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Personal Organizer

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PERSONAL ORGANIZER

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SUMÁRIO

3-Planejamento e o Uso Continuo dos Recursos Existentes em Bibliotecas

11-Bibliotecas Particulares

17-Administrando e Organizando a Biblioteca Particular

22-Papéis e Responsabilidades do Bibliotecário

26-Orientações para Organização e Implantação das Bibliotecas Escolares

29-A Organização de Bibliotecas

31-Noções Básicas de Como Organizar um Arquivo

36-Classificações de Arquivo

50- Referências Bibliográficas

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PLANEJAMENTO E O USO CONTINUO DOS RECURSOS EXISTENTES EM BIBLIOTECAS

Biblioteca é um espaço físico em que se guardam livros, dispostos ordenadamente para estudo e
consulta. A concepção de uma biblioteca particular nasce a partir da tríade formada pela
intimidade entre leitor e livro, o intelecto dispensado sobre as obras no processo de produção
científica e a cultura absorvida ou criada em torno delas. O aprendizado em Organização de
Bibliotecas Particulares é de fundamental importância para organizar um espaço físico em que se
guardam livros.

Biblioteca, na definição tradicional do termo, é um local em que são guardados livros, documentos
tridimensionais, e demais publicações para o público estudar, ler, e consultar tais obras. Desta
forma, os três objetivos das bibliotecas são:

 A guarda dos livros e demais publicações em local livre de perigo, onde não
sejam roubados, incendiados e demais perigos;
 A conservação, que não sejam estragados porque o público manuseia constantemente as
obras, ou porque os documentos ficam úmidos, quentes e ou em situações similares;
 A organização segundo algumas regras para catalogar e arquivar as obras impressas, com
intuito de que seja possível de se encontrarem de maneira imediata por meio de
classificações como autor, assunto, ou diferente caraterística de importância.

Os profissionais que lidam com esses objetivos são os bibliotecários, com formação
em biblioteconomia, curso ensinado em instituições de ensino superior. Para os visitantes, as
bibliotecas têm três finalidades básicas: estudar, ler e consultar as obras.

O público procurador comum das bibliotecas está buscando um estudo sobre um certo tema, de
simples leitura por diversão, ou de realização de pesquisa a respeito de alguns assuntos. Por
essa razão mesmo, há uma grande variedade de pessoas que visitam as bibliotecas quando se é
tratado de bibliotecas generalistas. Hoje em dia, as bibliotecas não são somente guardiãs
de livros, porém, da mesma forma, de dicionários, enciclopédias, monografias,
manuais, documentos tridimensionais, almanaques, atlas, jornais, revistas, mapas, cartazes, man
uscritos, filmes, discos, CDs, fitas, VHS, DVDs, BDs, ou bancos de dados (arquivos
em PDF ou DOC), fotografias, telas e microfilmes. Revistas e jornais são classificados como
material periódico, também são organizados e armazenados em uma seção da biblioteca
denominada hemeroteca - espaço próprio para este tipo de material informativo.

Porém, o velho conceito de "depósito de livros" foi redefinido para "ambiente físico ou virtual
destinado à coleção de informações com a finalidade de auxiliar pesquisas e trabalhos escolares
ou para praticar o hábito de leitura, material este seja impressos em folhas de papel ou ainda

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digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD,


fitas, VHS, DVD ou bancos de dados (arquivos em PDF ou DOC).

A disciplina que rege o funcionamento das bibliotecas é a Biblioteconomia, onde as Leis de


Ranganathan ou Cinco Leis da Biblioteconomia são os princípios fundamentais.

As Bibliotecas também são denominadas CDI (centros de documentação e informação). São


normativamente locais de silêncio para não interromper a leitura de terceiros.

A maior biblioteca do mundo é a do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, D.C., com
155 milhões de itens entre livros, manuscritos, jornais, revistas, mapas, vídeos e gravações de
áudio. É a biblioteca oficial de pesquisa do congresso norte-americano e foi criada em 1800,
quando a sede do governo federal foi transferida de Filadélfia para Washington. Seu prédio,
chamado Thomas Jefferson Building ("Edifício Thomas Jefferson"), foi aberto ao público em 1897.

Guardar o conhecimento, a cultura, a produção científica das Civilizações é uma tarefa difícil, pois
o nascimento e a decadência de impérios é uma constante da história. Nesse sentido os
mosteiros tiveram um papel fundamental: muito da cultura grega, romana, celta, nórdica e cristã
da Antiguidade e Medieval foi preservada pelo trabalho árduo e silencioso dos monges copistas.
Não por acaso, no século VIII d.C., já surgiam anexas aos mosteiros: grandes centros culturais,
as Escolas Monacais.

Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no
momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras bibliotecas que se tem
notícia são chamadas "minerais", pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila:
depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, constituídas de rolos de papiros e pergaminhos.
Essas são as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o
advento do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais
tarde, as de livro propriamente dito.

Até o momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a do rei Assurbanípal
(século VII a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes.
Mas nenhuma foi tão famosa como a biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil
manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua fama é atribuída,
além à grande quantidade de documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima.
Em outubro de 2002 o governo do Egito inaugurou a nova biblioteca Alexandria, desta vez um
complexo cultural com bibliotecas, museus, áreas para exposições, centros educacionais e um
centro para convenções internacionais. A nova biblioteca adotou modernos recursos de
tecnologia, além de ter capacidade para até 8 milhões de volumes e lugares para 3.500 leitores.

Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em
Gaza; a de Nínive, da Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à
de Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais
importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos.

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A partir do século XVI é que a biblioteca realmente se transforma, tendo como característica a
localização acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação e
especializada em diferentes áreas do conhecimento.

No Brasil, a biblioteca oficial é a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se
tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal, Dom
José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1808. Junto à Biblioteca Nacional, outra de
grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.

Biblioteca Escolar

A Biblioteca Escolar é uma instituição do sistema social que organiza materiais bibliográficos,
audiovisuais e outros meios e os coloca à disposição de uma comunidade educacional. Constitui
parte integral do sistema educativo e participa de seus objetivos, metas e fins. A biblioteca escolar
é um instrumento de desenvolvimento do currículo e permite o fomento da leitura e a formação de
uma atividade científica; constitui um elemento que forma o indivíduo para a aprendizagem
permanente, estimula a criatividade, a comunicação, facilita a recreação, apoia os docentes em
sua capacitação e lhes oferece a informação necessária para a tomada de decisões em aula.
Trabalha também com os pais de família e com outros agentes da comunidade.

A criação das primeiras bibliotecas escolares deu-se no Brasil Colonial com a chegada dos
jesuítas que se instalaram no país com o objetivo de catequizar os índios. Assim que os jesuítas
chegaram ao Brasil, tiveram como preocupação inicial pedir à Portugal documentos, que, na sua
maioria, constituíam-se de obras religiosas, para formar o acervo da biblioteca de seus colégios, o
acervo dessas bibliotecas era dirigido a catequese e ao aprimoramento dos religiosos. As obras
que constituíam os acervos gerenciados pela igreja eram fundamentalmente litúrgicas ou tendiam
a confirmar a interpretação dos fatos defendida por esta instituição. O acesso ao acervo era por
vezes dificultado, chegando-se a proibir muitas vezes o acesso a obras não recomendadas.

A administração de bibliotecas escolares se deve exclusivamente ao profissional Bibliotecário, ele


deve aplicar as funções básicas de toda biblioteca, ligadas a organização e recuperação da
informação, contemplando, no contexto especifico da escola, o conhecimento e necessidades de
informação dos alunos, professores e demais usuários da biblioteca escolar. O papel do
bibliotecário escolar varia de acordo com orçamentos, currículos e metodologias de ensino das
escolas, dentro do quadro legal e financeiro do país. Em contextos específicos, há áreas gerais
de conhecimento que são vitais se os bibliotecários escolares assumirem o desenvolvimento e a
operacionalização de serviços efetivos: gestão da biblioteca, dos recursos, da informação e
ensino.

As bibliotecas escolares são semelhantes às bibliotecas públicas, pois


contêm livros, filmes, sons gravados, periódicos e mídia digital. Esses itens não são apenas para

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a educação, diversão e entretenimento de todos os membros da comunidade escolar, mas


também para melhorar e expandir o currículo da escola.

Em janeiro de 1946 foram instituídas as Leis Orgânicas Federais do Ensino Primário e do Ensino
Normal. Ambas pertencem a um conjunto de leis baixadas de 1942 a 1946 que ficaram
conhecidas como Reforma Capanema. Com essas Reformas, toda a estrutura educacional
brasileira foi reorganizada na tentativa de estabelecer uma política nacional única para a
educação no país.

A biblioteca escolar também foi contemplada durante o período de reforma educacional que
envolveu as décadas de 1930 e 1940, como forma de impulsionar o processo de aprendizagem e
estimular o gosto pela leitura. Por sua vez, a década de 1950 pode ser considerada como o
marco para a criação das bibliotecas escolares no país.

A principal política de incentivo e criação de biblioteca escolar foi instituída com a promulgação da
Lei n. 12.244/2010 que Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino
do país, tendo como prazo máximo de dez anos para sua efetivação, competindo às instituições
de ensino desenvolver esforços progressivos pra o seu cumprimento. A publicação da Lei n.
12.244/2010, foi resultado de um esforço da classe bibliotecária que, há longo tempo, vem
denunciando a falta de bibliotecas nas escolas e a precariedade das poucas que existem,
situação comprovada por diversos estudos.

Os objetivos básicos da Biblioteca Escolar constituem-se em:

 Ampliar conhecimentos, visto ser uma fonte cultural;


 Colocar à disposição dos alunos um ambiente que favoreça a formação e desenvolvimento
de hábitos de leitura e pesquisa;
 Oferecer aos professores o material necessário à implementação de seus trabalhos e ao
enriquecimento de seus currículos escolares;
 Proporcionar aos professores e alunos condições de constante atualização de
conhecimento em todas as áreas do saber;
 Conscientizar os alunos de que a biblioteca é uma fonte segura e atualizada de
informações;
 Estimular nos alunos o hábito de freqüência a outras bibliotecas em busca de informações
e/ou lazer;
 Integrar-se com outras bibliotecas, proporcionando intercâmbios culturais, recreativos e de
informações.

A maioria das bibliotecas escolares não desenvolvem diretamente esses objetivos, visto que boa
parte das bibliotecas escolares são relacionadas a depósitos de livros e não um espaço de
ensino.

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As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros
costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a
depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas
públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informações que de alguma
forma sejam úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual, muitas bibliotecas
buscam oferecer infra-estrutura para inclusão digital.

As bibliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de ensino privadas, fundações,
instituições de pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas permitem acesso a sua
coleção, permitindo a pesquisadores, estudantes ou interessados o acesso as informações
armazenadas em suas dependências.

As bibliotecas especializadas oferecem coleções de informações sobre determinado tema, tais


como medicina, matemática, cinema ou outros.

As bibliotecas comunitárias geralmente situam-se em áreas residenciais e em bairros da periferia,


recebendo pouco ou nenhum apoio governamental. Ela sobrevive por meio de doações de
pessoas ou instituições privadas.

Normalmente, as coleções de livros nas bibliotecas são classificadas, de modo a facilitar a


localização e consulta por parte dos usuários. A classificação pode obedecer diversos critérios,
sendo mais comum a classificação por assuntos, e dentro do mesmo assunto, por nome
do autor (alfabeticamente).

Ao longo da história, é possível classificar a evolução das bibliotecas do seguinte modo:

Bibliotecas da antiguidade

As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos
e palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os
sacerdotes sabiam ler. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos
de papiro ou pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.

Bibliotecas comunitárias

O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos anos, no Brasil, inclusive com um
sistema informal de empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse sistema, o próprio
interessado escolhe seu livro, anota seu nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando

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puder. É uma maneira inclusive de exercitar a cidadania e o senso de responsabilidade de cada


um.

Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (MG). No município, a ONG Sebo cultural
organizou algumas bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia…), locais de
acesso ininterrupto aos interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica numa sala sem
portas, facilitando assim o acesso irrestrito não só dos munícipes, mas também de viajantes que
usam o terminal.

Bibliotecas monacais ou monásticas

Existem três tipos de bibliotecas monacais que são as bibliotecas dos mosteiros, das catedrais ou
capitulares, como por exemplo a da Catedral de Chartres e bibliotecas dos Doutores da Igreja,
como São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento e São Isidoro, bispo de Sevilha.

As mais célebres bibliotecas monásticas são a Biblioteca do Monte Athos, na Grécia, a Biblioteca
de Cassiodoro, escritor e estadista romano e a biblioteca de Monte Cassino.

Bibliotecas universitárias

O grande acontecimento medieval que , de uma certa forma, decide os destinos de toda a
civilização, e, por consequência, os destinos do livro, é a fundação das universidades.

Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal docente das universidades e outros


estabelecimentos de ensino. Correspondem à unidade de informação de uma Universidade, pelo
que as suas coleções devem refletir as matérias lecionadas nos cursos e áreas de investigação
da instituição. A documentação é sobretudo de caráter científico e técnico, que deve ser
permanentemente atualizada, através da aquisição frequente de um grande número de
publicações periódicas em suporte papel ou eletrônico.

A seleção da documentação é feita essencialmente pelos diretores de cada departamento da


Universidade e não tanto pelo bibliotecário.

Estas Instituições têm como objetivos principais:

Apoiar o ensino e a investigação; dar um tratamento técnico aprofundado aos documentos,


nomeadamente ao nível da indexação; e atualizar constantemente os fundos documentais.

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Bibliotecas Escolares

As Bibliotecas Escolares são instituições de ensino do sistema social que organizam materiais
bibliográficos, audiovisuais e outros meios e os colocam à disposição de uma comunidade
educacional. A biblioteca Escolar é um instrumento de desenvolvimento do currículo e permite o
fomento da leitura e a formação de uma atividade científica; constitui um elemento que forma o
indivíduo para a aprendizagem permanente, estimula a criatividade, a comunicação, facilita a
recreação, apoia os docentes em sua capacitação e lhes oferece a informação necessária para a
tomada de decisões em aula.

Bibliotecas particulares

As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A
mais importante biblioteca pública foi a Biblioteca de Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814).
Escritores e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a
universidades após a morte dos donos.

Bibliotecas infantis

Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente


para as crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde
tenra idade, familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas
horas de lazer. Visam despertar as crianças para os livros e a leitura, desenvolvendo a sua
capacidade de expressão, criatividade e imaginação. Podem conter também revistas em
quadrinhos e folhetos de cordel, tanto nas bibliotecas tradicionais, como em gibitecas e
cordeltecas.

Bibliotecas hospitalares

São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação com o Ministério da Saúde, que
visam a humanização da assistência aos doentes. O seu objetivo é fazer com que o período de
hospitalização não seja um fator de exclusão para os doentes, pois, veem-se afastados da
família, amigos e de sua casa. Também tornar a sua estadia mais lúdica, alegre, o menos
traumatizante possível, atenuar situações de angústia e sofrimento, melhorar as relações com a
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equipe hospitalar e contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os seus utilizadores
são todos quantos vão ao hospital, crianças e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos
aqueles que se encontrem imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos
transitórios ou livres de internamento, consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de
saúde, médicos, enfermeiros e voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os
doentes, pois, vão espalhando a leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.

Bibliotecas do século XXI

As bibliotecas sempre sobreviveram aos diferentes paradigmas tecnológicos, desde a invenção


da escrita, passando pela tipografia, até chegar ao atual contexto tecnológico em que coexistem
as bibliotecas tradicionais e as modernas. Hoje as bibliotecas são híbridas, isto é, com espaços,
serviços e coleções simultaneamente físicos e virtuais, em que as novas tecnologias de
informação e comunicação passam a ser a base do serviço e da inter-relação com o utilizador;
passando a oferecer ao cidadão um conjunto de informações que as novas tecnologias tornam
disponível, mas já de forma tratada e selecionada, possibilitando uma maior rapidez de acesso
à informação.

A administração da biblioteca é feita por um profissional com formação superior


em Biblioteconomia. Este é chamado de bibliotecário ou bibliotecária. Capaz de gerenciar todo
espaço ao qual a biblioteca se encontra, esse profissional é o responsável direto pelo acervo,
classificação de assuntos, processamento técnico e, manutenção e supervisão da biblioteca. O
bibliotecário tem a formação adequada para organizar e coordenar um grupo de organizadores de
documentos ou técnicos auxiliares em organização da informação.

As boas práticas dizem que qualquer biblioteca, sem deixar de se empenhar na conservação dos
documentos do passado, deverá dotar-se continuamente de documentos do presente.

Dentro deste preceito, a aquisição de novos documentos deve ser realizada de maneira
organizada, e para isso segue uma política de compra de livros. A seleção faz-se tendo em conta
o fundo documental existente da Biblioteca, a fim de completar, e ainda de acordo com as
necessidades relativas à atualização das coleções existentes. A bibliografia deve ser selecionada
seguindo critérios de qualidade e valor, levando em conta a necessidade de quem a utiliza.

Para se proceder à aquisição de bibliografia há que conhecer o mercado editorial e estar atento
as novidades editoriais. Para se manter informado o responsável pelo serviço de aquisições
dispõe de vários recursos: bibliografias, catálogos editoriais e de livrarias ou também de
informações e críticas publicadas em periódicos.

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Antes de mais a Biblioteca conta com o apoio e orientação do Professor (a) Bibliotecário (a) e dos
vários professores dos diferentes Departamentos que, ao iniciarem um novo ano letivo, fazem o
levantamento da bibliografia necessária para o novo ano letivo e enviam a respectiva informação
para a Biblioteca, para o responsável pelas aquisições verificar o que existe na Biblioteca e por
seguinte proceder à aquisição do material que está em falta. As "visitas" periódicas a Livrarias
que lançam as novidades também são importantes assim como ter em conta as sugestões dos
utilizadores.

BIBLIOTECAS PARTICULARES

A concepção de uma biblioteca particular nasce a partir da tríade formada pela intimidade entre
leitor e livro, o intelecto dispensado sobre as obras no processo de produção científica e a cultura
absorvida ou criada em torno delas. Seja uma coleção composta por 200 itens, seja um acervo de
2.000 documentos, esses elementos estarão presentes total ou parcialmente.

A biblioteca particular é um símbolo de distinção e o hábito de leitura, um hábito primordialmente


da cultura dominante e que, portanto, é valorizado e procura ser reproduzido por outras culturas.
Como referencial histórico, sigo com análise de inventários e pesquisas sobre hábitos de leitura,
por Roger Chartier, em um estudo sobre leituras e leitores na França do Antigo Regime, fazendo
distinções entre classe popular e classe dominante, o campo e cidade, analisando diferentes
formas de impresso, passando pelo estudo dos mobiliários da época, voltados ao
armazenamento dos livros, diferentes formas de apropriação do texto, até roupas próprias para
leitura.

Muitas semelhanças, e contrastes igualmente, entre as normas e convenções de leitura que


definem, para cada comunidade de leitores, os usos legítimos do livro, as maneiras de ler, os
instrumentos e procedimentos da interpretação. Semelhanças e contrastes, enfim, encontrados
entre os diversos interesses e expectativas com os quais os diferentes grupos de leitores
investem na prática da leitura.

Conhecer o mercado editorial e estar atento as novidades editoriais é fundamental.

O processo de aquisições pode ser descrito em seis etapas:

Pesquisa: Faz-se a solicitação de aquisição de nova bibliografia para a Biblioteca, o responsável


pelo serviço deve fazer a pesquisa na base de dados da Biblioteca para verificar se o documento

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já faz parte do fundo documental como também a pesquisa na base de dados das encomendas já
efetuadas, evitando assim a duplicação de bibliografia e desperdício de orçamento.

Verificação bibliográfica: Depois do procedimento em epígrafe, antes de se seguir à


encomenda do livro, o responsável pelo serviço, deve verificar se o documento está disponível.
Essa verificação ajuda a ter um custo provável do livro, a comparação de preços em várias
livrarias ou distribuidores, assim como uma data, mais ou menos definida, de entrega do mesmo.

Encomenda: O pedido de aquisição do livro deverá ser feito à livraria ou distribuidor, num modelo
pré-definido pelo serviço onde compreenda obrigatoriamente os seguintes dados bibliográficos:
autor, título, editor, local de edição, data e ISBN. O pedido poderá ser feito em papel, por fax ou
carta, ou por correio eletrônico.

Entrada do documento: Quando o documento dá entrada na Biblioteca, todos os elementos


bibliográficos têm que ser verificados minuciosamente (Verificar se existem documentos com o
mesmo título e mesmo editor, mas de autoria diferente, tornando assim esse documento
completamente distinto/diferente do outro). A fatura ou guia de remessa que acompanha o
documento ou documentos pretendidos deve ser devidamente verificada, tendo em atenção aos
descontos feitos e o total da fatura. Depois de certificada a fatura deve ser assinada e
despachada para os serviços de contabilidade e tesouraria, para se dar seguimento ao
pagamento.

Nos dias atuais, as bibliotecas vêm se adaptando ao processo de inovações tecnológicas


ocorridas com a evolução da humanidade, sendo que uma das principais características
da biblioteca do futuro, é que a mesma apresentará não mais o volume do seu acervo, e sim a
disponibilidade de poder disseminar informações com outras instituições através das novas
tecnologias informacionais. Apesar de ainda mostrar muito fôlego, os livros, que compõem a
maior parte dos acervos das bibliotecas físicas, provavelmente em um futuro próximo, serão
armazenados em multimídias, Internet e outros mecanismos de armazenamento de dados
eletrônicos.

A Lei n° 12.244 de 2010, sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, dispõe sobre a
universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país. Conforme o texto, "Biblioteca
Escolar " é definida como uma coleção de livros ou documentos registrados em diferentes tipos
de suportes que sejam destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.

De acordo com a lei, todas as escolas, sejam elas particulares ou públicas, deverão contar com
uma até o ano de 2020, além de serem obrigadas a fornecerem um título para cada aluno
matriculado. Também deverão ampliar seus acervos, divulgando orientações para uma boa
utilização dos mesmos.

Outra exigência desta lei estabelece que todas as bibliotecas sejam administradas por
profissionais da área, fato que torna a lei de suma importância para os bibliotecários.

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Os bibliotecários podem auxiliá-lo na identificação das fontes mais importantes para sua pesquisa
e na utilização dos recursos de busca para localizar os documentos mais relevantes. Assim, são
oferecidas, regularmente, capacitações sobre bases de dados específicas, selecionadas de
acordo com o perfil de cada comunidade. Os cursos exploram as características das diferentes
bases de dados, as estratégias de busca e as ferramentas de gerenciamento de referências.

Para livros, anais de eventos e demais documentos, os bibliotecários podem confeccionar a ficha
tendo em mãos uma versão preliminar do seu trabalho.

 Consulte a Biblioteca,
 Consulta ao acervo,
 Consulta local (Aberta à comunidade interna e aos visitantes).

Empréstimo, renovação e devolução

O usuário é responsável pelo material bibliográfico colocado a sua disposição, seja para consulta
local ou empréstimo domiciliar, devendo utilizá-lo com o devido cuidado a fim de preservar a sua
integridade. O usuário deverá conferir se o(s) item(ns) retirado(s), seja como consulta ou
empréstimo domiciliar, esta(ão) em perfeitas condições.

Obras que não são passíveis de empréstimo domiciliar

Obras de referências (enciclopédias, dicionários, etc.);

Obras que a Biblioteca possua um único exemplar e/ou que tenham sido colocadas como
exemplar exclusivo para consulta;

Obras raras e de coleções especiais;

Periódicos.

Quanto a devolução dos materiais emprestados deverá ser realizada diretamente no balcão de
atendimento da biblioteca, lembramos que:

Não serão considerados devolvidos os materiais deixados nas mesas, balcões e estantes da
biblioteca, ou seja, enquanto o sistema não processar a devolução do material, o usuário estará
em débito com a biblioteca.

É de responsabilidade do usuário o controle do prazo de devolução de seus empréstimos.

A não devolução do material emprestado pelo usuário, dentro do prazo estabelecido gerará multa
diária.

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Levantamento bibliográfico

O levantamento bibliográfico consiste em pesquisar a bibliografia existente sobre um determinado


assunto, seguindo os dados oferecidos pelo usuário, como palavras-chave, tipologia do material e
idioma. O usuário deve procurar o Serviço de Referência ter acesso a este serviço.

A biblioteca oferece a orientação no uso das normas da Associação Brasileira de Normas


Técnicas – ABNT referentes à padronização de trabalhos acadêmicos, referências bibliográficas e
citações.

Uma biblioteca particular é resultado da trajetória de uma pessoa: através dela pode-se penetrar,
conhecer e refletir sobre o mundo do colecionador. Muitas vezes, à primeira vista, a organização
de uma biblioteca particular parece uma desordenada acumulação de livros sem sentido,
entretanto precisa ser considerada e tratada como reflexo da biografia de seu colecionador. O
acervo, ou coleção, tem seu próprio discurso, podendo mostrar a visão do mundo, interesses e
valores de seu colecionador.

“Biblioteca particular não é apenas um acúmulo casual de livros, é uma possibilidade de leitura
que acompanha toda uma vida afetiva, intelectual e profissional de seu proprietário”.

(Freire -2013)

Coleção particular

Acervo documental, mais ou menos complexo, formando uma unidade orgânica, resultante de
atividade literária científica, cívica e cultural de um cidadão e composto pela respectiva obra
manuscrita ou equiparada e pelos conjuntos de documentos que lhe foram enviados ou que ele
recolheu. Contextualizada no âmbito institucional, cada biblioteca é apresentada com destaque
para itens de seu acervo que retratam momentos da biografia do colecionador.

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Inclui, além de autógrafos datiloscritos, tiposcritos, etc., cartas, documentos biográficos, coleções,
etc. – espólio. - coleção de documentos organizada por uma pessoa para seu uso exclusivo ou
por uma empresa particular, para uso dos seus membros.

Coleção privada

Coleção de documentos organizada por uma pessoa para seu uso exclusivo ou por uma empresa
particular para uso dos seus membros; são também designadas coleções privadas aquelas que
pertencem a famílias, palácios, castelos, casas particulares, etc.

Biblioteca especial

Biblioteca composta por fundos materiais peculiares como mapas, discos, ex-libris, dispositivos,
etc.

Coleção especializada

Acervo ou setor que geralmente fica separado de acervo geral devido ao assunto ou ao formato
dos documentos. As obras raras e os multimeios se enquadram nesta categoria.

A biblioteca moderna, nascida na Renascença, trouxe também o bibliotecário como um


profissional reconhecido. Até meados do século XIX as bibliotecas empregavam eruditos e
escritores para esta função. Porém, devido à especialização do público e, conseqüentemente, do
acervo, sentiu-se necessidade de um profissional com formação especializada que pudesse
tratar tecnicamente os materiais existentes na biblioteca.

A especialização permanece até os dias de hoje, favorecida pela grande produção científica e
facilidade de sua divulgação. E o bibliotecário para acompanhar seus usuários, tende a se
aperfeiçoar constantemente e se ambientar com as várias possibilidades de recursos na sua
área.

Atualmente as bibliotecas contam com recursos tecnológicos que possibilitam ao profissional


comunicar-se com os usuários virtualmente; agilizar o processamento técnico; disponibilizar
documentos em formato eletrônico, podendo ser acessado por inúmeros usuários ao mesmo

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tempo em qualquer lugar do mundo; ou até mesmo criar uma biblioteca totalmente digital. Isto
ampliou as possibilidades da biblioteca e do bibliotecário, que deixa de estar estritamente ligado à
instituição biblioteca, já que as fontes de informação ultrapassam as suas paredes. Hoje, o
objetivo de uma biblioteca é disponibilizar informação. O meio em que é possível armazenar e
oferecer um maior número de informações é o meio eletrônico.

Se as bibliotecas refletem as sociedades em que estão inseridas, então elas são o produto das
relações sociais. Desta forma, o desenvolvimento da tecnologia trouxe transformações para a
biblioteca em vários aspectos, na relação com seu público, seus profissionais e seu acervo,
tornando-a bastante diferente da pomposa biblioteca antiga de Alexandria.

As mudanças ocorreram e continuarão ocorrendo, portanto, cabe aos bibliotecários reverem e


refletirem sobre as suas práticas, avaliando as atividades e os serviços de informação, quer seja
introduzindo novos elementos ou mantendo práticas tradicionais que servem para atender as
necessidades dos seus usuários.

No mundo contemporâneo, com a introdução das tecnologias de informação e comunicação as


bibliotecas passaram a ter os seus serviços automatizados, serviços de referência à distância,
obras digitalizadas, acesso a catálogos, à bases de dados on line, serviço de comutação com
outras bibliotecas, etc.

Os novos recursos da informática fizeram dessa biblioteca um lugar diferente daquele local
percebido como depósito de livros no passado. Mesmo com tais mudanças, o nome biblioteca e
bibliotecário permanecem. No presente criaram-se novas denominações para a atual biblioteca
como unidade de informação e para os bibliotecários, profissionais da informação, porém esses
novos termos são mais usados em meio acadêmico e não pelos usuários em geral.

Prateleiras e nichos são essenciais para organizar as obras, que merecem organização para
encontrar todos os títulos facilmente.

A disposição dos livros fica a seu critério: ordenar por autor, título, tempo de leitura, cores ou
tamanho, o importante é que a beleza do ambiente seja realçada com um projeto moderno e
autêntico.

As bibliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de ensino privadas, fundações,
instituições de pesquisa ou grandes colecionadores.

Biblioteca é um espaço físico em que se guardam livros, dispostos ordenadamente para estudo e
consulta. É a coleção de livro.
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ADMINISTRANDO E ORGANIZANDO A BIBLIOTECA PARTICULAR

Para uma eficaz administração e organização de espaços físicos para transformar-los em


Bibliotecas orientamos:

Onde organizar os livros

Os livros podem ser organizados em estantes, prateleiras, armários. O móvel que os livros serão
organizados deve ser fabricado de material resistente, pois o peso dos livros pode fazer o móvel
ceder. Se for usar estante de aço opte pelos modelos reforçados. Se for usar móvel de madeira
escolha uma boa madeira para que não haja risco de infestação por cupim.

Como ordenar os livros

Os livros podem ser ordenados por assunto ou categorias, por exemplo: livros de literatura, livros
da faculdade, livros do trabalho, livros de inglês, livros de história;

Poderá reservar um local para os livros que ainda não leu, os livros que pretende doar, os livros
preferidos ou mais usados, os livros que precisam de reparos;

Dentro da categoria ou assunto você pode subdividir, como nos livros de literatura você pode
organizar os livros tanto por gênero literário como por autor depende da sua preferência.

Organizar os livros nas prateleiras

O ideal é que os livros fiquem dispostos na vertical, mas se não tiver como poderá colocar-los na
horizontal, lembrando de não empilhar muitos livros, para não deformar os debaixo, no caso de
livros muito grande o ideal é que fiquem guardados na vertical tomando o cuidado de empilhar no
máximo 5 livros;

As prateleiras não devem ficar 100% preenchidas, pois devemos deixar espaços para outros
livros que serão adquiridos.

Use bibliocanto no final dos livros para eles não tombarem. Bibliocanto é um objeto em formato
de L que fica no final da fileira de livros.

Identificação dos livros e das prateleiras


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Os livros podem ser identificados por cor, por número, por letras, por números e letra, pelo código
de classificação internacional.

As prateleiras também podem ser identificadas com o assunto dos livros.

Uso de planilha no Excel para cadastrar os livros

Crie uma planilha do Excel para cadastrar seus livros usando os seguintes campos: autor, título,
editora, ano, também pode acrescentar se o livro já foi lindo, se estar emprestado.

Software para cadastrar os livros ou planilha no Excel

Caso queira utilizar software para cadastrar seus livros, existem alguns gratuitos e livres com
impressões de etiquetas, cadastro de palavras - chave. Campo de empréstimo. Esses softwares
são muito utilizados em bibliotecas públicas e comunitárias. Segue alguns softwares: Biblivre,
Minibiblio, PHL.

Limpeza dos livros e das estantes

Pelo menos uma vez no mês faça uma inspeção no local de guarda dos livros, para verificar se
tem algum livro com mofo, se tem cupim no móvel, se tem traças, insetos.

Limpe as estantes e prateleiras com pano levemente úmido e só coloque os livros na prateleira
quando estiver totalmente seca, os livros podem ser limpos com um pano ou com pincel.

Como preservar os livros

 Nunca coloque os livros no sol, mesmo quando estiverem molhados, deixem eles secarem
na sombra.
 Nunca limpe com vinagre ou acetona.
 Nunca guarde papel de bom ou rosas dentro do livro.
 Nunca use fita adesiva como durex.
 Nunca dobre a folha de um livro para marcar a página, use marcadores de páginas de
papel.
 Nunca pegue em um livro com as mãos surja.

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Local adequado

A sala não pode ser úmida;


A iluminação deve ser farta;
Sala bem ventilada;
Recomenda-se que a sala tenha mesas e cadeiras, para que os alfabetizadores, alfabetizandos e
a comunidade em geral possam estudar e ler, sozinhos ou em grupo.

Para que a biblioteca/sala tenha um bom funcionamento no que se refere a organização dos
livros , aconselhamos:

Os livros devem ficar à disposição dos professores, alunos e da comunidade em geral, mas
sempre retornar à biblioteca. Sendo assim, é preciso que a pessoa responsável pela
biblioteca/sala saiba que livros fazem parte do acervo. Para ter este controle a primeira medida é
fazer o registro de todos os livros que existem na biblioteca e de todos que vierem a fazer parte
do acervo.

Em toda biblioteca toma-se por base na seleção de documentos a armazenar e organizar:

Os interesses daqueles que vão utilizá-la, analisando os conteúdos dos documentos que
respondam a esses interesses.

Seleciona-se um método que correspondendo a esses interesses, possibilite o uso dos materiais
no momento requerido através de uma rápida e fácil localização.

Em diferentes situações cotidianas é diversa nossa necessidade de documentos. Em outras


ocasiões temos necessidade de consulta rápida, mas, podemos ter necessidades de ação em
que a compreensão do documento se traduz em atos. Também podemos ter documentos para a
reflexão e estudo, outras vezes temos necessidades de distração.

Aspectos que devem estar presentes na organização de uma biblioteca:

Seleção dos documentos

Determinação dos critérios de agrupamento dos documentos selecionados:

Coleção de livros, coleção de revistas, recortes, coleção de fitas cassetes, coleção de CDs,
coleção de discos...

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Formas de controle das coleções

Seleção dos documentos

Na seleção de documentos a guardar, temos que decidir:

Quais são pertinentes, de acordo com nossos interesses

Quais não são pertinentes ou temos possibilidade de consultá-los em qualquer biblioteca sem
dificuldades

O espaço disponível que temos para armazenar aqueles que sejam relevantes e indispensáveis.

Determinação dos critérios de agrupamento dos documentos selecionados

Os critérios de agrupamento podem ser diferentes de acordo com nossos objetivos e a


quantidade de materiais documentais.

Com a coleção de livros, o ambiente não pode ser úmido. Este ambiente deve receber luz direta e
suficiente, ou indireta bem planejada. O controle de luminosidade pode ser feito através de
persianas e cortinas. As estantes devem ser abertas.

A coleção de revistas organiza-se por:

Títulos , volumes ou anos de edição e pelos números correspondentes a cada ano ou volume.

Quando se têm muitos títulos de revistas de diversos assuntos:

Pode-se agrupar os títulos que tratam do mesmo assunto

 Revistas de culinária
 Revistas de moda
 Revistas de esportes
 Revistas de turismo
 Revistas de divulgação geral
 Revistas de informática

A coleção pode ser acondicionada:

Em caixas próprias para isso (caixa-arquivo ou guarda- revista), com identificadores: título,
volume ou ano e números da revista, e colocadas nas estantes.

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Tanto a organização física como a organização do conteúdo dos documentos, tomam por base os
assuntos, mas é necessário ter um controle dos códigos utilizados para cada coleção, pois não é
possível decorar todos.

Com a multiplicação dos livros, as bibliotecas tiveram que se evoluir e nos espaços
informacionais foram surgindo. Os livros ganharam outros formatos na edição para atender os
mais diferentes tipos de leitores. O mercado editorial, para atender a modernidade tecnológica e
as novas demandas por leitura, aumentou sua capacidade e passou a produzir milhares de
exemplares em um curto período de tempo.

Esse processo contribuiu substancialmente com a democratização e com a difusão do livro e da


leitura no país. Assim, podemos dizer que a biblioteca é uma alternativa de inclusão social e se
configura como um ambiente democrático, tendo a informação como uma ferramenta importante
para a conscientização dos direitos e deveres de cada cidadão como membro da sociedade.

A função da biblioteca na vida escolar é a de informar, educar, desenvolver a criatividade,


disseminar a cultura, fomentar e incentivar à leitura. Partindo desses objetivos, os bibliotecários
devem orientar os alunos e visitantes sobre como buscar, de maneira rápida, livros e documentos
no local.

Para isso, a infraestrutura precisa ser projetada para facilitar a procura, com estantes bem
organizadas, corredores espaçosos e uma iluminação que permita circular com segurança pelo
ambiente. Também é fundamental que a infraestrutura da biblioteca seja pensada levando em
consideração as necessidades específicas de cada instituição de ensino.

O espaço físico precisa de uma atenção especial, pois as expectativas dos jovens alunos são
grandes, já que eles nasceram na “Era digital” e convivem diariamente com a inovação. Não é
necessário fazer uma transformação radical no local, mas investir em melhorias é fundamental.

A iluminação, por exemplo, é um ponto importante para deixar a biblioteca escolar mais atraente.
Valorizar a luz natural quando possível e utilizar luminárias que deixam o espaço aconchegante e
com uma boa iluminação para ler e buscar obras no acervo é uma dica simples, mas que fará
uma grande diferença.

Toda boa gestão de ensino precisa saber organizar e manter uma biblioteca, um dos lugares mais
importantes da escola.

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PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO BIBLIOTECÁRIO

O êxito de uma biblioteca escolar em cativar leitores depende de duas variáveis: do acervo
bibliográfico e do profissional que nela atua. A qualidade do acervo encontra-se condicionada a
vários fatores externos à figura do bibliotecário, mas é passível de ser contornada pela
criatividade, pelo empenho e pelo senso de responsabilidade social desse profissional da
informação.

Além de despertar o gosto pela leitura como forma habitual de lazer, um dos objetivos da
biblioteca escolar é a formação do cidadão consciente e capaz de um pensamento crítico e
criativo. Isso significa uma maior participação do bibliotecário no processo cultural do qual fazem
parte, também, os professores, pedagogos, escritores e pesquisadores que vêem na leitura um
ato de conscientização do indivíduo.

É bom lembrar que os bibliotecários das décadas de setenta e oitenta, passaram por um
processo escolar que não trabalhou com a leitura crítica/ativa/prazerosa. Receberam sempre o
conhecimento acabado, estático. Tal não se justifica mais. Os novos currículos dos Cursos de
Biblioteconomia têm se preocupado em preparar o acadêmico para o exercício crítico por meio de
leituras reflexivas a respeito da nova sociedade, a sociedade da informação. Não se vive mais em
um mundo tradicional.

Bibliotecário é um profissional liberal (bacharel, mestre ou doutor) que trata a informação e a


torna acessível ao usuário final, independente do suporte informacional. O bibliotecário tem a
responsabilidade de identificar a demanda de informação em diferentes contextos e levando em
consideração a diversidade do público. Ele trabalha em bibliotecas, centros de documentação,
empresas, escritórios jurídicos (organizando acervo e trabalhando na pesquisa sobre
jurisprudência) e pode gerir redes e sistemas de informação, além de gerir recursos
informacionais e trabalhar com tecnologia de ponta.

Por essas atribuições o bibliotecário é segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO),


um Profissional da Informação, como também o são documentalistas e analistas de informação
(pesquisador de informações na rede). O exercício desta ocupação requer Bacharelado em
Biblioteconomia, disponível nas principais universidades federais do Brasil, bem como inscrição
no Conselho Regional de Biblioteconomia, sob pena de responsabilização pelo crime de exercício
ilegal da profissão. A formação técnica adquirida nos cursos é complementada com aprendizado
tácito no local de trabalho e cursos de extensão, o bibliotecário no entanto, necessita
desenvolver-se culturalmente para bem executar suas funções.

"Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário,
fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana."
(Juramento do Bibliotecário)
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O bibliotecário trabalha como um administrador de informações, que são dados que foram
enriquecidos por seus contextos, além disso também processa e dissemina a informação. Um
papel pouco percebido por quem não conhece a profissão é o de desenvolver coleções, que são
mais do que um conjunto de documentos, mas uma seleção cuidadosa que segue parâmetros e é
reunida com uma finalidade.

São funções dos bibliotecários catalogar e guardar as informações, orientar sua busca e seleção.
Cabe-lhe analisar, sintetizar e organizar livros, revistas, documentos, fotos, filmes e vídeos. É de
sua responsabilidade planejar, implementar e gerenciar sistemas de informação, além de
preservar os suportes (mídias) para que resistam ao tempo e ao uso. O bibliotecário pode prestar
serviços de assessoria e consultoria na área de informação e redes e sistemas de informação.
Gerenciam unidades como bibliotecas, centros de documentação, centros de informação e
correlatos, além de redes e sistemas de informação. Tratam tecnicamente e desenvolvem
recursos informacionais; disseminam informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração
do conhecimento; desenvolvem estudos e pesquisas; realizam difusão cultural; desenvolvem
ações educativas; recuperam a informação.

O bibliotecário pode atuar nos seguintes campos: Bibliógrafo, Biblioteconomista, Cientista de


Informação, Consultor de Informação, Especialista de Informação, Gerente de Informação ou
Gestor de Informação.

Além de ter a função de educador, em bibliotecas escolares, ele é mediador e tem como objetivo
principal levar a informação de um modo a incluir todos os indivíduos, levando os recursos
informação.

Para os profissionais da informação, dentre eles o bibliotecário, o objeto de trabalho é a


informação, devendo ele estar envolvido em todo o ciclo documental ou informacional. A
informação como objeto de estudo e de trabalho é o ponto norteador para a atuação do
profissional bibliotecário.

Os profissionais de hoje têm de estar ligados ao setor da informação, no sentido de sua


participação nos processos de geração, disseminação, recuperação, gerenciamento, conservação
e utilização da informação.

O que faz a diferença então é o perfil que esses profissionais devem possuir.

Os ambientes de trabalhos são muito diversificados. De forma sistematizada o mercado de


trabalho do profissional bibliotecário divide-se em três grandes grupos: Mercado informacional
tradicional, Mercado informacional existente não ocupado e Mercado informacional - tendências.

O mercado informacional tradicional é composto por segmentos bastante conhecidos dos


profissionais e, geralmente, são os únicos lembrados pela sociedade e às vezes pelo próprio
profissional bibliotecário. Inicialmente as bibliotecas públicas: mercado consolidado, com uma
grande concentração de profissionais, mas infelizmente, a atuação da biblioteca pública brasileira
tem sido distorcida, uma vez que sua atuação está mais para uma biblioteca escolar do que

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propriamente para uma biblioteca pública. Esta distorção acontece, devido a problemas
estruturais do país, como a falta de apoio à educação e à cultura.

Com relação às bibliotecas escolares, o bibliotecário tem a oportunidade de participar ativamente


no desenvolvimento das crianças incentivando e sugerindo leituras, criando eventos literários e
culturais como complemento dos estudos das crianças. O governo federal através da lei nº
12.244 de 24 de maio de 2010 sancionou a lei que dispõe sobre a universalização de bibliotecas
nas instituições de ensino do País. No art. 2º desta lei, é considerada biblioteca escolar a coleção
de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a
consulta, pesquisa, estudo ou leitura; além de respeitar a existência de um bibliotecário em cada
biblioteca. Embora existam diversas iniciativas e abundância de recursos, o brasileiro ainda não
adquiriu o hábito da leitura e da pesquisa, isto é, da cultura.

Os mercados informacionais existentes e não ocupados, segundo grupo citado, têm na biblioteca
escolar o seu primeiro exemplo, ou seja, apesar de ser tradicional, apesar do país ter muitas
bibliotecas escolares, verifica-se que é um mercado de trabalho não ocupado.

Editoras e livrarias são mercados existentes e verifica-se poucos profissionais atuantes neste
nicho. Neste caso, o profissional bibliotecário pode e deve atuar, no tocante às editoras, na
normalização das publicações literárias e científicas. Nas livrarias, no desenvolvimento de
coleções para o público, aquisição e seleção, bem como na organização e recuperação dessas
coleções pelo público.

As empresas privadas, independentemente de possuir uma biblioteca ou um centro de


informação (documentação), podem utilizar a mão de obra de profissionais bibliotecários, como o
setor de informática da empresa, uma vez que este setor gera farta documentação e necessita
gerenciar, processar e recuperar as informações.

Outro setor em empresas privadas que necessita de um profissional bibliotecário é a área de


planejamento estratégico, aqui o profissional da informação terá a função básica de buscar
informação relevante para a organização, disseminando-a para setores chave da empresa,
utilizando-se das tecnologias de informação para distribuí-la.

Os provedores Internet, outro nicho de mercado não ocupado. Atualmente, um grande mercado
para os profissionais da informação, porque necessitam organizar, processar e disseminar as
informações contidas em seus sites, bem como precisam disponibilizar mecanismos de busca
eficientes para os usuários do sistema. Bancos de dados continuam sendo um grande mercado
de atuação para o profissional bibliotecário brasileiro.

No entanto, no Brasil, é necessário despertar a iniciativa privada para investir neste segmento
econômico, já que a maioria dos bancos de dados é ainda ligado a iniciativa pública. Tanto no
caso dos provedores Internet quanto no caso dos bancos de dados, o profissional bibliotecário, na
sua maioria, desconhece esse mercado.

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Nas instituições privadas o profissional da informação tem papel fundamental para o


desenvolvimento da organização, bem como para sua competitividade, a informação passa a ser
estratégica. O profissional pode e deve trabalhar a informação como apoio à decisão, ou seja,
contribui para a tomada de decisão; como fator de produção, isto é, quanto maior for o valor
agregado em um produto ou serviço, maior será a necessidade de informação nas etapas de
concepção e produção. Verifica-se um crescimento na atuação do profissional bibliotecário, como
consultor, assessor, autônomo, ou mesmo terceirizado. No entanto, sabe-se que é uma minoria.
Neste mercado livre é necessário um profissional bibliotecário mais empreendedor, mais ousado.

A Biblioteconomia,é uma profissão interdisciplinar, o campo de atuação além de diferentes


instituições pode atuar em áreas específicas do conhecimento, que requerem habilidades e
competências também específicas para o seu desempenho.

Estudos realizados com profissionais atuantes do sistema municipal de saúde em Campinas,


apontaram ser essencial que o profissional da informação trabalhe em equipes multidisciplinares
e possua conhecimentos de informática e redes, bases de dados e demais fontes de informação
em saúde, noções de saúde pública e do Sistema Único de Saúde, bem como capacidade de
estabelecer boa relação interpessoal com diferentes profissionais. (Beraquet, 2009).

A Biblioteconomia no Brasil por se tratar de uma profissão regulamentada por lei, que estabelece
ao bacharel em biblioteconomia o exercício da profissão, necessita ser registrada no Conselho
Regional de Biblioteconomia da jurisdição onde residir, tornando-o legalmente habilitado ao
exercício a qualquer dos campos que esta profissão multifacetada oferece.

Há diversas faculdades que ministram o curso de biblioteconomia e a maioria é localizada nos


grandes centros urbanos. Em alguns países do exterior, como a França, não existe um curso
específico de Biblioteconomia; há uma especialização para pessoas já formadas que desejam
trabalhar em bibliotecas.

O papel das bibliotecas escolares muda drasticamente na Era Digital. Assim, como muda o papel
dos bibliotecários escolares. Nos últimos anos, tenho interagido com muitas escolas e
bibliotecários escolares, os desafios desses profissionais tendem a aumentar consideravelmente
daqui pra frente. Não deve ser diferente em outras cidades brasileiras.

Definição no dicionário a palavra biblioteca:

1. Coleção pública ou privada de livros e documentos congêneres, organizada para estudo, leitura
e consulta.

2. Edifício ou recinto onde se instala essa coleção.

3. Estante ou outro móvel onde se guardam e/ou ordenam os livros.

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ORIENTAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

Na era da informação e do conhecimento, o papel dos novos bibliotecários cresce em função,


responsabilidade e importância. O bibliotecário é um profissional da informação, logo, seu papel
não pode estar restrito apenas aos livros. A “biblioteca” está em todos os lugares. A “biblioteca” é
o mundo.

Para muitos autores, a tipologia de cada biblioteca depende das funções desempenhadas por ela.
Para tal conceito segregamos a informação:

a) Escolar – localiza-se em escolas e é organizada para integrar-se com a sala de aula e no


desenvolvimento do currículo escolar. Funciona como um centro de recursos educativos,
integrado ao processo de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial desenvolver e
fomentar a leitura e a informação. Poderá servir também como suporte para a comunidade em
suas necessidades;

b) Especializada – sua finalidade é promover toda informação especializada de determinada


área, como, por exemplo, agricultura, direito, indústria etc.

c) Infantil – tem como objetivo primordial o atendimento de crianças com os diversos materiais
que poderão enriquecer suas horas de lazer. Visa a despertar o encantamento pelos livros e pela
leitura e a formação do leitor.

d) Pública – está encarregada de administrar a leitura e a informação para a comunidade em


geral, sem distinção de sexo, idade, raça, religião e opinião política.

e) Nacional – é a depositária do patrimônio cultural de uma nação. Encarrega-se de editar a


bibliografia nacional e fazer cumprir o depósito legal. Em alguns casos, essa biblioteca, única, em
cada país, necessita de uma política especial de recursos e, por falta de interesse na
conservação do patrimônio nacional, torna-se um depósito de livros, sem meios suficientes para
difundir sua valiosa coleção.

f) Universitária – é parte integrante de uma instituição de ensino superior e sua finalidade é


oferecer apoio ao desenvolvimento de programas de ensino e à realização de pesquisas.

Obs.: Depósito legal: obriga os editores a depositar ali vários exemplares de cada obra impressa.

É importante entender que a tipologia de cada biblioteca nos ajuda não só a perceber a função
social de cada uma, como também requer um conhecimento mais apurado da comunidade na

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qual a biblioteca está inserida, evidenciando principalmente suas necessidades e seus anseios
por informação e hábitos culturais.

É comum as escolas destinarem um espaço para leitura. Geralmente, esses espaços são
chamados de Salas de Leitura ou Biblioteca Escolar. Na sua escola com certeza deve ter uma.
No entanto, a experiência nos vem mostrando que na prática muitas das bibliotecas escolares
vêm sendo utilizadas inadequadamente, sob a visão de um conceito ultrapassado. Assim, é
comum observá-las sendo usadas como simples depósitos de livros.

Com relação à questão administrativa, também é comum encontrarmos à frente das bibliotecas
escolares pessoas que, apesar de extrema boa vontade, não estão capacitadas para esta tarefa.
A escola antiga era assim: não dispunha de biblioteca, ou quando a possuía era mais para servir
de consulta aos professores e não para uso dos alunos.

O ensino era voltado para o livro escolhido e os textos indicados. No entanto, nem toda escola é
igual. Muitas delas sabem valorizar esse tesouro fantástico e tornam as bibliotecas suas aliadas
no fazer pedagógico, tornando-a uma extensão da sala de aula.

Biblioteca é a porta de entrada para o conhecimento, fornece as condições básicas para o


aprendizado permanente, autonomia das decisões e para o desenvolvimento cultural dos
indivíduos e dos grupos sociais.

Assim, a escola deve favorecer o conhecimento mútuo e, nesse aspecto, todos os que nela
atuam têm um papel preponderante. É preciso perceber que a educação não se dá
unilateralmente, só em relação ao aluno.

É participando do projeto pedagógico que, profissional da educação, se sentirá seguro para


construir também seu conhecimento. Isso o fará uma pessoa mais participativa e feliz.

Importante

A biblioteca escolar deve ser encarada como um espaço dinâmico e indispensável na formação
do cidadão. É a biblioteca escolar que abrirá, ainda no ensino básico, os caminhos para que os
alunos desenvolvam a curiosidade e o senso crítico que os levarão à cidadania plena.

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Nem sempre as bibliotecas estão instaladas em prédios construídos especialmente para atender
às suas necessidades, serviços e produtos oferecidos.

Muitas delas funcionam em espaços adaptados ou em pequenas salas. Daí a importância em se


ter pessoas sensíveis a esses problemas, que possam criar soluções de viabilidade. O ideal é
que as instalações da biblioteca fossem abrigadas em um prédio próprio, projetado para esse fim,
em local de pouco barulho e de fácil acesso às pessoas.

Para saber a quantidade de livros a ser colocada em determinado espaço, pode-se usar um
cálculo padrão que diz que 1m 2 pode comportar até cinqüenta volumes. Assim, se você possui
duzentos volumes, esses podem ser disponibilizados em uma área mínima de 4m2.

As paredes de cor clara muito contribuem para refletir a luz e aumentar o grau de visibilidade. As
janelas devem permitir a entrada de luz natural, de modo que possibilite um ambiente claro que
favoreça a leitura.

Garantir a preservação e conservação do acervo. Os livros devem ficar em o local arejado e com
pouca incidência de raios solares.

O piso deve ser de material resistente e de fácil conservação sendo o mais usado o de material
em vinílico. Os tipos mais comuns dos pisos vinílicos são: paviflex, decorflex e vulcapiso. Há
ainda pisos de madeira e os frios (cerâmica, pedra e metal). O piso em material carpete não é
recomendado, pois, além da dificuldade de limpeza e pouca durabilidade, são propícios ao
acúmulo de microorganismos e pregas.

A iluminação artificial faz-se necessária para permitir o perfeito funcionamento no horário noturno.
Lâmpadas fluorescentes são as mais indicadas não só pela economia, mas porque tem baixo
poder de aquecimento e causam menos danos ao acervo.

Para facilitar o controle e a circulação do público, a biblioteca deve ter somente uma entrada
destinada a ele. Não podemos nos esquecer de incluir acessos para as pessoas com maior idade
e aquelas com necessidades especiais.

Sabendo das dificuldades para essa realização, sugerimos apenas que a biblioteca escolar preste
seus serviços em um horário amplo. Para que seja utilizada como um lugar de aprendizagem
ativa, ela deve estar aberta durante todo o período letivo.

O fato de a biblioteca estar em funcionamento fora do horário de aula é um importante fator para
o desenvolvimento da comunidade escolar. Deve-se fazer um esforço e encontrar soluções para
que a biblioteca permaneça aberta o maior tempo possível.

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A ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS: ESPAÇO FÍSICO

Existem parâmetros nacionais que determinam a metragem adequada para cada ambiente e para
a disposição do espaço das bibliotecas e as condições técnicas de funcionamento, considerando:
temperatura, umidade e ventilação, pisos e paredes, iluminação, ruídos, segurança, área de
armazenamento, área de atividades, mobiliário e layout.

Alguns dos itens podem variar de uma biblioteca para outra, dependendo do local em que se
insere, dos recursos financeiros disponíveis, do número de usuários a serem atendidos, dos
serviços prestados e das perspectivas futuras.

Disponibilidade e organização do espaço da biblioteca:

• Área interna de pelo menos 50m² (podem existir variações de acordo com o tamanho do acervo
e público atendido);

• Espaço adequado para o desempenho dos funcionário (mínimo de 4m² por funcionário);

• Organização do espaço interno que abrigue espaços de leitura para adultos, jovens e crianças;

• Facilidade de circulação entre as estantes;

• Espaço para acomodar todo o acervo no interior da biblioteca;

• Assentos e espaço suficiente para abrigar confortavelmente uma classe inteira e os demais
usuários.

Em se tratando de bibliotecas escolares, são estabelecidos os seguintes parâmetros, entre o nível


básico e o exemplar:

A Biblioteca Escolar conta com espaço físico exclusivo, acessível a todos os usuários:

No nível básico: de 50m² até 100m²;

No nível exemplar: acima de 300m².

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A Biblioteca Escolar possui assentos para acomodar usuários que ali vão para consultar os
materiais e/ou realizar atividades:

No nível básico: assentos suficientes para acomodar simultaneamente uma classe inteira, além
de usuários avulsos;

No nível exemplar: assentos suficientes para acomodar simultaneamente uma classe inteira,
usuários avulsos e grupos de alunos.

Além de ambientes para os serviços fim, a biblioteca escolar conta com ambiente para serviços
técnicos e administrativos:

No nível básico: um balcão de atendimento, uma mesa, uma cadeira e um computador com
acesso à internet, para uso exclusivo do (s) funcionário (s);

No nível exemplar: um balcão de atendimento e ambiente específico para atividades técnicas,


com uma mesa, uma cadeira e um computador com acesso à internet, para uso exclusivo de
cada um dos funcionários.

Poderá ser adaptada para pessoas com deficiência, a Biblioteca conta com 300m², onde
disponibiliza um salão de leitura de 200m² em que estão dispostas estantes com acervos para
crianças, jovens e adultos.

Além disso, possui uma sala multimídia que atende a todos os setores do Centro Cultural.
Equipada com vários armários, uma ampla e privilegiada área para organizar acervo, materiais e
espaços de leitura, possui ainda um gabinete e sala de coordenação, onde fica também a
documentação administrativa.

O profissional que cuida de bibliotecas deverá organizar uma biblioteca escolar de forma rápida,
simples e intuitiva para os usuários. Isso porque as bibliotecas escolares contam com uma série
de processos que devem ser realizados praticamente todos os dias pelos profissionais
responsáveis, como a catalogação de livros, empréstimo e devolução de materiais, além, é claro,
da interação diária com os estudantes, já que a biblioteca escolar faz parte do processo de
formação dos alunos.

O bom desempenho do profissional em ambas as funções é cobrado pela coordenação, o que


torna a otimização dos processos da biblioteca escolar algo ainda mais importante nos dias de
hoje.

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NOÇÕES BÁSICAS DE COMO ORGANIZAR UM ARQUIVO

De acordo com o Art. 2ª da lei nº 8.159/1991, o conjunto de documentos produzidos e


recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em
decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.

Os arquivos possuem duas finalidades: a primeira é servir à administração da entidade que o


produziu; a segunda é servir de base para o conhecimento da história desta entidade.

Os documentos de arquivo possuem as seguintes características:

a) Imparcialidade: está relacionada ao fato de que a produção documental ocorre em


determinado contexto e para determinado fim. Embora sejam redigidos por meio de uma ação
humana eles são imparciais, pois são criados para atender um objetivo específico, como por
exemplo, a compra de um material;

b) Autenticidade: os documentos de arquivo são criados, mantidos e custodiados de acordo com


procedimentos que podem ser comprovados.

c) Naturalidade: os documentos são acumulados de acordo com as atividades da instituição, ou


seja, sua acumulação ocorre dentro das transações por ela executadas.

d) Inter-relacionamento: os documentos estabelecem relação entre si e com as atividades que o


geraram. O documento de arquivo deve ser entendido como peça de todo orgânico e não como
elemento isolado de um contexto.

e) Unicidade: cada documento de arquivo tem lugar único na estrutura documental a qual
pertence. Este aspecto não está diretamente relacionado ao número de cópias produzidas, mas
sim à função “única” que os documentos executam dentro do contexto organizacional.

A função principal dos arquivos é possibilitar o acesso às informações que estão sob sua
responsabilidade de guarda, de maneira rápida e precisa.

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Classificação dos Arquivos

a) Natureza dos documentos: Quanto à natureza dos documentos, classificam-se em especial e


especializado O arquivo especial é constituído por documentos de diversos formatos, como
DVD’s. CD’s, fitas e microfilmes que, devido as características do suporte, merecem tratamento
especial quanto ao seu armazenamento e tratamento técnico. O arquivo especializado é
constituído por documentos resultantes de uma determinada área do conhecimento humano,
independentemente do suporte onde a informação encontra-se registrada. São exemplos de
acervos especializados os arquivos médicos, os arquivos de engenharia, entre outros.

b) Extensão: Quanto à extensão os arquivos podem ser setoriais, estabelecidos junto aos setores
da instituição, ou arquivos centrais ou gerais que reúnem sob sua guarda documentos
provenientes de diversos setores de uma instituição.

c) Estágios de evolução: Quanto e estes estágios os arquivos são identificados como correntes,
intermediários e permanentes, o que corresponde ao ciclo vital das informações, também
chamado de teoria das três idades. A lei nº 8.159/1991, define em seu artigo 8º, estes três
estágios da seguinte maneira:

Arquivos correntes: são aqueles em curso, ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto
de consultas freqüentes.

Arquivos intermediários: são aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por
razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente.

Arquivos permanentes: conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que


devem ser definitivamente preservados.

d) Entidades mantenedoras: Conforme as características da entidade acumuladora de


documentos, estes podem ser divididos em:

Arquivos públicos: são aqueles produzidos por instituições públicas nas esferas federal, estadual
e municipal. Também são considerados públicos os arquivos acumulados por empresas privadas
encarregadas da gestão de serviços públicos.

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PERSONAL ORGANIZE

Arquivos privados: são aqueles produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
decorrência de suas atividades. (lei nº 8.159/1991, art. 11).

Exemplo: Arquivos comerciais, institucionais, pessoais.

Tomar cuidado com a diferença de classificação dos documentos de arquivo visto no assunto
classificação, codificação e catalogação de papeis e documentos que apesar da semelhança a
classificação dos documentos de arquivo também podem ser: Quanto ao gênero (textuais,
filmográficos etc.), natureza do documento (ostensivo e sigiloso), especie do documento (ata,
memorando, oficio), tipologia do documento (ata de reunião, certidão de casamento, declaração
de tal coisa).

Valores Documentais

O ciclo vital dos documentos agrega dois valores distintos para promover a avaliação documental:
o valor primário ou administrativo, presente na primeira e na segunda idade, que deve ser
temporariamente preservado por razões administrativas, legais ou fiscais; e o valor secundário ou
histórico, presente na terceira idade, que diz respeito ao uso dos documentos para outros fins que
não aqueles para os quais foram criados.

O valor secundário deve ser preservado de maneira definitiva pela instituição ele se divide em
probatório (quando comprova a existência, o funcionamento e as ações da instituição) ou
informativo (quando contém informações essenciais sobre matérias com que a organização lida,
para fins de estudo ou pesquisa).

Arquivos Correntes

Os documentos da fase corrente possuem grande potencial de uso para a instituição produtora, e
são utilizados para o cumprimento de suas atividades administrativas, como a tomada de
decisões, avaliação de processos, controle das tarefas e etc. As principais atividades
desempenhadas nesta fase são: protocolo, expedição, arquivamento, empréstimo, consulta e
destinação.

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PERSONAL ORGANIZE

Protocolo

Os documentos da fase corrente apresentam grande potencial de tramitação dentro das áreas e
setores da instituição; para que esta documentação não se perca, é necessário exercer o controle
de sua movimentação por meio de instrumentos próprios que garantam sua localização e
segurança.

Arquivamento de Documentos

O arquivamento consiste na guarda dos documentos em lugares próprios, como caixas e pastas,
de acordo com um método de ordenação previamente estabelecido, e na guarda destas
embalagens (caixas e pastas) em mobiliários específicos, como estantes e arquivos de aço. Para
que os arquivos se tornem acessíveis é necessário que eles sejam corretamente arquivados de
maneira a agilizar sua recuperação. Antes do arquivamento, os documentos devem ser
devidamente classificados de acordo com a função ou atividade a que se referem; esta tarefa é
executada com o auxílio do plano de classificação.

O sucesso das organizações depende, em grande parte, da implementação e manutenção de um


sistema de gestão de documentos de arquivos (SGDA) que esteja alinhado às atividades da
organização. As informações de qualquer empresa precisam estar disponíveis e organizadas
adequadamente inclusive para a implementação de demais sistemas de gestão.

ABNT NBR ISO 30300, Informação e documentação – Sistema de gestão de documentos de


arquivo – Fundamentos e vocabulário

ABNT NBR ISO 30301, Informação e documentação – Sistema de gestão de documentos de


arquivo – Requisitos

Em arquivologia, arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebidos por uma


organização, firma ou indivíduo, que os mantém ordenadamente como fonte de informação para a
execução de suas atividades. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser de vários

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PERSONAL ORGANIZE

tipos e em vários suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser públicas (Federal,
Estadual Distrital, Municipal), institucionais, comerciais e pessoais.

No Brasil, a política de arquivos públicos e privados é gerenciada pelo Conselho Nacional de


Arquivos (Conarq), órgão ligado ao Arquivo Nacional.

Super importante é o lugar onde se guardam os documentos. O arquivo deverá ser organizado.

A organização de arquivo tem por finalidade:

Servir a administração: Fornecem informações e documentos necessários ao desenvolvimento


das atividades, facilitam o acesso aos documentos, preservam a documentação da empresa,
possibilitam o controle da produção de documentos e colocam à disposição dos usuários
documentos que fornecem informações de caráter probatório ou simplesmente informativo.

Servir à História: Fornecem informações e/ou documentos para reconstituir ou escrever a


história política, social ou econômica de uma nação. Também servem de memória de uma
empresa e constituem uma importante fonte de pesquisa.

Funções do Arquivo

Recolher e ordenar todos os documentos que circulam na empresa;

Avaliar e selecionar os documentos, tendo em vista sua preservação ou eliminação;

Garantir o fluxo dos pedidos de documentos provenientes dos diversos órgãos da empresa;

Arquivar os documentos, visando a preservação da informação;

Conservar e assegurar a integridade dos documentos, evitando danos que possam ocasionar a
sua perda;

Executar as funções específicas conforme a organização e administração da instituição.

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PERSONAL ORGANIZE

CLASSIFICAÇÕES DE ARQUIVO

A Teoria das três idades é baseada no Ciclo vital dos documentos, segundo o qual, os mesmos
passam por três fases:

 Corrente,
 Intermediária e
 Permanente.

Arquivo corrente (Primeira idade): Segundo o Dicionário de Terminologia Arquivística (D.T.A.)


de 1996, página 6, é o “conjunto de documentos estritamente vinculados aos objetivos imediatos
para os quais foram produzidos e recebidos no cumprimento de atividades fim e meio e que se
conservam junto aos órgãos produtores em razão de sua vigência e da freqüência com que são
por eles consultados”. Essa idade corresponde a produção do documento, sua tramitação, a
finalização do seu objetivo e a sua guarda.

Arquivo Intermediário (Segunda idade): Conjunto de documentos originários de arquivo


corrente, com uso pouco freqüente, que aguardam, em depósito de armazenamento temporário,
sua destinação final. Os documentos são ainda conservados por razões administrativas, legais ou
financeiras. É uma fase de retenção temporária que se dá por razões de precaução.

Arquivo permanente (Terceira idade): Conjunto de documentos custodiados em caráter


definitivo, em função do seu valor. Constitui-se de documentos produzidos em geral há mais de
25 anos pelas instituições administrativas públicas ou privadas.

Quanto à natureza

Arquivo Especial: São aqueles que requerem tratamento especial de armazenamento,


independente de sua forma. Certas variáveis precisam ser controladas, pois caso contrário,
podem deteriorar os documentos, (temperatura, luminosidade, umidade etc.).

Arquivo Especializado: São aqueles que tratam de um assunto específico, independente da forma
física,comercial e industrial.

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PERSONAL ORGANIZE

Quanto à abrangência

Arquivo Setorial: São aqueles que cumprem função de arquivo corrente e, por esta razão, devem
ser guardados próximos aos órgãos operacionais e por isso costumam ser descentralizados.

Arquivo Geral: São aqueles que recebem os documentos de diversos órgãos de uma mesma
organização física.

A gestão documental ou gestão de documentos é um ramo do arquivo documental responsável


pela administração de documentos nas fases corrente e intermediária (primeira e segunda idade).

Em termos informáticos, a Gestão Documental é uma solução de arquivo, organização e consulta


de documentos em formato eletrônico onde existe toda a informação de natureza documental
trocada entre os utilizadores da aplicação. Esta solução permite a colaboração numa organização
através da partilha de documentos, beneficia e facilita os processos de negócio de uma empresa.

A Gestão Documental integrada com outras soluções, como por exemplo, a digitalização, fax e
email permitem gerir toda a informação não estruturada (documentos) importante da organização.

As empresas que investem pela solução Gestão Documental conseguem um retorno elevado pois
reduzem a quantidade de documentos em papel, há um ganho na produtividade devido a uma
uniformização dos processos e facilitando a implementação de normas de qualidade.

As vantagens na sua utilização são as seguintes:

Uniformização de processos de re-encaminhamento, aprovação, arquivo e eliminação dos


documentos, mantendo o histórico de versões dos documentos.

Digitalização dos documentos.

Descentralização e libertação do espaço físico, isto é, os documentos e processos estão sempre


disponíveis, independente do local onde o utilizador aceda aplicação.

Com o auxílio de um browser a pesquisa da informação dos documentos está facilitada e rápida.

Formação de um backup que permite a recuperação da informação em caso de incêndio ou


inundação do seu arquivo físico.

A Gestão Documental quer seja eletrônica ou em arquivo de papel está presente em todas as
organizações.

As soluções de Gestão Documental aplicam-se a um conjunto alargados de áreas funcionais:

 Administrativa e Financeira (documentos financeiros).


 Qualidade (normas, procedimentos, auditorias e fichas de não conformidade).
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PERSONAL ORGANIZE

 Produção (desenho técnicos, normas e procedimentos operacionais e controlo de


produção).
 Jurídica (contratos, propostas, concursos públicos e cadernos de encargos).
 Serviços a Cliente (informações, apoiam técnico e documentos de Cliente).
 Marketing (estudos de mercado, brochuras e especificações de produtos).
 Desenvolvimento (memórias descritivas, pesquisa e desenvolvimento).
 Recursos Humanos (contratos de pessoal, fichas técnicas e regulamento).
 Hospitalar (gestão de prontuários e exames).
 Transportadoras (gerenciamento de notas, transportes e rotas).

Sobre o Sistema de Gestão de Documentos:

Art. 2o O SIGA tem por finalidade:

I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal, de forma


ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas,
resguardados os aspectos de sigilo e as restrições administrativas ou legais;

II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas


pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram;

III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo;

IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública;

V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação


arquivística pública;

VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal;

VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da
informação pública federal.

Sobre os Arquivos Privados temos:

Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos


por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.

Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse
público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a
história e desenvolvimento científico nacional.

Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão ser
alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior.
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PERSONAL ORGANIZE

Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na


aquisição.

Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público
e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.

Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser
depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas.

Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à


vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social.

O conceito arquivo está diretamente relacionado com a história.

O arquivo é um lugar (físico ou informático) que guarda as informações por algum motivo. No
campo privado, precisamos organizar nossos papéis, para isso pode ser útil uma pasta como
arquivo.

O mesmo acontece no mundo empresarial, já que toda a documentação deve ser guardada para
garantir o bom funcionamento da entidade.

Como órgão central de um sistema de arquivos, ele deve ser responsável pela normalização dos
procedimentos técnicos aplicados aos arquivos setoriais da instituição e pela custódia dos
documentos em fase permanente.

O Arquivo Central também é responsável pelo planejamento e execução das políticas de arquivo
e de gestão documental.

Gestão de documentos, segundo a Lei Nacional de Arquivos (8.159/91, art.3º), é o conjunto de


procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou a seu recolhimento
para guarda permanente.

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PERSONAL ORGANIZE

Valores do Arquivo Corrente

Valor Administrativo

É o valor que um documento tem para a atividade administrativa do órgão ou entidade, na medida
em que informa, fundamenta ou prova seus atos.

Valor Legal

É o valor que um documento possui perante a lei para comprovar um fato ou constituir um direito.

Valor Fiscal

É o valor atribuído a documentos ou arquivos para comprovação de operações financeiras ou


fiscais.

Arquivo Intermediário

Os arquivos intermediários podem ser transferidos para depósitos mais distantes de quem os
produziu ou recebeu, por serem menos consultados ou para reduzir os gastos com espaço físico.

Arquivo Permanente

São documentos usados como fonte de pesquisa e informação, com finalidades diferentes dos
objetivos para os quais foram originalmente produzidos, que servem também como prova, para
consulta da própria administração da Universidade e da comunidade externa.

Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada,
pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do
suporte. A finalidade da gestão de documentos é a produção, manutenção e utilização dos
documentos necessários ao desempenho e ao cumprimento das atividades de uma instituição. As
atividades de gestão asseguram a acessibilidade aos documentos e o uso no momento em que
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PERSONAL ORGANIZE

se fizer necessário. Ademais, garantem que sejam mantidos apenas pelo tempo previsto para sua
guarda.

Produção dos documentos

Refere-se ao ato de elaborar documentos em razão das atividades de um órgão ou setor.

Manutenção e uso

Refere-se ao fluxo percorrido pelos documentos. Essa fase envolve métodos de controle
relacionados às atividades de protocolo e às técnicas para organização, classificação e
elaboração de instrumentos de recuperação da informação (índices).

Destinação final de documentos

Envolve as atividades de avaliação, seleção e fixação de prazos de guarda dos documentos, ou


seja, implica decidir quais documentos devem ser eliminados e quais serão preservados
permanentemente.

Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em


vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como
de interesse público e social. (Lei 8.159/1991)

O processo de digitalização produz cópias eletrônicas dos documentos. Mesmo digitalizados, os


documentos originalmente produzidos em papel não podem ser eliminados antes do prazo
previsto em lei. A digitalização é um recurso que pode ser utilizado para facilitar o acesso e serve
para a preservação do documento original, mas não autoriza a eliminação de documentos
produzidos em suportes tradicionais.

A gestão de documentos é única: aplica-se a documentos em formato digital e não digital. -


Resolução do Conarq nº 20, de 16 de julho de 2004.

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PERSONAL ORGANIZE

Um sistema de gestão de documentos incompleto ou falho pode acarretar perda, adulteração ou


não validade da força probante dos documentos arquivísticos digitais.

Preservar significa manter imutável e intacto, entretanto, no ambiente digital, preservar significa,
na maioria dos casos, mudar, recriar, renovar: mudar formatos, renovar mídias, hardware e
software.

Evite utilizar grampos e clipes metálicos, assim como elástico, pois, com o tempo, eles oxidam e
grudam nos documentos danificando-os.

Racionalização de papéis

Evite fazer muitas cópias, ou seja, imprima somente o necessário. Evite fazer cópias de e-mails,
documentos que já estão em rede e procure racionalizar a emissão de vias de correspondências.

Obs.: E lembre-se que datar e assinar os documentos é essencial para que tenham respaldo
jurídico e fiscal.

Para a classificação de arquivos é necessário ter conhecimento teórico sobre:

Coleção de livros de referência

São livros de consulta. Trazem informações superficiais, introdutórias, básicas. São chamadas
obras de referência porque indicam onde encontrar o assunto procurado de uma forma mais
detalhada. Em geral, não podem sair das instalações da biblioteca, não sendo dessa maneira
emprestadas. Incluem-se nessa categoria: dicionários, enciclopédias, atlas, índices, entre outros.

Coleção de livros-textos

São os livros que compõem o acervo geral: literatura, livros didáticos, informativos etc.

Coleção de periódicos

São materiais publicados sob a forma de revistas, jornais ou outro tipo de material que circule em
períodos regulares (semanalmente, mensalmente, anualmente) ou outro período. Vale ressaltar
que esse tipo de material é o que traz as informações mais atualizadas.

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PERSONAL ORGANIZE

Coleção de materiais não bibliográficos ou multimeios

São aqueles que estão em uma forma diferente da dos livros. São os CDs, fitas VHS, slides,
discos de vinil, fitas cassetes, jogos etc.

Hemeroteca

São arquivos de recortes de jornais que informam sobre assuntos diversos e temas atuais.

Um livro é dividido em partes para facilitar a leitura técnica. Externamente, suas partes dizem
respeito à sua condição física e, internamente, mais ao conteúdo, sendo dividido em pré-textual,
textual e pós-textual.

Partes externas Sobrecapa: proteção para a capa. Inclui as mesmas informações contidas na
capa. É uma capa solta, colocada nas edições especiais, nem todos os livros vêm com a
sobrecapa, pois é um acessório que encarece a edição. Geralmente ao preparar o livro para ser
colocado na estante, retiramos a sobrecapa.

Capa: protege o livro externamente, podendo ser encadernada ou em brochura. O anverso


(frente) da capa deve conter na parte central nome de autor, título e subtítulo. A capa pode ser de
diversos materiais, como papel, cartolina, couro ou plástico. A elaboração da capa fica a critério
do editor.

Orelhas: geralmente, a capa apresenta orelhas, ou abas, ou asas, que contêm dados biográficos
do autor ou comentários da obra. As orelhas excedem-se da capa e dobram-se sobre si mesmas
para dentro. Muitas vezes usamos as orelhas como marcador de página.

Lombada ou dorso: é a parte que liga as folhas do livro, onde se encontra a costura. Fica no
lado externo do livro, oposta ao corte de páginas.

Errata: lista apresentando os erros corrigidos, com indicação de páginas, parágrafo e linhas. É
inserida, como encarte, antes da folha de rosto. Nem sempre os livros vêm com errata, é claro,
ela só é inserida caso a edição tenha saído com erros.

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PERSONAL ORGANIZE

O livro deve ser carimbado no lado contrário da lombada, ou seja, no corte do livro e na folha de
rosto do livro. Algumas bibliotecas usam, também, carimbar uma página padrão em todos os
livros, carimbando sempre a página que contém determinada numeração.

Depois de identificado, o livro precisa ser registrado. Ele vai receber um número de registro único.

Cada um de nós tem um registro geral de identidade ou de certidão de nascimento. Mesmo as


pessoas gêmeas têm números de registros de identidades diferentes. Então, cada livro, mesmo
que seja igual a outros dez livros na biblioteca, vai receber sempre um número diferente.

O carimbo de registro deve ser colocado no verso da folha de rosto e deve conter o mesmo
número recebido do livro de registro.

Exemplo de carimbo de registro:

Biblioteca Cursos Grátis Online

Nº: 001

Data: 31/05/2019

Se a sua biblioteca possuir um computador com um software gerenciador de acervo, geralmente


o registro é feito de modo automático pelo programa de gerenciamento.

Obs.: Não se esqueça de carimbar seu livro em hipótese alguma.

Assim, se sua biblioteca não possuir um computador ou um software gerenciador de acervo, seu
registro deve ser feito de modo manual, em um livro específico para esse fim, o qual deve conter:

 Número de registro;
 Data em que foi registrado;
 Nome do autor;
 Título, edição, editora, ano de publicação, local de publicação e observação.

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PERSONAL ORGANIZE

No campo observação, você pode registrar informações como extravio de livro, doações, descarte
etc.

A idéia é sempre partir do geral para o particular, ou seja, deve-se ter um assunto principal e esse
é subdividido sucessivamente até se chegar a um termo que não admite mais ser dividido. A
classificação cria condições para que os livros possam ser dispostos nas estantes de maneira
sistemática, proporcionando assim seu uso.

Para isso é primordial que a classificação possibilite:

• localizar um livro em uma coleção;

• retirar um livro para consulta com rapidez;

• devolver um livro à coleção com rapidez;

• inserir novo livro aos já existentes na coleção, sem que esses percam a sua ordem lógica.

A classificação por assuntos é a única a preencher as finalidades acima. É freqüente um leitor


chegar a uma biblioteca sem definir o assunto que procura.

Ao chegar às estantes, ele muitas vezes se admira de encontrar outros livros de assuntos bem
mais específicos dos quais nem tinha conhecimento. A classificação por assuntos oferece essa
possibilidade.

O processo de classificar implica agrupar livros pelos assuntos que tratam, trocando o nome ou o
termo desses por sinais ou símbolos correspondentes, chamados de notação da classificação. É
comum que diferentes livros tenham uma mesma notação, para diferençá-los deve-se usar a
notação de autor.

Quando for classificar pense sempre nas regras básicas citadas a seguir:

• Classificar o livro onde ele é mais procurado;

• Classificar primeiro pelo assunto;

• Quando um assunto influenciar o outro, classificar pelo assunto influenciado. Exemplo: A


informática na biblioteconomia, classificar em biblioteconomia;

• Quando dois assuntos são subdivisões de um assunto maior, classificar pelo maior;

• Quando um livro tratar da história de um assunto, classificar pelo assunto;

• Quando um item tratar de método investigativo, classificar pelo assunto investigado.

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PERSONAL ORGANIZE

Existem vários sistemas de classificação para bibliotecas. No entanto, por ser muito prático e
muito utilizado, vamos citar aqui, de forma simplificada, somente a Classificação Decimal
Universal (CDU) que derivou de outra classificação, a Classificação Decimal de Dewey (CDD) A
CDU propõe-se a dividir o conhecimento em dez grandes classes, que variam entre os números
zero e nove. Em cada classe, para documentos classificados com números iguais, você pode
ainda organizá-los em ordem alfabética de autor (número de Cutter).

Quanto a catalogação é um dos processos técnicos utilizados para se recuperar informações. É


importante se ter em mente que catalogar é muito mais que registrar itens, ele controla o acervo
com vistas a sua disponibilização, o que faz do catálogo um canal de comunicação entre a
biblioteca e os usuários.

O catálogo serve para:

 Para encontrar um livro do qual se conheça o autor, o título ou o assunto.


 Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um determinado autor.
 Para mostrar o que uma coleção contém com relação a uma determinada edição.
 Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um assunto.

Os catálogos podem vir dispostos em diferentes formas, tais como: livros, folhas soltas ou fichas
catalográficas, guardadas em um móvel específico para elas.

A escolha do melhor tipo de catálogo depende dos recursos disponíveis em cada biblioteca, do
tamanho do seu acervo e das características dos usuários que deverão utilizá-lo. Nesse
processo, o catalogador deve ter sempre em mente que a conveniência do público deve ser
colocada à frente da facilidade dos trabalhos.

Para atingir seus objetivos, a catalogação descritiva deve ser:

a) clara – criando um código de fácil compreensão;

b) precisa – a representação deve referir-se apenas e a um único livro;

c) padronizada – no sentido de ser sempre usada da mesma forma para informações


semelhantes.

A descrição catalográfica é uma tarefa necessária para recolher elementos para a elaboração de
um catálogo, instrumento essencial no processo de comunicação entre a biblioteca e os seus
usuários. Deve ser feita em uma ficha, reunindo todos os elementos de um único item, julgados
necessários pelo catalogador de acordo com a realidade de cada biblioteca. Para os catálogos
que ficam à disposição dos usuários, as bibliotecas geralmente utilizam fichas de cor clara,
tamanho de 7,5 X 12,5cm, acondicionadas geralmente em fichários.

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PERSONAL ORGANIZE

Costuma-se furá-las e atravessá-las com um tipo de vareta, com o objetivo de que as fichas não
sejam retiradas do lugar. As fichas não podem ser reunidas e colocadas de qualquer maneira
dentro do fichário. É preciso adotar certos critérios para facilitar sua organização, tais como a
ordem alfabética de autor, do título e do assunto.

Essa rotina só se aplica nas bibliotecas que ainda mantêm catálogos convencionais em fichas.
Nas bibliotecas automatizadas, o catálogo em fichas foi substituído por listagens (catálogos
impressos) que já são alfabetadas automaticamente pelo sistema automatizado. Neste caso, você
só terá o trabalho de separar e colocar no lugar devido as listagens específicas de autor, título e
assunto, além de substituí-las quando estiverem desatualizadas.

A escola deve se valer dos seus mais variados recursos para atuar de forma participativa e
interativa com o objetivo de ampliar suas relações e firmar parcerias. Dentre elas incluem os
segmentos:

• A comunidade como um todo (pais, alunos e todos os profissionais que atuam na escola);

• Os formadores de opinião e os profissionais dos meios de comunicação (rádio, imprensa e


televisão);

• Os líderes comunitários, os sindicatos, as organizações comerciais, industriais e religiosas;

• As autoridades políticas;

• Os artistas e os profissionais liberais, as associações de classe, as ONGs, os clubes de serviço


etc.

A escola que não percebe as necessidades da comunidade e não interage com ela, e precisa
repensar sua prática. É só um prédio adormecido e pode perder seu lugar de destaque na
comunidade e deixar de aproveitar seu potencial de ação comunitária tanto quanto sua função
específica.

Desde que começamos a aprimorar a organização da biblioteca, tínhamos apenas a classificação


por assunto, temos alguns esquemas paralelos para a organização:

 Ordem alfabética
 Estágio de desenvolvimento
 Área do conhecimento (a ser estudada e aprimorada)
 Versão original da biblioteca (que ainda exige atualização manual por parte dos autores)
 Classificação Decimal de Dewey
 Biblioteca do Congresso
 Nível educacional

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PERSONAL ORGANIZE

A divisão temática e por autores é o mais antigo sistema de classificação de livros. A partir da
classificação decimal de Dewey, os livros são dispostos na biblioteca a partir de referências
numéricas.

Nas particulares, é muito comum a classificação por tema, um método que se pode considerar
subjetivo. No entanto, nas grandes bibliotecas, a classificação é muito mais objetiva. Desde o final
do século 19, entrou em vigor o sistema de classificação decimal de Dewey, utilizado até os
nossos dias e desenvolvido pelo norte-americano Melvil Dewey. Trata-se do sistema de
classificação bibliográfica mais utilizado em todo o mundo.

Classificar da seguinte forma:

Primeiramente irá colocar os seus livros na estante de acordo com o seu gosto e similaridades
dos assuntos. Normalmente gostamos de colocar os livros que falam sobre os mesmos assuntos
num mesmo lugar. É assim que tem que ser feito na sua biblioteca.

Determine os grandes assuntos da sua biblioteca. Determine todos os assuntos abordados pela
sua biblioteca.

Vamos supor que a sua biblioteca tenha estes assuntos principais: Teologia (tudo que estiver
relacionado com a igreja, doutrinas, etc.), Administração (tudo que você julga útil para as suas
tarefas de administrador), Computação (tudo que você tem sobre software, hardware,
etc.), História (todo o seu material sobre as civilizações).

De acordo com o exemplo:

CATEGORIA ASSUNTOS

A Teologia

B Administração

C Computação

D História

E Outro...

F Outro...

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PERSONAL ORGANIZE

G Assuntos Gerais

H até Z, se necessário futuramente Demais assuntos...

E assim sucessivamente para todos os seus livros, apostilas, artigos de arquivo e etc. Conforme
for criando os códigos para cada livro, escreva o código à lápis 2B na folha de rosto do livro

Etiquetar o seu material com os códigos criados por você.

Adquira um rolo de fita mágica de no mínimo 2 cm de largura( jamais use a fita adesiva).

Imprima os códigos numa folha com etiquetas e com o auxílio da fita mágica, cole-os na parte
inferior do dorso do livro. Ficará parecido com os livros disponíveis nas bibliotecas.

No caso de sua biblioteca particular, esse código deverá ser único para evitar problemas, será o
RG do seu livro.

Quanto as etiquetas com os códigos que foram coladas com a fita mágica no dorso dos livros, no
caso dos artigos, os códigos podem ser colocados diretamente nos documentos à caneta ou à
lápis, no canto superior direito, em todas as páginas do mesmo artigo, o mesmo número.
(Lembre-se sempre de jamais deixar clipe, grampos e outros materiais metálicos segurando os
documentos – eles enferrujam e danificam o papel).

O Auxiliar de Biblioteca é o profissional responsável por executar atividades auxiliares


especializadas e administrativas relacionadas à rotina de uma biblioteca.

Um Auxiliar de Biblioteca atua em todas as áreas da biblioteca, desde a aquisição de materiais,


do tratamento técnico, da recuperação e disseminação da informação em ambientes físicos ou
virtuais.

Auxiliar as atividades especializadas e administrativas relacionadas à rotina de bibliotecas ou


centros de documentação e informação, no atendimento ao usuário, quer no controle e na
conservação de documentos e equipamentos, quer nas atividades de aquisição, catalogação e
classificação de materiais bibliográficos e documentais, e no gerenciamento de bibliotecas.

O sentido contemporâneo, no entanto, engloba além dos livros, outros materiais como
microfilmes, revistas, gravações, slides, vídeo, CDs, DVDs, entre outros.

O material mais recente é o livro eletrônico – E-book.

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PERSONAL ORGANIZE

A Biblioteca Particular deverá ser Local organizado, limpo e silencioso, com temperatura
agradável e acervo condizente com a demanda dos leitores, destinado a consulta.

O termo Biblioteca também se refere as grandes coleções bibliográficas e por isto existem
diversos tipos de bibliotecas. Quanto aos objetivos, as bibliotecas podem ser divididas em duas
partes:

Bibliotecas de preservação: que guardam livros, manuscritos e outros documentos raros ou


acessíveis apenas a especialistas.

Bibliotecas de circulação: abertas ao público em geral ou a um público específico e destinadas


a consultas e empréstimos de obras.

Referências Bibliográficas

Wikipédia // Freire, 2013 // Faria e Pericão, 2008 pág. 102 // ISO 30300 // ISSO 30301 //
Dicionário de Terminologia Arquivística (D.T.A) // Lei nº 8.159 – Dispõe sobre a Política Nacional
de Arquivos Públicos e Privados // Decreto nº 4.915 – Dispõe sobre o Sistema de Gestão de
Documentos de Arquivo (SIGA) // Cartilha Noções Básicas de Arquivo UFMG // Jornal USP.

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