Apostila Corrosão
Apostila Corrosão
Apostila Corrosão
- Corrosão Eletroquímica;
- Corrosão Química.
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- Figura 01 -
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Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da
fluência, que é uma deformação plástica do material crescente ao longo do
tempo, em função da tensão atuante e da temperatura.
- Figura 02 -
Pilha de Corrosão Eletroquímica
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- Figura 03 -
Reação Área Anódica
Na área catódica, que é uma área protegida (não ocorre corrosão), as reações
são de redução de íons do meio corrosivo, onde as principais reações são:
2 H2O + 2e H2 + 2 OH-
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• tratamentos térmicos diferentes;
• materiais de diferentes épocas de fabricação;
• gradiente de temperatura.
- Figura 04 -
Pilha de Ação Local
- Figura 05 -
Pilha Ativa-Passiva
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- pilha de concentração iônica diferencial: esta pilha surge sempre que um
material metálico é exposto a concentrações diferentes de seus próprios
íons. Ela ocorre porque o eletrodo torna-se mais ativo quando decresce a
concentração de seus íons no eletrólito.
Esta pilha é muito freqüente em frestas quando o meio corrosivo é líquido.
Neste caso, o interior da fresta recebe pouca movimentação de eletrólito,
tendendo a ficar mais concentrado em íons de metal (área catódica),
enquanto que a parte externa da fresta fica menos concentrada (área
anódica), com conseqüente corrosão das bordas da fresta.
- A Figura 6 mostra de forma esquemática uma pilha iônica.
- Figura 06 –
- Pilha de Concentração Iônica Diferencial
Figura 07 -
6
- pilha de aeração diferencial: esta pilha é formada por concentrações
diferentes do teor de oxigênio.
- Figura 08 -
3 - Meios Corrosivos
- águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais
minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias,
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poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente
da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o
processo corrosivo;
- água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. Uma
análise da água do mar apresenta em média os seguintes constituintes em
gramas por litro de água:
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As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são reações de
redução.
As reações catódicas mais comuns nos processos corrosivos são "a", "b" e "c"
as reações "d" e "e" são menos freqüentes, a última aparece apenas em
processos de redução química ou eletrolítica.
H2O H+ + OH-
H+ + e H
H+ + 1/2 O2 + e 2 OH-
______________________
H2O + 1/2 O2 + 2e 2 OH-
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Reações catódicas em meio neutro não aerado:
2 H2O 2 H+ + 2 OH-
2 H+ + 2e H2
______________________
2 H2O + 2e 2 OH- + H2
Conclusões Importantes:
Observação:
Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no entorno da área catódica
e em meios básicos haverá um acréscimo da alcalinidade no entorno da área
catódica.
5.1 - POLARIZAÇÃO
- sobrevoltagem do hidrogênio, em V;
onde: , em V e , em A/cm2 - constantes que dependem do metal e do meio;
- densidade de corrente aplicada que provoque a sobrevoltagem , em A/cm2.
- Figura 01 -
Curva de TAFEL
Sobre voltagem em função da densidade de corrente
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C - POLARIZAÇÃO ÔHMICA
5.2 PASSIVAÇÃO
- Figura 02 - - Figura 03 -
Taxas de Corrosão de um Taxas de Corrosão de um Metal
Metal Passivável Não Passivável
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5.3 CURVAS DE POLARIZAÇÃO
a. Método Galvanostático
O método mais simples, e também o mais antigo, é o galvanostático, que
é caracterizado pelo fato de ter como variável de controle a intensidade
da corrente que circula no sistema, a qual é variada por meio de um
resistência.
b. Método Potenciostático
O outro método, de que se dispõe para a realização e ensaio de
polarização, é o método potenciostático, o qual apresenta como variante
o método potenciocinético. Este método é caracterizado pelo fato de ter
como variável de controle o potencial e não a intensidade da corrente,
como no modo galvanostático. A célula de polarização é semelhante à
anterior, porém a aparelhagem requerida é diferente. Para variar o
potencial aplicado ao corpo de prova em estudo é necessário um
potenciostato, que é uma aparelho bem mais complexo. Por meio do
potenciostato varia, no sentido anódico ou no catódico, o potencial do
metal em relação ao eletrodo de referência.
Para cada valor do potencial imposto, o sistema demanda uma certa
corrente que é suprida pelo próprio potenciostato.
- Figura 05 -
- Figura 04 -
Curva de Polarização
Potencial anódico e catódico
Anódica e Catódica
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Os fenômenos de polarização assumem
grande importância na cinética dos
processos de corrosão eletroquímica e
muito particularmente para a proteção
catódica, a qual consiste essencialmente
na polarização catódica da estrutura a
proteger.
m = e.i.t
m = massa desgastada, em g;
e = equivalente eletroquímico do metal;
onde:
i = corrente de corrosão, em A;
t = tempo em que se observou o processo, em s.
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A corrente l de corrosão é, portanto, um fator fundamental na maior ou menor
intensidade do processo corrosivo e o seu valor pode ser variável ao longo do
processo corrosivo.
A velocidade de corrosão pode ser, ainda, alterada por outros fatores que serão
tratados no item seguinte e que influenciam de modo direto ou indireto na
polarização ou na passivação.
- Figura 07 - - Figura 08 -
Efeito da velocidade relativa do
Efeito do pH na velocidade de metal/eletrólito na corrosão do aço em
corrosão
água do mar
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• corrosão intergranular ou intercristalina: quando o ataque se
manifesta no contorno dos grãos, como no caso dos aços inoxidáveis
austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos;
• corrosão transgranular ou transcristalina: quando o fenômeno se
manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos
grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços
inoxidáveis austeníticos.
Para conversão das taxas dadas em mm/ano e mpy para mdd usa-se as
seguintes expressões:
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sendo: mdd = mg/dm2/dia
- Figura 01 -
- Tipos de Corrosão
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Os processos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos
idênticos porque sempre serão constituídos por áreas anódicas e
catódicas, entre as quais circula uma corrente de elétron e uma corrente de
íons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material dá-se de
formas diferentes.
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de
íons do metal no eletrólito. Como resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos
diferentes e consequentemente uma pilha onde a área em contato com menor
concentração funcionará como anodo e a área em contato com maior
concentração como catodo.
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de
oxigênio no eletrólito.
Fe + Cu++ Fe2+ + Cu
Observa-se então em tubos velhos de ferro fundido, que se pode com uma faca
ou canivete desagregar com facilidade a parede do tubo à semelhança de um
bloco de grafite.
Observa-se maior tendência a dezincificação nos latões com alto teor de zinco,
como por exemplo: latão alumínio (76% Cu, 22% Zn e 2% Al), latão amarelo
(67% Cu e 33% Zn).
7.6.1 CORROSÃO-EROSÃO
Por outro lado diversos meios causam corrosão intergranular, como: ácidos
acético à quente, nítrico, sulfúrico, fosfórico, crômico, clorídrico, cítrico, fórmico,
lático, oxálico, ftálico, maleico e graxos; nitrato de amônia, sulfato de amônia,
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cloreto ferroso, sulfato de cobre e SO2 (úmido).
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A análise da significância de defeitos (trincas) é feita pela mecânica da fratura,
utilizando-se, por exemplo, publicações como o PD 6493 - Guindance on Some
Methods for the Derivation of Acceptance Levels for Defects in Fusion Welded
Joints, editado pela British Standards Institution.
A propagação de trinca por corrosão sob tensão é geralmente lenta, até atingir
o tamanho crítico para uma ruptura brusca.
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No modelo da dissolução a propagação deve-se à deformação plástica
na ponta da trinca pela chegada à superfície de discordância. O filme
passivo é rompido, facilitando a corrosão do material exposto
diretamente à ação do meio corrosivo. O mecanismo de ruptura do filme
passivo é atribuído principalmente à corrosão sob tensão intergranular.
Alguns exemplos de atuação deste mecanismo são os casos de
corrosão sob tensão do aço carbono em nitratos, de ligas de alumínio
em cloretos e de latões em amônia;
c. Modelo da Adsorção
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Este modelo vem a acontecer na realidade quando existem átomos de
hidrogênio em solução sólida na estrutura cristalina do material. A
origem destes átomos de hidrogênio não é importante para o
funcionamento do modelo em si. Uma destas fontes é a reação catódica
de redução dos íons de hidrogênio, que ocorre em meios desaerados.
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As principais causas do aparecimento de hidrogênio podem ser:
7.8.4 CORROSÃO-FADIGA
Para ver a fotografia em tamanho maior, com mais detalhes, tecle sobre o
ícone (miniatura) ou link respectivo.
Sensitização de
Em Estrutura Uniforme em Por Fresta em
Solda em Tubo
de Concreto Tubo Enterrado Rosca
de Aço Inox
Incrustação em Alveolar
Corrosão - Alveolar
Duto de Água Generalizada
Erosão Generalizada
Produzida em Tubo
Atmosférica em
Atmosférica em Atmosférica em Atmosférica em
Estrutura de
Estátua Válvula Fundação
Concreto
Generalizada
Generalizada
Atmosférica em Rotor de
Atmosférica em Carcaça de
Industrial Bomba
Bomba
Submersa
Localizada e
Localizada em
Generalizada por Localizada Generalizada
Feixe de
Incompatibilidade Causada pelo em Duto de
Permutador de
de Material Solo petróleo
Calor
Enterrado
Localizada em Localizada sob
Localizada por
Feixe de Localizada por Revestimento
Corrente de
Permutador de Amônia em Tubo
Interferência
Calor Enterrado
Pelo Álcool em Por Alta Por Fadiga em
Atmosférica Torre Temperatura em Junta de
Fracionadora Bico Queimador Expansão
Por Par Por Par
Galvânico em Galvânico em
Por Fresta em Por Fresta em
Feixe - Espelho Região de
Aço Inox Parafuso-Porca
de Permutador Mandrilhamento
de Calor Feixe-Espelho
Por Pit em Aço Sob
Por Pit Seletiva
Inox Revestimento
Incrustação em Fissuramento Sensitização em
Sob Tensão
Feixe D'agua pelo Hidrogênio Aço Inox
Sensitização
em Bloco
Fundido de Aço
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Inox
8 - Corrosão Química
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8.2 VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DAS PELÍCULAS
y = Kt
y = espessura da película
onde: t = tempo
K = constante
Esta lei é seguida para metais que formam películas porosas ou voláteis como, por
exemplo, Na, Ca, Mg e K (películas porosas), Mo e W (películas voláteis);
y = espessura da película
onde: t = tempo
= constantes
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• crescimento logaritmo: o crescimento logarítmico é observado quando
a espessura da película é uma função logarítmica do tempo, ou seja:
y = espessura da película
onde: t = tempo
= constante
Para
Para
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a. K, Na, Ca, Mg formam películas porosas e, não protetoras, que
apresentam crescimento linear;
b. Fe, Ni, Cu formam películas compactas, porém fraturam e perdem
aderência com facilidade apresentando um crescimento
parabólico;
c. Al e Cr formam películas compactas, aderentes, plásticas,
impermeáveis, logo são muito protetoras apresentando um
crescimento logarítmico;
d. O W e Mo formam películas compactas porém são voláteis e
apresentam um crescimento linear.
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Esta resistência pode decorrer de características próprias do material ou ser
conferida por métodos de proteção anticorrosiva.
9.2.2.1 Revestimentos
Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas
importantes de modificação do meio, dentre elas vale destacar a desaeração e
o controle do pH.
42
9.2.2.5 Controle de Corrosão na Fase de Projeto
Com esse objetivo, como se viu, pode-se agir no metal de forma a se obter
películas protetoras ou utilizar revestimento refratários e isolantes.
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4-6 650
7-9 700
13 750
17 850
21 1.000
25 1.100
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Material isolante térmico é aquele cuja característica principal é a capacidade
de impedir trocas de calor entre duas regiões submetidas a temperaturas
diferentes.
10 - Inibidores de Corrosão
Os inibidores são compostos químicos que, quando adicionados ao meio corrosivo, diminuem a sua
agressividade, por um dos seguintes mecanismos:
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• inibição por barreira (inibidores por adsorção): são compostos que têm
a propriedade de formar películas por adsorção à superfície metálica,
criando uma película protetora sobre as áreas anódicas e catódicas.
Exemplo:
o destilação de petróleo;
o tratamento de água (caldeira, refrigeração e de injeção);
o limpeza química e decapagem ácida;
o sistemas de oleodutos e gasodutos;
o testes hidrostático;
o sistema de embalagem;
o área de perfuração e produção-fluidos e acidificação.
11 - Revestimentos Protetores
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Os processos de revestimentos metálicos mais comum são:
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passivante aumenta a resistência à corrosão da superfície metálica que
se quer proteger;
• fosfatização: consiste na adição de uma camada de fosfatos à
superfície metálica. A camada de fosfatos inibe processos corrosivos e
constitui-se, quando aplicada em camada fina e uniforme, em uma
excelente base para pintura, em virtude da sua rugosidade. A
fosfatização é um processo largamente empregado nas indústrias
automobilísticas e de eletrodomésticos. Após o processo de desengraxe
da superfície metálica, aplica-se a fosfatização, seguindo-se a pintura;
• revestimento com argamassa de cimento: consiste na colocação de
uma camada de argamassa de cimento, com espessura da ordem de 3 a
6 mm, sobre a superfície metálica. Este revestimento é muito empregado
na parte interna de tubulações e, neste caso, é aplicado normalmente
por centrifugação. Em tubulações de grande diâmetro é comum usar-se
um reforço com tela metálica. O revestimento interno com cimento é
empregado em tubulações para transporte de água salgada, em água de
refrigeração, tubulações de água de incêndio e água potável. Se
considerados os aspectos técnicos e econômicos, o revestimento com
argamassa de cimento e areia é a melhor solução para tubulações
transportando água salgada.
• revestimento com vidro: consiste na colocação de uma camada de
vidro sobre a superfície metálica. Esta camada é aplicada sob a forma
de esmalte e fundida em fornos apropriados. Consegue-se uma película
de alta resistência química, muito utilizada na indústria química;
• revestimento com esmalte vítreo: consiste na colocação de uma
camada de esmalte vítreo (vidro + cargas + pigmentos) aplicada sob a
forma de esmalte e fundida em fornos apropriados. Este revestimento é
usado em alguns utensílios domésticos, em fogões, máquinas de lavar,
etc.;
• revestimento com material cerâmico: consiste na colocação de uma
camada de material cerâmico, geralmente silicoso, de alta resistência a
ácidos, utilizado principalmente para revestimentos de pisos e canais de
efluentes.
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• revestimento com esmalte de alcatrão de hulha (coal-tar): é aplicado
em duas espessuras, uma de 3 a 5 mm, chamada revestimento simples,
e outra de 6 a 8 mm, chamada de revestimento duplo;
O revestimento simples é usado de modo geral em meios de média a
baixa agressividade, e o duplo em eletrólitos altamente agressivos
(mangues, águas do mar, solos de baixa resistividade, etc.) e em
condições severas de correntes de interferência.
Tem, entretanto, menor preço do que aquele. Seu uso está em declínio,
por razões idênticas às do alcatrão de hulha;
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• revestimento com espuma rígida de poliuretana: a espuma rígida de
poliuretana é utilizada quando se requer que o revestimento
anticorrosivo possua também boa capacidade de isolação térmica (dutos
operando a alta ou a baixa temperaturas). É normalmente aplicada com
espessura em torno de 50 mm, sendo o revestimento complementado
normalmente com camisa de polietileno extrudado, para conferir
propriedades anticorrosivas (a espuma, possuindo 10% de células
abertas, não é impermeável);
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