TFC2
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Introdução
A RSE é também conhecida por uma série de vários outros nomes, que incluem
a responsabilidade corporativa, ética empresarial, responsabilidade empresarial,
cidadania corporativa e “triple bottom line”, responsabilidade social ambiental, para
citar apenas alguns.
É cada vez mais evidente que o Estado não tem mais condições de arcar sozinho
com o bem-estar da sociedade em que vivemos. Tal fato gera a necessidade de ação por
parte das empresas e dos cidadãos preocupados com o futuro da nação.
Com o passar dos tempos podemos ver o quanto as empresas vem crescendo e se
inovando. Então, passamos a refletir sobre os desafios globais que têm feito parte da
nossa sociedade nas últimas décadas. Neste contexto, as empresas começaram a se
preocupar mais com seus consumidores, funcionários, meio ambiente e a sociedade em
geral.
2. Hipóteses
Pesquisa de Campo
Pesquisa Bibliográfica
Segundo Grayson e Hodges (2012, p.74, citado por Milani & Aguiar, 2017, p.
829), “numa economia global interconectada, os consumidores (que hoje são em geral
mais bem informados e mais afluentes do que nunca) serão fiéis a marcas e
organizações que lhes deem razões para confiar”. De acordo com os mesmos autores,
para garantir contratos e negócios, também é importante que as companhias
demonstrem determinado envolvimento com o meio ambiente e com a comunidade. De
facto, Paes (2003) sustenta que:
De acordo com Pontes (2011, citado por Oliveira & Moura-Leite, 2014), a
utilização da responsabilidade social estratégica ou responsiva pelas organizações
direciona os investimentos para questões sociais que afetam o meio em que estão
incorporadas. Em função do problema social abordado, adota-se uma das duas RSE
designadas anteriormente. E para isso é necessário verificar as características dos
projetos implementados. Além disso, é importante considerar o setor de atuação, as
necessidades da comunidade e o que for melhor para o negócio da organização.
Ainda segundo Melo Neto e Froes (1999), a RSE está dividida em duas
dimensões: anterna, que foca no público interno da empresa, seus empregados e
dependentes; a e a externa, cujo foco é a comunidade mais próxima da empresa ou
local onde ela está inserida. Já a organização que atua em ambas as dimensões
exerce a sua cidadania empresarial e é reconhecida como “empresa-cidadã.
A empresa que deixa de cumprir os seus deveres sociais com os seus grupos de
interesse, perde o seu capital de responsabilidade social, ou seja, a imagem da empresa é
prejudicada e sua reputação torna-se ameaçada. Os riscos da falta ou perda da
responsabilidade social externa são mais prejudiciais à empresa do que os riscos da falta
de responsabilidade social interna, e eles são: acusações de injustiça social, perda
de clientes, reclamações dos fornecedores e revendedores, boicote de consumidores,
queda nas vendas, gastos extras com passivos ambientais, ações na justiça, risco de
invasões e até mesmo risco de falência. (Melo Neto e Froes, 1999).
Já nos séculos XVIII e XIX era possível encontrar acções colectivas de carácter
criativo que envolviam o Estado e o empresariado e que visavam sobretudo reduzir
situações de pobreza e antagonismo dela decorrentes. Nesta época, a intervenção
social empresarial expressava-se através da caridade pontual de beneméritos como
forma de governar a miséria.
Após a 2ª Guerra Mundial as empresas passam a ter como missão não só o lucro
mas também a preocupação com o bem-estar.
Embora este tema seja bem discutido no Brasil, ainda é considerado novo. As
primeiras manifestações envolvendo empresários e a sociedade em geral ocorreu
em 1966, através de Herbet de Souza, que lançou uma campanha convocando os
empresários para uma ideia de tornar se empresa de perfil sustentável, e apresentou a
ideia da elaboração e da publicação do Balanço Social Brasileiro.
Empresas se unem para contribuir para uma sociedade mais justa e um ambiente
mais limpo, onde também pode ser compreendido por dois níveis, interno e externo.
Reis (2007, p.41) definem Responsabilidade Social empresarial:
É natural que o objetivo de toda empresa seja a maximização dos lucros, mas
para garantir a sua permanência no mercado é necessário que este conceito seja
diretamente ligado ao desempenho social e ambiental.
Podemos reafirmar, de tal forma, que a questão de uma preocupação social está
inserida em contextos nacionais e internacionais mais amplos que exigiram das
empresas uma postura mais ética.
Exemplo:
Aumento da produtividade
Diferencial competitivo
Todo esse cenário positivista faz com que a empresa consiga se portar de maneira muito
mais forte no mercado, principalmente frente aos seus principais concorrentes. Em um
mundo no qual todos os detalhes se tornam armas na guerra competitiva, apresentar uma
postura socialmente responsável faz toda a diferença perante um público engajado e
antenado. E isso é ter inteligência competitiva.
1. 3 Desempenho social empresarial
O CSP é uma forma de fazer com que a RSE seja aplicável e que se possa
colocá-la em prática (MAROM, 2006). A RSE não é uma variável e, portanto, é
impossível de medir. O CSP, por outro lado, embora difícil de medir, pode ser
transformado em variáveis mensuráveis. O CSP se constitui em uma medida que avalia
o desempenho de uma organização no atendimento dos interesses de seus
stakeholders, consequentemente, CSP é uma medida agregada de observação
indireta (BOAVENTURA; SILVA; BANDEIRA-DE-MELLO, 2012).
O que todas essas abordagens têm em comum é que eles são construtos
multidimensionais que medem o comportamento organizacional em uma ampla
gama de dimensões, tais como investimentos em equipamentos de controle de poluição,
o investimento sustentável e comportamento interno, ou uma ampla gama de processos,
tais como o tratamento de mulheres e as minorias, as relações com os clientes, e os
resultados, tais como relações comunitárias e programas filantrópicos (WADDOCK;
GRAVES, 1997).
Uma listagem das questões pelas quais a responsabilidade social existe ( quais
são as áreas sociais – meio ambiente, produto, segurança, discriminação em
qual nós temos responsabilidade?);
Em 1999 a mesma Lei foi ampliada (Lei n.º 74/99, de 16 de março) para
outros setores passando a integrar como incentivos fiscais às empresas que efetuassem
donativos a entidades privadas ou públicas que tivessem como sua atividade áreas
sociais, culturais, ambientais, desportivas.
podemos referir algumas que também estão presente no livro verde (2011):
A ética empresarial pode ser entendida como um elemento que, de certa forma,
assegura a reputação e, consequentemente, um fator importante de sobrevivência das
empresas.
Não adianta uma empresa, por um lado, pagar mal aos seus funcionários,
corromper a área de compras dos seus clientes, pagar a fiscais do Governo e, por outro
lado, desenvolver programas junto de entidades sociais da comunidade. Essa postura
não condiz com uma empresa que quer seguir um caminho de responsabilidade social. É
importante seguir uma linha de coerência entre a acção e o discurso.
Outros autores afirmam que Ética a ciência da conduta humana, segundo o bem
e o mal, com vistas à felicidade. É a ciência que estuda a vida do ser humano, sob o
ponto de vista da qualidade da sua conduta. Disto precisamente trata a ética, da boa e
má conduta e da correlação entre boa conduta e felicidade, na interioridade do ser
humano. A ética não é uma ciência teórica ou especulativa, mas uma ciência prática, no
sentido de que se preocupa com a ação, com o ato humano (ALONSO; LÓPEZ;
CASTRUCCI, 2012).
Segundo o entendimento de Sá (2004), a ética encontra-se em todos os aspectos
da sociedade, principalmente no contexto profissional. Hoje toda organização exige de
seus funcionários atitudes condizentes com a ética, com os valores morais da
sociedade, e se comportem de acordo com as normas legais, com o Código de
Ética da sua profissão, e simultaneamente, com o Código de Ética proposto pela
organização. O profissional ético demonstra uma conduta repleta de
responsabilidade, lealdade, cidadania, integridade, transparência e respeito ao
próximo.
Por outro lado, nem sempre os princípios éticos são observados, por exemplo, no
Brasil evidenciaram, nos últimos anos, escândalos de corrupção envolvendo as
grandes empresas públicas e privadas tendo como principal fator a falta de gestão
ética dos profissionais da administração.
Por sua vez, Lin, Yang e Liou (2009) mediram o impacto da responsabilidade
social sobre o desempenho financeiro de empresas com sede em Taiwan, no período de
2002 a 2004. Constataram uma relação positiva entre a responsabilidade social e o
desempenho financeiro, verificando que quando a responsabilidade social não tem
impacto positivo no desempenho financeiro de curto prazo contribui para o desempenho
de longo prazo.