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Brazilian Journal of Health Review 6687

ISSN: 2595-6825

Nutrição como terapia: abordagens dietéticas para o manejo de doenças


crônicas

Nutrition as therapy: dietary approaches to the management of chronic


diseases

DOI:10.34119/bjhrv7n1-543

Recebimento dos originais: 02/01/2024


Aceitação para publicação: 09/02/2024

Wadih Rodrigues Assunção Vilela Amado


Pós-Graduado em Nutrologia Espotiva
Instituição: Instituto BWS
Endereço: Av. Nossa Sra. do Carmo, 637, Sion, Belo Horizonte - MG, CEP: 30310-000
E-mail: vilelawadih@gmail.com

Ana Carolina Marion Cavicchioli


Pós-Graduada em Nutrologia Espotiva
Instituição: Instituto BWS
Endereço: Av. Nossa Sra. do Carmo, 637, Sion, Belo Horizonte - MG, CEP: 30310-000
E-mail: marion.ana@hotmail.com

Paulo Henrique Alves Peixoto


Pós-Graduado em Nutrologia Espotiva
Instituição: Instituto BWS
Endereço: Av. Nossa Sra. do Carmo, 637, Sion, Belo Horizonte - MG, CEP: 30310-000
E-mail: paulopeixoto1@hotmail.com

Marcel Reis Cavalheiro


Pós-Graduado em Nutrologia Espotiva
Instituição: Instituto BWS
Endereço: Av. Nossa Sra. do Carmo, 637, Sion, Belo Horizonte - MG, CEP: 30310-000
E-mail: marcelcavalheiro83@gmail.com

RESUMO
Objetivo: Informar e conscientizar profissionais de saúde sobre as potencialidades das
abordagens dietéticas no manejo de doenças crônicas e destacar a importância de especialistas,
como nutrólogos e nutricionistas, no tratamento dessas condições. Métodos: Revisão
bibliográfica abrangente sobre intervenções dietéticas e seu impacto em diversas doenças
crônicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica,
obesidade e doenças inflamatórias intestinais. As informações foram comparadas e contrastadas
com abordagens medicamentosas tradicionais. Resultados: Dietas específicas, como a dieta
mediterrânea, DASH, FODMAP e SCD, demonstraram eficácia em melhorar indicadores
clínicos e sintomáticos em várias doenças crônicas. Em muitos casos, os benefícios destas
abordagens dietéticas podem ser comparáveis ou até superiores aos alcançados por medicações,
mas com um perfil de efeitos adversos consideravelmente menor. Conclusão: A nutrição
desempenha um papel vital no manejo e tratamento de doenças crônicas. Profissionais, como
nutrólogos e nutricionistas, são essenciais para orientar, educar e monitorar pacientes em suas

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jornadas terapêuticas. Além dos benefícios clínicos, as intervenções dietéticas também podem
levar a reduções significativas nos custos associados ao tratamento de doenças crônicas.

Palavras-chave: terapia nutricional, nutrientes essenciais, alimentos funcionais, promoção de


saúde.

ABSTRACT
Objective: To inform and raise awareness among health professionals about the potential of
dietary approaches in the management of chronic diseases and highlight the importance of
specialists, such as nutritionists and nuthrologists, in the treatment of these conditions.
Methods: Comprehensive bibliographic review on dietary interventions and their impact on
several chronic diseases, including type 2 diabetes, cardiovascular diseases, systemic arterial
hypertension, obesity and inflammatory bowel diseases. The information was compared and
contrasted with traditional drug approaches. Results: Specific diets, such as the Mediterranean
diet, DASH, FODMAP and SCD, have demonstrated efficacy in improving clinical and
symptomatic indicators in various chronic diseases. In many cases, the benefits of these dietary
approaches may be comparable or even greater than those achieved by medications, but with a
considerably lower adverse effect profile. Conclusion: Nutrition plays a vital role in the
management and treatment of chronic diseases. Professionals, such as nutritionists and
nutritionists, are essential to mentor, educate and monitor patients on their therapeutic days. In
addition to the clinical benefits, dietary interventions can also lead to significant reductions in
the costs associated with the treatment of chronic diseases.

Keywords: nutritional therapy, essential nutrientes, functional foods, health promotion.

1 INTRODUÇÃO
As doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, obesidade e
doenças inflamatórias intestinais, representam uma ameaça significativa à saúde global. Grande
parte de todos os adultos possuam pelo menos uma doença crônica, e esses números estão em
ascensão. Essas condições não só impactam a qualidade de vida dos indivíduos, mas também
colocam um fardo considerável sobre os sistemas de saúde e a economia global.
O objetivo deste estudo é preencher uma lacuna significativa no conhecimento médico
atual ao informar e conscientizar profissionais da saúde sobre o tratamento eficaz dessas
comorbidades pelo meio nutricional. A despeito da alta prevalência e da gravidade dessas
doenças, percebe-se que há uma deficiência no entendimento profundo sobre as estratégias mais
eficazes para seu tratamento e controle, particularmente no que tange à nutrição e ao manejo
alimentar.
Esse estudo busca, portanto, destacar a importância dos profissionais da nutrição—
especificamente Nutrólogos e Nutricionistas—no tratamento dessas doenças crônicas. Estes
profissionais possuem um conjunto único de habilidades e conhecimentos que os tornam
cruciais no tratamento, controle e acompanhamento dessas condições, muitas vezes trabalhando

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em conjunto com outros especialistas para oferecer uma abordagem de tratamento mais
holística e eficaz.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se uma revisão sistemática de literaturas científicas publicadas entre 2010 e
2021, utilizando bases de dados como PubMed, Cochrane e Google Scholar. Foram incluídos
artigos originais, revisões e metanálises que abordam as intervenções dietéticas em doenças
crônicas, além da análise de manuais de diretrizes nutricionais específicos para cada condição,
foram também incluídos na análise referências destas referências que demonstrassem resultados
interessantes para a confecção do presente artigo.

3 RESULTADOS
O papel da dieta no tratamento de doenças crônicas é multifacetado e comprovado por
diversas evidências científicas. As seguintes doenças mostraram melhora significativa com
modificações nutricionais:
1. Diabetes Mellitus Tipo 2
2. Doenças Cardiovasculares
3. Hipertensão
4. Doença Inflamatória Intestinal (DII)

3.1 ABORDAGENS DIETÉTICAS ESPECÍFICAS E COMPARAÇÃO COM MEDICAÇÕES


3.1.1 Diabetes Mellitus Tipo 2
3.1.1.1 Abordagem Dietética
Uma das estratégias dietéticas mais bem estabelecidas para o manejo do diabetes tipo 2
é a adoção de uma dieta pobre em carboidratos e rica em proteínas e fibras. Esta abordagem foi
mostrada para melhorar significativamente os níveis de glicose no sangue e reduzir a
necessidade de medicação. Um estudo randomizado publicado no "Annals of Internal
Medicine" mostrou que pacientes que seguiram uma dieta baixa em carboidratos por um ano
tiveram uma maior redução na hemoglobina A1c do que aqueles que seguiram uma dieta baixa
em gorduras (Bazzano et al., 2014).
A vantagem mais notável da abordagem dietética é a redução significativa na
hemoglobina glicosilada (HbA1c), um marcador de controle glicêmico a longo prazo. A
diminuição do HbA1c se traduz em um menor risco de complicações microvasculares, como
neuropatia, retinopatia e nefropatia. Além disso, níveis mais baixos de glicemia pós-prandial

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têm um efeito positivo na prevenção de eventos cardiovasculares, que são uma das principais
causas de mortalidade em indivíduos com diabetes tipo 2.
Dietas ricas em fibras têm mostrado eficácia significativa no manejo do diabetes tipo 2.
Uma meta-análise de 22 ensaios randomizados demonstrou que o consumo de mais de 14
gramas de fibra por dia durante mais de 2 dias estava associado com uma redução de 0,26% no
nível de HbA1c (Post et al., 2012). Além disso, a introdução de alimentos com baixo índice
glicêmico (IG) pode reduzir os níveis de glicemia pós-prandial em até 20% (Jenkins et al.,
2008).

3.1.1.2 Medicações
O tratamento medicamentoso do diabetes tipo 2 é muitas vezes inicialmente realizados
com uso da metformina, seguida de outros agentes como inibidores da DPP-4, agonistas do
GLP-1, insulina, entre outros, conforme necessário (Nathan et al., 2009). Embora eficazes na
redução dos níveis de glicose, essas drogas muitas vezes vêm com efeitos colaterais, como
ganho de peso, risco de hipoglicemia e custos substanciais.Como exemplo, De acordo com
Bazzano et al. (2014), o uso regular de metformina pode reduzir os níveis de HbA1c em cerca
de 1,0-1,5%. No entanto, 25% dos pacientes tratados com este fármaco reportam efeitos
adversos como diarreia, desconforto gastrointestinal e outros (Nathan et al., 2009).

3.1.1.3 Comparação
Quando comparamos os efeitos a longo prazo de intervenções dietéticas e
medicamentosas sobre o controle glicêmico, é evidente que uma abordagem dietética bem
planejada pode ser igualmente eficaz, se não superior, em algumas instâncias. Além disso, a
abordagem dietética praticamente elimina o risco de efeitos colaterais associados a medicações,
tais como hipoglicemia e ganho ponderal, sendo substancialmente mais econômica. No entanto,
o mais importante é que a melhoria do controle glicêmico através de mudanças na dieta pode
eventualmente levar a uma redução ou mesmo a retirada da medicação, melhorando assim a
qualidade de vida e reduzindo os custos de saúde a longo prazo, além de evitar outras várias
doenças que somente o uso de medicação, não faria.

3.1.2 Doenças Cardiovasculares


3.1.2.1 Abordagem Dietética
Uma das intervenções dietéticas mais estudadas para a prevenção e tratamento de
doenças cardiovasculares é a Dieta Mediterrânea. Este regime alimentar, Originário da região

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do Mediterrâneo, se concentra no consumo de vegetais, frutas, legumes, oleaginosas, azeite de


oliva e peixes, enquanto limita o consumo de carnes vermelhas e alimentos processados ou
multiprocessados, reduzindo substancialmente o consumo de sal, gorduras saturadas e açúcares.
O estudo PREDIMED, publicado no "The New England Journal of Medicine" em 2018,
foi um marco importante que estabeleceu o papel da Dieta Mediterrânea na prevenção primária
de eventos cardiovasculares. No estudo, os participantes que seguiram a Dieta Mediterrânea
tiveram um risco 30% menor de eventos cardiovasculares maiores (como infarto agudo do
miocárdio, acidente vascular cerebral e morte por causas cardiovasculares) em comparação com
aqueles que seguiram uma dieta controle baixa em gorduras mas sem a característica especifica
deste regime alimentar citado, como o consume de peixes, maiores doses de ômega-3, restrição
de carboidratos e consumo de oleaginosas. (Estruch et al., 2013).

3.1.2.2 Medicações
As estatinas são frequentemente o tratamento de primeira linha para controle do
colesterol elevado e prevenção de eventos cardiovasculares, sendo utilizadas em praticamente
todos os pacientes de forma isolada ou associadas com outros medicamentos como fibratos e
ezetimibe. Apesar da eficácia comprovada das estatinas na redução do LDL-colesterol, elas
também apresentam efeitos colaterais potenciais, incluindo miopatia (presente em até 10% dos
pacientes) e aumento do risco de diabetes futuro em até 9% (Thompson et al., 2003).

3.1.2.3 Comparação
O uso da Dieta Mediterrânea em comparação com medicações como estatinas oferece
diversas vantagens. Primeiramente, a abordagem dietética não apresenta quaisquer dos efeitos
colaterais associados ao uso de estatinas ou outros medicamentos associados. Além disso, a
abordagem dietética oferece benefícios de saúde para além do sistema cardiovascular, incluindo
melhor controle glicêmico e redução do risco de certos tipos de câncer, sendo considerada
amplamente palatável e culturalmente aceitável, o que aumenta a aderência a longo prazo.
Diante desses potenciais efeitos adversos, é imperativo que os profissionais de saúde
considerem uma abordagem mais holística para o manejo de doenças cardiovasculares, que
possa incluir estratégias dietéticas como a Dieta Mediterrânea, especialmente em pacientes que
são intolerantes ou relutantes em iniciar a terapia com estatinas.

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3.1.3 Hipertensão Arterial Sistêmica


3.1.3.1 Abordagem Dietética
A intervenção dietética mais frequentemente recomendada para o manejo da hipertensão
arterial sistêmica é a Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que tem por
objetivo reduzir a ingesta de sódio e aumentar o consumo de nutrientes que ajudam a baixar a
pressão arterial, como potássio, cálcio e magnésio. Essa dieta é rica em frutas, vegetais, grãos
integrais, carnes magras e laticínios com baixo teor de gordura, e pobre em gorduras saturadas,
colesterol, carnes vermelhas, sal e doces, sendo eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento
da hipertensão.
A eficácia da Dieta DASH foi demonstrada em estudos clínicos significativos. Um
ensaio clínico randomizado publicado no "The New England Journal of Medicine" mostrou
que, em comparação com uma dieta controle, a Dieta DASH resultou em redução
substancialmente maior nas pressões arteriais sistólica e diastólica em cerca de 8-14 mmHg e
6-10 mmHg, respectivamente, em apenas 8 semanas de utilização sistemática, provando-se não
somente efetiva como factível (Appel et al., 1997).

3.1.3.2 Medicações
Os anti-hipertensivos, como inibidores da Enzima conversora de Angiotensina (iECA),
bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA), Bloqueadores de Canais de Cálcio
dihidropiridinicos e ops Diureticos Tiazidicos são as quatro classes medicamentosas de
primeira linha utilizados para o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica primária. Embora
eficazes, essas medicações vêm com possíveis efeitos colaterais, incluindo, mas não limitado a
tosse persistente, elevação dos níveis de potássio e insuficiência renal nos iECAS e BRA,
Edema e Hipotensão ortostática no caso dos Bloqueadores de Canais de cálcio e Hipocaleia e
desidratação no caso dos Tiazídicos (Wright et al., 2003)

3.1.3.3 Comparação
A vantagem da abordagem dietética em relação à medicamentosa é multifacetada.
Enquanto os anti-hipertensivos são eficazes no controle da pressão arterial, eles não oferecem
os benefícios adicionais para a saúde que uma dieta rica em micronutrientes pode oferecer,
como é o caso da DASH, que além disso, não tem os efeitos colaterais associados às medicações
anti-hipertensivas, tornando-a uma abordagem mais segura para a maioria dos pacientes.

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3.1.4 Doença Inflamatória Intestinal (DII)


3.1.4.1 Abordagem Dietética
O manejo das doenças inflamatórias intestinais (DII), que incluem a Doença de Crohn
(DC) e a Retocolite ulcerativa (RCU), frequentemente requer uma combinação de intervenções
médicas e dietéticas. Nesse contexto, a abordagem dietética parece ser bastante eficaz em
associação com as medidas farmacológicas para controle sintomático. Uma estratégia dietética
que tem demonstrado algum sucesso é a Dieta Específica para Carboidratos (Specific
Carbohydrate Diet - SCD). A SCD é uma abordagem dietética rigorosa que exclui grãos,
laticínios com lactose, açúcares refinados e alguns vegetais ricos em amido. A base teórica da
dieta é que carboidratos complexos são mais difíceis de digerir e podem facilitar o crescimento
bacteriano no intestino, exacerbando a inflamação. Um estudo realizado por Suskind et al.
(2014) avaliou a eficácia da SCD em crianças com DC e RCU. O estudo encontrou uma
remissão clínica em 8 das 10 crianças após 12 semanas seguindo a dieta.
Além disso, a dieta com baixo teor de FODMAPs (fermentable oligo-, di-,
monosaccharides, and polyols) também se mostrou efetiva.Os FODMAPs são uma categoria
de carboidratos fermentáveis que podem contribuir para os sintomas gastrointestinais. A dieta
com baixo teor de FODMAPs envolve a restrição desses carboidratos. Uma revisão sistemática
de 2017 no "Gastroenterology" por Halmos et al. apontou que a dieta com baixo teor de
FODMAPs pode aliviar sintomas gastrointestinais em algumas pessoas com DII. O estudo
sugere que esta dieta pode ajudar a melhorar a qualidade de vida ao reduzir a frequência e a
severidade dos sintomas. A dieta de baixo FODMAP foi associada a uma redução de até 50%
nos sintomas como dor abdominal, flatulência e diarreia em pacientes com DII (Halmos et al.,
2014).

3.1.4.2 Abordagem Farmacológica


3.1.4.2.1 Imunossupressores e Biológicos
As terapias farmacológicas incluem glicocorticosteroides, imunomoduladores como
azatioprina e medicamentos biológicos como infliximabe e adalimumabe. Um estudo publicado
no "New England Journal of Medicine" mostrou que o infliximabe induziu a remissão em 39%
dos pacientes com doença de Crohn em comparação com 19% no grupo placebo (Targan et al.,
1997).

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3.1.4.3 Comparação
As intervenções dietéticas, quando bem-sucedidas, oferecem o benefício da ausência de
efeitos colaterais significativos associados a medicamentos imunossupressores, como o risco
de infecções e neoplasias. No entanto, as estratégias dietéticas muitas vezes exigem uma
aderência rigorosa e um acompanhamento nutricional cuidadoso, o que pode ser impraticável
para alguns pacientes. Os medicamentos, por sua vez, são mais fáceis de administrar e
frequentemente oferecem alívio mais rápido dos sintomas, mas vêm com riscos significativos
de efeitos colaterais e custos elevados.

4 CONCLUSÃO
O papel da nutrição na gestão de doenças crônicas é inegável. Intervenções dietéticas
podem oferecer uma abordagem eficaz com menos efeitos colaterais, em comparação com as
abordagens farmacológicas. Essas informações, se difundidas de forma eficaz, podem levar a
uma redução significativa nos custos de saúde, diminuindo o fardo econômico dessas doenças.
Além disso, a conscientização sobre o impacto da nutrição pode ter benefícios sociais
abrangentes, incluindo estilos de vida mais saudáveis e comunidades mais produtivas.
Ao comparar as intervenções dietéticas e medicamentosas, é evidente que ambas têm
seus pontos fortes e limitações. As dietas específicas podem não apenas mitigar os sintomas
das condições mencionadas, mas também apresentam poucos efeitos colaterais e custos mais
baixos em comparação com as medicações. Por outro lado, a eficácia das drogas
frequentemente vem com o preço de efeitos colaterais e custos substanciais.
É importante observar que a escolha entre abordagens dietéticas e medicamentosas não
é mutuamente exclusiva. Muitas vezes, uma combinação de ambas é a mais eficaz. Além disso,
qualquer plano de tratamento deve ser adaptado individualmente, levando em consideração a
gravidade da condição, a presença de outras comorbidades e as preferências do paciente.
Contudo, à luz das evidências citadas, é crucial que profissionais de saúde considerem
intervenções dietéticas como uma ferramenta viável e muitas vezes comparável em eficácia às
opções farmacológicas, especialmente quando se busca uma abordagem mais holística e de
longo prazo para o manejo de condições crônicas.

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