Historia Do Tribunal e Escorco
Historia Do Tribunal e Escorco
Historia Do Tribunal e Escorco
HISTÓRIA DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO PARÁ E
ESCORÇO BIOGRÁFICO DOS
DESEMBARGADORES
1874 A 1963
Reedição Histórica
Belém - Pará
2023
IEL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ
GESTÃO DO BIÊNIO 2023-2025
CELEBRAÇÕES DOS 150 ANOS DE INSTALAÇÃO
COMPOSIÇÃO DO PLENO
DESEMBARGADORES:
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES ROBERTO GONÇALVES DE MOURA
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA MAIRTON MARQUES CARNEIRO
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO EZILDA PASTANA MUTRAN
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
RICARDO FERREIRA NUNES ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
LEONARDO DE NORONHA TAVARES JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES EVA DO AMARAL COELHO
LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR KÉDIMA PACÍFICO LYRA
GLEIDE PEREIRA DE MOURA AMILCAR ROBERTO BEZERRA GUIMARÃES
JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO MARGUI GASPAR BITTENCOURT
MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO PEDRO PINHEIRO SOTERO
HISTÓRIA DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO PARÁ E
ESCORÇO BIOGRÁFICO DOS
DESEMBARGADORES
1874 A 1963
Belém - Pará
1963 (original)
HOMENAGEM
13 A História
15 Relação de Belém
17 Instalação da Relação de Belém
21 Relatório do Dr. Pedro Vicente de Azevedo
22 Discurso do Presidente da Relação
26 Tribunal Superior de Justiça
32 Tribunal Superior de jsutiça do Pará
36 Constituição do Estado do Pará de 22 de junho de 1891
40 Revolução de 1930
44 Juízes da capital
44 Secretaria do Tribunal
45 Repartição Criminal
45 Juízes de direito do Interior
47 Instalação do novo Tribunal de Justiça
Revolução de 1930
JUIZES DA CAPITAL:
SECRETARIA DO TRIBUNAL
REPARTIÇÃO CRIMINAL
Designações do Tribunal
Paróquias
Presidentes do Tribunal
Procuradores da Coroa
Quadros Estatísticos
Número de desembargadores:
De 1874 a 1911 - Sete.
De 1912 a 1916 - Nove.
De 1917 a 1929 - Oito.
De 1930 a 1931 - Sete.
De 1932 a 1945 - Oito.
Principais Solenidades
“CRISTO NO JURI”
A cerimônia da colocação de Cristo na sala das sessões do
Tribunal do Júri efetuar-se-á amanhã, após a missa campal que
será celebrada às 7 e meia horas do dia à Avenida da Liberdade.
Revestirá toda a solenidade o ato para o qual foram convi-
dadas as principais autoridades do Estado e Município. Celebra-
rá o santo sacrifício o reverendíssimo Monsenhor Hermenegildo
Perdigão, governador do Arcebispado, devendo a linda imagem
que foi gentilmente cedida pelo senhor senador Antonio José de
Lemos ser acompanhada em importante romaria pela Escola de
Soldados da Sociedade de Tiro Brasileiro, além de inúmeras ir-
mandades religiosas da Capital, bem como colégios e povo.
A Escola de Soldados daquela Sociedade formará também
sob o comando do Tenente Solerno Moreira, durante a missa.
As filhas de Maria das Paróquias de Sant’Ana, Santo Antonio e
Nazaré, assim como uma grande comissão de senhoras, aguar-
darão no Palacete a Imagem do Crucificado, para recebê-la e
cobri-la de flôres.
Antes de partir o majestoso préstito, proferirá uma alo-
cução o nosso confrade Dr. Elizeu Cezar, orador da comissão e
depois da aposição da imagem na Sala do Juri, usará da palavra
o Dr. Passos de Miranda Filho, deputado federal por éste Estado.
Ao chegar o préstito àquêle local, serão queimadas girân-
dolas de foguetes e salvas de morteiro oferecidos pelo sr. Eduar-
do Moreira.
A MISSA CAMPAL
No Templo da Justiça
O Dia da Justiça
Honrosa Homenagem
Perfil De Magistrado
(DA REVISTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE 1949)
(RAUL BRAGA)
Ando à cata de biografias dos homens que ilustraram e
envaideceram a Justiça Paraense no Tribunal de Justiça como
lídimos sacerdotes venerandos.
Aquilo que meus olhos têm em vista através das notas de
família e em audição de seus próprios descendentes, é de encher
o mundo de sentimentos que vão da alegria enternecida a mais
cruciante emoção d’alma.
Tenho-lhes encontrado solteiras filhas envelhecidas, so-
frendo agruras na grandeza de um estoicismo absoluto, na con-
formada linha de recato que uma pobreza envergonhada Ihes dá.
Vivem sofrendo e calando aquilo que seus pais jamais
pensaram lhes viesse acontecer na vida, e nunca tiveram em
mãos julgadoras tamanhas páginas de lances tão tristes. É pre-
ciso irmos às barracas da Caripunas e Covões de São Braz para
encontrar êsses entes que a bonança esqueceu, porque vivem
em larga penúria como gente que o sofrimento pegou para nunca
mais largar.
É de confranger o coração mais duro.
***
NOTA — Na carta de bacharel do velho desembargador Accioly Lins,
o maior praxista de seu tempo e que se defrontava intemerato
Tempos Negros
O Poder Judiciário
***
OBRAS PUBLICADAS
Anotações à Reforma Judiciária em 1874. Uma
preciosidade.
Anotações à Lei do Elemento Servil em 1875.
Anotações ao Código Criminal do Império em 1877. Re-
gulamento das Relações do Império em 1879. Código do Proces-
so Criminal em 1882.
Dicionário Jurídico, (inacabado).
***
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Notas pessoais:
Estado, casado com D. Jarina Costa.
Altura, 1 metro e 60, com branca, olhos verdes, cabelos
e barba grisalhos, sinais particulares — calvo.
AOS 67
(Ao coração dos filhos que me restam)
NOGUEIRA DE FARIA
Belém, 15-10-1951
Bibliografia:
“Da evolução do idioma português”; “Transformações da
linguagem”; “Arcaismos e neologismos”.
HOMENAGENS ESPECIAIS AO
DESEMBARGADOR ARNAIDO LOBO
Afasta-se da magistratura atingido pela aposentadoria
compulsória — Sessão especial no Tribunal de Justiça
A Constituição Federal consagra o principio de inatividade
ao magistrado que completar setenta anos de idade. Impelido
por esse preceito constitucional, deixa, hoje, o Tribunal de Justi-
ça do Estado, qual vinha servindo há 16 anos, o desembargador
Arnaldo Lobo, que há cerca de um biénio desempenhava o im-
portante cargo de seu presidente, e no qual se vinha conduzindo
de maneira brilhante. Por êsse motivo receberá o desembargador
Lobo, da parte de seus colegas e funcionários do Tribunal e d”
magistrados da Capital e do interior e advogados em geral, gran-
des homenagens, destacando-se entre as que lhe vão ser pres-
tadas, a sessão especial, a realizar-se na sala de Conferências,
para a qual foram convidados, além do general Moura Carvalho,
governador do Estado, as altas autoridades da União, do Estado
e do Munícipio. Discursarão, por essa ocasião, o desembarga-
dor Mauricio Pinto, vice-presidente do Tribunal, e os drs. Otávio
TEU LENÇO
Este teu lenço branco a fio renda
Que trago ao peito como jóia rara
E às mãos me veio tal uma oferenda
De quem quer bem e amor antedatára...
Este lenço guardado cm forma avára,
Cheio de zêlo, entrelaçado em lenda
Como ninguém, feliz, jamais amára,
Mais quisesse tão bem como legenda...
E para mini o meu maior tesouro,
Arca santa de meus sonhos supremos,
Vergel com frutos de um pomar em ouro;
Porque lembra a nós dois, os dois assuntos:
— As venturas que juntos retivemos,
As tristezas que nós choramos juntos...
TRAÇOS BIOGRÁFICOS:
O desembargador Antonino de Oliveira Melo nasceu na
cidade de Belém, capital do Estado do Pará, em 5 de dezembro
de 1887, tendo feito os cursos primário e secundário na mesma
cidade, este no Ginásio Paes de Carvalho. Em 8 de dezembro
de 1908 recebeu o gráu de bacharel em ciências jurídicas e
sociais, pela Faculdade de Direito do Pará. Inicialmente a sua
vida pública na magistratura do Estado é como juiz substituto
de Anajás, então 2.º distrito judiciário da Comarca de Afuá, em
1909, transferindo-se, no mesmo ano, para Salinas, então 2.º
distrito judiciário da Comarca de Maracanã. Em 1910, passou
para o Ministério Público, corno promotor público da Comarca
de Breves, de onde, a pedido, foi transferido, em 1911, para
a Comarca de Soure, havendo desempenhado, por várias ve-
zes, comissões na Capital, na Secretaria do Ministério Público e
como primeiro promotor. Em 1916, deixou o Ministério Público,
por ter sido nomeado 1.º prefeito de Policia da Capital, de cujo
cargo se exonerou, em 1917, em virtude de mudança de Govêr-
no, abrindo escritório de advogado em Belém, onde, em 1518,
desempenhou, interinamente, o cargo de procurador seccional