A Pessoa Humana
A Pessoa Humana
A Pessoa Humana
No contexto filosófico, a pessoa humana é por vezes tida como um sujeito com direitos e
deveres, dispondo ainda de dignidade e de autonomia. A filosofia e a ética costumam
explorar questões ligadas à natureza da pessoa humana, compreendendo debates a respeito
da identidade pessoal, moralidade, livre-arbítrio, etc.
Já do ponto de vista jurídico, uma pessoa humana seria a titular de direitos fundamentais,
como no caso do direito à vida, liberdade, igualdade e outros. Tais direitos costumam ser
protegidos pelas constituições e, ainda, por tratados internacionais de direitos humanos.
Além disso, a pessoa humana também possui deveres para com a sociedade e o
Estado. Esses deveres são indispensáveis para a convivência pacífica em sociedade e para o
exercício pleno dos direitos individuais e coletivos.
É importante enfatizar que a pessoa humana é sujeito de direitos desde o momento de seu
nascimento. A vida é um dos direitos fundamentais mais importantes e deve ser protegida e
respeitada em todas as suas fases.
No Brasil, existe um sistema de Justiça que visa garantir que a pessoa humana seja
respeitada em sua plenitude. Esse sistema é composto por diversos órgãos e instituições,
como o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, que atuam na defesa
dos direitos e interesses da pessoa humana.
A natureza jurídica do homem refere-se à condição legal e aos direitos inerentes a cada
indivíduo. Ela é baseada na concepção de que todas as pessoas são titulares de direitos e
têm o dever de cumprir as normas estabelecidas pela sociedade em que vivem.
A natureza jurídica do homem está intrinsecamente ligada à sociedade em que ele vive. É
por meio das leis e normas estabelecidas pela sociedade que os direitos e deveres da pessoa
humana são garantidos e protegidos. A sociedade é responsável por estabelecer as regras
que regem as relações entre as pessoas e asseguram a convivência pacífica e organizada.
A compreensão da natureza jurídica do homem é essencial para que cada indivíduo possa
exercer seus direitos e cumprir suas obrigações de maneira plena e consciente. Conhecer
seus direitos e deveres permite que as pessoas reivindiquem sua dignidade, lutem por
justiça e participem ativamente da sociedade em que vivem.
Existem várias abordagens na psicologia para estudar a pessoa humana. Por exemplo,
a psicologia humanista se centra no estudo da pessoa como um todo e parte da ideia de que
os seres humanos são inatamente bons. Os psicólogos humanistas não observam a conduta
humana somente a partir dos olhos do observador, mas também através da pessoa que atua
ou pensa. Eles entendem que o comportamento humano não pode se separar de seus
sentimentos, intenções, autoimagem e até história pessoal e que deve se concentrar na
liberdade, no potencial e na criatividade humana.
A psicanálise, por sua vez, tem como pilares as ideias de Sigmund Freud. Essa escola visa
ao estudo da mente e tem como foco o inconsciente do indivíduo. De acordo com essa
abordagem, o inconsciente expressa-se de modo velado no consciente. Assim, o
inconsciente pode, por exemplo, manifestar-se nos atos falhos e sonhos.
Na filosofia ética, a pessoa humana é vista como um ser moral, capaz de distinguir o certo
do errado e de tomar decisões éticas. A ética é um ramo da filosofia que estuda o
comportamento humano e busca compreender o que é moralmente certo e errado. Ela nos
ajuda a refletir sobre nossas ações e escolhas, levando em consideração os princípios
morais que regem nossa sociedade.
Existem várias abordagens na filosofia para estudar a pessoa humana. Por exemplo, Cícero
(106-43 a.C.) define a pessoa como sendo sujeito de direitos e deveres.
Boécio (c.480-524) entende pessoa como uma substância individual de natureza
racional. São Tomás de Aquino (1225-1272) entende a pessoa como um subsistente de
natureza racional. Há, nestes últimos dois filósofos (Boécio e Tomás), algo comum:
referência ao individuo subsistente, coeso, uno, total, e de natureza racional.
A ética busca orientar as ações humanas de acordo com princípios e valores que promovam
o bem-estar individual e coletivo.
A ética, portanto, trata de convivência entre seres humanos na sociedade. Num sentido mais
restrito, ela se restringe às relações pessoais de cada um. Num sentido mais amplo - já que
ninguém vive numa pequena comunidade isolada -, ela se relaciona com a política - da
cidade, do país e do mundo.
Em suma, a ética na filosofia busca compreender a pessoa humana em todas as suas
dimensões, considerando tanto os aspectos visíveis (comportamentos) quanto aqueles que
não podem ser vistos, como nossos pensamentos. Através do estudo da ética, é possível
obter uma compreensão mais profunda da complexidade da pessoa humana.
As relações pessoais são regidas pela presença ou ausência de amor. Desta maneira, a ideia
de amor permite configurar uma comunidade de pessoas.
Como a maioria das correntes filosóficas, o personalismo é uma visão que se opõe às
outras. Neste caso, o materialismo e o panteísmo são as duas correntes combatidas pelos
filósofos personalistas.
De acordo com o panteísmo a realidade deve ser entendida em sua totalidade, de tal
forma que a natureza e Deus são a mesma coisa. Em oposição a este ponto de vista, o
personalismo considera que o indivíduo não pode ser diluído em um simples momento de
um todo.
Na filosofia cristã, a ideia de Deus não é entendida como algo abstrato, mas sim como
um ser pessoal que se comunica com os homens.
O projeto ético kantiano é considerado como sendo o mais expressivo da época moderna,
(para além da contribuição que teve no Iluminismo) o mesmo projeto se estende até a época
contemporânea, um projeto que ainda está a se fazer sentir no dia a dia da humanidade.
Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant traça um objeto central para definir o
homem e vê esse objeto na liberdade, sem deixar para trás a subjetividade da própria pessoa
humana. O autor parte da premissa de que todo ser humano goza de uma liberdade natural e
tem uma capacidade de autodeterminação. O esboço feito por Kant é para demonstrar que o
homem é fim de si mesmo.
O homem é um ser de necessidade enquanto faz parte do mundo sensível. A este respeito, a
sua razão tem certamente uma missão indeclinável com interesse da sensibilidade e de se
fazer máximas práticas, em vista da felicidade desta vida, se é possível uma vida futura.
Para dar mais ênfase à sua análise sobre a pessoa, Kant, na Antropologia de um
ponto de vista pragmático, afirma que: “o ser humano está destinado, por sua razão, a
estar numa sociedade com seres humanos e a se cultivar, civilizar e moralizar nela por meio
das artes e das ciências”.
Kant estabelece que o ser humano, quando determina seu modo de agir, deve guiar a sua
vontade de acordo com um princípio formal, que ele denomina de imperativo categórico,
sintetizado através da lei fundamental.
Para o filósofo de Königsberg, o indivíduo deve buscar, através de uma atividade da razão,
os princípios que regem as ações morais. Kant faz uma crítica à razão, com uma intenção
de salvar a mesma num estado de especulação metafísica vazia e cheia de elucubrações
infrutíferas, à medida que tais elucubrações não correspondem às limitações do ser humano.
Eis que ele olha na razão algo que jamais sofre uma corrupção, porque ela é por si mesma e
não necessita do mundo exterior para elaborar os seus juízos.
O homem é um destino, isto é, um ser que tem que fazer-se a si mesmo – personalização –
ao homem cabe o destino moral da personalização. Mas o homem, em virtude da sua
constituição, participa também do mundo sensível, da animalidade. O homem é um ser
dividido dentro de si próprio.
A pessoa é um ser que tem direito e é consciente disso, ela é uma substância que tem
consciência da sua liberdade. Por um lado, é um Ser empírico, enquanto livre arbítrio que
pode ou não agir segundo a representação da lei moral. Por outro lado, é um Ser inteligível,
na medida em que leva em si um tipo de causalidade livre, que se impõe como exigência
absoluta e incondicional.
Kant, por exemplo, constrói o conceito de pessoa humana com o intuito de fundar uma
doutrina moral baseada nos princípios do próprio homem para que viva numa sociedade
bem estruturada. Ele estabelece a liberdade como um objeto central para definir o homem,
argumentando que todo ser humano possui uma liberdade natural e uma capacidade de
autodeterminação. Para Kant, negar a autonomia e dignidade da pessoa seria renunciar à
própria humanidade.
Por outro lado, Tomás de Aquino vê a pessoa humana como uma realidade que possui
dignidade própria, sendo uma síntese do mundo inteligível e do mundo sensível2. Ele
destaca a natureza racional da pessoa, que lhe confere uma superioridade de ordem em
relação a todos os outros entes.
Essas perspectivas oferecem uma visão rica e complexa da pessoa humana, considerando
tanto a sua dimensão transcendental quanto a sua inserção no mundo físico e social. A
metafísica, assim, desempenha um papel crucial ao nos ajudar a refletir sobre o sentido da
vida e a relação entre o homem e o universo.
Ao longo da história a relação entre o homem e o seu meio foi item de fundamental
importância na chamada luta pela sobrevivência. Atualmente, com o desenvolvimento das
ciências e o processo de racionalização dos meios produtivos, as sociedades se preocupam
em extrair da natureza as suas demandas de consumo. A biologia, a química a genética e a
agronomia são alguns dos campos onde os usos da natureza são exaustivamente
desenvolvidos.
A crise ambiental atual exige uma reflexão profunda sobre nossa relação com a natureza. O
ser humano não deve ser visto como superior à natureza, mas sim como parte integrante
dela.
Equilíbrio e Sustentabilidade
A busca por uma relação harmoniosa entre o homem e a natureza envolve encontrar um
equilíbrio entre as necessidades humanas e a preservação dos ecossistemas.
A filosofia nos convida a refletir sobre como podemos viver de forma mais sustentável,
respeitando os limites do planeta e valorizando a diversidade natural.
Em resumo, a filosofia nos desafia a repensar nossa relação com a natureza, buscando uma
postura ética e consciente que preserve o meio ambiente para as gerações futuras.
Aristóteles e a Noção de “Outro Eu”: Para Aristóteles, a noção do amigo como “outro eu”
(allos autos) deriva da relação que o homem bom tem consigo mesmo.
A ideia de allos autos foi introduzida por Aristóteles em suas duas éticas: a Ética a
Eudemo e a Ética a Nicômaco. Na Ética a Eudemo, Aristóteles discute a amizade e afirma
que o amigo quer ser “outro Herácles”, ou seja, outro eu. O amigo é semelhante a nós no
corpo e na alma, e essa semelhança é a base da amizade.
Cultivar bons sentimentos, respeitar nossa dignidade e agir eticamente são aspectos
importantes dessa relação.
Relação com o Outro: O outro pode ser visto como um “tu-como-eu”. Reconhecemos nossa
própria dignidade na pessoa do outro.
A relação com o outro envolve aceitá-lo como um sujeito diferente, com singularidade
própria, e colaborar para seu aperfeiçoamento humano.
A reflexão sobre Deus é quase inerente à filosofia. Ao contrário da ciência, que, voltada
para objetos específicos, pode dispensar interrogações sobre Deus e concentrar-se no seu
alvo, a filosofia é mais ambiciosa e procura respostas para questões que, num certo sentido,
as ciências nem precisam se colocar, para verificar leis ou dimensões dos fenômenos
naturais (não custa relembrar que o radical de fenômeno, em grego antigo, significa
"aparência").
Cristianismo
Há filósofos que consideram Deus como o "criador" do mundo, o Ser do qual provêm os
outros seres. Esta visão advém do cristianismo e coloca a fé como coadjuvante da razão.
Com Cristo, Deus se revelou ao homem e é a partir dessa crença (não racional) que a razão
entra em cena para solucionar os problemas postos pela realidade.
Essa linha filosófica acentua a eternidade e a imutabilidade de Deus diante da
temporalidade e da mutabilidade do mundo. Antes da criação não existia o tempo. Portanto,
nem faz sentido falar em antes ou perguntar-se o que Deus fazia então, diz Santo
Agostinho (354-430), em suas "Confissões" (o físico inglês contemporâneo Stephen
Hawking, autor de "Uma Breve História do Tempo", de certa forma concorda com isso,
pois considera que o tempo passou a existir após o Big Bang).
Contemporaneamente, desenvolveu-se a impressão de que a filosofia está ligada ao ateísmo
ou, no mínimo, que ela se opõe aos dogmas cristãos. Essa impressão, porém, não tem
fundamento histórico: filósofos como Kant e Hegel, por exemplo, estavam longe de ser
ateus, da mesma maneira que Kierkegaard (1813-1855) foi cristão e filosofou a partir das
crenças cristãs. Já Bergson, de origem judaica, aproximou-se do catolicismo ao final de sua
vida.
Todo ser humano tem uma ligação muito forte com o transcendente, desde seu nascimento
até o final de sua vida, percorrendo caminhos diferentes, sempre tendo em vista as diversas
formas de se conectar com o Sagrado.
Com o nascimento, os pais procuram ensinar sua doutrina religiosa, a criança desde muito
cedo, quando criada em uma família cristã, aprende a rezar para Deus e reconhece Ele
como sendo seu único criador.
Durante toda sua formação corpórea e espiritual e no decorrer de sua vida, o homem se
encontra inteiramente ligado com Deus, por diferentes formas e credos: rezam
constantemente em situações de perigos e quando se encontram com necessidades de serem
escutados, sabem que com Deus encontram caminhos para que isso aconteça.
No final da vida, a religiosidade fica ainda mais evidente, durante todo o percurso
existencial encontrou respostas e consolo Naquele em que suas orações eram direcionadas
e, após toda sua jornada em vida, reconhece que está muito breve a hora de se encontrar
definitivamente com Deus.
Procurando responder as diversas formas do homem se colocar na presença do Sagrado,
desponta-se no horizonte filosófico, a pensadora contemporânea Edith Stein, que durante
toda sua vida procurou encontrar uma solução plausível que pudesse desenvolver uma
resposta coerente aos anseios do mundo e da relação entre o ser humano e Deus.
A relação entre o homem e Deus na filosofia é um tema complexo que tem sido discutido
ao longo da história da filosofia ocidental e oriental. Existem várias perspectivas e
abordagens para entender essa relação, dependendo das tradições filosóficas e religiosas.
Deísmo: O deísmo é a crença em um Deus que criou o universo, mas não interfere
diretamente nos assuntos humanos. Na perspectiva deísta, a relação entre o homem e Deus
pode ser mais distante, com Deus sendo concebido como um "relojoeiro cósmico" que
criou o universo e estabeleceu suas leis naturais, mas não está envolvido nas atividades
cotidianas dos seres humanos.
Panteísmo: O panteísmo sustenta que Deus está presente em todas as coisas e é idêntico ao
universo. Nessa visão, a relação entre o homem e Deus é muitas vezes concebida como
uma relação de unidade, onde cada ser humano é uma manifestação ou parte da divindade.
A busca pela conexão com Deus pode ser encontrada na contemplação da natureza e na
auto-realização.
Ateísmo: O ateísmo nega a existência de Deus ou deidades. Para os ateus, a relação entre o
homem e Deus é inexistente, pois Deus é considerado uma construção imaginária ou uma
ideia desnecessária para explicar o mundo e a existência humana.
Para entender essa relação, foram apresentados alguns conceitos adotados pela profissional
para embasar a reflexão, tais como: o conceito de trabalho, de ética, comunicação e tempo
na vida cotidiana, o hábito, os valores do homem e do capitalismo. O trabalho é visto como
“uma relação de dupla transformação entre o homem e a natureza, geradora de significado”
(CODO, 2006, p. 80).
A ética é entendida como um conjunto de condutas morais reguladoras das relações entre
indivíduo e sociedade (VÁSQUEZ, 1998).
O tempo, por sua vez, é visto como um medidor das interações humanas. Na era da
informação, os relacionamentos e conexões são frágeis, sendo usados quando necessário e
depois “guardados” para serem usar novamente dependendo de interesses (BAUMAN,
2004).
Essas formas de ser e agir formam hábitos que garantem a estabilidade nas tomadas de
decisão enfrentadas anteriormente. Essas ações, frequentemente repetidas, moldam-se em
um
padrão que passa a ser incorporado e reproduzido, os homens, nesse caso, constroem
normas
que regem hábitos e que em nível social garantem a reprodução dos mesmos, sendo
denominado institucionalização (BOFF; BEUREN; GUERREIRO, 2008).
Diante desta exposição, a palestrante indagou aos participantes: quem é esse homem
que trabalha? Alguém com sentimentos, pensamentos, ações e valores. O que é e qual o
significado do trabalho, considerando tempo, informação, o formato das organizações e o
tipo de gestão? E quais as decorrências advindas dessa relação? Dependendo de como a
organização é conduzida, temas como ansiedade, Síndrome de Burnout e assédio moral
podem surgir como consequência.
No caso do assédio moral, destaca-se que não é um problema médico ou psiquiátrico,
pois não é uma doença da pessoa, mas sim uma doença do ambiente de trabalho, causando
diversos sintomas como insônia, ansiedade e depressão (EGE, 2001). O assédio pode ser
entendido como
A consciência Moral
A consciência moral é uma competência avaliadora dos actos pessoais e dos alheios, a
capacidade de discriminar entre o que é o bem e o que é o mal.
Qual a NATUREZA desta capacidade cuja manifestação no ser humano o eleva à
dignidade de um ser moral?
A consciência moral tem uma base racional. Todos os actos humanos são julgados
e avaliados pela razão, em função de valores livre e racionalmente escolhidos. Não
é, pois, “às cegas” que concebemos e realizamos a acção. É com a intervenção do
pensamento que tomamos consciência dos problemas, que os compreendemos e que
equaciona-mos soluções que nos parecem possíveis. A racionalidade permite-nos
analisar criticamente aquilo com que nos deparamos, avaliar as acções pessoais e as
dos outros, confrontando o que queremos fazer com aquilo que julgamos que
devemos fazer.
A consciência moral tem um elemento afectivo. As relações interpessoais
manifestam na consciência uma componente emocional tão forte que é capaz de
dinamizar a acção humana do mesmo modo que a razão. Por vezes, junta-se à razão,
colaborando e reforçando o seu papel, ou, então, opondo-se-lhe e entrando em
conflito com ela. Assim, quer os sentimentos positivos de amor, amizade, simpatia e
fraternidade quer os seus contrários manifestam uma “lógica” própria que interfere
de modo significativo na acção.
A consciência moral tem uma componente social. É interagindo com os outros e
através do processo de educação que a consciência moral se vai formando. O seu
desenvolvimento passa pela interiorização de um “dever-ser” que lhe vai sendo
apresentado pelos diferentes agentes (família, escola, media, grupo de pares, etc.) no
decorrer do processo de socialização.