Educação Escolar No Campo: Desafios À Educação Especial: Resumo
Educação Escolar No Campo: Desafios À Educação Especial: Resumo
Educação Escolar No Campo: Desafios À Educação Especial: Resumo
especial
Katia Regina Moreno Caiado
Universidade Federal de São Carlos
Michele Aparecida de Sá
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
Resumo
Historicamente, há um silenciamento educacional sobre as pessoas com
deficiência que vivem no campo. Desse modo, o objetivo deste estudo foi
analisar a educação especial no campo por meio da legislação, de indicadores
sociais e dos relatórios do Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC
na Escola). Os resultados revelam que houve uma ampliação das matrículas de
alunos com necessidades educacionais especiais que vivem no campo, mas que
precisam se deslocar até a cidade para a escolarização. Além disso, aumentou o
acesso à escola por parte dos beneficiários do Programa BPC na Escola, porém
ainda há 31,58% dos beneficiários fora da escola.
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Introdução
3 Segundo o Decreto 6.949 (Brasil, 2009b, p.26) pessoas com deficiência são “aquelas que têm impedimentos de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais
pessoas”.
4 Projeto de pesquisa intitulado “Mapeamento de deficiências na população indígena da Região da Grande
Dourados, MS: um estudo sobre os impactos e as possíveis implicações para a inclusão educacional”, desenvolvido
com apoio do PROESP/CAPES.
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A educação especial e a educação do campo: uma análise
dos indicadores sociais
Neste estudo, compreende-se a análise dos indicadores sociais em uma
perspectiva materialista e crítica, em que as dimensões de qualidade e quantidade
compõem uma unidade. Ferraro (2012, p. 144) afirma que nesta abordagem “não
há quantidade sem qualidade, nem qualidade sem quantidade, a unidade entre
essas duas dimensões do real está em sua inseparabilidade ou exigência recíproca,
não em qualquer identidade imaginária entre ambas”. Ainda, segundo o autor, esta
perspectiva afasta-se de concepções que colocam quantidade e qualidade como
opostas ou complementares.
A contraposição entre quantidade e qualidade é racionalmente um contrassenso
que, segundo Gramsci (1981, p. 50), “mantém intactas determinadas condições de
vida social, nas quais algumas são pura quantidade, outras pura qualidade”. Ainda
destaca,
[…] afirmar, portanto, que se quer trabalhar sobre a quantidade, que se quer desenvolver
o aspecto “corpóreo” do real, não significa que se pretenda esquecer a “qualidade”, mas,
ao contrário, que se deseja colocar o problema qualitativo da maneira mais concreta
e realista, isto é, deseja-se desenvolver a qualidade pelo único modo no qual tal
desenvolvimento é controlável e mensurável.
Partindo deste enfoque, os dados que iremos apresentar foram selecionados das
informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacional
Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), por meio dos Censos
Escolares de 2008 a 2012, e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), por meio do Censo Demográfico de 2010.
Sobre o período de análise do censo escolar, o ano inicial de 2008 foi delimitado por
ter sido o posterior ao estabelecimento da Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008b), implantada pela Secretaria de
Educação Especial, do Ministério da Educação, em 2008. O último ano analisado foi
2012, por ser a origem dos dados mais atuais do Censo Escolar da Educação Básica
no momento do estudo (Brasil, 2012b).
No censo escolar, trabalhou-se com os dados de matrículas que foram agregados
segundo as variáveis4: zona residencial do aluno (rural; urbana); localização da escola
(rural; urbana); localização diferenciada da escola (área rural; área de assentamento;
terra indígena; área remanescente de quilombo); necessidade educacional especial
(NEE)5.
6 As nomenclaturas das variáveis estão de acordo com o caderno de instruções do Inep, disponível no endereço
eletrônico: <http://portal.inep.gov.br/basica-levantamentos-microdados>. Acesso em: 25 mar. 2013.
7 Estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação (Caderno
de Instruções, Inep).
8 As nomenclaturas das variáveis estão de acordo com o SIDRA, disponíveis no endereço eletrônico: <http://www.
sidra.ibge.gov.br>. Acesso em: 18 mar. 2013.
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Figura 1: Média das matrículas de alunos da educação básica segundo a localização
da escola no período de 2008 a 2012
Fonte: Elaboração própria com base nos microdados do Inep (Brasil, 2008c; 2009a; 2010; 2011a; 2012b).
Fonte: Elaboração própria com base nos microdados do Inep (Brasil, 2012b).
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Ao cotejar esses dados com o estudo anterior (Caiado, Meletti, 2011), verifica-
se que a tendência continua, com redução nas matrículas de alunos que vivem e
estudam no campo e com o aumento nas matrículas de alunos que vivem no campo
e estudam na cidade.
Com relação às matrículas de alunos com NEE que vivem no campo, percebe-se que a
maioria precisa se deslocar até a cidade em busca de escolarização. O deslocamento
dos alunos para a cidade nos leva a discutir várias questões importantes, dentre elas
as condições de transporte escolar, enquanto condições dos veículos, das estradas,
dos cuidados com as crianças durante os trajetos. Pode-se afirmar que o transporte
escolar em áreas rurais é um sério problema para o acesso escolar, situação que
se agrava muito para o aluno que necessita de um transporte escolar adaptado
(Caiado; Gonçalves, 2014).
A partir deste panorama da educação básica presente no campo, o próximo passo é
verificar a situação das pessoas com necessidades educacionais especiais que vivem
e estudam no campo, segundo a localização das escolas: em assentamentos, terras
indígenas, áreas remanescentes de quilombos e outras áreas rurais.
9 Resolução nº 2/2008 (Brasil, 2008a), Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (Brasil, 2008b).
Fonte: Elaboração própria com base nos microdados do Inep (Brasil, 2008c; 2009a; 2010; 2011a; 2012b).
Baseando-se nos microdados do censo escolar (Brasil, 2008c; 2009a; 2010; 2011a;
2012b), em média, 1,7% do total das matrículas da educação básica no Brasil
corresponde a alunos com NEE.
Ao analisarmos cada área específica do campo, constata-se que a maior concentração
das matrículas de alunos com NEE que vivem e estudam no campo está em áreas
rurais, seguida, respectivamente, pela área de assentamento, terra indígena e área
remanescente de quilombo.
As matrículas de alunos com NEE em área de assentamento representam 5,7%
do total de alunos com NEE que vivem e estudam no campo. Ao analisarmos o
período de 2008 a 2012, percebe-se um aumento expressivo (116,6%) no número
de matrículas de alunos com NEE em escolas de assentamento.
Esses dados, contudo, não alteram a realidade apresentada por Di Pierro e Andrade
(2009) sobre os assentamentos no estado de São Paulo quando mostram que a
maioria dos alunos da educação básica que vive em área rural estuda em escolas
urbanas. Tal fato,
[…] não só contraria a legislação e normas vigentes (que asseguram a crianças e
adolescentes o estudo próximo à residência, em escolas com organização adequada,
currículo relevante e práticas pedagógicas significativas), como entra em contradição
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com os projetos de formação humana das novas gerações e as aspirações de mudança
nas relações político-econômicas, socioculturais e ambientais dos movimentos sociais
do campo. Também inviabiliza a participação das famílias assentadas na gestão escolar,
seja porque as escolas rurais têm pouca autonomia ou porque, em virtude da distância,
as famílias não conseguem participar da gestão das escolas urbanas. (Di Pierro;
Andrade, 2009, p. 255)
No caso das matrículas de alunos com NEE em terras indígenas e áreas remanescentes
de quilombo, houve também um aumento no período. Este acréscimo, possivelmente,
pode estar associado às conquistas legais que os povos indígenas e quilombolas
tiveram nas políticas nacionais, as quais, hoje, garantem o reconhecimento cultural
desses povos e escolas diferenciadas dentro de seus territórios (Brasil, 1988; 1996;
2012a).
Cabe destacar, porém, que esse número de matrículas deve aumentar ainda mais
nos próximos anos, pois o acesso às políticas públicas, especificamente à educação,
para os alunos indígenas e quilombolas com deficiência tornou-se reivindicação
desses povos. Os indígenas, por exemplo, no IX Encontro sobre Leitura e Escrita
em Sociedades Indígenas (IX ELESI), que teve por objetivo discutir temáticas atuais
e prioritárias para as escolas e comunidades indígenas, produziram uma carta com
várias propostas, dentre elas a solicitação de direitos aos índios com deficiência, ou
seja:
8
Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009 (Brasil, 2009b).
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a receber um salário mínimo ao comprovarem não possuir meios de prover a própria
manutenção – direito regulamentado como Benefício de Prestação Continuada
(BPC), em 1993, instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado
pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742 (Brasil, 1993), de 7 de
dezembro de 1993; pelas leis nº 12.435 (Brasil, 2011c), de 6 de julho de 2011, e nº
12.470 (Brasil, 2011d), de 31 de agosto de 2011, que alteram dispositivos da LOAS,
e pelos decretos nº 6.214 (Brasil, 2007b), de 26 de setembro de 2007, e nº 6.564
(Brasil, 2008d), de 12 de setembro de 2008.
Esse benefício integra o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), pago pelo
Governo Federal, cuja operacionalização de reconhecimento do direito é do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). Assegurado por lei, permite o acesso de idosos e
pessoas com deficiência à proteção social básica com dois campos de atuação: os
serviços e os benefícios de caráter pecuniário.
Em 2007, foi realizado o primeiro cruzamento entre bases de dados do Ministério
da Previdência Social e do Ministério da Educação. Esse estudo mostrou que dentre
os 340.536 beneficiários do BPC, pessoas com deficiência na faixa etária de zero
a dezoito anos, 100.574 (29,53%), estavam matriculados em escolas, enquanto
239.962 (70,47%) não tinham registros no sistema regular de ensino. Esse quadro
provocou a criação de um Programa de Acompanhamento e Monitoramento do
Acesso e Permanência na Escola da Pessoa com Deficiência Beneficiária do BPC,
o Programa BPC na Escola (Brasil, 2007c). O Programa envolve o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério da Educação (MEC),
o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SEH/PR) e tem como objetivo:
[…] promover a elevação da qualidade de vida e dignidade das pessoas com deficiência
beneficiárias do BPC, preferencialmente de 0 a 18 anos de idade, garantindo-lhes
acesso e permanência na escola, por meio de ações articuladas da área de saúde,
educação, assistência social e direitos humanos. (Brasil, 2007c)
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deficiência, na faixa etária entre 0 e 18 anos, estavam na escola (Brasil, 2013). Este
aumento do acesso à escola, por parte dos beneficiários, deve estar relacionado
à implementação do Programa BPC na Escola. Porém, é preciso salientar que
atualmente ainda há 31,58% dos beneficiários (campo e cidade) fora da escola.
Embora no Brasil a maioria dos beneficiários que vivem em área urbana frequente a
escola, verifica-se que 28,76% dos beneficiários de áreas urbanas já frequentaram a
escola e não frequentam atualmente ou nunca frequentaram.
A situação escolar dos beneficiários que vivem no campo é ainda mais alarmante
em nosso país, sendo que 41,47% dos beneficiários que vivem em área rural já
frequentaram a escola e não frequentam atualmente ou nunca frequentaram. Este
dado demonstra a dificuldade que se tem para implementar políticas públicas aos
povos do campo e revela ainda a invisibilidade deles perante a sociedade.
Nas regiões Norte e Nordeste, verifica-se que, respectivamente, 35,75% e 40,93%
dos beneficiários (da cidade e do campo) já frequentaram a escola e não frequentam
atualmente ou nunca frequentaram. De acordo com os dados do IBGE de 2001
(Brasil, 2003), a região Norte tinha taxa de analfabetismo de 12,4% da população
de 15 anos ou mais, sendo a situação da região Nordeste mais alarmante (28,7%) na
mesma faixa etária, um contingente de quase oito milhões de analfabetos, segundo
a mesma fonte. O último censo demográfico (IBGE, 2010) mostra que houve
pouca mudança nos índices dessas regiões, pois continuam com a maior taxa de
analfabetismo do país (Nordeste 19,1% e Norte 11,2%), o que corresponde mais de
50% do total de analfabetos do país. Diante do exposto, percebe-se que o problema
do acesso à escolarização nas regiões Norte e Nordeste não é uma dificuldade
encontrada apenas pelos alunos com deficiência, mas também por muitos alunos da
educação básica (Ferraro; Machado, 2002).
Em síntese, é a primeira vez na história da educação que se formula um Programa
voltado à educação especial escolar para as pessoas com deficiência das camadas
sociais mais desfavorecidas (Caiado et al., 2014). Com isso, são inúmeros os
desafios para que esses alunos permaneçam nas escolas e nelas se apropriem do
conhecimento escolar. Muitos alunos/beneficiários têm entrada tardia na escola
e, portanto, significativa defasagem idade/série. Além disso, encontrarão graves
barreiras sociais, que se concretizam em barreiras arquitetônicas, de atitudes
e de comunicação e se colocam historicamente às pessoas com deficiência, que
ainda convivem com ações assistencialistas. Daí a urgência e o compromisso de
pesquisadores, professores e movimento social em acompanhar o Programa e dar
subsídios para superação dos desafios, na luta pelo direito à escola.
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em que as barreiras sociais de toda ordem impedem a convivência social e seu
desenvolvimento. Com isso, conhecer a realidade é fundamental para a formulação
e implementação de propostas que promovam a superação dos desafios.
Nessa direção, faz-se necessário conhecer a realidade diferenciada que existe
nas escolas do campo, dentre elas: escolas de assentamentos, terras indígenas
e de áreas remanescentes de quilombos. Necessário, também, o diálogo com os
movimentos sociais para conhecer as vivências que trazem e o projeto de educação
que debatem, para nos colocarmos juntos na garantia do direito à educação escolar
também para os alunos com deficiência.
Por fim, a intenção deste estudo foi mostrar que há pessoas com deficiência nesses
lugares e que precisamos pesquisar sobre as condições reais de vida e de contexto
escolar nas quais esses sujeitos se encontram. Assim, destacamos que campo e
cidade compõem um único projeto político de sociedade e educação, projeto hoje
caracterizado pela desigualdade social e escolar.
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Katia Regina Moreno Caiado é doutora em Educação pela Universidade de São Paulo
(USP), professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também atua no
Programa de Pós-Graduação em Educação Especial. E-mail: caiado.katia@gmail.com
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