Dor
Dor
Dor
DOR RÁPIDA
- Sentida em 0,1s após a aplicação do estímulo
doloroso
- Também chamada: dor súbita ou aguda, dor em
pontada, dor em agulhada ou dor elétrica
- Sentida quando: uma agulha é enfiada na pele,
corte na pele, queimadura aguda e choque
elétrico
- Não é sentida na maioria dos tecidos profundos
DOR LENTA
- Sentida em 1s ou mais após o estímulo
- Aumenta lentamente durante muitos segundos
ou minutos
- Também chamada: dor surda, dor pulsante, dor
nauseante e dor crônica
- Sentida quando ocorre destruição do tecido
- Ocorre na pele e em órgãos profundos
- Pode levar a sofrimentos prolongados e
insuportáveis
RECEPTORES DE DOR OU NOCICEPTORES
São terminações nervosas livres
Estão difusamente distribuídos pelos tecidos:
camadas da pele, periósteo, paredes arteriais,
superfícies articulares e foice e tentório da
abobada craniana
A maioria dos outros tecidos não é extensamente
suprida por terminações da dor, mas supridas
escassamente; no entanto, qualquer lesão difusa
do tecido ainda se pode somar para causar o tipo
de dor lenta, na maior parte dessas áreas
TIPOS DE ESTÍMULOS QUE EXCITAM OS
RECEPTORES DOLOROS
Mecânicos (dor rápida e lenta)
Térmicos (dor rápida e lenta)
Químicos (dor lenta)
- Agentes químicos que provocam dor:
Bradicinina, Serotonina, Histamina, Íons potássio,
Ácidos, Acetilcolina e Enzimas proteolíticas
- A Bradicinina parece ser o agente químico mais
importante na determinação da dor por lesão
tecidual
- Os Íons potássio e as Enzimas proteolíticas
também aumentam a intensidade da dor
- Prostaglandinas e substâncias P apenas
acentuam a sensibilidade das terminações
algésicas, mas não as excitam diretamente.
NATUREZA NÃO-ADAPTÁVEL DOS
RECEPTORES DA DOR
Ao contrário da maioria dos receptores sensoriais,
os nociceptores não sofrem adaptação
Em certas condições, a excitação das fibras da
dor torna-se progressivamente maior,
especialmente em relação à dor lenta, enquanto
o estímulo da dor continuar. Esse aumento da
sensibilidade dos receptores da dor é chamado
HIPERALGESIA
Essa falta de adaptação dos receptores da dor
permite que a pessoa se mantenha informada da
dor enquanto persistir o estímulo
INTENSIDADE DA LESÃO TECIDUAL COMO
ESTÍMULO DA DOR
A pessoa comum começa a perceber a dor
quando a pele é aquecida acima de 45ºC; além
disso, é a temperatura na qual os tecidos
começam a ser lesados pelo calor
A dor resultante do calor está intimamente
correlacionada com a intensidade na qual está
ocorrendo a lesão dos tecidos, e não com a lesão
total que já tenha ocorrido
Vias Duplas
Receptores para dor são terminações
livres
Duas vias principais através das
quais a dor chega ao sistema
nervoso para-
segmentar:neoespinotalâmica(dor
pontual-rápida) e
paleoespinotalâmica(dor lenta-
crônica)
Fibras dolorosas periféricas
rápidas
Sinais dolorosos pontual-rápido são causados por
estímulos mecânicos ou térmicos
Fibras mielinizadas tipo A-delta
Velocidade entre 6 e 30 m/s
Inibidas por pressão
Localizado superficialmente
Conduzidos do CPME ao feixe neoespinotalâmico
com organização somatotópica precisa e
detalhada, por este motivo a dor somática pode
ser precisa e quantificável
Pode ser mal localizada quando não há
estimulação dos receptores táteis
Glutamato
Fibras dolorosas periféricas
lenta
Nociceptores mecânicos ,térmicos e químicos
Fibras amielínicas tipo C
Velocidade entre 0,5 e 2 m/s
Essas fibras são responsáveis pela transmissão
da dor de tipo lenta
Estão localizadas em estruturas
profundas:músculos ,tendões e vísceras
Conduzidas do CPME ao feixe
paleoespinotalâmico
Sem organização somatotópica precisa(difícil de
ser localizada)
Sensação dupla de dor
Dor pontual-rápida é seguida pela
dor lenta até o cérebro
Dor rápida estimula uma ação
imediata para que o indivíduo se
afaste do estímulo doloroso
A dor tende a aumentar
Via Neoespinotalâmica
Penetra no SN por nervos espinhais
Constituída basicamente pelo tracto
espino-talâmico lateral
Esse tracto envolve uma cadeia de
três neurônios
Via
Neoespinotalâmico(neurônio I)
Fora do SNC em um glânglio sensitivo
Sensitivo
Pseudo-unipolar
Dendraxônio se bifurca em T (um prolongamento
periférico e outro central)
Prolongamento periférico liga-se aos receptores
pelos nervos espinhais
Prolongamento central penetra na medula e
bifurca-se em ramo descendente curto e
ascendente longo terminando na CPME onde
fazem sinapse com os neurônios II
Substância P
Via
Neoespinotalâmica(neurôniosIII
)
Núcleo ventral póstero-lateral
(tálamo)
Axônios formam radiações talâmicas
que pela cápsula interna e coroa
radiada chegam na área somestésica
do córtex cerebral(giro pós-central)
Impulsos originados em receptores
térmicos e dolorosos situados no
tronco e membros do lado oposto
Via
Neoespinotalâmica(neurôniosII
)
Coluna posterior,principalmente na
lâminaI
Axônios cruzam o plano mediano pela
comissura branca e atingem o funículo
lateral do lado oposto, inflectem-se
cranialmente para constituir o tracto
espino-talâmico lateral
Nível da ponte :tracto espino-talâmico
lateral mais espino-talâmico anterior
formam lemnisco espinhal que termina no
tálamo fazendo sinapse com os neurônios
Via Paleoespinotalâmica
Sistema mais antigo
Conduz sinais de dor, principalmente, das fibras
periféricas crônicas lentas do tipo C. Mas
transmite alguns sinais de fibras do tipo A delta
também.
As fibras periféricas terminam nas lâminas II e III
do corno dorsal da medula (que em conjunto é
denominado de substância gelatinosa).
Posteriormente, são transmitidos por meio de
neurônios até entrar na lâmina V e no corno
dorsal.
Cruzam pela comissura anterior da medula,
seguindo na direção do cérebro pela via ântero-
lateral da medula espinhal.
Neurotransmissores da via
Paleoespinotalâmica
Os terminais das fibras para a dor do tipo
C secretam: glutamato e substância P.
GLUTAMATO
Atua instantaneamente e persiste por
milissegundos.
Sensação de dor rápida
SUBSTÂNCIA P
Liberação lenta e aumento da concetração
em um período de segundos ou até
minutos.
Sensação de dor lenta
Via Paleoespinotalâmica
As suas fibras terminam em:
Núcleos reticulares do bulbo, ponte e
mesencéfalo
Área tectal do mesencéfalo
Região cinzenta periaquedutal
OBS:
Animais com secção superior ao mesencéfalo
ainda exibem sinais claros de dor e sofrimentos
induzidos por trauma.
O córtex somatossensorial parece ajudar a
localizar a dor, porém, só estimulação só produz
dor em cerca de 3% de sua área.
A formação reticular do tronco, o tálamo e outros
centros inferiores dão a consciência da dor.
Localização da Fonte da dor
A via paleoespinotalâmica é pobre.
Ou seja, a dor só pode ser localizada em
uma parte principal do corpo – ex. braço -,
mas não sabe-se o lugar em específico.
Isso acontece devido à conectividade
Estímulos químicos