Avaliacao Do Desenvolvimento Mental e Psicomotor de Criancas Na Creche Com Carencias Nutricionais
Avaliacao Do Desenvolvimento Mental e Psicomotor de Criancas Na Creche Com Carencias Nutricionais
Avaliacao Do Desenvolvimento Mental e Psicomotor de Criancas Na Creche Com Carencias Nutricionais
Ribeirão Preto
2004
Introdução 8
Introdução
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO
Dessa forma, segundo Gesell, muito antes do nascimento, o futuro bebê está já
marcado por uma individualidade própria e com potencialidades peculiares, sendo que
cada criança tem um esquema de desenvolvimento único, determinado por essas
potencialidades e pelo seu meio ambiente.
A criança, para ele, é uma unidade, como produto do sistema nervoso. A mente
em formação é um componente inseparável de uma vasta rede de tecido vivo.
Fisicamente, a sua estrutura é representada por um vasto labirinto de fibras nervosas,
que, funcionalmente, resultam em tendências e esquemas de comportamento. Cabe à
neurociência desvendar as inter-relações entre os centros nervosos e, às ciências do
Introdução 13
Para solucionar esse problema, Piaget recorre ao que chama de "exame clínico" ,
onde controla as hipóteses, através de conversas orientadas, que permitem avaliar as
reações do sujeito, a fim de encontrar a significação que tem para o sujeito uma resposta
particular. Nesse "exame clínico", ele centraliza, às vezes, a conversação em um teste,
que seria apenas um meio de seguir um raciocínio sobre pequenas experiências. As
respostas são, então, recolhidas e reagrupadas em "etapas" que caracterizam, em dadas
idades, a passagem para uma forma mais evoluída de raciocínio. (Reuchlin, 1965)
Para Piaget (1979):
completa, ou seja, no estudo integrado do desenvolvimento, uma vez que considera não
ser possível selecionar um único aspecto do ser humano.
Para ele, o estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como
"geneticamente social" e estudar a criança contextualizada, nas relações com o meio.
O conceito de meio é central na sua teoria, constituindo o complemento
indispensável do ser vivo. O meio, na compreensão de Wallon, é o conjunto mais ou
menos duradouro das circunstâncias onde se desenrolam existências individuais, e que
comporta condições físicas e naturais, que são transformadas pela técnica e costumes do
grupo humano correspondente. O mais importante na determinação do meio não é o
espaço físico, mas sim a semelhança dos interesses, das obrigações, dos costumes.
Dessa forma, vários meios podem misturar-se dentro do mesmo indivíduo. (Wallon,
1975)
Assim, para Wallon (1975):
"tudo o que cresce tem um plano básico, e é a partir desse plano básico
que se erguem as partes ou peças componentes, tendo cada uma delas o
seu tempo de ascensão especial, até que todas tenham sido levantadas
para formar, então, um todo em funcionamento." (p. 91).
Para Erikson:
Erikson, em sua teoria, propôs oito estágios (ou fases), sendo que há uma
transição pré-definida geneticamente de um estágio psicossocial para o outro. Cada
estágio é caracterizado por crises psicossociais, sendo que, a forma como o indivíduo
Introdução 22
resolve cada uma dessas crises, nos diferentes estágios, marca a sua personalidade na
fase adulta. Tais crises podem ser resolvidas em outras fases (que não nas que surgem),
mas o melhor é que sejam resolvidas na fase em que surgem.
É importante entender o que Erikson conceitua como crise. Para ele, crise é um
termo usado para designar não uma ameaça de catástrofe, mas um ponto decisivo, um
período crucial de maior vulnerabilidade e potencial aguçado.
Os estágios propostos por Erikson são uma importante revisão dos estágios de
desenvolvimento de Freud. Erikson diminuiu a importância dada aos fatores biológicos
e sexuais, sublinhando o peso da influência dos fatores relacionados com a educação da
criança, as relações sociais e as influências culturais na formação do eu.
Cada estágio é dominado por um tema ou tarefa predominante, que pode ter um
resultado positivo ou negativo. Os primeiros quatro estágios ocorrem durante a infância;
o quinto está ligado à adolescência; e os três estágios seguintes à vida adulta:
• o primeiro estágio, que vai do nascimento até o primeiro ano de vida, é marcado por
uma crise entre busca de confiança e reconhecimento mútuo versus desconfiança.
Este estágio corresponde à fase oral de Freud;
• o segundo estágio, que vai do primeiro ao terceiro ano de vida, é marcado por uma
crise entre autonomia versus vergonha e dúvida. Este estágio corresponde à fase
anal de Freud;
• o terceiro estágio, que vai dos três aos seis anos de vida, é marcado por uma crise
entre iniciativa versus culpa. Este estágio corresponde à fase fálica de Freud;
• o quarto estágio, que vai dos sete aos doze anos, é marcado por uma crise entre um
sentimento de indústria versus um sentimento de inadequação e inferioridade. Este
estágio corresponde ao período de latência de Freud;
• o quinto estágio, que vai dos doze aos dezoito anos aproximadamente, é marcado
por uma crise entre um conflito de identidade (quem sou eu?) versus uma confusão
de identidade (o que hei de ser?). Este estágio corresponde à fase genital de Freud;
• o sexto estágio, que vai dos vinte aos trinta anos, é marcado por uma crise entre
intimidade e solidariedade versus isolamento. Não há um estágio correspondente em
Freud, já que para ele o desenvolvimento psicossexual se dá até a adolescência. Este
estágio seria da genitalidade madura;
Introdução 23
• o sétimo estágio, que vai dos trinta aos cinqüenta anos, é marcado por uma crise
entre geratividade (gerou trabalho, filhos, conhecimento) versus auto-absorção e
estagnação;
• o oitavo estágio, que vai dos cinqüenta anos em diante, é marcado por uma crise
entre integridade do eu (produziu algo) versus desesperança e temor da morte.
adequado a cada item do exame. É indicado para: seleçionar bebês com possíveis
problemas motores ou comportamentais; e fornecer uma avaliação de base, para
acompanhamento posterior e planejamento de um programa de intervenção.
2. Denver Developmental Screening Test: teste de triagem que pode ser aplicado em
crianças de 15 dias a 6 anos de idade. Existe em duas formas: uma completa e outra
abreviada. Objetiva a detecção precoce de algum desvio, podendo ser utilizado para
o acompanhamento do desenvolvimento de todas as crianças, sejam ou não de risco.
Quatro áreas são avaliadas: motor grosseir, motor fino-adaptativo, pessoal-social e
linguagem.
O homem nasce com certas tendências - andar, falar, pensar, agir de certo modo,
entre outras. Para que a aquisição destas condutas universais não se processe, é preciso
que algum evento importante ocorra.
O desenvolvimento infantil tem sido considerado como um processo, que
envolve modificabilidade, transformação e interação com o ambiente social. Na
trajetória do desenvolvimento da criança, mesmo antes do nascimento, esta pode ser
exposta a múltiplos e contínuos eventos adversos que podem colocar em risco o seu
desenvolvimento pleno e sadio.
Fatores de risco relacionam-se com todo tipo de evento negativo que, quando
presente, aumenta a probabilidade de o indivíduo apresentar problemas físicos, sociais e
emocionais. Os riscos podem ser identificados no sujeito, no ambiente ou em ambos, de
forma combinada. (Yunes e Szymanski, 2001 apud Martins, 2001)
No âmbito do sujeito, alguns eventos têm sido apontados como potenciais riscos
biológicos. Tais eventos podem ocorrer no período pré-natal, perinatal ou pós-natal
(Funayama e Penna, 1998; Bee, 2003):
1. Fatores pré-natais:
• Causadores de má formações: problemas genéticos ou gametopatias,
ingestão de drogas (álcool, neurolépticos, tabaco, drogas ilícitas), fatores
teratogênicos (excesso ou falta de vitamina A, droga dietilestilbestrol,
metilmercúrio, e chumbo), irradiações, fatores ambientais (intoxicação por
substâncias químicas), infecções congênitas;
• Doenças maternas: toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis, herpes
simples, varíola, AIDS;
Introdução 29
3. Fatores pós-natais:
• Doenças sistêmicas com repercussão neurológica: doenças crônicas, doenças
auto-imunes, carências nutricionais;
• Traumatismo craniano (por quedas ou acidentes de trânsito)
• Doenças que afetam o sistema nervoso: intoxicações, epilepsias, tumores
intracranianos, infecções (por bactérias, vírus, fungos, parasitas)
• Efeitos colaterais de medicamentos, tais como fenobarbital,
benzodiazepínicos, neurolépticos, entre outros;
• Doenças: caxumba, sarampo, coqueluche, pneumonia, gripe, meningite, otite
média (crônica);
• Outros fatores: moléstias desmielinizantes, pós-infecciosas e pós-vacinais;
irradiações; exposição a ondas de alta freqüência; hospitalização prolongada.
18 anos); pais adolescentes e/ou solteiros; rejeição da gravidez; pais com apego
mínimo; pais sem técnicas de limites disciplinares; alto nível de estresse (por
dificuldades econômicas ou emocionais); morte e/ou hospitalização de um dos pais;
falta de apoio e integração social; falta de capacidade para enfrentar problemas;
dificuldade de acesso a recursos comunitários (posto de saúde, creche, etc), e a
informações (Tv, rádio, jornal, etc) que possam ajudar a família (Rutter, 1986;
Sameroff, 1990; Bosa & Piccinini, 1994 apud Martins, 2003).
Os fatores de risco podem e, normalmente, ocorrem em conjunto, o que
potencializa as conseqüências que acarreta. Segundo Tuma (1989 apud Martins, 2001),
a ocorrência de vários fatores de risco, em conjunto, quando inseridos em um ambiente
de nível sócio-econômico desfavorável, constituem-se em fator potencialmente de alto
risco.
Entre os fatores de risco mais estudados, estão as carências nutricionais. Dados
demográficos têm indicado que são ocorrências comuns para uma grande proporção de
crianças do mundo (Simeon e Grantham-Mcgregor, 1990; Caballero, 2002; Khor, 2003)
e reconhecidamente um dos graves problemas de saúde pública no Brasil.
Uma carência nutricional comum, principalmente nos países em
desenvolvimento, é a desnutrição protéica e calórica, tanto em sua forma sub-clínica
crônica, como clínica aguda. Sendo um problema multifatorial, ela ocorre em
populações expostas à a pobreza (baixa renda, habitação pobre, desorganização familiar,
clima de apatia, ignorância e despreparo), e pode ser muito mais grave se ocorrer em
conjunto com outras deficiências de nutrientes específicos, podendo ser intensificada
por infecções e parasitismos (Birch, 1974; Brozeck, 1979).
Outra carência nutricional importante é a anemia carencial ferropriva. A revisão
da literatura revela que milhões de pessoas em todo mundo apresentam anemia carencial
ferropriva (DeMaeyer e Adiels-Tegman, 1985; Boccio e Iyengar, 2003; Kadivar e cols.,
2003), sendo que sua prevalência é maior nos países em desenvolvimento. Em
diferentes regiões do Brasil, essa deficiência tem aumentado progressivamente nas
ultimas décadas, principalmente em crianças menores de 2 anos (Sigulen e cols., 1978;
Monteiro e Szarfarc, 1987; Salzano e cols., 1985; Romani e cols., 1990; Nogueira-de-
Almeida e cols., 2001; Osório e cols., 2001; Dutra de Oliveira e de Almeida, 2002;
Beinner e Lamounier, 2003).
Introdução 31
OBJETIVOS
2 - Verificar se existe relação entre os resultados nas escalas mental e psicomotora das
Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil - Segunda Edição (1993), com fatores
potenciais de risco ao desenvolvimento infantil.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO
Ribeirão Preto
2004
Almeida, Patrícia de Souza
Avaliação do Desenvolvimento Mental e Psicomotor de Crianças de Creche Com
Carências Nutricionais. - Ribeirão Preto, 2004.
164 p.: 30 cm
À Andréa
Querida amiga e companheira, de todas as horas, nessa longa jornada.
Não é uma tarefa fácil elaborar uma lista de agradecimentos, justificando o quanto
cada um foi, e é especial dentro deste contexto.
Sendo assim, gostaria de deixar registrado, os meus agradecimentos à todos que, de
alguma forma, foram colaboradores neste estudo.
Sumário
RESUMO ................................................................................................................ 01
ABSTRACT ............................................................................................................ 04
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 07
Desenvolvimento Infantil ............................................................................ 10
Teorias do Desenvolvimento ....................................................................... 11
Abordagem de Gesell ...................................................................... 12
Abordagem de Piaget ..................................................................... 13
Abordagem de Vygotsky ................................................................ 16
Abordagem de Wallon ................................................................... 18
Abordagem de Erikson .................................................................. 21
Avaliação do Desenvolvimento Infantil ...................................................... 23
Fatores de Risco para o Desenvolvimento Normal ..................................... 28
Objetivos ..................................................................................................... 34
RESULTADOS ..................................................................................................... 50
Análise do Nível Sócio-econômico das Famílias das Creches A e B ......... 51
Caracterização dos Grupos Controle (C) e Carente Nutricional (CN) ....... 56
1. Dados Gerais ............................................................................. 56
2. Nível Sócio-econômico ............................................................. 61
3. Período Gestacional, Parto e Puerpério ..................................... 67
4. Marcos do Desenvolvimento ..................................................... 74
5. Condições Alimentares da Criança ............................................ 77
6. Condições de Saúde da Criança ................................................. 81
7. Relacionamento Familiar ........................................................... 83
Avaliação do Desenvolvimento Infantil ...................................................... 86
Fatores de Risco e Resultados na Avaliação do Desenvolvimento ............. 91
1. Escolaridade do Pai .................................................................... 91
2. Escolaridade da Mãe .................................................................. 92
3. Número de Habitantes na Casa .................................................. 95
4. Número de Filhos ....................................................................... 95
5. Ordem de Nascimento ................................................................ 96
6. Idade da Mãe na Época da Gestação ........................................... 96
7. Problemas Durante a Gestação .................................................... 97
8. Condições Alimentares da Mãe Durante a Gestação ................... 97
9. Duração do Período de Gestação ................................................. 98
10. Condições Alimentares da Criança em sua Residência ............... 98
11. Condições de Saúde da Criança .................................................. 99
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