PP - Participacao Dos Pais Na Gestao
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Índice
1.
Introdução...................................................................................................................................3
1.1. Objectivos.............................................................................................................................3
1.1.1. O objectivo geral...............................................................................................................3
1.1.2. Objectivos específicos.......................................................................................................3
1.2. Metodologia.........................................................................................................................3
2. Conceitos.................................................................................................................................3
2.1. Escola...................................................................................................................................4
2.2. Gestão Escolar.....................................................................................................................4
2.3. Participação.........................................................................................................................5
2.3.1. Relação Escola – Família.................................................................................................5
2.4. Participação dos pais na gestão de problemas escolares...................................................6
2.4.1. Mediação de problemas na escola...................................................................................8
Conclusão...................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas.........................................................................................................11
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1. Introdução
O presente trabalho apresenta as modalidades de gestão participativa implementadas
mediante a cooperação entre professores, pais e encarregados de educação e a direcção da
escola.
Nos últimos tempos houve uma grande mudança na relação entre a escola e a família.
Tendo-se notado uma maior aproximação entre ambas, esta relação trouxe vantagens no que
diz respeito ao desempenho dos alunos, mas também trouxe algumas desvantagens, pois o
número de conflitos gerados nas escolas têm vindo a aumentar de dia para dia, como é
possível constatar através da comunicação social.
1.1. Objectivos
1.1.1. O objectivo geral
Falar da participação dos pais na gestão de problemas escolares.
1.2. Metodologia
Vale aqui ressaltar que para a realização do presente trabalho nos baseamos
inteiramente no método bibliográfico. Isto é, a partir do levantamento de referências teóricas
já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites.
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2. Conceitos
Antes de falarmos daquilo que é o pano de fundo do trabalho, importa, por ora, falar do
que vem a ser escola e gestão escolar ou da escola.
2.1. Escola
Segundo Gómez (2002, p. 17) citado por Libâneo (2013) a escola e o sistema educativo
em seu conjunto, pode ser considerado como uma instância de mediação cultural entre os
significativos, sentimentos e condutas da comunidade social e o desenvolvimento humano das
novas gerações.
Lima (1998) citado em Basílio (2014) define a escola como sendo “ um estabelecimento
onde se dá qualquer género de instrução de que o homem precisa para o seu enquadramento
na vida em sociedade” (p. 36).
Continuando nesta linha de raciocínio, Luck (2005 p.58) mostra que “ a gestão é a
mobilização de talentos e esforços colectivamente organizados, a acção construtiva conjunta
de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um todo
orientado por uma vontade colectiva”.
Na perspectiva de Luck, cada pessoa tem os seus talentos, aptidões ou capacidades para
realizar algo. Mas por si só, estes talentos não podem produzir efeitos. Precisam de ser unidos
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a outros talentos e serem mobilizados para poderem produzir acções. Em outras palavras, este
pensador quer mostrar que quando um trabalho é feito em conjunto produz efeitos o que é
diferente do trabalho individual.
Desta feita, os trechos acima mencionados fazem perceber que a gestão implica a união
das forças ou colaboração de muitos para o bem de todos. Quando se trata de gestão, pensa-se
logo de como se pode operacionalizar ou organizar uma estrutura ou actividade. Assim, a
gestão da escola seria esta mobilização das habilidades e talentos dos membros da
comunidade escolar para potencializar e maximizar o trabalho que leva a alcançar os
objectivos previstos para a organização, tendo em conta que estes membros tomam parte na
decisão que envolve a organização.
2.3. Participação
Segundo Libâneo (2013) participação significa a capacidade das pessoas e dos grupos
de livre determinação de si próprio, isto é, conduzirem sua própria vida.
Por outro lado, Jesus e Neves (2004:21) defendem que o surgimento de novos tipos de
famílias, bem como as escolas cheias de alunos de diferentes estratos económicos, sociais e
culturais, fez com que a comunicação que se estabelecesse entre os diferentes intervenientes
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(escola, pais, alunos, comunidade escolar) exigisse uma maior compreensão e aceitação por
parte de todos.
Deste modo as relações escola - família assumem assim uma outra representação social
que era desconhecida anteriormente. Sendo que, esta relação poderá traduzir-se num melhor
desempenho dos alunos, uma vez que há uma acrescida proximidade e cooperação entre
famílias e escolas, no que diz respeito ao processo de ensino – aprendizagem do aluno.
A relação com as famílias passa necessariamente pelo seu papel de mediadores entre a
organização, a cultura escolar e as culturas que fazem parte da sociedade que frequentam a
escola. A escola é uma organização geradora de conflitos, nomeadamente entre os gestores,
professores e pais dos alunos.
Assim sendo, Bilhim (1996) defende o problema como um processo no qual o esforço é
propositadamente feito por “A” para destruir o esforço de “B”, com recurso a qualquer forma
de bloqueio que resulte na frustração de “B”, no que concerne à prossecução das suas metas e
ao desenvolvimento dos seus interesses. Alguns autores referem-se ao problema de forma
negativa, associando-o a uma ideia de “perigosidade” ou de “malefício” (Neves, p.582).
Dalmas (2001) adverte que ao nível da escola todos são chamados a contribuir na
resolução dos problemas, e que, o conselho da escola, como órgão que integra não apenas os
actores internos, como também a comunidade, deve ser um espaço onde todos têm a
possibilidade de poder expressar os seus posicionamentos. A ideia de Dalmas é que toda a
comunidade escolar (famílias, professores, alunos, etc.) se disponibilize a participar na gestão
da escola e acha que o conselho de escola é o espaço favorável para esta participação. Aliás, é
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neste conselho que a comunidade pode apresentar as suas opiniões e dar a sua posição sobre
os diferentes aspectos da gestão escolar.
Antes de avançarmos, cabe referir que hoje em dia, os pais e encarregados de educação
estão cada vez mais ocupados com a sua vida profissional e torna-se complicado a sua
presença na escola. No entanto, tentam participar na vida escolar dos seus educandos, indo às
reuniões de avaliação e ajudando os seus filhos nas tarefas escolares de casa. É esperado pelos
pais, que os professores reconheçam a sua participação na escola e que sejam o mais sinceros
possível. Por outro lado, também os professores esperam que os pais e encarregados de
educação sejam participativos na vida escolar dos seus filhos.
Olhando para os argumentos acima referenciados, cabe dizer que a escola é propriedade
da comunidade, e, como tal, é a comunidade que faz a sua gestão. A presença da família pode
ser considerada como uma presença fiscalizadora, dado que, já a escola não pode decidir
sozinha sobre o plano educativo nem gerir fundos sem o avale deste conselho.
No entanto, a família vigia na escola por intermédio do conselho da escola e para o bem
dos educandos. Percebe-se já que a função básica do conselho da escola é a de descentralizar
e democratizar na escola as relações de poder. A sua participação nas decisões importantes
tomadas pela escola já não é qualquer participação, mas sim, um mecanismo para promover a
gestão democrática na escola.
democrática na sua gestão. Como toda a sociedade não fica representada nas escolas, é por via
do Conselho de Escola que ela faz a gestão.
Portanto, o Conselho de Escola é uma forma organizada de seguir passo a passo a vida
da escola e garantir, ao mesmo tempo, a participação da comunidade na gestão do seu
património que é a escola.
Doravante, entende-se que o Conselho de Escola tem as suas atribuições que envolvem
o ambiente escolar propriamente dito e atribuições voltadas para a participação da
comunidade mais ampla. Porém, deve-se destacar que o exercício dessas atribuições não se
opõe à autonomia da escola, nem devem os conselhos escolares se tornar um grupo de
“oposição” à direcção das escolas (Stern, 2003, p. 32).
Tendo arrolado todo conteúdo acima, pode-se dizer que para os pais e encarregados de
educação, um problema em contexto escolar é toda a situação que deriva da ausência de
diálogo e que por sua vez exige uma intervenção, como forma de a resolver.
Não obstante, os pais e encarregados de educação também afirmam que nem sempre
têm uma imagem positiva na escola, pelo facto de lá se dirigirem apenas quando acontece
algum problema e pelo facto de descartarem a educação dos filhos na escola. No entanto, os
professores são vistos como alguém que ensina os seus filhos.
A mediação nas escolas é um dos métodos mais eficazes e construtivos para a soluça de
conflitos neste contexto. Segundo Uranda M. (1998, cit. por Torrego 2003, p.5), a mediação
escolar aponta os seguintes aspectos positivos:
Um ambiente mais descontraído e produtivo;
Contribui para o desenvolvimento de atitudes de interesses e respeito pelo outro;
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Conclusão
A participação dos pais no processo educativo nem sempre é fácil, acredita-se que a
educação consiste em mudanças e essa tarefa pode ficar comprometida se reconhecermos que
essa comunidade tradicional resiste a esse dinamismo.
Referências Bibliográficas
Bilhim, J. (1996). Teoria organizacional – estruturas e pessoas, Instituto Superior de
Ciências Sociais e Políticas.
Stern, J. (2003). O envolvimento dos pais no processo de educacional. São Paulo. Editora
SBS-Especial Book Service