Caderno de Jurisprudencia
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JULGADOS RELEVANTES
TURMA 3 - SEMANA 01
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIAS
SEMANA 01
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O PLANO PERFEITO PF E PRF
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIAS
SEMANA 01/21
O presente material de apoio deve ser lido aos sábados. A ideia é que, por meio da leitura
recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de dúvida sobre o
teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e estude o
informativo na íntegra.
Sumário
Sumário ......................................................................................................................................... 3
SEMANA 01 ................................................................................................................................... 5
DIREITO PENAL .............................................................................................................................. 5
CRIME CONTRA A PESSOA ............................................................................................................. 5
Homicídio (Art. 121) ..................................................................................................................... 5
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ................................................................................................. 8
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DIREITO PENAL
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Há NULIDADE no quesito que não questiona os jurados sobre a ciência dos mandantes do
crime em relação ao modus operandi pelos executores diretos - emboscada -, já que as
qualificadoras objetivas do homicídio só se comunicam entre os coautores desde que
tenham ciência do fato que qualifica o crime.
STJ. REsp 1.973.397-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 06/09/2022. (Info 748).
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STJ. 6ª Turma. EDcl no REsp 1848841/MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 2/2/2021.
OBS.: É possível haver homicídio qualificado praticado com dolo eventual?
• No caso das qualificadoras do motivo FÚTIL e/ou TORPE (art. 121, § 2º, I e II, do CP): SIM.
Não há dúvidas quanto a isso. Trata-se da posição do STJ e do STF. O fato de o réu ter
assumido o risco de produzir o resultado morte (dolo eventual), não exclui a possibilidade
de o crime ter sido praticado por motivo fútil, uma vez que o dolo do agente, direto ou
indireto, não se confunde com o motivo que ensejou a conduta.
STJ. 6ª Turma. REsp 1601276/RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/06/2017.
STJ. 5ª Turma. REsp 1836556-PR, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 15/06/2021 (Info 701)
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. REsp 1829601-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 04/02/2020. (Info 665) e STJ. 5ª Turma. AgRg
no REsp 1573829/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 09/04/2019.
⚠ DIVERGÊNCIA:
A causa de aumento do repouso noturno se coaduna com o furto qualificado quando
compatível com a situação fática.
STF. 1ª Turma. HC 180966 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 04/05/2020.
STJ. REsp 1.890.981-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 25/05/2022 (Tema 1087).
(Info 738).
Mesmo sentido: REsp 1.979.989-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/06/2022. (Tema
1144) – Info 742.
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Em regra, é necessária perícia para comprovar a escalada no caso de furto qualificado (art.
155, § 4º, II, do CP). Excepcionalmente, a prova pericial será prescindível (dispensável) se
houver nos autos elementos aptos a comprovar a escalada de forma inconteste.
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1895487-DF, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 26/04/2022 (Info 735).
d) Teoria objetivo-material: Atos executórias são aqueles que iniciam a realização do núcleo
do tipo penal e também os imediatamente anteriores, de acordo com a visão de um terceiro
observador.
e) Teoria objetivo-individual: A tentativa começa com a atividade do autor que, segundo o
seu plano concretamente delitivo, se aproxima da realização. A origem dessa teoria remonta
a Hans Welzel.
⇾ Em que momento se consuma o crime de roubo?
Existem quatro teorias sobre o tema:
1ª) Contrectacio: segundo esta teoria, a consumação se dá pelo simples contato entre o
agente e a coisa alheia. Se tocou, já consumou.
2ª) Apprehensio (amotio): a consumação ocorre no momento em que a coisa subtraída passa
para o poder do agente, ainda que por breve espaço de tempo, mesmo que o sujeito seja logo
perseguido pela polícia ou pela vítima. Quando se diz que a coisa passou para o poder do
agente, isso significa que houve a inversão da posse. Por isso, ela é também conhecida como
teoria da inversão da posse. Vale ressaltar que, para esta corrente, o crime se consuma
mesmo que o agente não fique com a posse mansa e pacífica. A coisa é retirada da esfera de
disponibilidade da vítima (inversão da posse), mas não é necessário que saia da esfera de
vigilância da vítima (não se exige que o agente tenha posse desvigiada do bem).
3ª) Ablatio: a consumação ocorre quando a coisa, além de apreendida, é transportada de um
lugar para outro.
4ª) Ilatio: a consumação só ocorre quando a coisa é levada ao local desejado pelo ladrão para
tê-la a salvo.
• Súmula nº 582, STJ. Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida
à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse
mansa e pacífica ou desvigiada.
STJ. 5ª Turma. AREsp 974.254-TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 21/09/2021 (Info 711).
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