Universalidade de Livros
Universalidade de Livros
Universalidade de Livros
Biblioteca
Uma biblioteca (do grego βιβλιοϑήκη, composto
de βιβλίον, biblion — "livro", e ϑήκη theca —
"depósito"), na definição tradicional do termo, é um
local em que são guardados livros, documentos
tridimensionais, e demais publicações para o
público estudar, ler, e consultar tais obras. Desta
forma, os três objetivos das bibliotecas são:[1]
Interior da Biblioteca da Abadia de São Galo, na
A guarda dos livros e demais publicações em Suíça.
local livre de perigo, onde não sejam roubados,
incendiados e demais perigos;
A conservação, que não sejam estragados
porque o público manuseia constantemente as
obras, ou porque os documentos ficam úmidos,
quentes e ou em situações similares;
A organização segundo algumas regras para
catalogar e arquivar as obras impressas, com
intuito de que seja possível de se encontrarem
de maneira imediata por meio de classificações
como autor, assunto, ou diferente caraterística
de importância.
Os profissionais que lidam com esses objetivos são
Biblioteca Nacional do Brasil no Rio de Janeiro,
os bibliotecários, com formação em
criada por D. João VI de Portugal.
biblioteconomia, curso ensinado em instituições de
ensino superior. Para os visitantes, as bibliotecas
têm três finalidades básicas: estudar, ler e consultar as obras.[1] O público procurador comum das
bibliotecas está buscando um estudo sobre um certo tema, de simples leitura por diversão, ou de
realização de pesquisa a respeito de alguns assuntos. Por essa razão mesmo, há uma grande
variedade de pessoas que visitam as bibliotecas quando se é tratado de bibliotecas generalistas.
Hoje em dia, as bibliotecas não são somente guardiãs de livros, porém, da mesma forma, de
dicionários, enciclopédias, monografias, manuais, documentos tridimensionais, almanaques, atlas,
jornais, revistas, mapas, cartazes, manuscritos, filmes, discos, CDs, fitas, VHS, DVDs, BDs, ou
bancos de dados (arquivos em PDF ou DOC), fotografias, telas e microfilmes. Revistas e jornais são
classificados como material periódico, também são organizados e armazenados em uma seção da
biblioteca denominada hemeroteca - espaço próprio para este tipo de material informativo.[1]
Porém, o velho conceito de "depósito de livros" foi redefinido para "ambiente físico ou virtual
destinado à coleção de informações com a finalidade de auxiliar pesquisas e trabalhos escolares ou
para praticar o hábito de leitura, material este seja impressos em folhas de papel ou ainda
digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD ou
bancos de dados (arquivos em PDF ou DOC).[1]
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Momentos históricos
Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do
livro e vai encontrar abrigo no momento em que a
humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras
bibliotecas que se tem notícia são chamadas "minerais",
pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila:
depois vieram as bibliotecas vegetais e animais,
constituídas de rolos de papiros e pergaminhos. Essas são
as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios, persas e
chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado
pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel
Monge escriba medieval.
e, mais tarde, as de livro propriamente dito. Até o
momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais
antiga seja a do rei Assurbanípal (século VII a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila
escritas em caracteres cuneiformes. Mas nenhuma foi tão famosa como a biblioteca de Alexandria,
no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil
volumes. A sua fama é atribuída, além à grande quantidade de documentos, também aos três
grandes incêndios de que foi vítima. Em outubro de 2002 o governo do Egito inaugurou a nova
biblioteca Alexandria, desta vez um complexo cultural com bibliotecas, museus, áreas para
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Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em
Gaza; a de Nínive, da Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de
Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais
importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos.
A partir do século XVI é que a biblioteca realmente se transforma, tendo como característica a
localização acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação e
especializada em diferentes áreas do conhecimento.
No Brasil, a biblioteca oficial é a atual Biblioteca Nacional do Brasi, do Rio de Janeiro, que se
tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal, Dom José I
e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1808. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande
importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.
Tipos de biblioteca
As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas
bibliotecas públicas o acesso aos livros costuma ser
gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um
determinado tempo, a depender das políticas definidas,
que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas
públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade
acesso a informações que de alguma forma sejam úteis e
ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual,
muitas bibliotecas buscam oferecer infraestrutura para
inclusão digital.[4]
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(alfabeticamente).
Bibliotecas da antiguidade
As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos e
palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os sacerdotes
sabiam ler. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos de papiro ou
pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.
Bibliotecas comunitárias
O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos
anos, no Brasil, inclusive com um sistema informal de
empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse
sistema, o próprio interessado escolhe seu livro, anota seu
nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando
puder. É uma maneira inclusive de exercitar a cidadania e o
senso de responsabilidade de cada um.
Biblioteca Parque de Niterói, no Brasil.
Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (MG). No
município, a ONG Sebo cultural organizou algumas
bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia…), locais de acesso ininterrupto aos
interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica numa sala sem portas, facilitando assim
o acesso irrestrito não só dos munícipes, mas também de viajantes que usam o terminal.
Bibliotecas universitárias
O grande acontecimento medieval que , de uma certa Biblioteca do Vaticano pelo Papa Sisto
IV, fresco de Melozzo da Forlí, c. 1477
forma, decide os destinos de toda a civilização, e, por
(Museus do Vaticano).
consequência, os destinos do livro, é a fundação das
universidades. Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal
docente das universidades e outros estabelecimentos de ensino. Correspondem à unidade de
informação de uma Universidade, pelo que as suas coleções devem refletir as matérias lecionadas
nos cursos e áreas de investigação da instituição. A documentação é sobretudo de caráter científico
e técnico, que deve ser permanentemente atualizada, através da aquisição frequente de um grande
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Bibliotecas particulares
As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A
mais importante biblioteca pública foi a Biblioteca de Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814).
Escritores e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a
universidades após a morte dos donos.
Bibliotecas infantis
Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos
bibliográficos vocacionados especialmente para as
crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de
leitura nas crianças desde tenra idade, familiarizar as
crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer
as suas horas de lazer. Visam despertar as crianças para os
livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de
Biblioteca Narbal Fontes, no Alto de expressão, criatividade e imaginação. Podem conter
Santana, cidade de São Paulo. também revistas em quadrinhos, fanzines e folhetos de
cordel, tanto nas bibliotecas tradicionais, como em
gibitecas, fanzinoteca[5] e cordeltecas.[6]
Bibliotecas hospitalares
São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação com o Ministério da Saúde, que visam
a humanização da assistência aos doentes. O seu objetivo é fazer com que o período de
hospitalização não seja um fator de exclusão para os doentes, pois, veem-se afastados da família,
amigos e de sua casa. Também tornar a sua estadia mais lúdica, alegre, o menos traumatizante
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possível, atenuar situações de angústia e sofrimento, melhorar as relações com a equipe hospitalar
e contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os seus utilizadores são todos quantos
vão ao hospital, crianças e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos aqueles que se encontrem
imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos transitórios ou livres de internamento,
consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e
voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os doentes, pois, vão espalhando a
leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.
Hoje as bibliotecas são híbridas, isto é, com espaços, serviços e coleções simultaneamente físicos e
virtuais, em que as novas tecnologias de informação e comunicação passam a ser a base do serviço
e da inter-relação com o utilizador; passando a oferecer ao cidadão um conjunto de informações
que as novas tecnologias tornam disponível, mas já de forma tratada e selecionada, possibilitando
uma maior rapidez de acesso à informação.
Administração da biblioteca
A administração da biblioteca é feita por um profissional com formação superior em
Biblioteconomia. Este é chamado de bibliotecário ou bibliotecária. Capaz de gerenciar todo espaço
ao qual a biblioteca se encontra, esse profissional é o responsável direto pelo acervo, classificação
de assuntos, processamento técnico e, manutenção e supervisão da biblioteca. O bibliotecário tem
a formação adequada para organizar e coordenar um grupo de organizadores de documentos ou
técnicos auxiliares em organização da informação.
Dentro deste preceito, a aquisição de novos documentos deve ser realizada de maneira organizada,
e para isso segue uma política de compra de livros. A seleção faz-se tendo em conta o fundo
documental existente da Biblioteca, a fim de o completar, e ainda de acordo com as necessidades
relativas à atualização das coleções existentes. A bibliografia deve ser selecionada seguindo
critérios de qualidade e valor, levando em conta a necessidade de quem a utiliza.
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Antes de mais a biblioteca conta com o apoio e orientação do professor bibliotecário e dos vários
professores dos diferentes Departamentos que, ao iniciarem um novo ano letivo, fazem o
levantamento da bibliografia necessária para o novo ano letivo e enviam a respectiva informação
para a Biblioteca, para o responsável pelas aquisições verificar o que existe na Biblioteca e por
seguinte proceder à aquisição do material que está em falta. As "visitas" periódicas a Livrarias que
lançam as novidades também são importantes assim como ter em conta as sugestões dos
utilizadores.
Processo de aquisições
Em Portugal
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No Brasil
A Lei n° 12 244 de 2010, sancionada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, dispõe sobre a universalização das
bibliotecas nas instituições de ensino do país. Conforme o
texto, "Biblioteca Escolar " é definida como uma coleção de
livros ou documentos registrados em diferentes tipos de
suportes que sejam destinados a consulta, pesquisa, estudo
ou leitura.[8]
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Outra exigência desta lei estabelece que todas as bibliotecas sejam administradas por profissionais
da área, fato que torna a lei de suma importância para os bibliotecários.
Ver também
Bibliotecário de referência
Bibliofilia
Classificação decimal de Dewey
Biblioteca digital
Classificação decimal universal
Biblioteca do Congresso
ISBN
Biblioteca Municipal
Livro digital
Referências
1. Arruda 1988, p. 1271.
2. PUCPR. «Regulamentos e Normas» (http://www.pucpr.br/biblioteca/regulamentos.php).
Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Consultado em 19 de setembro de 2015
3. «Qual a maior biblioteca do mundo?» (https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-maior-
biblioteca-do-mundo/). Super. Consultado em 5 de fevereiro de 2023
4. ANTUNES, Walda de Andrade, et al. Curso de capacitação para dinamização e uso da
biblioteca pública (manual). São Paulo: Global. 2000. ISBN 85-260-0597-9.
5. Rodrigues, Felipe (junho de 2019). «Glossário de publicações alternativas» (http://www.marcad
efantasia.com/revistas/imaginario/imaginario11-20/imaginario16/imaginario16.pdf) (PDF). Marca
de Fantasia. Imaginário! (16): 136-161. ISSN 2237-6933 (https://www.worldcat.org/issn/2237-6
933)
6. «Escola pública arrecada doações para implantação de gibiteca e cordelteca em Araripina» (htt
ps://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/escola-publica-arrecada-doacoes-para-implantaca
o-de-gibiteca-e-cordelteca-em-araripina.ghtml). G1. Consultado em 5 de fevereiro de 2023
7. «Internet. Os ratos de biblioteca estão diferentes» (http://www.ionline.pt/artigos/portugal/interne
t-os-ratos-biblioteca-estao-diferentes)
8. «L12244» (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12244.htm).
www.planalto.gov.br. Consultado em 5 de fevereiro de 2023
Bibliografia
CANFORA, Luciano. A Biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo: Companhia
das Letras, 1989. 195 p.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 698 p. (A era da Informação:
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ECO, Umberto. O Nome da rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 562 p.
MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. São Paulo: Ática, 3. ed. 1998. 512 p.
SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 2007. 252 p.
CAMPELLO, Bernadete Santos; CALDEIRA, Paulo da Terra. Introdução às fontes de informação. Belo
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VALIO, E.B.M., Biblioteca Escolar. trans-in-formação, 1990. Disponível em: http://periodicos.puc-
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca 9/10
13/08/2024, 21:27 Biblioteca – Wikipédia, a enciclopédia livre
VACALEBRE, Natale. COME LE ARMADURE E L'ARMI. Per una storia delle antiche biblioteche della
Compagnia di Gesù. Con il caso di Perugia, Premessa di Edoardo Barbieri. Firenze: Olschki, 2016. 292 p. ISBN
9788822264800
Ligações externas
Biblioteca virtual da UFSC (http://www.ced.ufsc.br/bibliote/virtual/)
Directório de Bibliotecas de Portugal (http://bibliotecas.wetpaint.com/)
Directório de Bibliotecas Escolares de Portugal (http://www.bibliotecasescolares.net/)
Biblioteca de Biologia e Ciências (https://www.bibliotecas.ufu.br/portal-da-pesquisa/base-de-da
dos/planeta-biologia)
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