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Aula 00 - Lei Nº 11.516 (2007)

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André Rocha

Aula 00 (Somente PDF)

Sumário

Lei nº 11.516/07 ......................................................................................................................................... 3

Considerações Finais ............................................................................................................................... 16

ICMBio (Analista Ambiental) Povos e Comunidades Tradicionais e Conservação (Itens 5; 6; 7; 8; 9 e 11) Somente em PDF
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A AULA


Olá, Estrategista!

Na aula de hoje, estudaremos a Lei nº 11.516/07, que cria o ICMBio. Trata-se de uma aula curtíssima,
mas importante!

Forte abraço e uma ótima aula!

Vem comigo!

Prof. André Rocha

Instagram: @profandrerocha

E-mail: andrerochaprof@gmail.com

Telegram: t.me/meioambienteparaconcursos

Canal do Youtube: Eu Aprovado

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LEI Nº 11.516/07
Pessoal, a Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, é a lei de criação do nosso querido Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)!

Guarde o seguinte: o ICMBio é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito
público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente!

E qual a finalidade do ICMBio? Por que ele foi criado?

Bem, o ICMBio veio para ser responsável pela gestão das unidades de conservação federais, ou seja,
de responsabilidade da União. Segundo o art. 2º da lei, ele possui as seguintes finalidades:

1) executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às


atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento
das unidades de conservação instituídas pela União;

2) executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao
extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela
União;

3) fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da


biodiversidade e de educação ambiental;

4) exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela
União; e

5) promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas


recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam
permitidas.

Antes de criação do ICMBio, era o próprio IBAMA que desempenhava essas funções. Então, o
patrimônio, os recursos orçamentários, extraorçamentários e financeiros, o pessoal, os cargos e funções
vinculados ao IBAMA, relacionados a essas finalidades mencionadas acima, foram transferidos para o
ICMBio.

Entretanto, particularmente em relação ao exercício do poder de polícia ambiental para a proteção


das unidades de conservação instituídas pela União, saiba que ele não exclui o exercício supletivo do poder
de polícia ambiental pelo IBAMA! Ou seja, em caso de omissão ou necessidade do ICMBio, o IBAMA pode
sim desempenhar a função de fiscalização e poder de polícia relacionadas às UCs! Lembre-se, inclusive, que
a própria Lei nº 9.985/00 define o IBAMA como órgão executor de caráter supletivo do SNUC (art. 6º, III).

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(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Julgue os itens de 41 a 44, com base na Lei n.º 11.516/2007 e no Decreto
n.º 7.515/2011
Caso o governo de um estado da Federação crie unidades de conservação, caberá ao ICMBio exercer o poder de
polícia ambiental nessas unidades.
Comentários:
A competência do ICMBio é exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de
conservação instituídas pela União, não das UCs estaduais.
Portanto, questão errada.

Além dessas finalidades definidas pela própria Lei nº 11.516/07, o art. 2º do novo Regimento Interno
do ICMBio, aprovado pela recente Portaria MMA/ICMBIO nº 582/2021, também traz algumas
competências da entidade, detalhando mais e apresentando outros aspectos relevantes.

Vamos fazer a leitura literal desse dispositivo, com foco nos termos destacados, e depois teceremos
alguns comentários:

Art. 2º Compete ao Instituto Chico Mendes, ressalvadas as competências dos órgãos e das
entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e observadas as
diretrizes estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente, desenvolver as seguintes atribuições em
âmbito federal:

I - propor e editar normas e padrões de gestão, de conservação, de uso sustentável e de proteção


da biodiversidade e do patrimônio espeleológico, no âmbito das unidades de conservação
federais;

II - fiscalizar e aplicar penalidades administrativas ambientais pelo descumprimento da


legislação no que diz respeito à proteção das unidades de conservação federais e das suas zonas de
amortecimento;

III - propor ao Ministério do Meio Ambiente a criação ou a alteração de unidades de conservação


federais;

IV - realizar a gestão das unidades de conservação federais no âmbito do Sistema Nacional de


Unidades de Conservação - SNUC;

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V - promover a regularização fundiária, os ajustes e as adequações necessárias à consolidação


territorial das unidades de conservação federais;

VI - disseminar informações e conhecimentos e executar programas de educação ambiental, no


âmbito de suas competências, relativos à gestão de unidades de conservação federais e à
conservação de espécies e ecossistemas ameaçados;

VII - promover, direta ou indiretamente, o uso econômico dos recursos naturais nas unidades de
conservação federais, obedecidas as exigências legais e de sustentabilidade do meio ambiente,
referente a:

a) uso público, ecoturismo, exploração comercial de imagem e outros serviços e produtos similares;
e,

b) produtos e subprodutos da biodiversidade e serviços ambientais.

VIII - promover, executar e autorizar a recuperação e a restauração das áreas degradadas em


unidades de conservação federais;

IX - promover o uso sustentável dos recursos naturais renováveis e o apoio ao extrativismo e às


populações tradicionais nas unidades de conservação federais de uso sustentável;

X - promover a visitação pública destinada à recreação, à interpretação ambiental e ao ecoturismo


em unidades de conservação federais;

XI - aplicar, no âmbito de suas competências, normas e acordos internacionais relativos às


unidades de conservação federais e à conservação da biodiversidade;

XII - fomentar, coordenar e executar programas de pesquisa científica aplicada à gestão e ao


desenvolvimento sustentável nas unidades de conservação federais e à conservação da
biodiversidade;

XIII - autorizar o órgão ambiental competente a conceder licenciamento de atividades de


significativo impacto ambiental que afetem unidades de conservação sob sua administração e em
suas zonas de amortecimento, nos termos do disposto no § 3º do art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de
julho de 2000;

XIV - autorizar a inclusão de unidades de conservação federais de uso sustentável no Plano Anual
de Outorga Florestal - PAOF, de que trata o art. 10 da Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006;

XV - executar a proteção, o monitoramento, a prevenção e o controle de desmatamentos,


incêndios e outras formas de degradação de ecossistemas nas unidades de conservação federais e
nas suas zonas de amortecimento;

XVI - autorizar a realização de pesquisa e coleta de material biótico e abiótico nas unidades de
conservação federais para fins científicos;

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XVII - autorizar a captura, a coleta, o transporte, a reintrodução e a destinação de material


biológico nas unidades de conservação federais, com finalidade didática ou científica;

XVIII - autorizar a realização de pesquisa em cavidades naturais subterrâneas, incluída a coleta


de material biótico e abiótico;

XIX - autorizar a reintrodução de espécies nas unidades de conservação federais ou nas suas
zonas de amortecimento;

XX - executar medidas para a prevenção de introdução e para o controle ou a erradicação de


espécies exóticas, invasoras, em unidades de conservação federais e em suas zonas de
amortecimento;

XXI - elaborar o diagnóstico científico do estado de conservação da biodiversidade brasileira e


propor a atualização das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção;

XXII - promover e executar ações para a conservação da biodiversidade;

XXIII - elaborar, aprovar e implementar planos de ação nacionais para a conservação e o manejo
das espécies ameaçadas de extinção no País;

XXIV - identificar e definir áreas de concentração de espécies ameaçadas;

XXV - definir, em comum acordo com o empreendedor, formas de compensação por impactos
negativos irreversíveis em cavidades naturais subterrâneas, nos termos do disposto no § 3º do art.
4º do Decreto nº 99.556, de 1º de outubro de 1990;

XXVI - atuar como Autoridade Científica da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies
da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - Cites;

XXVI - desenvolver programa de monitoramento da biodiversidade para subsidiar a definição e a


implementação de ações de adaptação às mudanças climáticas nas unidades de conservação
federais e a análise da efetividade;

XXVIII - auxiliar na implementação do Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente -


SINIMA;

XXIX - elaborar o relatório de gestão das unidades de conservação federais; e,

XXX - auxiliar na implementação de Cadastro Nacional de Unidades de Conservação.

Agora, alguns comentários pertinentes:

1) O ICMBio atua e gere as unidades de conservação federais, havendo órgãos estaduais e municipais
que compõem o SNUC para atuar e gerir as unidades de conservação de suas respectivas esferas;

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2) O ICMBio não cria ou altera unidades de conservação federais, ele apenas propõe ao MMA essa
criação ou alteração. Lembre-se que a criação de UCs carece de ato do poder público (lei ou decreto), nos
termos do art. 22 da Lei nº 9.985/00;

3) Em relação ao inciso, XIII, lembre-se que o art. 36 da Lei nº 9.985/00 é aquele que prevê a
compensação SNUC, ou seja, a necessidade de o empreendedor de obras ou atividades com potencial
significativo impacto ambiental apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do grupo
de proteção integral. O § 3º desse dispositivo prevê que, quando o empreendimento afetar unidade de
conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento do empreendimento sujeito à
compensação só pode ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração,
e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao grupo de proteção integral, deverá ser uma das
beneficiárias da compensação. Nesse caso, o órgão responsável pela administração seria o ICMBio, daí a
competência deste em autorizar o órgão ambiental a conceder o licenciamento, prevista no inciso XII
supracitado;

4) Em relação ao inciso XIV, lembre-se que, para que uma determinada unidade de manejo de uma
floresta possa ser elegível para fins de concessão, elas devem estar previstas no chamado Plano Anual de
Outorga Florestal (PAOF). Trata-se, portanto, de um documento proposto pelo órgão gestor e definido
pelo poder concedente que contém a descrição de todas as florestas públicas a serem submetidas a
processos de concessão no ano em que vigorar;

5) Em relação aos incisos XVIII e XXV e, o Decreto nº 99.556/90 dispõe sobre a proteção das cavidades
naturais subterrâneas existentes no Brasil. Segundo o próprio Decreto, a cavidade natural subterrânea
classificada com grau de relevância alto, médio ou baixo pode ser objeto de impactos negativos
irreversíveis, mediante licenciamento ambiental. Nesse caso, o art. 4º prevê que o de empreendimento que
ocasione impacto negativo irreversível em cavidade natural subterrânea com grau de relevância alto deve
estar sujeito, como condição para o licenciamento ambiental, a medidas e ações para assegurar a
preservação, em caráter permanente, de duas cavidades naturais subterrâneas, com o mesmo grau de
relevância, de mesma litologia e com atributos similares à que sofreu o impacto, as quais são consideradas
cavidades testemunho. Então, se não houver, na área do empreendimento, outras cavidades
representativas que possam ser preservadas sob a forma de cavidades testemunho, o ICMBio pode definir,
de comum acordo com o empreendedor, outras formas de compensação.

(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Com relação à Lei n.º 11.516/2007, que criou o ICMBio, julgue o próximo
item.
O exercício do poder de polícia ambiental para a proteção das UCs federal é de competência do ICMBio, não
excluída a ação supletiva do IBAMA
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Comentários:
Particularmente em relação ao exercício do poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de
conservação instituídas pela União, saiba que ele não exclui o exercício supletivo do poder de polícia
ambiental pelo IBAMA! Ou seja, em caso de omissão ou necessidade do ICMBio, o IBAMA pode sim
desempenhar a função de fiscalização e poder de polícia relacionadas às UCs! Lembre-se, inclusive, que a
própria Lei nº 9.985/00 define o IBAMA como órgão executor de caráter supletivo do SNUC (art. 6º, III).
Portanto, a questão está correta.

Em termos de estrutura, o ICMBio é administrado por 1 Presidente e 4 Diretores. Cuidado com


alternativas que digam que o presidente do ICMBio é o Ministro do Meio Ambiente, por exemplo. A
autarquia, embora vinculada ministerialmente ao MMA, possui autonomia administrativa e financeira, o
que passa necessariamente por uma gestão e uma presidência e diretoria próprias!

==3a9c63==

O ICMBio é administrado por 1 Presidente e 4 Diretores!

Outro aspecto que já foi tema de prova diz respeito ao art. 13 da Lei nº 11.516/07, que assevera que a
responsabilidade técnica, administrativa e judicial sobre o conteúdo de parecer técnico conclusivo visando
à emissão de licença ambiental prévia por parte do IBAMA deve ser exclusiva de órgão colegiado do
referido Instituto.

Esse artigo foi introduzido como emenda ao projeto de lei originou a Lei nº 11.516/07 por
demanda de alguns setores, sobretudo o elétrico.

Isso porque, antes desse dispositivo, os analistas do IBAMA que assinavam os pareceres
finais do processo de licenciamento podiam responder e ser responsabilizados técnica,
administrativa e judicialmente em caso de danos ambientais decorrentes do
empreendimento licenciado.

Assim, alguns setores, como o elétrico, afirmavam que tais técnicos, por precaução,
assumiam uma posição muito conservadora no momento de assinar seus pareceres, ainda

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mais considerando que os analistas não podem contar com a defesa dos advogados da
autarquia, nem da Advocacia-Geral da União (AGU).

Desse modo, esse art. 13 “transfere” a responsabilidade dos técnicos para a diretoria do
IBAMA (órgão colegiado), que possuem a garantia de defesa do governo.

(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Julgue o item a seguir, com base na Lei n.º 11.516/2007 e no Decreto n.º
7.515/2011.
Considere que determinada empresa tenha solicitado ao IBAMA a concessão de licença ambiental para
realização de certo empreendimento. Nessa situação, em caso de problemas legais com a concessão, a
responsabilidade judicial sobre o conteúdo do parecer técnico conclusivo visando à emissão da referida licença
é do agente público que a concedeu.
Comentários:
Lembre-se do art. 13 da Lei nº 11.516/07! A responsabilidade técnica, administrativa e judicial sobre o
conteúdo de parecer técnico conclusivo visando à emissão de licença ambiental prévia por parte do IBAMA
deve ser exclusiva de órgão colegiado do referido Instituto.
Portanto, não será do agente público. Questão errada.

Para finalizar, vejamos o que dispõem os arts. 14-A, 14-B e 14-C, introduzidos em 2018 na Lei nº
11.516/07, por meio da Lei nº 13.668/18.

O art. 14-A autoriza1 o ICMBio a selecionar instituição financeira oficial, com dispensa de licitação,
para criar e administrar fundo privado a ser integralizado com recursos oriundos da compensação
ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/00 (compensação SNUC), destinados às unidades de
conservação instituídas pela União.

1
Essa autorização estende-se aos órgãos executores do SNUC.
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Nesse contexto, essa instituição financeira oficial deve ficar responsável pela execução, direta ou
indireta, e pela gestão centralizada dos recursos de compensação ambiental destinados às unidades de
conservação instituídas pela União e pode, para a execução indireta, firmar contrato com instituições
financeiras oficiais regionais.

Essa instituição financeira oficial também fica autorizada a promover as desapropriações dos imóveis
privados indicados pelo ICMBio que estejam inseridos na unidade de conservação destinatária dos recursos
de compensação ambiental.

Já o art. 14-B prevê que os valores devidos a título de compensação ambiental SNUC devem
atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), a partir da data de
fixação da compensação ambiental pelo órgão licenciador.

Por sua vez, a art. 14-C determina que podem ser concedidos serviços, áreas ou instalações de
unidades de conservação federais para a exploração de atividades de visitação voltadas à educação
ambiental, à preservação e conservação do meio ambiente, ao turismo ecológico, à interpretação
ambiental e à recreação em contato com a natureza, precedidos ou não da execução de obras de
infraestrutura, mediante procedimento licitatório regido pela Lei nº 8.987/952.

Nesse caso, o edital da licitação pode prever o custeio pelo contratado de ações e serviços de apoio
à conservação, à proteção e à gestão da unidade de conservação, além do fornecimento de número
predefinido de gratuidades ao ICMBio e de encargos acessórios, desde que os custos decorrentes dos
encargos previstos no edital sejam considerados nos estudos elaborados para aferir a viabilidade econômica
do modelo de uso público pretendido.

Essas gratuidades definidas em edital devem ser utilizadas com o objetivo de promover a
universalização do acesso às unidades de conservação, incentivar a educação ambiental e integrar as
populações locais à unidade de conservação.

A despeito da previsão desse processo licitatório, prevê-se a dispensa do chamamento público para
celebração de parcerias, nos termos da Lei nº 13.019/14, com associações representativas das populações
tradicionais beneficiárias de unidades de conservação para a exploração de atividades relacionadas ao uso
público, cujos recursos auferidos devem ter sua repartição definida no instrumento de parceria.

2
O ato autorizativo exarado pelo órgão gestor da unidade de conservação para a instalação e operação das atividades
mencionadas dispensa, com a anuência do IBAMA, outras licenças e autorizações relacionadas ao controle ambiental a cargo de
outros órgãos integrantes do SISNAMA, exceto quando os impactos ambientais decorrentes dessas atividades forem considerados
significativos ou ultrapassarem os limites territoriais da zona de amortecimento.
10

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(IBADE/PREFEITURA DE SERINGUEIRAS-RO – 2019) A Lei Federal de nº 11.516/2007, dispõe sobre a


criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, dentre
outras medidas. A respeito desta lei, é possível afirmar que:
a) o instituto tem como umas finalidades, exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades
de conservação instituídas pela União.
b) fomentar e educação ambiental não faz parte do objetivo desta lei.
c) exclui o exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
d) Altera a CONAMA 357 de 2005.
e) não tem por finalidade promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades
envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde
estas atividades sejam permitidas.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, pois de fato trouxe uma das competências do ICMBio
prevista no art. 1º.
A alternativa B está errada, visto que uma das funções do ICMBio é fomentar e executar programas de
pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental.
A alternativa C está errada, considerando que o exercício do poder de polícia ambiental do ICMBio não
exclui o exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo IBAMA.
A alternativa D está errada, a banca simplesmente inventou isso.
A alternativa E está errada, uma vez que essa promoção e execução mencionada pela alternativa é sim
prevista como uma das competências do ICMBio (art. 1º).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CONTEMAX/PREFEITURA DE CONCEIÇÃO-PB – 2019) O Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade – ICMBio tem por missão proteger o patrimônio natural e promover o desenvolvimento
socioambiental. Em 2018 completou 11 anos de atividades, a comemoração do seu aniversário reuniu
o Ministro do Meio Ambiente, servidores, colaboradores e parceiros governamentais e não
governamentais, apesar de ser uma instituição jovem já possui o reconhecimento da sociedade. É
CORRETO afirmar que a data em que se comemora o aniversário do mencionado Instituto é:
a) 16 de março
b) 22 de maio
c) 05 de junho
11

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d) 17 de julho
e) 28 de agosto
Comentários:
Questão maldosa! Cobra a data de criação do ICMBio, que é a data de publicação da Lei nº 11.516/07, isto é,
28 de agosto de 2007.
Assim, a alternativa E está correta e é o nosso gabarito.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(ITAME/PREFEITURA MUNICIPAL DE JOVIÂNIA-GO – 2019) Marque a alternativa que corresponde a
Instituição autorizada a selecionar instituição financeira oficial, dispensada a licitação, para criar e
administrar fundo privado a ser integralizado com recursos oriundos da compensação ambiental:
a) Instituto Chico Mendes.
b) IBGE.
c) EMBRAPA.
d) BANCO DA AMAZÔNIA.
Comentários:
Conforme vimos, o art. 14-A da Lei nº 11.516/07 autoriza o ICMBio a selecionar instituição financeira oficial,
com dispensa de licitação, para criar e administrar fundo privado a ser integralizado com recursos oriundos
da compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/00 (compensação SNUC), destinados às
unidades de conservação instituídas pela União.
Logo, a alternativa A está correta e é o nosso gabarito.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(PREFEITURA MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAÇU-PR – 2015) A sigla ICMBio, significa:
a) Imposto sobre a Circulação de Mercadoria Biológica.
b) Índice de Causa Mortis e Biopsias.
c) Imposto de Cessão de Materiais da Biodiversidade.
d) Instituto Central de Metas da Biosfera.
e) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Comentários:
Questão basilar! ICMBio é o nosso querido Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, sendo
a alternativa E o nosso gabarito.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Julgue os próximos itens, com base nas disposições da Lei n.º 11.516/2007
e do Decreto n.º 7.515/2011.
Considere que a União tenha criado uma unidade de conservação de uso sustentável em um estado da
Federação e que outro estado tenha criado em seu território o mesmo tipo de unidade. Nessa situação, caberá
ao ICMBio executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais em ambas as áreas.
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Comentários:
Lembre-se que o ICMBio deve executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza,
referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e
monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União.
Ou seja, se a outra UC foi instituída pelo estado, é o órgão gestor estadual que ficará responsável, não o
ICMBio.
Portanto, a questão está errada.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Julgue os próximos itens, com base nas disposições da Lei n.º 11.516/2007
e do Decreto n.º 7.515/2011.
Depois da criação do ICMBio, com finalidade específica de exercer o poder de polícia ambiental para a proteção
das unidades de conservação instituídas pela União, retirou-se do IBAMA a prerrogativa de exercer esse poder.
Comentários:
Particularmente em relação ao exercício do poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de
conservação instituídas pela União, saiba que ele não exclui o exercício supletivo do poder de polícia
ambiental pelo IBAMA! Ou seja, em caso de omissão ou necessidade do ICMBio, o IBAMA pode sim
desempenhar a função de fiscalização e poder de polícia relacionadas às UCs! Lembre-se, inclusive, que a
própria Lei nº 9.985/00 define o IBAMA como órgão executor de caráter supletivo do SNUC (art. 6º, III).
Logo, a questão está errada.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Uma reserva de desenvolvimento sustentável federal na Amazônia Legal,
de expressiva diversidade biológica, é habitada por famílias de pequenos produtores rurais, algumas
em situação de extrema pobreza, e outras com padrão financeiro mais elevado.
Tendo a situação acima como referência, julgue os itens que se seguem, com base nas normas
aplicáveis.

É competência do ICMBio a execução de políticas que coordenam a preservação ambiental e os direitos das
populações que habitam no local.
Comentários:
A questão está correta. Uma das competências do ICMBio é executar as políticas relativas ao uso
sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas
unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União; (Lei nº 11.516/07, art. 1º, III).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/ICMBIO – 2014) Uma reserva de desenvolvimento sustentável federal na Amazônia Legal,
de expressiva diversidade biológica, é habitada por famílias de pequenos produtores rurais, algumas
em situação de extrema pobreza, e outras com padrão financeiro mais elevado.
Tendo a situação acima como referência, julgue o item que segue, com base nas normas aplicáveis.

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O ICMBio tem competência para aplicar multas relacionadas a infrações administrativas que ocorrerem na
reserva de desenvolvimento sustentável e para licenciar atividades efetivas ou potencialmente poluidoras que
pretendam ser desenvolvidas na área.
Comentários:
Pessoal, cuidado! O ICMBio não órgão licenciador! O órgão que licencia no âmbito federal é o IBAMA. está
errada!
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(FUNDEP/PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO DAS NEVES-MG – 2014) São atribuições do Instituto
Chico Mendes, segundo a Lei n. 11.516 (que dispõe sobre a criação do Instituto), EXCETO:
a) exercer o poder de polícia ambiental.
b) executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições
federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades
de conservação instituídas pela União.
c) fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de
educação ambiental.
d) executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao
extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela
União.
Comentários:
Ao meu ver, a questão está mal feita. As alternativas B, C e D trazem a literalidade dos incisos I, III e II,
respectivamente, da Lei 11.516/07.
A alternativa A menciona apenas “exercer o poder de polícia ambiental”, quando a afirmação completa seria
“exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União”.
Ou seja, não é em qualquer lugar e contexto que o ICMBio exercerá o poder de polícia.
Entretanto, para mim, isso não torna a alternativa A incorreta, como a banca considerou.
Gabarito da banca: alternativa A.
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(FUNCEPE/PREFEITURA MUNICIPAL DE JIJOCA DE JERICOACOARA-CE – 2012) Quem administra o
Parque Nacional de Jericoacoara?
a) Instituto Francisco Alves.
b) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
c) IBAMA.
d) Prefeito de Jijoca de Jericoacoara.
e) Governador Cid Gomes.
Comentários:

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Mesmo que não se conhecesse o Parque Nacional de Jericoacoara, o nome já diz: é um parque nacional!
Sendo assim, das alternativas dadas, fica fácil concluir que o administrador é o ICMBio, sendo a alternativa
B o nosso gabarito.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pessoal, com isso terminamos a aula. Todas as questões anteriores foram abordadas ao longo da parte
teórica.

Qualquer dúvida, não hesite em me contatar, estou à disposição de vocês.

Um abraço e até a próxima!

Prof. André Rocha

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