Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Aula 2 SAEP

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 44

Profa.

: Karla Katariny
HISTÓRIA
Florence – cuidado com o ambiente, necessidade de manter o
paciente em observação para se recuperar da cirurgia
Lister – princípios da anti-sepsia
Morton – éter

Simpson - clorofórmio

Início da enfermagem em CC
•necessidade de ter pessoas que cuidassem do processamento
dos materiais e equipamentos cirúrgicos (limpeza,
acondicionamento, guarda e controle),

•assistir o cirurgião durante a cirurgia,

•cuidar do ambiente.
Marco Histórico Trabalho de Enfermagem em CC
-Século XIX = origem da Enfermagem de Centro Cirúrgico
2a Guerra Mundial = divisão do trabalho do enfermeiro
 coordenação e assistencial.
-Décadas de 60 e 70 = alta tecnologia preocupação com a
qualidade em CC;
1978 – aplicação do processo de enfermagem no CC (Horta
-Década de 80 = atuação mais efetiva do enfermeiro de
CC
 assistência individualizada e humanizada
 1985 – proposta do modelo assistencial SAEP

-Década de 90 = aprimorar qualidade da assistência;


Século XXI – Assistência subsidiada pelo conhecimento
científico;
Modelo de Assistência para a Enfermagem
Perioperatória

A operacionalização da assistência com qualidade,

acontece segundo um processo planejado,

sistematizado e contínuo que identifica, resolve,

monitora e avalia a assistência de enfermagem

com vistas ao atendimento das expectativas e

necessidades do paciente.
Modelo de Assistência Perioperatória

A escolha de um modelo de atuação do enfermeiro depende


da inserção do centro cirúrgico no contexto de saúde e em

particular, da instituição hospitalar (filosofia de

assistência e os objetivos).

Quem é o alvo da assistência?

O paciente A equipe
e família cirúrgica
Histórico
Brasil

1985 - Castellanos; Jouclas:


Com o objetivo de promover uma assistência de
enfermagem com qualidade em centro cirúrgico

O Modelo Conceitual Filosófico de Assistência de


Enfermagem Perioperatório foi criado e implantado dentro
do Programa de Integração Docente-Assistencial da Escola
de Enfermagem da USP e no Hospital Universitário da USP

Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatório


Conceitos
Modelo Conceitual Teórico de Assistência Perioperatório

diretriz para apontar as ações específicas de competência


do enfermeiro;
intervenção de enfermagem de forma sistematizada;
aplicação do Processo de Enfermagem - PE ao
cuidado do paciente durante o perioperatório;
metodologia utilizada na área de ação independente;

Pré-operatório
Perioperatório Transoperatório

Pós-operatório
Conceitos

paciente é único e tem direito à assistência integral,


individualizada e participativa integral;

qualidade de assistência está vinculada a intervenção


conjunta dos enfermeiros da UI e do CC Continuada;

 promoção da continuidade de assistência, a


participação do paciente, família e registros contidos no
prontuário participativa;

 promoção da educação continuada do pessoal de


enfermagem e registros legais documentada;
Conceitos

avaliação da assistência oferece subsídios para


melhoria da qualidade e para o desenvolvimento
profissional avaliada

 oferece respeito ao indivíduo e proteção a seus


direitos humanos, satisfação das necessidades sentidas,
prevenção de acidentes e lesões por negligência,
imperícia e imprudência e estado de alerta e proteção
contra os perigos do ambiente.
Conceitos

INTEGRAL CONTINUADA

PARTICIPATIVA S A E P INDIVIDUALIZADA

DOCUMENTADA AVALIADA
Objetivos

1. Ajudar o paciente e sua família a compreender o seu


problema de saúde, a preparar-se para o tratamento e
suas conseqüências e a desenvolver os mecanismos de
defesa (fisiológico e emocional);

2. Diminuir os riscos inerentes ao ambiente de CC e ao uso de


materiais e equipamentos;

3. Colaborar na previsão, provisão e controle de recursos


humanos e materiais para a realização do ato anestésico-
cirúrgico;
Definição dos termos

 PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: tem início


nas 24 horas que antecedem o ato anestésico-cirúrgico até

o momento em que é recebido no CC;

 PERÍODO TRANSOPERATÓRIO: desde a entrada do


paciente no CC até o seu encaminhamento para a

recuperação pós-anestésica;

 PERÍODO INTRA-OPERATÓRIO: desde o início até o


término do ato anestésico-cirúrgico;
Definição dos termos

 PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: compreende


as 24 horas após o procedimento anestésico-cirúrgico,

incluindo o período de permanência na Sala de Recuperação

Pós-Anestésica;
Definição dos termos

PERIOPERATÓRIO
PRÉ
MEDIATO/IME POI
TRANS
DIATO (RPA)
(INTRA)
Fluxo Operacional

1 - Avaliação pré-operatória

Entrevista com o paciente e família durante visita pré-

operatória

Consulta da ficha pré-operatória da enfermagem da UI

contida no prontuário do paciente

 Informações verbais do enfermeiro da UI

Continuidade da assistência entre UI e CC


Fluxo Operacional

2 - Identificação de problemas

 Listagem dos problemas percebidos na visita pré-

operatória e no momento de recebimento do paciente no CC

e que deverão ser considerados no TRANSOPERATÓRIO.


Fluxo Operacional

3 – Planejamento de cuidados

 Análise dos problemas identificados e elaboração da

prescrição de enfermagem para o TRANSOPERATÓRIO

 Determina:

 as ações a serem desenvolvidas e suas prioridades;

 como efetuá-las e a quem compete desempenhá-las;

 quando serão realizadas.


Fluxo Operacional

4 – Implementação da assistência

 Implementação dos cuidados prescritos;

 Registro dos cuidados oferecidos;

 Evolução da enfermagem no final da cirurgia.


Fluxo Operacional

5 – Avaliação pós-operatória

 Inicia na Recuperação Pós-Anestésica;

 Efetuada 24 a 48 horas após o ato anestésico-


cirúrgico;

 Avalia a assistência que foi planejada e implementada;

 Corrige as falhas detectadas.


Fluxo Operacional

EQUPE DE
ENFERMAGEM DO CC

ENFERMEIROS DA
UI / UTI
COMUNICAÇÃO
DOS DADOS
ENFERMEIRO RA

FAMÍLIA
Fluxo Operacional

REGISTRO
DOS DADOS

DOCUMENTO FONTE DE
LEGAL INFORMAÇÕES
DIFICULDADES PARA REALIZAÇÃO DA VISITA
PRÉ-OPERATÓRIA

- Reduzido número de enfermeiros disponíveis;

- Filosofia institucional;

- Falta de interesse dos profissionais;

- Falta de conhecimento desta sistemática.


RECEPÇÃO DO PACIENTE NO CC

Tendo em vista a impossibilidade de realizar a


visita pré-operatória

Recepção do paciente = momento de chegada do paciente no CC

Momento em que o enfermeiro irá conhecer o seu


cliente/paciente

Promove a continuidade do cuidado entre enfermeiro de CC e o


enfermeiro da unidade de origem
ATIVIDADES DO ENFERMEIRO NA RECEPÇÃO
DO PACIENTE NO CC

• Certifica os dados de identificação do paciente (nome, idade,


tipo de cirurgia, lateralidade e outros);

• Realiza breve exame físico, quando possível, com inclusão da


avaliação das condições emocionais;

• Faz a leitura dos principais dados registrados na ficha pré-


operatória;

• Verifica se o prontuário está completo;

• Verifica o registro de intercorrências e alterações


importantes;

• Verifica a remoção de próteses e lentes.


RECEPÇÃO DO PACIENTE NO CC

Análise da evolução e prescrição de enfermagem da UI:


- medicação pré-anestésica;
- remoção de próteses e adornos;
- área de tricotomia;
- uso de medicação e checagem das mesmas;
- jejum;
- doenças pregressas;
- alergias.
Realização dos cuidados prescritos ou reavaliação do
paciente;
Checagem do prontuário quanto a documentação necessária.
Avaliação Pré-Operatória de
Enfermagem
1 - Avaliação pré-operatória

Mortalidade Pós-operatória: 0,8-1,0%

Causas mais comuns:


Hipotensão intra-operatória
Isquemia miocárdica
Contaminação de vias aéreas

Depende das condições pré-operatórias

Redução mortalidade, internação e complicações


1 - Avaliação pré-operatória

Identificação do
risco cirúrgico

Exclusão do risco Quantificação do risco


suscetível cirúrgico

Finalidade
1 - Avaliação pré-operatória
Entrevista:
Anestesias precedentes;
História de hipertermia maligna – doença farmacogenética,
desencadeado por anestesia geral pelas drogas halogenadas;
Resposta ao estresse cirúrgico;
Restrições de vias aéreas;
 “Alergias”;
Lista de medicamentos em uso (interações:
hipoglicemiantes, corticosteróides, anticoagulantes);
Indícios de doenças subjacentes (asma, DM, alterações
sanguíneas, estado psicótico, doenças cardíacas);
Informações sobre antecedentes pessoais e familiares.
1 - Avaliação pré-operatória

American Society of Anesthesiologists Classificação da


Fisiologia Anormal do Paciente em Pré-Operatório

Índice de estado físico (ASA) não aborda risco cirúrgico


Classe Descrição

I Paciente saudável, sem alteração orgânica;


II Paciente com doença sistêmica/cirúrgica
branda;
III Paciente com doença sistêmica severa, sem
limitação funcional;
IV Paciente com doença sistêmica incapacitante que
se apresenta com constante risco de vida;
V Paciente moribundo, com expectativa de vida
menor de 24 h com sem cirurgia;
VI Paciente com morte cerebral.
1 - Avaliação pré-operatória

ASA

Desvantagem:
-Considera somente as características do paciente;
-Não avalia os riscos cirúrgicos;

Vantagem:
-Facilidade de classificação;
-Amplamente difundido.
1 - Avaliação pré-operatória

Parâmetros Fisiológicos Parâmetros Operatórios


Idade Complexidade cirúrgica
Estado funcional cardíaco Múltiplos procedimentos
Pressão arterial sistêmica Perda sanguínea
Frequência cardíaca Contaminação peritoneal
Hemoglobina Disseminação oncológica
Leucograma Cirurgia eletiva ou de
Uréia urgência
Potássio
Sódio Ideal – considerar porte cirúrgico e ASA
AVALIACÃO POR SISTEMAS E MEDICAMENTOS
Avaliação Cardiológica

Eventos cardiovasculares são considerados a principal causa


de morte no período perioperatório

Os eventos mais importantes:

Episódios isquêmicos
Infarto agudo do miocárdio;
Angina instável – dor precordial pela redução de fluxo
sanguineo músculo cardíaco;
Insuficiência cardíaca descompensada – síndrome clínica na
estrutura ou função cardíaca com incapacidade de ejeção
sanguínea ;
Arritmia grave – rítmo cardíaco anormal.
Fatores de risco para eventos cardíacos

Idade – aumento de idade está relacionada a doença coronariana

História de doença coronariana –risco de infartoperioperatório;

Insuficiência cardíaca congestiva;

Hipertensão arterial;

Diabetes – maior risco para doença aterosclerótica;


Avaliação quanto ao uso de droga:
Anticoagulante

Anticoagulantes no pré-operatório: são considerados como


drogas de risco para sangramento no introperatório.

No pós-operatório estão associados com prevenção de risco para


trombose venosa profunda – heparina subcutânea e
anticoagulantes orais.
Avaliação do paciente idoso

Alterações fisiológicas do envelhecimento podem acarretar maior


risco ao paciente:
-Diminuição funcional de rins e fígado intoxicações
medicamentosa
- Diminuição da reserva cardíaca Hipotensão

- Pulmonar alteração do mecanismo de ventilação


- Renal diminuição da taxa de filtração glomerular
Avaliação doença pré-existentes:
Hipertensão

Importante causa de suspensão de cirurgia – está associada com


doença coronariana e doença arterial, especial atenção para
cérebro, coração e rim.

Acarreta complicações na anestesia (intubação), no intra-


operatório e no pós-operatório.

Avaliação da continuidade da medicação anti-hipertensiva no


pré-operatório.
Avaliação doença pré-existentes:
Diabetes

Complicações:
- Aterosclerose – doença micro e macrovascularização,
disfunção endotelial;
- Hipertensão – nefropatia;
- Acidente vascular cerebral;
- Retinopatia – cegueira;
- Neuropatia sensorial – parestesia e perda sensibilidade
periférica;

- Imunodeficiência – predisposição a infecção;


Avaliação Função Renal

Pacientes cirúrgicos são mais suscetíveis ao desenvolvimento de

insuficiência renal aguda alterações hemodinâmicas,

humorais, uso de drogas nefrotóxicas;

Complicações no pós-operatório:
- Distúrbio hidroeletrolítico,
- Hipertensão,
- Congestão pulmonar,

Sódio/Potássio
Uréia/Creatinina
Avaliação da Função Hepática

Complicações:

- Alteração no metabolismo de drogas;

- Alteração na excreção de toxinas;

- Maior risco de sangramento.

Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO),


Transaminase Glutâmico Pirúvico (TGP)
Tempo de Protombina
Avaliação da Função Pulmonar
São complicações tão freqüentes quanto as cardíacas e aumento
do tempo de internação hospitalar

Fatores de risco relacionadas ao paciente:


- Tabagismo,
- Idade,
- Obesidade,
- Doença pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
- Asma
- Estado geral do paciente – gripe, bronquite

Fatores de risco relacionadas à cirurgia:


- local da incisão,
- tempo de duração de cirurgia.
Avaliação do Estado Emocional

Ansiedade acomete de 40% a 85% dos pacientes

Importância da avaliação do paciente

Interfere na qualidade de vida


Repercussão do trauma anestésico-cirúrgico
Avaliação pré-operatória

Meta

Execução de atos que levem ao conforto e segurança


do paciente

Recepção do paciente

Momento de avaliação das informações pertinentes para o


desenvolvimento do ato anestésico-cirúrgico dentro dos
padrões preconizadas e desejadas para a solução de
problemas e recuperação do paciente.

Você também pode gostar