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ARQUIVOS E ACERVOS
HISTÓRICOS
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No que se refere às pesquisas em documentos e organização de
arquivos históricos, o caso do Brasil é mais tardio em relação ao europeu, e
mais lamentável. No século XIX, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878),
como parte de seus esforços para produzir uma história nacional, notabilizou-
se pela descoberta e publicação de catálogos de documentos relacionados à
história do Brasil, encontrados em diferentes arquivos europeus. Mas bem já
adiantado no século XX, em 1951, o historiador Sérgio Buarque de Holanda
(1902-1982) ainda lamentava o atraso das pesquisas históricas brasileiras,
particularmente na deficiência dos arquivos e na tímida publicação de
documentos históricos essenciais às pesquisas (Holanda, 2010, p. 66-78). Nas
primeiras décadas do século XXI ainda são raros os arquivos brasileiros que
possuem recursos adequados à manutenção e divulgação de seus acervos, e
não são poucos os documentos históricos que correm risco de deterioração
diante da ausência de interesse político em sua preservação. Não há
necessidade de argumento mais incisivo do que lembrarmos o incêndio do
Museu Nacional de 2018, que não foi uma eventualidade, mas consequência
de má gestão.
Os estudos históricos ainda dependem essencialmente da visita a
arquivos e da pesquisa de documentos. Em primeiro lugar, pelo óbvio fato de
que a maioria dos documentos não está digitalizada ou publicada,
especialmente no caso do Brasil. Mas, além disso, mesmo quando existem
documentos digitalizados ou publicados, historiadores e historiadoras devem
evitar que o sentido de seus trabalhos seja determinado pelas políticas de
divulgação determinada pelos arquivos. Por vezes, o que uma instituição
arquivística decide publicar pode constituir um quadro parcial, e mesmo
tendencioso, de determinado evento ou processo histórico. Mas há um terceiro
ponto em que os arquivos são fundamentais aos estudos históricos: a validade
do próprio saber historiográfico.
De acordo com Hunt et al. (1995, p. 251), “Os arquivos em Lyon, França,
estão guardados em um antigo convento em uma colina com vista para a
cidade. Chega-se a ele subindo cerca de trezentos degraus de pedra. Para o
realista prático, a subida vale o esforço; o relativista pode não se incomodar”.
Qual a origem da argumentação das historiadoras? Contrapondo-se a
determinados posicionamentos denominados de pós-modernos em relação à
história, elas estão afirmando que visitas aos arquivos, por mais difíceis que
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possam ser, justificam-se pela busca de certas verdades sobre o passado e de
respostas a problemas históricos. Para uma abordagem relativista, a visita aos
arquivos seria desnecessária, já que adeptos dessa concepção acreditam que
o que fazem historiadores e historiadoras não é em nada diferente de uma obra
de ficção. Então, por que se incomodariam em suplantar os degraus dos
arquivos de Lyon? Afinal, em sua concepção tanto ingênua quanto danosa da
história, lá não existiria nada especial de verdadeiro ou objetivo a ser
encontrado.
Subir as escadas do arquivo de Lyon, suportar a poeira nos arquivos
eclesiásticos de sua cidade, submeter-se a improvisadas condições de trabalho
em um sem número de museus ou bibliotecas se relaciona, portanto, a uma
tomada de posição em relação à validade do saber histórico, à legitimidade de
suas pesquisas e à importância pela busca de respostas sobre o
desenvolvimento social. De fato, sabemos que o conhecimento histórico não é
neutro ou objetivo, como acreditavam os oitocentistas quando, aliás, os
arquivos foram alçados ao altar de centros da verdade sobre o passado. No
entanto, contrapondo-se a concepções niilistas, os arquivos continuam sendo
depositários das fontes com as quais se constrói um conhecimento válido sobre
o passado e que têm condições de estabelecer determinadas verdades,
mesmo que provisórias, sobre o presente. Afinal, qual conhecimento não é
provisório?
E dentro de sua importância, cabe a historiadores e historiadoras
compreender as regras práticas de funcionamento dos arquivos, seus métodos
de trabalho e as possibilidades de conhecimento que pode ser adquirido nos
diferentes acervos de preservação da memória. Se, do ponto de vista teórico,
os arquivos são fundamentais ao saber histórico, compreender sua realidade
concreta e cotidiana faz parte de nosso desenvolvimento profissional.
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conteúdos importantes. Se, em outros momentos, compreendiam-se os
possíveis danos causados aos documentos pela manipulação necessária às
fotocópias, na atualidade o uso de câmeras portáteis, especialmente de
telefones celulares, não gera qualquer dano aos documentos1.
Considere, ainda, a realidade da pesquisa e dos arquivos em cada
localidade. No Brasil, existem instituições que oferecem um atendimento
bastante adequado à pesquisa, enquanto outras, sofrendo com falta de
recursos e pessoal, não têm condições de apresentar suporte minimamente
adequado. Além disso, catálogos podem estar desatualizados; acervos podem
ter sido removidos para diferentes instituições (ou estar em processo de
restauro, o que usualmente impede sua consulta); documentos podem ter sido
arquivados de forma equivocada e não se encontram onde, a princípio,
deveriam estar.
Considerando uma abordagem metodológica, lembre-se de ir aos
arquivos tendo uma noção, a mais precisa possível, dos documentos que
deseja pesquisar. Não há dúvida de que muitas pesquisas históricas surgem de
um contato relativamente lúdico com documentos do passado, mas em geral os
arquivos públicos são muito extensos e complexos para tais práticas. Fique
atento a informações e documentos inesperados que podem surgir do contato
com os arquivos, mas, a princípio, direcione seu contato com os documentos
levando em consideração a problemática de sua própria pesquisa.
Por fim, tenha ciência de que você eventualmente entrará em contato
com arquivos que estão absolutamente despreparados para receber
pesquisadores. Será você quem, por fim, acabará por decidir se valerá o
esforço de enfrentar pesadelos burocráticos ou logísticos para consultar
determinados documentos. Não é incomum que cartórios, por exemplo,
possuam acervos de documentos bastante significativos, mas que, sem
conhecimento de sua importância, acabem dificultando o acesso por parte de
historiadores, quando não promovem queimas de arquivos para conjuntos
documentais que consideram inúteis.
1 Existem arquivos, no Brasil, que cobram taxas para cópias realizadas de documentos mesmo
quando feitas a partir de celulares dos pesquisadores. Por um lado, diante da ausência de
recursos aos Arquivos Públicos, compreende-se que poderia ser uma fonte de renda
complementar para estas instituições. Porém, além desses custos serem, não raramente,
abusivos, deve-se lembrar da própria realidade da pesquisa no Brasil, notadamente a histórica:
também ela é, usualmente, carente de recursos.
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Todas essas discussões envolvem problemas práticos do acesso a
arquivos. São, porém, apenas parte das condições reais com as quais
historiadores e historiadoras se defrontam no trabalho de consulta à
documentação. Cada instituição tem sua própria história, dificuldades e
características. De concreto, fica que, em qualquer caso, sua formação como
profissional da história será enriquecida com a experiência de visita e trabalho
em arquivos.
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Figura 1 – Registro de batismo (1686) - Igreja Católica, 1640-2012.
2 <https://www.familysearch.org>
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más condições de preservação, além de carência de um sistema qualquer de
catalogação. Além disso, e mesmo quando existe boa vontade da instituição, a
maior parte dos arquivos de natureza religiosa, especialmente católicos, está
despreparada para receber pesquisadores. Não é incomum que as pesquisas
sejam feitas em espaços improvisados e, usualmente, não existem funcionários
que possam acompanhar o pesquisador nas longas horas e dias necessários à
consulta dos materiais. Com a utilização de câmeras digitais esse trabalho se
acelera, pois é possível fotografar grande quantidade de documentos para
consulta posterior. Na maior parte do tempo, porém, improviso é a primeira
regra da pesquisa.
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Figura 2 – As diferentes capas de Mais prazeres do sexo (reprodução).
As bibliotecas, ainda que muitas vezes não sejam vistas desta forma,
são também arquivos e bastante valiosos. São espaços para guarda de
documentos – preferencialmente livros e periódicos, mas não somente –, além
de estabelecerem estratégias de gestão desse material por meio de políticas
de manutenção e construção de acervos, em função de certas concepções de
difusão da informação (Piovezan, 2020).
Nas bibliotecas encontram-se não apenas os textos dos livros em si, que
possuem um inegável valor. Para além deles, é possível encontrar a
materialidade dos livros e o suporte para esses textos, que são características
importantes. Sem a possibilidade de comparação de diferentes edições de um
mesmo texto, não seria possível, por exemplo, identificar as mudanças
ocorridas nas edições de Mais prazeres do sexo, nem associar as alterações
nesta obra tanto à Revolução Sexual, por um lado, quanto à ascensão do medo
da Aids, por outro. A pequena faixa vermelha em um livro tão significativo
quanto o de Comfort acabava, assim, como um signo do fim das esperanças
liberalizantes da Revolução Sexual.
Outro exemplo bastante conhecido da utilidade da comparação de
edições é o do clássico Raízes do Brasil. Sua primeira edição, datada de 1936,
é encontrada em apenas algumas bibliotecas e seu conteúdo é bastante
diferente das edições posteriores, e mais conhecidas, da obra. Apenas pela
análise da primeira edição é possível perceber a influência que autores
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nazistas tiveram no pensamento de Sérgio Buarque de Holanda (que escreveu
sua obra quando morava na Alemanha), algo que foi excluído a partir da
segunda edição. Tanto a comparação quanto as conclusões só foram possíveis
porque as bibliotecas foram consideradas arquivos documentais.
E esses são apenas alguns dos possíveis exemplos de informações que
só podem ser obtidas por meio da manipulação dos exemplares: detalhes de
encadernação, antigas anotações e sublinhados, uso de diferentes fontes,
possíveis rasuras e detalhes da diagramação são informações que podem ser
obtidas pela análise do livro concreto, para além do texto em si. Tais detalhes
revelam formas de leituras, dão indícios da apropriação dos conteúdos e
revelam estratégias mercadológicas dos livreiros, ampliando, assim, o
conhecimento histórico do texto, sua produção, circulação e uso. Ou seja, para
além dos próprios textos que abrigam, as bibliotecas são valiosas e possuem
múltiplas possibilidades de pesquisa fornecidas por seus acervos.
Não se pode esquecer, por exemplo, que as bibliotecas são locais de
guarda e consulta de periódicos. Na atualidade, a Biblioteca Nacional possui a
Hemeroteca Digital3, projeto que se propõe a digitalizar e disponibilizar
periódicos on-line, os quais podem ser consultados a qualquer momento pela
Internet, facilitando o trabalho de pesquisa. Porém, há vantagens em se
consultar periódicos diretamente na biblioteca. Em primeiro lugar, a própria
materialidade dos exemplares tende a revelar, assim como ocorre com os
livros, diferentes formas de leitura e apropriação dos conteúdos. Além disso, a
Biblioteca Nacional não digitalizou todos os periódicos já publicados, por isso
os historiadores que utilizarem apenas os exemplares on-line podem deixar de
consultar fontes importantes para suas pesquisas. Vale ressaltar que o estudo
das fontes não deve estar subordinado às políticas de digitalização e
publicação dos arquivos, pois isso pode gerar distorções nas análises
históricas.
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin é outro exemplo de como
uma biblioteca deve ser compreendida também na condição de arquivo. Trata-
se de um acervo com mais de 60 mil livros, formado pela doação da coleção
construída pelos bibliófilos Guita e José Mindlin à Universidade de São Paulo
(USP). Aberto ao público desde 2013, o acervo conta também com um projeto
de digitalização de obras raras, que se encontram à disposição para consulta
3 <https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/>
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na Internet4. Não é incomum que as bibliotecas de pesquisadores e
colecionadores acabem doadas, sendo os livros mantidos em espaços
específicos e de acordo com a organização original de seu proprietário.
Trata-se do respeito aos fundos, regra própria da arquivologia, que já se
destacou em outros momentos. Tais fundos são, sem dúvida, importantes
pelas próprias obras, que passam a estar disponíveis aos pesquisadores, mas
também são valiosas pelo que revelam sobre a formação intelectual de seus
antigos proprietários.
Por fim, outros documentos existentes em bibliotecas podem ser
utilizados como fontes de pesquisas históricas. O historiador Cláudio Denipoti
pesquisou antigas fichas de consulta para descobrir quem eram os leitores de
obras de sexualidade que se encontravam no acervo da Biblioteca Pública do
Paraná, nas primeiras décadas do século XX (Denipoti, 1994). Conseguiu,
assim, relevar mais detalhes sobre quem seriam os leitores que se
interessavam por um tema que, à época, era considerado tabu.
De acordo com a Lei n. 10.994, de 14 de dezembro de 2004, e a Lei n.
12.192, de 14 de janeiro de 2010 – as leis do chamado Depósito Legal – todas
as publicações produzidas no Brasil devem, necessariamente, enviar uma
cópia para a Biblioteca Nacional para fim de preservação da produção
intelectual brasileira. A lei se refere tanto a produções impressas, como livros e
periódicos, quanto a fonogramas, videogramas e partituras, permitindo a
construção de um acervo que vai muito além de apenas livros (Biblioteca
Nacional).
4<https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/1>
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Na atualidade, existem políticas bem estabelecidas de preservação de
arquivos individuais, mas, ainda assim, dentro de limites bastante específicos.
O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) – órgão ligado ao Ministério da
Justiça que tem a função de definir a política nacional sobre arquivos – pode
considerar a preservação de arquivos de particulares, desde que se refiram a
“marcos ou dimensões significativas da história social, econômica, técnica ou
cultural do país”, podendo, então, por meio de decreto presidencial, ser
“declarados de interesse público e social” (Conarq). A Fundação Getúlio
Vargas, por sua vez, possui, desde 1973, o Programa de Arquivos Pessoais
(PAP), no qual reúne “quase duas centenas de arquivos de homens públicos
de atuação destacada no cenário nacional” (FGV). Este e outros programas
semelhantes são, na atualidade, responsáveis pela manutenção de acervos
particulares como o de Sérgio Buarque de Holanda, o de Jorge Amado (quase
vendido para uma universidade estadunidense) ou o de Pagu, que foi
encontrado no lixo, sendo casualmente recuperado por uma catadora
(Piovezan, 2020).
Por que tais arquivos interessam? Porque podem lançar luz sobre o
trabalho intelectual e político de determinados personagens públicos, com base
em uma documentação privada. A documentação de Sérgio Buarque de
Holanda, por exemplo, deu margem à publicação de obras póstumas. A de
Jorge Amado – como de tantos outros arquivos de particulares, arquivados sob
as mesmas condições – é bastante significativa por sua correspondência com
outras personalidades públicas. Não é incomum, aliás, a prática de publicação
da correspondência particular de personalidades públicas, como forma de
contribuição às fontes históricas dos eventos e processos históricos dos quais
participaram, direta ou indiretamente.
Há, porém, um limite importante dessas políticas: trata-se, muito
comumente, de arquivamento de documentos de políticos ou de
personalidades das artes, especialmente da literatura. Ou seja, não são
representação da vida comum de determinado período ou sociedade,
acabando por construir acervos documentais que são, de certa forma,
tendenciosos.
Repare que parâmetros como marcos ou dimensões significativas da
história ou homens públicos de atuação destacada se assemelham muito a
uma concepção de história do século XIX, em que eram pesquisados apenas
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os chamados grandes homens, considerados, então, os agentes privilegiados
do desenvolvimento histórico. Definições como aquela do Conarq ou do PAP
repetem, mesmo que não intencionalmente, definições semelhantes. Se os
arquivos superaram as políticas de manter em seus acervos apenas
documentos institucionais (os documentos históricos por excelência da escola
metódica francesa, por exemplo), ainda preservam algo das concepções
tradicionais históricas ao se debruçarem nos documentos apenas dos grandes
homens responsáveis pelos grandes marcos históricos. Reproduzem assim,
em seus arquivos, uma concepção de história que é, na atualidade,
ultrapassada.
Desde as últimas décadas do século XX, foram iniciadas discussões
entre os arquivistas sobre a inclusão de documentos de pessoas ditas comuns
nos acervos dos arquivos. O objetivo desta política – em sintonia, aliás, com
questionamentos da própria prática histórica – era o de valorizar a atuação
cotidiana dos indivíduos na condição de agentes históricos, procurando
estabelecer relação entre a existência particular e o contexto social
(Mckemmish , 1996). Portanto, o objetivo era apresentar, por assim dizer, uma
relação entre o micro e o macro, destacando inclusive possibilidades de
resistência ao status quo. Alguns dos primeiros arquivos com essa perspectiva
surgiram com viés político, procurando recuperar a vivência de feministas e de
pessoas LGBT.
Tal perspectiva, porém, apresenta dificuldades inúmeras. A primeira, e
talvez mais significativa, é o fato de que as pessoas ditas “comuns” produzem
documentos materiais ou digitais a todo instante, e procurar preservá-los
integralmente seria absolutamente impossível. Devem existir, assim,
parâmetros de seleção, tanto na seleção de indivíduos quanto de registros. O
quanto desta seleção acabaria reforçando as concepções sociais já
estabelecidas?
Um segundo ponto é que, diferentemente das instituições, o que se
denomina de arquivos pessoais, costumeiramente, são amontoados de
documentos sem qualquer organização, mínima que seja. Se um dos princípios
da prática arquivística é o de respeito à organização original dos documentos,
isso perde todo o valor diante de emaranhados documentais não raramente
sem nexo. Nestes casos, deve ser imposto aos documentos algum tipo de
organização para que possam se tornar úteis a trabalhos de pesquisa.
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Figura 3 - Exemplo da desorganização comum de um arquivo particular.
NA PRÁTICA
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ignorem a existência de arquivos documentais interessantes na própria família.
Procure investigar com seus parentes a existência de correspondências, álbuns
de fotografias, diários, coleções musicais e de vídeos e considere a
possibilidade de organizar esse material em um arquivo familiar. Assim, você
aprende um pouco mais sobre a própria história familiar, além de entrar em
contato com a problemática de organização de arquivos.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
HUNT, L. et. al. Telling the truth about history. Nova Iorque: W. W. Norton,
1995.
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seguran%C3%A7a-%C3%A9-palavra-chave-%E2%80%93-parte-2>. Acesso
em: 23 ago. 2018.
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