O documento discute os princípios fundamentais da bioética, incluindo não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. A bioética surgiu na década de 1970 para promover o diálogo entre ciências humanas e ciências naturais em questões éticas relacionadas à biologia e medicina.
O documento discute os princípios fundamentais da bioética, incluindo não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. A bioética surgiu na década de 1970 para promover o diálogo entre ciências humanas e ciências naturais em questões éticas relacionadas à biologia e medicina.
O documento discute os princípios fundamentais da bioética, incluindo não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. A bioética surgiu na década de 1970 para promover o diálogo entre ciências humanas e ciências naturais em questões éticas relacionadas à biologia e medicina.
O documento discute os princípios fundamentais da bioética, incluindo não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. A bioética surgiu na década de 1970 para promover o diálogo entre ciências humanas e ciências naturais em questões éticas relacionadas à biologia e medicina.
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Bioética
PROFA. GABRIELLA CHALEGRE
O que é a bioética? A bioética é um campo de estudo onde são abordadas questões de dimensões morais e éticas, que relacionam pesquisas, decisões, condutas e procedimentos da área da biologia e da medicina ao direito à vida. O conceito de bioética é interdisciplinar e contempla áreas como biologia, direito, filosofia, ciências exatas, ciência política, medicina, meio ambiente, etc. A bioética surgiu na década de 1970 como um novo campo de conhecimento, onde o interesse era de resgatar as ciências humanas, na área das ciências duras: matemática, física, química, principalmente nas ciências biológicas e na medicina. Isso se deu após um período de pensamento crítico em relação ao do capitalismo inconsequente, que gerou grandes males à civilização, no sentido de fortalecimento de valores individualistas, no sentimento de posse e poder. Historicamente, sabemos que a aventura do conhecimento na civilização ocidental é estabelecida pela maioria dos pensadores como tendo sua origem na Grécia antiga, com o aparecimento dos primeiros pensadores. Foi lá que pela primeira vez houve uma tentativa de sistematização do conhecimento para se explicar o mundo. Após um período de obscuridade, durante a idade média, houve o surgimento do desejo de explicação racional do mundo. Até então, não havia distinção entre ciência, filosofia e arte, pode-se dizer que eram praticamente sinônimos, englobados pela filosofia. Por volta do século XIX, a nova ciência empírica que nascera dentro da filosofia, adquiriu maioridade e buscou sua independência das ciências humanas Nesse período criou-se uma dicotomia entre ciência e as ciências humanas. Essa separação e podemos dizer até esse antagonismo, entre o saber empírico e o saber reflexivo trouxe também consequências maléficas para ambos. No momento em que as ciências empíricas se distanciaram das ciências humanas, perderam a capacidade de percepção e autorreflexão sobre si mesmas, perderam a capacidade de autocrítica e principalmente a possibilidade de gerar sentido em suas atividades. Em 1970 o oncologista americano Van Rensselaer Potter cunhou o neologismo Bioética para expressar uma nova ciência que deveria ser o elo de religação entre as ciências empíricas e as ciências humanas, mais especificamente a ética. Essa união teria como finalidade a preservação da vida no planeta, visto que o desenvolvimento científico sem sabedoria poderia por em risco a própria vida na terra. No Brasil, umas das principais responsáveis pela expansão desse conceito é a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), fundada em 1995. Segundo o Jornal do Cremesp publicado em abril do mesmo ano, o encontro que posteriormente culminou na criação da SBB teve como objetivo: “Estimular na Sociedade discussões sobre temas polêmicos como aborto, eutanásia, reprodução assistida e engenharia genética e outros problemas ligados à vida, à morte e à existência humana, mas sempre visando o debate quanto aos aspectos éticos”. Os princípios da bioética Na definição de bioética predominam duas questões: conhecimentos biológicos e valores humanos. Ela subdivide-se em princípios básicos que buscam solucionar problemas éticos originados ao longo do desenvolvimento de procedimentos com seres vivos de todas as espécies. No que diz respeito à ética médica, Hipócrates é um nome que se destaca. Considerado o “pai da medicina”, o médico grego costumava aliar medicina e filosofia. O foco de sua relação com o paciente era o bem, e sua abordagem era orientada principalmente por dois princípios: o princípio da não maleficência e o princípio da beneficência. 1. Princípio da não-maleficência O princípio da não maleficência se baseia na ideia de que nenhum mal deve ser feito ao outro. Assim, não é permitida nenhuma ação que consista em malefício intencional a cobaias ou a pacientes. O princípio é representado pela frase em latim: primum non nocere (primeiro, não prejudicar). Tem como objetivo evitar que um tratamento ou pesquisa cause mais danos do que os possíveis benefícios. Alguns estudiosos defendem que o princípio da maleficência é, na verdade, parte do princípio da beneficência, pois o ato de não causar mal ao outro já é, por si só, uma prática do bem. Exemplo de bioética na aplicação do princípio da não maleficência: Em uma pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina, é chegada a fase de testes em humanos.
Os testes demonstraram que em 70% dos casos, os pacientes
que receberam a vacina foram curados, mas 30% morreram em consequência de efeitos colaterais.
Os estudos serão interrompidos e a vacina não poderá ser
produzida apesar de um índice alto de cura, causar a morte de pessoas é causar o mal e fere o princípio da não maleficência. 2. Princípio da beneficência Esse princípio consiste na prática do bem; na virtude de beneficiar o próximo. Assim, os profissionais que atuam na área de pesquisas e experimentos devem assegurar a precisão da informação técnica que possuem e estar convictos que seus atos e decisões têm efeitos positivos. Dessa forma, espera-se que qualquer ato tenha como objetivo fundamental o bem, nunca o mal. Exemplo de bioética na aplicação do princípio da beneficência: uma médica está socorrendo um paciente que está correndo risco de morte. Esse paciente é um conhecido assassino.
Objetivo dessa médica sempre será salvar a vida de seu paciente e
mobilizará todas as alternativas para que isso aconteça.
Segundo o princípio da beneficência, deve-se apenas ter em vista o bem.
O descaso ou a omissão (ainda que pudesse ser justificado) consistiria em um mal e feriria o princípio bioético. 3. Princípio da autonomia A ideia central desse princípio é de que todos têm capacidade e liberdade de tomar suas próprias decisões. Assim, qualquer tipo de procedimento a ser realizado no corpo de um indivíduo e/ou que tenha relação com a sua vida, deve ser autorizado por ele. No caso de crianças e de pessoas deficientes, o princípio de autonomia deve ser praticado pela respectiva família ou pelo responsável legal. É importante que esse princípio não seja praticado em detrimento do princípio da beneficência; por vezes, ele precisa ser desrespeitado para que a decisão de uma pessoa não cause danos a outra. O princípio da autonomia é amparado pelo direito, ao abrigo do Código de Ética Médica Brasileiro (Capítulo V, Artigo 31). Tal artigo destaca o direito do paciente de ter a sua autonomia respeitada, no seguinte trecho onde é indicado que o médico é proibido de:
[...] desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir
livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte Exemplo de bioética na aplicação do princípio da autonomia: quando um paciente é diagnosticado com uma doença terminal, já não existem tratamentos que possam curá-lo. Geralmente, o que se faz nesses casos é dar a esse paciente os cuidados paliativos, de forma que ele se sinta aliviado dos sintomas do mal que o acomete. Exemplo de bioética na aplicação do princípio da autonomia: quando um paciente é diagnosticado com uma doença terminal, já não existem tratamentos que possam curá- lo. Geralmente, o que se faz nesses casos é dar a esse paciente os cuidados paliativos, de forma que ele se sinta aliviado dos sintomas do mal que o acomete. No entanto, cabe ao paciente decidir se deseja ou não avançar com esses cuidados paliativos, visto que eles não tornam possível a cura; apenas amenizam (por vezes) os malefícios da doença. Cabe ao profissional médico respeitar a decisão do paciente, caso ele não queira receber tais cuidados. 4. Princípio da Justiça No domínio da bioética, esse princípio se baseia na justiça distributiva e na equidade. Ele defende que a distribuição dos serviços de saúde deve ser feita de forma justa e que deve haver igualdade de tratamento para todos os indivíduos. Tal igualdade não consiste em dar o mesmo para todos, mas sim em dar a cada um, o que cada um precisa. Exemplo de bioética na aplicação do princípio da justiça: um caso real que exemplifica o princípio da justiça, aconteceu em Oregon, nos Estados Unidos. Com o objetivo de proporcionar um atendimento básico de saúde a um maior número de pessoas, o governo local reduziu os atendimentos de saúde que imputavam custos altos. Dessa forma, foi possível realizar uma distribuição mais alargada dos recursos disponíveis de forma a ajudar solucionar os problemas de uma parcela maior da população.
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