortalidade infantil,
educação e saúde do país e possui a segunda maior renda per capita, inferior
apenas à do Sudeste.

O setor de serviços responde pela maior parte das riquezas da região. Depois vem
a indústria – com destaque para os setores metalúrgico, automobilístico e têxtil.
No setor da agropecuária, o Sul representa cerca da metade da produção nacional
de grãos e, nos pampas gaúchos, a principal atividade é a criação de bovinos e
ovinos. Existe, ainda, grande potencial hidrelétrico, com destaque para a usina de
Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira entra o Brasil e o Paraguai.

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TESTES
1. (ENEM) ​As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão,
Piauí, Pará e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão e
subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter de identidade
coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e
reconhecem sua posição e condição desvalorizada pela lógica da dominação, se
organizam em movimentos de resistência e de luta pela conquista da terra, pela
libertação dos babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a
atribuir significados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal
referência sua condição preexistente de acesso e uso dos recursos naturais.
A organização do movimento das quebradeiras de coco de babaçu é resultante da
a) constante violência nos babaçuais na confluência de terras maranhenses,
piauienses, paraenses e tocantinenses, região com elevado índice de
homicídios.
b) falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migrantes das cidades e com
pouco vínculo histórico com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará,
Maranhão e Piauí.
c) escassez de água nas regiões de veredas, ambientes naturais dos babaçus,
causada pela construção de açudes particulares, impedindo o amplo acesso
público aos recursos hídricos.
d) progressiva devastação das matas dos cocais, em função do avanço da
sojicultura nos chapadões do Meio- -Norte brasileiro.
e) dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros no acesso aos babaçuais
localizados no interior de suas propriedades.

2. (UFPB) ​Na organização do território paraibano, a partir da distribuição


populacional, especificamente nas regiões localizadas entre o Litoral e o Sertão (o
Agreste e o Brejo), observa-se o predomínio de uma intensa densidade
demográfica correspondente a 100 e a 300 hab/km​2​ respectivamente. Nesse
contexto, sobre o Agreste e o Brejo paraibano, pode-se afirmar:
I. A origem da ocupação territorial está fundamentada na divisão da propriedade
privada da terra em minifúndios, onde impera a agricultura familiar
responsável por um índice significativo de emprego no campo.
II. O avanço do capital na pecuária passa a ditar uma nova organização territorial:
as áreas de lavouras passam a ser plantadas com palma ou capim para
alimentar o gado, o que prejudica o trabalhador rural, que fica sem terra e
torna-se migrante.

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III. A distribuição territorial da população mantém-se alta em função dos projetos
agropecuários implantados pelo poder público e destinados exclusivamente à
expansão pastoril em minifúndios, visando fazer cumprir a função social da
terra.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) I b) II e III c) II d) I e III e) I e II
3. (ENEM) ​A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo geográfico da
colonização da região. Desde a época colonial até meados do século XIX, as
correntes principais de população movimentaram-se no sentido Leste- -Oeste,
estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas últimas décadas, os fluxos
migratórios passaram a se verificar no sentido Sul-Norte, conectando o
Centro-Sul à Amazônia. OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia
inacabada. Jornal Mundo, ano 16, no 4, ago. 2008 (adaptado).
O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras amazônicas demonstra um
padrão relacionado à criação de
a) núcleos urbanos em áreas litorâneas.
b) centros agrícolas modernos no interior.
c) vias férreas entre espaços de mineração.
d) faixas de povoamento ao longo das estradas.
e) povoados interligados próximos a grandes rios.

4. (ENEM) A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de desconcentração da


produção industrial, uma das manifestações do desdobramento da divisão
territorial do trabalho no Brasil. A produção industrial torna-se mais complexa,
estendendo-se, sobretudo, para novas áreas do Sul e para alguns pontos do
Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte. SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil:
território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2002
(fragmento). Um fator geográfico que contribui para o tipo de alteração da
configuração territorial descrito no texto é:
a) Obsolescência dos portos.
b) Desenvolvimento dos meios de comunicação.
c) Estatização de empresas.
d) Eliminação de incentivos fiscais.
e) Ampliação de políticas protecionistas.

Gabarito: 1.e / 2.e / 3.e / 4.b /

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