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3 Anemia

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TRANSTORNOS

HEMATOLÓGICOS
Anemias
Conceito
As anemias são um grupo de doenças
caracterizadas por uma diminuição da
hemoglobina (Hb) ou glóbulos vermelhos (RBCs),
resultando na diminuição da capacidade de
transporte de oxigênio no sangue.
A Organização Mundial da Saúde define
anemia como:
Hb menor que 13 g/dL (<130 g/L; <8,07
mmol/L) em homens;
Hb menor que 12 g/dL (<120 g/L; <7,45
mmol/L) em mulheres.
Valores de Referência
Fisiopatologia
DIMINUIÇÃO DA SOBREVIDA DOS ERITRÓCITOS
(Hemorragias agudas/hemólise)

DEFEITOS NA PRODUÇÃO MEDULAR


(Hipoproliferação)
DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS ERITRÓCITOS
(Eritropoese ineficaz)
Classificação
Do ponto de vista
morfológico, as
anemias podem ser
classificadas,
baseando-se nos
índices
hematimétricos VCM
(Volume Corpuscular
Médio), HCM
(Hemoglobina
Corpuscular Média) e
CHCM (Concentração
de Hemoglobina
Corpuscular Média)
em:
Causas
Causas
hemorrágicas
Causas genéticas • Agudas
Defeitos na hemoglobina: • Crónicas
• Anemia falciforme

• Síndromes
talassêmicas Causas nutricionais:
• Deficiência de ferro
(Anemia ferropriva)
Defeitos na membrana
• Deficiência de
do eritrócito
vitamina B12 (Anemia
• Eliptocitose
perniciosa,
• Esferocitose
difilobotríase)
• Deficiência de folato

Defeitos enzimáticos:
• Deficiência em
glucose-6-fosfato
desidrogenase
Sinais e sintomas
Irritabilidade,
Cefaleia,
Cansaço,
Taquicardia e dispnéia a esforços continuados,
Palidez cutâneo-mucosa,
Tontura.
• Alguns sintomas clássicos como a palidez,
taquicardia e dispinéia podem ser confundidos
e mascarados pelas próprias características da
senescência, por outras comorbidades ou uso
de medicamentos
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico rápido é essencial porque a anemia é frequentemente um sinal de patologia subjacente.

A avaliação inicial da anemia envolve uma contagem


completa de células sanguíneas (CBC);
Índice de reticulócitos;
Exame das fezes quanto a sangue oculto.
Nas anemias macrocíticas, o volume corpuscular médio
geralmente é elevado.
As concentrações de vitamina B12 e folato podem ser
medidas para diferenciar as duas anemias por
deficiência.
Um valor de vitamina B12 menor que 150 picog/mL
(<111 pmol/L), juntamente com esfregaço de sangue
periférico e sintomas clínicos apropriados, é
diagnóstico de anemia por deficiência de vitamina B12.
TRATAMENTO
Objectivos
Aliviar os sinais e sintomas,
Corrigir a etiologia subjacente (por exemplo,
restaurar os substratos necessários para a produção
de hemácias),
Substituir as reservas corporais e,
Impedir a recorrência da anemia.
O tratamento é muito variado e feito de acordo com a causa base da anemia.
ANEMIA FERROPRIVA

Sulfato ferroso:
• Crianças: 3 a 6 mg/kg/dia de ferro elementar, sem
ultrapassar 60 mg/dia;
• Gestantes: 60 a 200 mg/dia de ferro elementar associadas
a 400 mcg/dia de ácido fólico;
• Adultos: 120 mg/dia a 200 de ferro elementar 2 a 3X/dia;
• Idosos: 15 mg/dia de ferro elementar.
O ferro é mal absorvido pelos vegetais, produtos de grãos,
laticínios e ovos, e melhor absorvido pela carne, peixe e aves.
 Administrar o ferro pelo menos 1 hora antes das refeições,
pois os alimentos interferem na absorção.
Considerar o ferro parenteral em pacientes com má absorção
de ferro, intolerância à terapia oral ou não adesão.
 A administração parenteral, no entanto, não acelera o início
da resposta hematológica. A dose de reposição depende da
etiologia da anemia e da concentração de Hb.
Ferro Dextrano, Gluconato férrico de sódio, ferumoxitol e
sacarose de ferro são preparações parenterais disponíveis de
ferro com eficácia semelhante, mas diferentes tamanhos
moleculares, farmacocinética, biodisponibilidade e perfis de
efeitos adversos.
Formulações orais
Formulações Parenterais
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
• Vitamina B12: 1000 mcg, via parenteral, durante 4 semanas,
seguido de injeções mensais;
• Ácido fólico: 1mg/dia, via oral, durante 1 mês.

ANEMIA FALCIFORME
• Ácido fólico: 1mg/dia;
• Hidroxiureia: 15-35 mg/kg/dia. Usada para prevenção das
crises dolorosas;
• Transplante de medula óssea: único tratamento curativo,
porém com alta morbimortalidade e necessita de um doador
compatível.
ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA
Acomete pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como tuberculose, doença de Crohn, pneumonias e
doenças malignas como carcinomas e linfomas. O tratamento é feito com o controlo da doença basal.
Eritropoetina pode ser considerada em casos graves com anemia intensa.

• Eritropoetina: dose inicial de 100 UI/Kg, via subcutânea,


dividida em três doses semanais por um período de 8 a 12
semanas. Se não houver resposta terapêutica esperada,
recomenda-se aumentar a dose de para 150 UI/Kg até 300
UI/Kg.

ANEMIA POR DEFICIENCIA DO FOLATO


O ácido fólico oral, 1 mg por dia, durante 4 meses, geralmente é
suficiente para o tratamento da anemia por deficiência de ácido
fólico, a menos que a etiologia não possa ser corrigida. Se houver
má absorção, pode ser necessária uma dose de 1 a 5 mg por dia.
ANEMIA EM POPULAÇÕES PEDIÁTRICAS
• Anemia de prematuridade é geralmente tratada com
transfusões de hemácias.
• Bebês de 9 a 12 meses: administrar sulfato de ferro 3
mg/kg (ferro elementar) uma ou duas vezes ao dia entre as
refeições durante 4 a 8 semanas.
• A dose e o horário da vitamina B12 devem ser instituidos de
acordo com a resposta clínica e laboratorial. A dose diária de
ácido fólico é de 1 a 3 mg.
Questionário
1. Fale dos parâmetros globais para avalição inicial e
diagnóstico de anemia.
2. A utilização de suplementação medicamentosa com sais de
ferro para prevenir e tratar a anemia é um recurso
tradicional e amplamente utilizado. Fale das condições de
absorção do ferro oral.
3. Fale do tratamento da anemia falciforme e da anemia
perniciosa.

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