Trabalho de Etica - 064032
Trabalho de Etica - 064032
Trabalho de Etica - 064032
Disciplina: Ética
Ano de Frequência: 2º
Nacala-Porto
2024
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Fernando João Machaze
Nacala-Porto
2024
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................................... 4
2.Conclusão................................................................................................................................................. 13
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Introdução
O Trabalho cientifica em alusão apresenta como tema: Direitos Humanos e a Ética. Neste
pretende-se que os estudantes compreendam a história de tomada de consciência dos Direitos
Fundamentais do Homem; o significado ético dos Direitos Humanos e panorama dos Direitos
Humanos.
A priori importa referir que Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres
humanos. São direitos civis e políticos (exemplos: direitos à vida,
à propriedade privada, liberdade de pensamento, de expressão, de crença, igualdade formal, ou
seja, de todos perante a lei, direitos à nacionalidade, de participar do governo do seu Estado,
podendo votar e ser votado. Entre outros, fundamentados no valor liberdade.
A aspiração de proteger a dignidade humana de todas as pessoas está no centro do conceito de
direitos humanos. Este conceito coloca a pessoa humana no centro da sua preocupação, é
baseado num sistema de valores universal e comum dedicado a proteger a vida e fornece o molde
para a construção de um sistema de direitos humanos protegido por normas e padrões
internacionalmente aceites. Durante o século XX, os direitos humanos evoluíram como um
enquadramento moral, político e jurídico e como linha de orientação para desenvolver um mundo
sem medo e sem privações. No século XXI, é mais imperativo do que nunca tornar os direitos
humanos conhecidos e compreendidos e fazê-los prevalecer.
O artigo (artº) 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pelas Nações
Unidas em 1948, refere os principais pilares do sistema de direitos humanos, isto é, liberdade,
igualdade e solidariedade. Liberdades tais como a liberdade de pensamento, consciência e de
religião, bem como de opinião e de expressão estão protegidas pelos direitos humanos. Do
mesmo modo, os direitos humanos garantem a igualdade, tal como a protecção igual contra todas
as formas de discriminação no gozo de todos os direitos humanos, incluindo a igualdade total
entre mulheres e homens.
No que concerne a metodologia usada neste trabalho, baseou-se na revisão literária de obras que
abordam a temática em destaque e quanto ao aspecto organizacional, o trabalho apresenta a
seguinte estrutura organizacional: Introdução, desenvolvimento, conclusão e referência
bibliográfica.
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1. Os Direitos Fundamentais e os Direitos Humanos
À personalidade jurídica está associado todo um catálogo de direitos fundamentais dos cidadãos
que têm fundamento na dignidade da pessoa humana, na liberdade, na fraternidade e na
igualdade do Homem.
Os Direitos do Homem são direitos aceites como válidos por toda a Humanidade (para todos os
povos e todas as épocas), com base no carácter inviolável, intemporal e universal da natureza da
pessoa humana. Derivam da natureza da pessoa humana, fazem parte da essência da Humanidade
(entendida aqui como uma comunidade de gerações presentes e futuras.
O mesmo autor afirma que, ‟fazendo parte da essência da Humanidade e sendo conaturais ao
próprio Homem, os Direitos Humanos têm por objectivo a protecção da personalidade humana
na sua dimensão social e impõem limites à autoridade e soberania dos Estados
modernos”(Mello,2003).
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1.2. Direitos Fundamentais do Homem
Para Mello (2003), os direitos fundamentais, que podem ser entendidos como um conjunto de
prerrogativas e instituições capazes de reflectir ideais de liberdade, igualdade e dignidade entre
os seres humanos, nascem com o próprio indivíduo e não cessam com a sua velhice. Sucede,
porém, que as pessoas idosas, comumente, são vistas como um peso na sociedade, na medida em
que se ignora que a longevidade foi uma grande conquista da humanidade ao longo dos anos,
constituindo-se, inclusive, um dos principais fundamentos para o desenvolvimento dos países.
Direito positivo é constituído pelo conjunto das normas jurídicas efectivamente em vigor, em
dado momento e em dada comunidade (Ana Prata).
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1.3. Origem dos Direitos Humano
A ideia de “direitos humanos” tem origem no conceito filosófico de direitos naturais que seriam
atribuídos por Deus; alguns sustentam que não haveria nenhuma diferença entre os direitos
humanos e os direitos naturais e vêem na distinta nomenclatura etiquetas para uma mesma ideia.
Outros argumentam ser necessário manter termos separados para eliminar a associação com
características normalmente relacionadas com os direitos naturais, sendo John Locke talvez o
mais importante filósofo a desenvolver esta teoria.
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tradicionalmente se tinham negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever
dos Estados de eliminar todas as formas de exploração económica estrangeira.
Mais tarde, os Estados africanos que acordaram a Declaração de Túnez, em 6 de
Novembro de 1992, afirmaram que não se pode prescrever um modelo determinado a nível
universal, já que não podem se desvincular as realidades históricas e culturais de cada nação e as
tradições, normas e valores de cada povo.
2ª Geração – Direitos Económicos, Sociais e Culturais. Emergem entre o século XIX e início
do século XX, e incluem direitos ao trabalho, à iniciativa económica privada, à propriedade
privada, à segurança social, à protecção da saúde, à habitação, à protecção da família, à
protecção da paternidade e da maternidade, à protecção da infância, à educação e formação
profissional, ao desporto e à cultura física, à fruição e criação culturais, etc., etc.). Uma das
referências históricas é a Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição Russa de 1919.
4ª Geração – Direitos ao ambiente e à qualidade de vida. Tendo como uma das referências a
Carta da Terra ou a Declaração do Rio (1992), esta geração de direitos enfatiza os direitos dos
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homens e dos povos a uma vida saudável, em harmonia com a natureza, o direito a um ambiente
saudável e ao desenvolvimento sustentável, etc. Vê-se que a 4ª geração constitui um
desprendimento da terceira, com maior ênfase colocada à problemática do ambiente e da
sustentabilidade do desenvolvimento. Fala-se, ainda, actualmente, numa nova geração de direitos
emergentes da Sociedade de Informação, colocando-se a ênfase no combate à chamada
infoexclusão. Preferimos, entretanto, considerar que tais direitos podem enquadrar-se nos da 4ª
geração, posto que ainda se está na senda da salvaguarda da qualidade de vida. A maior parte das
sociedades modernas apresenta nos seus ordenamentos jurídicos um conjunto alargado de
direitos fundamentais, mas, diariamente, tem-se notícia de sua violação, pelo que importa
promover o respeito por esses direitos e denunciar a sua inobservância junto de organizações
internacionais e nacionais vocacionadas (Amnistia Internacional, Comissões Nacionais de
Direitos Humanos como a Liga dos Direitos Humanos entre outros).
A DUDH foi redigida na sequência das mais graves violações da dignidade humana, em
particular, a experiência do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. O ponto central é a
pessoa humana. O preâmbulo da DUDH refere-se à liberdade de viver sem medo e sem
privações. A mesma abordagem é inerente ao conceito de segurança humana. Na Sessão de
Trabalho (Workshop) Internacional sobre Segurança Humana e Educação para os Direitos
Humanos que decorreu em Graz, em julho de 2000, foi declarado que a segurança humana visa
proteger os direitos humanos, isto é, através da prevenção de conflitos e do tratamento das
verdadeiras causas para a insegurança e a vulnerabilidade. Uma estratégia de segurança humana
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pretende estabelecer uma cultura política global, assente nos direitos humanos. Neste contexto, a
educação para os direitos humanos é uma estratégia rumo à segurança humana, uma vez que
capacita as pessoas na procura de soluções para os seus problemas, com base num sistema global
de valores comuns e numa abordagem orientada para as normas e direitos, em vez de uma
abordagem orientada para o poder. A segurança humana é promovida no seio da sociedade, de
um modo descentralizado, começando pelas necessidades básicas das pessoas, mulheres e
homens de forma idêntica. Referimo-nos a problemas de segurança pessoal, pobreza,
discriminação, justiça social e democracia. A vida sem exploração e sem corrupção começa
quando as pessoas deixam de aceitar a violação dos seus direitos. As organizações da sociedade
civil (como a Transparência Internacional) apoiam este processo de emancipação com base no
conhecimento dos direitos humanos.
Uma “ética da responsabilidade” (Hans Jonas) e uma “ética global a favor dos direitos
humanos” (George Ulrich) foram propostas de modo a fazer face aos desafi os da globalização.
Os debates acerca de certos direitos prioritários e o universalismo versus o relativismo cultural fi
zeram parte das agendas das duas conferências mundiais sobre direitos humanos, em Teerão e
em Viena, respetivamente. A conferência de Teerão, em 1968, clarifi cou que todos os direitos
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humanos são indivisíveis e interdependentes, e a Conferência de Viena, de 1993, acordou, por
consenso, que “Embora se deva ter sempre presente o signifi cado das especifi cidades nacionais
e regionais e os diversos antecedentes históricos, culturais e religiosos, compete aos Estados,
independentemente dos seus sistemas políticos, económicos e culturais, promover e proteger
todos os Direitos Humanos e liberdades fundamentais”. (Fonte: Declaração e Programa de Acção
de Viena. 1993).
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Juridicamente, o Estado também era implacável. Aos acusados, não cabia direito de defesa,
tampouco de contraditório, submetendo-se a julgamentos secretos e confissões obtidas por meio
de tortura. Ademais, eram amplamente aplicadas penas cruéis, desumanas e desproporcionais à
gravidade do delito cometido.
Historicamente, refere que os direitos fundamentais de terceira geração surgiram como fruto de
um sentimento de solidariedade mundial, com o escopo de serem internacionalizados valores
ligados à dignidade da pessoa humana, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, em
decorrência dos abusos praticados durante o regime nazista. Esses direitos visavam à protecção
de todo o género humano e não apenas de um grupo de indivíduos”. Exemplifica, citando o
direito ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à propriedade sobre o património comum
da humanidade e à comunicação.
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2. Conclusão
De acordo com análise minuciosa feita em torno do trabalho conclui-se que a ideia de dignidade
humana é tão antiga quanto a história da humanidade e existe de variadas formas, em todas as
culturas e religiões. Por exemplo, o importante valor atribuído ao ser humano pode ser
encontrado na filosofia africana de ubuntu ou na proteção de estrangeiros no Islão. A “regra de
ouro” segundo a qual devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados existe em todas
as grandes religiões. O mesmo vale para a responsabilidade da sociedade de cuidar dos seus
pobres e para as noções fundamentais de justiça social. Contudo, a ideia de “direitos humanos” é
o resultado do pensamento filosófico dos tempos modernos, com fundamento na filosofia do
racionalismo e do iluminismo, no liberalismo e democracia, e também no socialismo. Ainda que
o conceito moderno de direitos humanos tenha emanado sobretudo da Europa, deve ser
sublinhado que as noções de liberdade e de justiça social, que são fundamentais para os direitos
humanos, são parte de todas as culturas.
A existência dos direitos subjectivos, tal e como se pensam na actualidade, foram objecto de
debate durante os séculos XVI, XVII e XVIII, o que é relevante porque habitualmente se diz que
os direitos humanos são produto da afirmação progressiva da individualidade e que a ideia de
direitos do homem apareceu pela primeira vez durante a luta burguesa contra o sistema
do Antigo Regime. Sendo esta a consideração mais estendida, outros autores consideram que os
direitos humanos são uma constante na História e têm suas raízes no mundo clássico; também
sua origem se encontra na afirmação do cristianismo da dignidade moral do homem enquanto
pessoa.
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3. Referência Bibliográfica
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