Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Bioética

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

Bioética

O conceito de bioética pode ser bastante complexo, por isso, é importante ter em
mente que não existe uma única definição.

Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências humanas, a bioética procura dar


respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida de seres que podem sofrer,
ou seja, dos seres vivos.

A bioética tem aplicações que vão do nascimento ao fim da vida, e afeta diretamente
tanto os pacientes quanto os prestadores de cuidados.

Sendo assim, a bioética é um campo de estudo no qual são abordadas questões de


dimensões morais e éticas, que relacionam pesquisas, decisões, condutas e
procedimentos da área da biologia e da medicina ao direito à vida.

Como você pôde ver, o objetivo da bioética é garantir o equilíbrio justo entre a ciência
e o respeito à vida, reconhecendo as vantagens que os avanços científicos e biológicos
proporcionam, mas permanecendo alerta para os possíveis danos que eles representam
para a sociedade.

Quando surgiu a bioética?

A bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande


desenvolvimento da medicina e das ciências, que avançaram cada vez mais para a
modificação da vida humana e a promoção do conforto humano, bem como para a
utilização de cobaias vivas (humanas e não humanas).

A fim de evitar experimentos, como os que foram vividos dentro dos campos de
concentração nazistas, e técnicas médicas que ferissem os princípios vitais das
pessoas, surgiu a Bioética como meio de problematizar o que está oculto na pesquisa
científica ou na técnica médica quando elas envolvem a vida.

Entretanto, sua aplicação tornou-se muito mais ampla hoje, incluindo a tomada de
decisões clínicas, novas pesquisas controversas, as implicações das tecnologias
emergentes, as preocupações globais e as políticas públicas.

A bioética como conhecemos hoje surgiu um pouco depois, na década de 1970, a


partir do trabalho do médico Andre Hellegers (1926-1979).
Ele foi pioneiro em estudar a aplicação da ética na prática médica, especialmente
na reprodução humana, com foco em garantir a dignidade e o respeito aos valores
éticos dos pacientes.

A bioética tem desempenhado um papel central na influência das mudanças políticas e


da legislação nos últimos anos.

Conheça os 4 princípios da bioética


A bioética tem quatro princípios que devem ser analisados para resolver dilemas
éticos sobre atendimentos ou tratamentos de saúde.

Os princípios são autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.

Autonomia

O fundamento filosófico da autonomia estabelece que todas as pessoas têm valor


intrínseco e incondicional e, portanto, devem ter o poder de tomar decisões
racionais e escolhas morais, e a cada um deve ser permitido exercer sua capacidade
de decisão própria.

Assim, qualquer tipo de procedimento a ser realizado no corpo de um indivíduo e/ou


que tenha relação com a sua vida, deve ser autorizado por ele.

Situações em quais o próprio paciente não é capaz de responder por si, como uma
criança ou um cliente comatoso, por exemplo, as informações devidas devem ser
prestadas aos seus responsáveis e esses decidirão.

Em relação ao tratamento de crianças, o princípio da autonomia deve ser exercido pela


família ou responsável legal. Entretanto, esses não têm o direito de forçá-las a receber
tratamentos nocivos ou desproporcionalmente penosos, às vezes, por motivos
religiosos.

Consequentemente, os médicos devem intervir ou se negar a adotar condutas


específicas quando as decisões dos pais ou responsáveis legais forem contrárias aos
melhores interesses da criança.

Não-maleficência

A não-maleficência é a obrigação de um médico de não prejudicar o paciente. Esse


princípio simplesmente apoia várias regras morais – não matar, não causar dor ou
sofrimento, não incapacitar, não causar ofensa e não privar os outros dos bens da
vida.

A aplicação prática da não-maleficência consiste no médico avaliar os benefícios


contra os malefícios de todas as intervenções e tratamentos, para fugir daqueles que
são inapropriadamente onerosos e escolher o melhor curso de ação para o paciente.

O objetivo é evitar que os pacientes tenham que lidar com outras dores ou prejuízos
além dos que já existem como consequências de sua condição de saúde.

O conceito de bioética pode ser bastante complexo, por isso, é importante ter em
mente que não existe uma única definição.

Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências humanas, a bioética procura dar


respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida de seres que podem sofrer,
ou seja, dos seres vivos.

A bioética tem aplicações que vão do nascimento ao fim da vida, e afeta diretamente
tanto os pacientes quanto os prestadores de cuidados.

Sendo assim, a bioética é um campo de estudo no qual são abordadas questões de


dimensões morais e éticas, que relacionam pesquisas, decisões, condutas e
procedimentos da área da biologia e da medicina ao direito à vida.

Como você pôde ver, o objetivo da bioética é garantir o equilíbrio justo entre a ciência
e o respeito à vida, reconhecendo as vantagens que os avanços científicos e biológicos
proporcionam, mas permanecendo alerta para os possíveis danos que eles representam
para a sociedade.

Quando surgiu a bioética?

A bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande


desenvolvimento da medicina e das ciências, que avançaram cada vez mais para a
modificação da vida humana e a promoção do conforto humano, bem como para a
utilização de cobaias vivas (humanas e não humanas).

A fim de evitar experimentos, como os que foram vividos dentro dos campos de
concentração nazistas, e técnicas médicas que ferissem os princípios vitais das
pessoas, surgiu a Bioética como meio de problematizar o que está oculto na pesquisa
científica ou na técnica médica quando elas envolvem a vida.
Entretanto, sua aplicação tornou-se muito mais ampla hoje, incluindo a tomada de
decisões clínicas, novas pesquisas controversas, as implicações das tecnologias
emergentes, as preocupações globais e as políticas públicas.

A bioética como conhecemos hoje surgiu um pouco depois, na década de 1970, a


partir do trabalho do médico Andre Hellegers (1926-1979).

Ele foi pioneiro em estudar a aplicação da ética na prática médica, especialmente


na reprodução humana, com foco em garantir a dignidade e o respeito aos valores
éticos dos pacientes.

A bioética tem desempenhado um papel central na influência das mudanças políticas e


da legislação nos últimos anos.

Conheça os 4 princípios da bioética


A bioética tem quatro princípios que devem ser analisados para resolver dilemas
éticos sobre atendimentos ou tratamentos de saúde.

Os princípios são autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça.

Autonomia

O fundamento filosófico da autonomia estabelece que todas as pessoas têm valor


intrínseco e incondicional e, portanto, devem ter o poder de tomar decisões
racionais e escolhas morais, e a cada um deve ser permitido exercer sua capacidade
de decisão própria.

Assim, qualquer tipo de procedimento a ser realizado no corpo de um indivíduo e/ou


que tenha relação com a sua vida, deve ser autorizado por ele.

Situações em quais o próprio paciente não é capaz de responder por si, como uma
criança ou um cliente comatoso, por exemplo, as informações devidas devem ser
prestadas aos seus responsáveis e esses decidirão.

Em relação ao tratamento de crianças, o princípio da autonomia deve ser exercido pela


família ou responsável legal. Entretanto, esses não têm o direito de forçá-las a receber
tratamentos nocivos ou desproporcionalmente penosos, às vezes, por motivos
religiosos.
Consequentemente, os médicos devem intervir ou se negar a adotar condutas
específicas quando as decisões dos pais ou responsáveis legais forem contrárias aos
melhores interesses da criança.

Não-maleficência

A não-maleficência é a obrigação de um médico de não prejudicar o paciente. Esse


princípio simplesmente apoia várias regras morais – não matar, não causar dor ou
sofrimento, não incapacitar, não causar ofensa e não privar os outros dos bens da
vida.

A aplicação prática da não-maleficência consiste no médico avaliar os benefícios


contra os malefícios de todas as intervenções e tratamentos, para fugir daqueles que
são inapropriadamente onerosos e escolher o melhor curso de ação para o paciente.

O objetivo é evitar que os pacientes tenham que lidar com outras dores ou prejuízos
além dos que já existem como consequências de sua condição de saúde.

Qual a importância da bioética para os profissionais de


saúde de uma clínica?
Quando se fala em bioética, normalmente, o que vem à cabeça é a questão dos
dilemas médicos, como o aborto e a eutanásia, e das pesquisas científicas como as
células troncos, entre outros.

Porém, a bioética está presente em todas as áreas na qual uma pessoa precisa de
atendimento, ou seja, desde as secretárias da clínica até o médico que atenderá esse
paciente.

Observa-se que a bioética tem como principais objetivos o respeito e a conservação


da dignidade da pessoa humana.

Ela compreende o estudo das dimensões morais das ciência da vida, utilizando
diversas metodologias éticas em contexto mais amplo.

É necessário que nós, profissionais de saúde, utilizemos os quatro pilares da


bioética no atendimento a nossos pacientes.

Viabilizando promover o bem-estar de todos, promovendo um atendimento justo e


livre de preconceitos, deixando de lado nossos posicionamentos e ideologias e
colocando à frente as vidas que temos em nossas mãos.
É essencial dar ao paciente o melhor atendimento respeitando sua integridade e suas
escolhas, independentemente de cor, raça, gênero, religião ou orientação sexual.

É de fundamental importância que a equipe médica trate o paciente de forma


humanizada, respeitando seu momento de fragilidade, agindo com ética e
profissionalismo.

Não contrariando ou julgando o paciente, dando-lhe sempre autonomia e o poder de


escolher e intervir em seu tratamento, deixando-o ciente dos benefícios e malefícios
concernentes à conduta terapêutica.

Aplicação dos princípios da bioética na saúde: veja alguns


exemplos!
Os principais pontos bioéticos que tangenciam a rotina médica estão relacionados ao
atendimento aos pacientes.

O atendimento humanizado — que preza pelo bem-estar do indivíduo e respeita os 4


pilares da bioética — é uma necessidade importante dentro de clínicas, centros de
saúde e hospitais.

O objetivo da bioética na saúde é garantir que os pacientes recebam o tratamento mais


adequado a sua situação, sem que o tratamento escolhido viole seus princípios
pessoais.

Desse modo, sempre que o profissional propuser um tratamento a um paciente, ele


deverá reconhecer a dignidade do paciente e considerá-lo em sua totalidade.

Sendo assim, todas as dimensões do ser humano devem ser consideradas: física,
psicológica, social, espiritual.

Como resultado, ele poderá oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no
que diz respeito à técnica, quanto no que se refere ao reconhecimento das
necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente.

Um profissional deve, acima de tudo, desejar o melhor para o seu paciente, para
restabelecer sua saúde, para prevenir que o quadro se agrave ou para promover sua
saúde.

Entretanto, para que o respeito pela autonomia das pessoas seja possível, duas
condições são fundamentais: a liberdade e a informação.
Se o paciente tiver condições cognitivas e mentais para entender o quadro e definir o
que quer, o grau de envolvimento do médico é quase que nulo, se restringindo
somente ao compartilhamento de informações médicas que serão usadas como
referência para a tomada de decisão pelo paciente.

Sendo assim, o médico deve informar ao paciente sobre todos os prós e contras do
tratamento e, a partir disso, o paciente tem total liberdade para optar realizar o
tratamento ou não.

Relação entre a tecnologia e a bioética

A tecnologia permite uma tomada de decisão mais precisa e assertiva na área da


saúde.

Ela exerce um impacto enorme em como as doenças são diagnosticadas, tratadas e


acompanhadas, assim como na gestão dos cuidados de saúde e no monitoramento dos
pacientes.

Esse tipo de inovação não fere princípios éticos, porém, volta novamente a questão
dos pilares da bioética. O tratamento oferecido deve estar em conformidade com o
bem-estar e as decisões do paciente.

Por exemplo, os softwares de gestão servem para simplificar as operações da clínica,


desde os atendimentos ao financeiro.

Para isso, todas as ações devem estar em consonância com a Lei Geral de Proteção
de Dados (LGPD) e devem oferecer segurança na coleta e armazenamento dos dados
e informações sensíveis, como o histórico médico do paciente, já que esse é um ponto
importante da bioética.

Você também pode gostar