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Revisao A2 - 20231112-2306

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Direito Processual Penal – Procedimentos e Recursos

Prof. Rafael Machado

QUESTIONÁRIO A2

1 - A Constituição Federal estabelece no art. 5º, inc. XXXVIII, "d", que o Tribunal
do Júri possui competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Assim, levando em consideração a competência do Tribunal do Júri, assinale a
alternativa correta:
A De acordo com entendimento jurisprudencial consolidado no Supremo Tribunal
Federal, a competência constitucional do Tribunal do Júri não prevalece sobre o foro
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual, dado
o respeito a autonomia normativa dos estados no modelo federativo.
B No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum
devido a incidência do instituto da conexão, deverá o magistrado determinar a separação
dos processos.
C Segundo entendimento jurisprudencial consolidado no Supremo Tribunal Federal, a
competência para o processo e julgamento de latrocínio é do Tribunal do Júri, uma vez
que trata-se de crime complexo em que o objeto jurídico é o patrimônio e a vida.
D O militar do estado que praticar o crime de homicídio, sendo a vítima civil, não será
processado e julgado perante o Tribunal do Júri.
E Não compete ao Tribunal do Júri o julgamento de civil que comete crime de
homicídio doloso contra militar das Forças Armadas em serviço em lugar sujeito à
administração militar.

2 - Cabível a absolvição sumária


A se demonstrada a existência de causa de exclusão do crime, mas unicamente no
procedimento do júri.
B se provado, no procedimento comum, não ser o acusado autor ou partícipe do fato.
C por inimputabilidade, em determinada situação, no procedimento do júri.
D se demonstrada, no procedimento comum, a manifesta existência de qualquer causa
excludente da culpabilidade.
E sempre que demonstrada, no procedimento do júri, a existência de causa de isenção de
pena.

3 - Sobre os chamados processos em espécie, segundo previsão do Código de


Processo Penal, assinale a alternativa incorreta:
A No processo comum, na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo
o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário. Após a resposta, juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando
verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a
existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV -
extinta a punibilidade do agente.
B A intimação da decisão de pronúncia será feita: I - pessoalmente ao acusado, ao
defensor nomeado e ao Ministério Público; II - ao defensor constituído, ao querelante e
ao assistente do Ministério Público (a intimação do defensor constituído, do advogado
do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade
dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado).
Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado.
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C Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade


do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério
Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz
competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da
mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. A
jurisprudência não admite o desaforamento em razão do excesso de serviço na comarca,
mesmo em caso de julgamento não realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do
trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
D Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos do tribunal
do júri, terão preferência: I- os acusados presos; II - dentre os acusados presos, aqueles
que estiverem há mais tempo na prisão; III - em igualdade de condições, os
precedentemente pronunciados.

4 - Procedimento incidental, o desaforamento consiste no deslocamento da


competência de uma comarca para outra, para que nesta seja realizado o
julgamento pelo Tribunal do Júri, caso ocorra alguma das hipóteses excepcionais
previstas nos artigos 427 e 428, do Código de Processo Penal. Dentre essas
hipóteses, é incorreto afirmar:
A São circunstancias que podem acarretar o desaforamento: se o interesse da ordem
pública o reclamar, houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal
do acusado.
B O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso
de serviço, ouvidos o Juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser
realizado no prazo de 1 (um) ano, contado do trânsito em julgado da decisão de
pronúncia.
C Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o
julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese,
quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado.
D Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento
em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas
reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal
que determine a imediata realização do julgamento.

5 - Quanto ao Procedimento Especial do Tribunal do Júri, assinale a alternativa


INCORRETA.
A O desaforamento é permitido na pendência de recurso interposto contra a decisão de
pronúncia.
B A instalação da sessão de julgamento sem o número mínimo legal de quinze jurados
acarreta a nulidade do julgamento.
C A intimação ao réu da sentença de pronúncia em regra é pessoal, mas
excepcionalmente pode ser editalícia, permitindo o julgamento à revelia.
D A sentença de absolvição sumária, prolatada ao fim do judicium accusationis,
constitui hipótese de extinção do feito com julgamento do mérito e faz coisa julgada
formal e material, sendo atacada pelo recurso de apelação.

6 - Ao final da primeira fase do procedimento do júri,


A o Juiz, ao pronunciar o réu, não pode reconhecer em seu favor a existência de causa
especial de diminuição da pena.
B o Juiz deve sempre absolver o acusado desde logo no caso de inimputabilidade
decorrente de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
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C não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes


de autoria ou de participação, o Juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado,
mas sempre será possível a formulação de nova denúncia ou queixa se houver prova
nova.
D quando o Juiz se convencer da existência de crime diverso, em discordância com a
acusação, deve sentenciar o feito, independentemente da natureza da infração
reconhecida.
E o Juiz deve impronunciar o réu se ficar comprovado não ser ele autor ou partícipe do
fato.

7 - Considere que na sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri de uma acusação de


homicídio qualificado consumado, em seu interrogatório, o acusado confessou a
conduta objetiva a ele imputada, negando no entanto que tivesse agido com dolo.
Afirmou que o disparo por ele efetuado foi resultado de sua imperícia no trato com arma
de fogo. Já a defesa técnica, nos debates, apresentou as teses de negativa de autoria e
legítima defesa própria sem qualquer excesso.
Quanto a formulação dos quesitos, assinale a alternativa correta.
A A tese de negativa de autoria será apreciada em quesito redigido especificamente para
tal fim, por ter representado tese deduzida pela defesa técnica em plenário.
B A tese de legítima defesa será apreciada em vários quesitos, sendo em cada um deles
indagado um requisito da causa de exclusão da ilicitude.
C Como não houve divergência sobre a materialidade do fato, tal questão não precisará
ser apreciada pelo Conselho de Sentença.
D A tese desclassificatória da autodefesa será apreciada em quesito específico,
formulado antes do quesito absolutório genérico.

8 - De acordo com a jurisprudência do STF, julgue os itens que se seguem, a


respeito do procedimento do tribunal do júri.
I Caso a inimputabilidade seja a única tese defensiva, não sendo o caso de impronúncia
ou de absolvição sumária sem imposição de medida de segurança, o juiz poderá, desde
logo, proferir absolvição sumária imprópria, impondo ao acusado o cumprimento de
medida de segurança.
II Havendo dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o
tribunal poderá determinar o desaforamento do julgado do tribunal do júri para outra
comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, devendo, para tanto, ser
ouvida a defesa.
III Em razão do efeito devolutivo amplo e inerente à apelação criminal, o julgamento
pelo tribunal não se restringe aos fundamentos invocados no apelo interposto contra
decisão do tribunal do júri.
IV O princípio da soberania dos veredictos não impede que o tribunal competente, em
sede de revisão criminal, desconstitua decisão do tribunal do júri, e, reexaminando a
causa, prolate provimento absolutório.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C III e IV.
D I, II e IV.
E II, III e IV.
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9 - Em relação ao procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal


do Júri, assinale a alternativa correta.
A O desaforamento não poderá ser determinado sob a alegação de excesso de serviço.
B O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora
o acusado fique sujeito a pena mais grave.
C Encerrada a instrução probatória, ainda durante a primeira fase, as alegações serão
orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 10
(dez) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez).
D O procedimento será concluído no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias.

10 - Acerca dos procedimentos relativos aos processos de competência do tribunal


do júri, assinale a opção correta.
A Em decorrência do princípio do in dubio pro societate, o testemunho por ouvir dizer
produzido na fase inquisitorial é suficiente para a decisão de pronúncia.
B É possível a exclusão, na decisão de pronúncia, de qualificadoras descritas na
denúncia, quando elas forem manifestamente incabíveis.
C Em caso de inimputabilidade do réu, ainda que a tese da defesa seja de negativa da
autoria, deve o juiz absolvê-lo sumariamente.
D É cabível recurso em sentido estrito contra decisão que tenha absolvido sumariamente
o réu.
E Não é cabível excluir da lista geral de jurados o jurado que tiver integrado o conselho
de sentença nos doze meses que antecederam a publicação da referida lista.

11 - Nos termos do Código de Processo Penal, no procedimento do Tribunal do


Júri, formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se, e, com ele,
todos os presentes, fará aos jurados à seguinte exortação: “Em nome da lei,
concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão
de acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça.” Os jurados,
nominalmente chamados pelo presidente, deverão responde:
A “Totalmente de acordo.”
B “Assim o prometo.”
C “Sob a Bíblia juramos.”
D “Com base na Constituição será feito.”

12 - Sobre o procedimento previsto para o Tribunal do Júri, é correto afirmar:


A Os dispositivos constitucionais da plenitude de defesa no Tribunal do Júri (art. 5°
XXXVIII, a, CF) e da ampla defesa para os processos em geral (art. 5°, LV, CF)
possuem o mesmo significado e conteúdo.
B É possível, mediante lei complementar, suprimir competência atribuída
constitucionalmente ao Tribunal do Júri.
C Caso não se convença da materialidade do fato ou da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado, o que implicará em coisa julgada formal e material.
D É nula a decisão que determina o desaforamento de processo de competência do
Tribunal do Júri sem audiência da defesa.
E Ao julgar revisão criminal em face de decisão proferida pelo Tribunal do Júri, o órgão
julgador é impedido de realizar o juízo rescisório, pois incabível o reexame do mérito da
causa em atenção à soberania dos vereditos.
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13 - Reconheceu o artigo 5°, inciso XXXVIII, da Constituição Federal, a instituição


do júri. Quanto a ela, é correto afirmar que
A o efeito devolutivo da Apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da
interposição.
B constatando o Juiz Presidente haver dúvidas sobre a imparcialidade do júri ou a
segurança pessoal do acusado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do
assistente, do querelante ou do acusado, procederá de ofício o desaforamento,
encaminhando os autos para julgamento em outra comarca da mesma região,
comunicando imediatamente ao Presidente do Tribunal de Justiça.
C são relativas as nulidades do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não
precedem aos das circunstâncias agravantes, bem como a falta de quesito obrigatório.
D não torna nulo o julgamento ulterior pelo júri a participação de jurado que funcionou
em julgamento anterior do mesmo processo, embora cindido.

14 - De acordo com as regras processuais do procedimento relativo aos crimes


dolosos contra a vida:
A a fundamentação da sentença de pronúncia limitar-se-á à indicação de materialidade
do fato e demonstração efetiva da prova de autoria ou de participação.
B observado o princípio in dubio pro reo o juiz deverá impronunciar o acusado se
verificado apenas indícios de autoria.
C contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
D ocorrido o trânsito em julgado da pronúncia, o presidente do Tribunal do Júri
determinará a intimação do órgão do Ministério Público para oferecimento de libelo
crime acusatório, podendo este requerer diligências, arrolar no máximo cinco
testemunhas que irão depor em plenário e, ainda, juntar documentos.
E o assistente da acusação não tem legitimidade para representar o pedido de
desaforamento.

15 - De acordo com o que dispõe o Código de Processo Penal sobre o Tribunal do


Júri,
A não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes
de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, despronunciará o acusado.
B contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá recurso em sentido
estrito.
C o serviço do júri é obrigatório e o alistamento compreenderá os cidadãos maiores de
21 anos de notória idoneidade.
D diante de sua obrigatoriedade, o cidadão não poderá alegar escusa de consciência para
se recusar a participar do júri, ainda que se disponha a prestar serviço alternativo.
E a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a
desclassificar o crime.

16 - Em relação ao procedimento do júri, assinale a alternativa correta.


A O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que
antecederem à publicação da lista geral não será excluído em casos de comprovada
necessidade.
B A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada
pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à
porta do Tribunal do Júri.
C Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do
órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no
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prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até
o máximo de 8 (oito), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer
diligência.
D Nos casos de desaforamento requerido por alguma das partes, poderá ser ouvido o
juiz presidente, caso o relator assim julgue necessário.
E Excesso de serviço não justifica pedido de desaforamento.

17 - Nos casos de sentença de impronúncia ou de absolvição sumária em


procedimento do tribunal do júri,
A é cabível o recurso de apelação.
B é cabível o recurso em sentido estrito.
C são cabíveis o recurso de apelação e o recurso em sentido estrito, respectivamente.
D são cabíveis o recurso em sentido estrito e o recurso de apelação, respectivamente.
E são cabíveis o recurso de agravo e o recurso de apelação, respectivamente.

18 - Acerca do sistema recursal brasileiro,


A diante do princípio da taxatividade, é inaplicável no processo penal a fungibilidade
recursal.
B o prazo para o Defensor Público recorrer de decisão judicial inicia-se da data de
entrega dos autos na repartição administrativa, sendo irrelevante sua ciência em
audiência.
C diante do princípio da obrigatoriedade, o integrante do Ministério Público é obrigado
a interpor recurso contra sentença penal absolutória.
D o prazo para o Ministério Público opor Embargos Infringentes será de 10 dias a
contar da publicação do acórdão que julgar a apelação.
E caberá Recurso em Sentido Estrito da decisão que conceder, negar ou revogar o
livramento condicional.

19 - Maurilio e Pedro foram investigados pela Polícia Federal pelos crimes de formação
de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Encerrado e relatado o inquérito
policial, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Maurilio e Pedro e apresentou
requerimento ao magistrado competente para decretação das prisões preventivas dos
denunciados. O magistrado, ao proferir o despacho inicial admitindo a denúncia,
indeferiu o requerimento de prisão preventiva, entendendo que estavam ausentes
os requisitos legais para tanto. Inconformado, o Ministério Público Federal poderá
interpor
A agravo de instrumento, no prazo de 10 dias.
B recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias.
C correição parcial, no prazo de 05 dias.
D apelação, no prazo de 05 dias.
E mandado de segurança, no prazo de 10 dias.

20 - Lucas está sendo processado por crime de peculato (artigo 312, do Código Penal)
em uma das varas da Justiça Federal de Campo Grande, com competência criminal. Ao
término da regular instrução do feito, o Magistrado competente proferiu sentença, que
condenou Lucas a cumprir pena de 04 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, e
ao pagamento de 10 dias-multa. Uma das teses veiculadas pelos advogados do réu,
Lucas, não foi analisada na sentença proferida pelo Magistrado. Nesse caso, Lucas, por
meio de seus advogados, poderá interpor embargos de declaração a partir da
publicação da sentença condenatória, no prazo de
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A 02 dias.
B 05 dias.
C 10 dias.
D 15 dias.
E 03 dias.

21 - Mariana e Paula, sócias proprietárias da empresa “X”, estão respondendo processo


criminal pelo crime de apropriação indébita previdenciária (artigo 168-A, do Código
Penal), pois deixaram de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e forma legal. No curso do processo, entendendo que estavam
presentes todos os requisitos previstos no Código Penal, o magistrado competente
concedeu o perdão judicial e julgou extintas as punibilidades de Mariana e Paula.
Inconformado com a decisão, o Ministério Público poderá interpor recurso
A em sentido estrito, no prazo de dez dias.
B de apelação, no prazo de cinco dias.
C em sentido estrito, no prazo de cinco dias.
D de apelação, no prazo de dez dias.
E de apelação, no prazo de quinze dias.

22 – O recurso em sentido estrito é cabível em face de


A acórdão que denegar recurso extraordinário.
B deferimento de livramento condicional ou de remição de pena.
C sentença penal condenatória por crime patrimonial.
D sentença que pronuncie o réu.
E despacho do Delegado de Polícia que determinar a acareação.

23 - Quanto à Teoria Geral dos Recursos em processo penal, assinale a alternativa


correta.
A A reformatio in pejus indireta impede o agravamento da pena no segundo julgamento
quando anulado o primeiro em apelo da acusação.
B Caso a parte interponha o recurso errado, por mero equívoco e de boa-fé, dentro do
prazo para o recurso correto, o juiz o receberá e mandará processá-lo pelo rito do
recurso cabível.
C No caso de concurso de agentes, o pronunciamento relativo a recurso interposto por
um dos réus, se fundado em motivos de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.
D Havendo conflito de interesses entre o réu e sua defesa técnica acerca do
processamento do recurso de apelação, deve prevalecer a vontade do réu, como
principal interessado na ação penal, face ao princípio da voluntariedade dos recursos

24 - Ricardo está sendo processado por crime de furto, praticado contra uma empresa
pública federal, cujo processo tramita em uma das varas federais, com competência
criminal, de Porto Alegre-RS. No curso do processo, o advogado constituído de Ricardo
apresentou pedido ao Magistrado que preside o feito para reconhecimento da prescrição
e consequente extinção da punibilidade do réu (Ricardo). O pedido é indeferido pelo
Magistrado. Nesse caso, nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal, o
advogado de Ricardo poderá interpor recurso
A em sentido estrito, no prazo de 10 dias.
B de apelação, no prazo de 5 dias.
C em sentido estrito, no prazo de 5 dias.
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D de apelação, no prazo de 10 dias.


E de apelação, no prazo de 15 dias.

25 - Analise a situação hipotética a seguir.


Proferida sentença condenatória em procedimento comum ordinário, a defesa
apresentou recurso de apelação. Recebido, arrazoado e contrarrazoado, o recurso foi
remetido ao Tribunal para reexame da decisão. Nas razões de apelação, a defesa técnica
impugnou exclusivamente a aplicação da pena promovida pela sentença, pretendendo a
redução da pena-base pela revaloração das circunstâncias judiciais e o abrandamento do
regime prisional inicial.
Ao julgar o recurso de apelação exclusivo da defesa, o Tribunal
A não poderá absolver o acusado, pois não foi ponto da decisão devolvido pelo recurso.
B não poderá valorar como positiva circunstância judicial reputada desfavorável pela
sentença e revalorar como negativa circunstância judicial de fixação da pena-base
considerada neutra pela sentença apelada para justificar a manutenção da mesma
quantidade de pena-básica.
C poderá reconhecer circunstância legal agravante que não tenha sido reconhecida pela
sentença, desde que tenha sido descrita na denúncia.
D poderá agravar o regime prisional inicial, por ser questão de ordem pública e,
portanto, cognoscível de ofício.

26 - Insatisfeita com eventual decisão proferida pelo magistrado, poderá a parte


impugná-la através de diversas espécies recursais, sendo fundamental que a defesa
técnica tenha conhecimento sobre as hipóteses de cabimento de cada recurso e suas
principais características.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
A o Tribunal, câmara ou turma, no julgamento das apelações, de acordo com o Código
de Processo Penal, não poderá proceder a novo interrogatório do acusado ou reinquirir
testemunhas, devendo decidir de acordo com as provas até então apresentadas;
B a renúncia do réu ao direito de recorrer da sentença condenatória, ainda que
manifestada sem o conhecimento do seu defensor constituído, impede o conhecimento
da apelação interposta pelo seu patrono;
C o ofendido somente poderá interpor recurso em caso de omissão do Ministério
Público, se anteriormente habilitado como assistente de acusação;
D o recurso de agravo em execução, segundo entendimento dos Tribunais Superiores,
deve seguir o rito procedimental do recurso em sentido estrito, havendo, então, efeito
regressivo;
E o recurso em sentido estrito poderá ser apresentado para combater a decisão de
impronúncia do réu durante a primeira fase do procedimento no Tribunal do Júri.

27 - Sobre o recurso em sentido estrito, carta testemunhável e embargos de


declaração, nos termos do Código de Processo Penal e Súmulas dos Supremo
Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, analise as assertivas abaixo e
assinale a alternativa incorreta:
A Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao
recurso interposto do indeferimento do decreto de prisão preventiva, não a suprindo a
nomeação de defensor dativo.
B Não há previsão legal de efeitos infringentes aos embargos de declaração interposto
pelo réu ou seu defensor.
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C É cabível recurso em sentido estrito contra a decisão que reconhece a competência ou


incompetência do juízo.
D O juiz não pode modificar a decisão do recurso em sentido estrito interposto por
simples petição contra retratação da decisão em recurso anteriormente interposto pela
parte contrária.
E O tribunal a que competir o julgamento da carta testemunhável, se desta tomar
conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver suficientemente instruída,
decidirá logo, o mérito do recurso não recebido.

28 - Sobre o recurso de apelação, nos termos da Legislação Processual Penal e


Súmulas dos Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, analise as
assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta:
A É cabível contra a sentença de impronúncia e absolvição sumária no procedimento
nos processos de competência do Tribunal do Júri.
B É cabível da decisão de rejeição de denúncia no procedimento sumaríssimo.
C É cabível ao ofendido, não estando habilitado como assistente, interpô-la contra a
decisão do tribunal do júri, após o transcurso do prazo recursal para o Ministério
Público.
D É cabível contra decisão do Tribunal do Júri em hipóteses restritas legalmente
previstas e o efeito devolutivo é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
E É cabível se de parte da sentença definitiva ou com força de definitiva proferida pelo
juiz singular não for previsto recurso em sentido estrito.

29 - C.C.S. foi condenado pelo crime de latrocínio pelo juízo criminal de primeira
instância à pena privativa de liberdade de 25 (vinte e cinco) anos de reclusão.
Inconformado com a condenação, o advogado de C.C.S. interpôs recurso de apelação ao
Tribunal de Justiça, pleiteando pela apresentação das razões recursais em segunda
instância. Devidamente intimado do despacho do Relator para apresentar as razões
de apelação, estas devem ser protocoladas em:
A 3 dias corridos.
B 5 dias corridos.
C 8 dias corridos.
D 10 dias corridos.
E 15 dias corridos.

30 - Gianluigi, vítima do delito de roubo praticado por Manuel, não se habilitou em


juízo como assistente no processo em que o acusado acabou sendo absolvido por falta
de provas, em razão de Gianluigi não ter sido ouvido em juízo. Inconformado, porém,
com a absolvição de Manuel, Gianluigi ingressou em juízo, por intermédio de
advogado, e manifestou a vontade de recorrer em face da absolvição. Nessa hipótese, é
correto afirmar que:
A poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de vinte dias, que correrá do
dia em que terminar o do Ministério Público, se este igualmente recorrer de todo o
conteúdo impugnável da sentença;
B não poderá Gianluigi interpor recurso de apelação em razão de não se ter habilitado
como assistente durante a fase instrutória processual;
C poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de trinta dias, que correrá do
dia em que terminar o do Ministério Público, sendo o recurso arrazoado por este, em
razão de Gianluigi não se ter habilitado como assistente;
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D não poderá Gianluigi interpor recurso de apelação em razão de não ter sido ouvido
em juízo como vítima durante a fase instrutória processual;
E poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de quinze dias, se o
Ministério Público deixar de fazê-lo, correndo o referido prazo do dia em que terminar o
do Ministério Público.

31 – O acusado João é condenado pelo crime de tráfico de drogas ao cumprimento de 5


anos de reclusão e 500 dias-multa, em regime fechado. A Defesa, pretendendo reverter a
condenação, interpõe recurso de apelação, mas o juiz entende que é extemporâneo e
deixa de mandar processar. A medida cabível para atacar a decisão é
A correição parcial.
B recurso em sentido estrito.
C carta testemunhável.
D mandado de segurança.

32 - No início de julgamento em plenário pelo Tribunal do Júri, o Juiz Presidente


verifica que estão presentes menos de 15 jurados daqueles convocados. Nesse caso, a
providência deverá
A suspender o julgamento e imediatamente convocar os jurados suplentes para a mesma
sessão.
B realizar o julgamento, desde que as partes estejam de acordo.
C determinar ao oficial de justiça que conduza coercitivamente os jurados faltantes.
D sortear jurados suplentes e designar nova data para o julgamento para data seguinte
desimpedida.

33 - Nos casos da competência do Tribunal do Júri, julgada improcedente a denúncia e


impronunciado o acusado, pois insuficientes ou inexistentes indícios de autoria, o juiz
A não pode aceitar novo processo, já que a impronúncia é definitiva.
B deve necessariamente recorrer, de ofício, ao Tribunal.
C pode aceitar nova denúncia, desde que não extinta a punibilidade.
D deve determinar diligência para melhor esclarecimentos e eventualmente reconsiderar
a decisão.

34 - Túlio, advogado de um réu em processo criminal, ao constatar a ocorrência de


prescrição da pretensão punitiva estatal entre o recebimento da denúncia e a conclusão
da instrução, peticionou nos autos, antes mesmo do oferecimento de alegações finais, o
reconhecimento da extinção da punibilidade do agente. O magistrado prontamente
indeferiu o pedido. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a
opção que indica o instrumento recursal mais adequado para combater a decisão
que indeferiu o pedido de Túlio.
A carta testemunhável
B recurso em sentido estrito
C apelação
D recurso extraordinário
E reclamação constitucional

35 - Quanto ao procedimento especial do tribunal do júri, assinale a opção correta.


Alternativas
A Transitada em julgado a sentença de impronúncia, obsta-se nova denúncia ou queixa
sobre o mesmo fato.
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B Contra a sentença de impronúncia, é cabível a interposição de recurso em sentido


estrito.
C Ao encerrar a primeira fase do procedimento especial do tribunal do júri, demonstrada
a inimputabilidade do agente, ainda que a defesa suscite outras teses defensivas para
exame do conselho de sentença, o juiz, fundamentadamente, deverá proferir sentença de
absolvição sumária imprópria.
D Ao encerrar a primeira fase do procedimento especial do tribunal do júri, o juiz
poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o
acusado fique sujeito a pena mais grave.
E Preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que altere a
classificação do crime, não será mais possível o aditamento da denúncia pelo Ministério
Público.

36 - Juliana é agente da Polícia Civil e, apesar de exercer honestamente seus encargos,


foi processada por crime de abuso de autoridade. A ação foi distribuída no fórum da
comarca de Abadiânia-GO. Na investigação, ela teve seu aparelho de telefone celular
pessoal apreendido como “medida de praxe” da investigação. Porém, como o delito a
ela imputado era o de constranger pessoa a depor, sob ameaça de prisão, o advogado de
Juliana entende que a apreensão do objeto não tem qualquer serventia ao processo
penal. Assim, Juliana ajuíza pedido de restituição de coisas apreendidas, mas o juiz da
causa indefere seu requerimento. Indignada, ela pretende recorrer da decisão. Assinale a
alternativa que aponta o recurso correto para impugnar a decisão judicial que
indeferiu o incidente de Juliana.
A Recurso em sentido estrito.
B Apelação.
C Mandado de segurança.
D Recurso inominado.
E Habeas corpus.

37 - Alita é magistrada e preside o tribunal do júri da Comarca XV e, ao analisar


determinado processo, verifica que não estavam presentes os elementos da
materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação. Nesse caso, deverá a magistrada, nos termos do Código de Processo
Penal:
A absolver o acusado
B impronunciar o acusado
C condenar o acusado
D suspender o acusado

38 - Antônio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do delito de


estelionato. Após a instrução criminal, o Magistrado proferiu a sentença penal, tendo o
Ministério Público se conformado com o provimento jurisdicional, não tendo, assim,
interesse em recorrer, conforme demonstrado em sua manifestação nos autos. À vítima,
Maria, inconformada com a decisão do juizo e com a inércia do Parquet, após ficar
sabendo da cota ministerial, resolve se habilitar e recorrer da sentença, i.e. apresentar
recurso de apelação. Nessa hipótese, de acordo com a disposição do CPP, é correto
afirmar que o prazo para a interposição do recurso de apelação será de
A 3 dias.
B 5 dias.
C 8 dias.
Direito Processual Penal – Procedimentos e Recursos
Prof. Rafael Machado

D 10 dias.
E 15 dias.

39 - Segundo o Código de Processo Penal, quando a sentença do juiz-presidente no


Tribunal do Júri for contrária à Lei expressa ou à decisão dos jurados, caberá:
A Apelação.
B Habeas corpus.
C Revisão criminal.
D Recurso em sentido estrito.

40 - José foi investigado e, posteriormente, denunciado pelo Ministério Público pela


prática do delito descrito no artigo 122 do Código Penal, pelo fato de que, no dia 19 de
fevereiro de 2022, por volta das 15 horas, de forma voluntária e consciente, instigou
Maria a se suicidar. Após o recebimento da inicial acusatória e a regular instrução
processual, o Magistrado proferiu sentença de absolvição sumária.
O fundamento jurídico correto para a aplicação dessa sentença de absolvição
sumária é
A a extinção da punibilidade da vítima.
B a falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal.
C a prova de não ser José autor ou partícipe do fato.
D a preclusão de prazo processual por parte da acusação.

Gabriel Pereira Nunes


202210955

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