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Bioquímica Básica e Metabolismo

Iniciaremos em breve
19:00 às 21:35

Tutor Me. Andiara Artmann


Conteúdo
Bioquímica Básica e Metabolismo

Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3


Fundamentos da Bioquímica AS MACROMOLÉCULAS E PRINCIPAIS VIAS DO
SUAS FUNÇÕES METABOLISMO E PROCESSOS
BIOENERGÉTICOS
BIOENERGÉTICA

Uma célula viva opera uma variedade de funções metabólicas e, para manter esse nível de
atividade, ela deve obter e gastar energia.
Há um fluxo contínuo de energia nas células e seus arredores.

• Ramo da bioquímica que trata do estudo das transformações de energia nos organismos
vivos.
• Examina o metabolismo energético das células, que inclui as vias e enzimas envolvidas na
produção, armazenamento e uso de energia.
• Analisa como as células obtêm energia de seu ambiente, como por meio da fotossíntese e
da respiração celular, e como usam essa energia para realizar os processos celulares.
BIOENERGÉTICA
Objetivos:

• Compreender as mudanças de energia que ocorrem nas células vivas e os processos químicos
responsáveis por essas mudanças.

• Analisa as diferentes formas de energia que as células vivas usam como energia química,
energia térmica e energia luminosa.

• Como são transformadas em outras formas de energia, como o ATP.


LEIS DA TERMODINÂMICA
Descrevem como a energia é transferida e transformada em um sistema.

1) A primeira lei da termodinâmica ou lei da conservação de energia

Afirma que a quantidade total de energia no universo é constante, sendo que a energia
pode mudar de forma ou pode ser transportada de uma região para outra, mas não pode
ser criada ou destruída.
A energia é usada e não gasta, sendo convertida de uma forma para outra.

2) A segunda lei da termodinâmica

Afirma que toda transferência ou transformação de energia aumenta a desordem, ou


entropia, do universo, assim a entropia total de um sistema fechado sempre aumentará com
o tempo. No entanto os seres vivos são altamente ordenados, exigindo a entrada constante
de energia para serem mantidos em um estado de baixa entropia.
LEIS DA TERMODINÂMICA
A bioenergética utiliza três parâmetros termodinâmicos para descrever as trocas de energia que
ocorrem nas reações químicas: energia livre de Gibbs (G), Entalpia (H) e Entropia (S).

• Livre de Gibbs (G) é uma medida da energia disponível para realizar trabalho.
Classificadas como exergônicas se ela libera energia livre, resultando em uma mudança
negativa na energia livre (ΔG < 0). E endergônica é aquela em que o sistema adquire energia
livre, resultando em uma variação positiva na energia livre (ΔG > 0).

• Entalpia (H) é a medida do conteúdo de calor do sistema reagente. Reflete o número e o tipo
de ligações químicas nos reagentes e produtos. As reações são classificadas como exotérmicas
(ΔH < 0) ou endotérmicas (ΔH > 0) com base na liberação ou absorção de calor, respectivamente.

• Entropia (S) é uma medida da desordem ou aleatoriedade de um sistema. Uma reação


prossegue com ganho de entropia quando os produtos são menos complexos e mais
desordenados que os reagentes.
REAÇÕES BIOQUÍMICAS
Referem-se às reações químicas que ocorrem dentro das células e são
essenciais para o seu bom funcionamento e a sobrevivência dos
organismos vivos.

Essas reações bioquímicas são catalisadas por enzimas, que catalisam


reações com:
● Isomerização: Equilíbrio em que um isômero é convertido no
outro, normalmente catalisado por uma base.
● Hidrólise: fenômeno químico no qual uma molécula é quebrada em
moléculas menores na presença de água.
● Ligação
REAÇÕES BIOQUÍMICAS
Oxidação e Redução (reações redox) - os átomos têm seu
estado de oxidação (ou número de oxidação) alterado.

• A oxidação é o processo de perda de elétrons e resulta


em um aumento no estado de oxidação de um átomo.

• A redução, por outro lado, é o processo de ganhar


elétrons e resulta em uma diminuição no estado de
oxidação de um átomo.
Forma Química de se Obter Carbono do Ambiente:

• Autotróficos - (bactérias fotossintéticas, algas verdes e plantas vasculares) podem


usar o dióxido de carbono da atmosfera como sua única fonte de carbono, a partir
do qual formam todas as suas biomoléculas constituídas de carbono. Alguns
organismos autotróficos, como as cianobactérias, também podem utilizar
nitrogênio atmosférico para gerar todos os seus componentes nitrogenados. São
autossuficientes

• Heterotróficos - Obtém carbono na forma de moléculas orgânicas, como a glicose.


(animais multicelulares e a maioria dos microrganismos). Por necessitarem de
carbono em formas mais complexas, dependem de produtos de outros organismos.
Autotróficos e Heterotróficos
• Vivem juntos em um ciclo interdependente no qual os autótrofos produzem compostos
orgânicos e oxigênio por meio da fotossíntese e os heterótrofos consomem esses
compostos e liberam dióxido de carbono.

• Esse ciclo é impulsionado pela energia solar e carbono, oxigênio e água são
constantemente reciclados entre os dois grupos.
Metabolismo
• Processo pelo qual os organismos vivos convertem nutrientes em energia e
constroem as moléculas necessárias para a vida.

• Esse processo pode ser dividido em vias menores, cada via envolvendo uma série de
enzimas que catalisam reações químicas específicas.

• Cada enzima tem suas próprias características, como a eficiência catalítica ou sua
capacidade de regular o fluxo de moléculas intermediárias.

• O termo metaboloma se refere ao conjunto completo de moléculas presentes em


um organismo, incluindo todos os metabólitos que estão envolvidos no
metabolismo.

• O metabolismo pode ser dividido em duas categorias principais: catabolismo e


anabolismo.
Catabolismo Reações enzimáticas que liberam energia para o corpo

Conjunto de vias metabólicas que quebram moléculas complexas, como carboidratos, proteínas e
gorduras em moléculas mais simples. Essas moléculas são então degradadas em acetil-CoA, que
entra no ciclo de Krebs, onde é oxidada para gerar grandes quantidades de ATP via fosforilação
oxidativa.

As vias catabólicas liberam energia, e parte dessa energia é conservada na forma de:
• ATP (adenosina trifosfato) e
• Transportadores de elétrons reduzidos
⚬ NADH – Dinucleótido de nicotinamida e adenina;
⚬ NADPH – Nicotinamida adenina dinucleótido fosfato e
⚬ FADH2- Dinucleótido de flavina e adenina;
• o restante é perdido como calor
Anabolismo
É um processo divergente no qual alguns precursores biossintéticos, como aminoácidos,
formam uma ampla variedade de produtos poliméricos ou complexos, como proteínas. As
reações anabólicas são endergônicas, o que significa que requerem energia, que
normalmente é fornecida pela hidrólise do ATP.

Essas reações geralmente envolvem reduções químicas, onde o poder redutor


geralmente é fornecido por doadores de elétrons, como NADH, FADH2.
Catabolismo X Anabolismo
Metabolismo de Aminoácidos
A degradação das proteínas ingeridas até seus aminoácidos constituintes acontece no trato
gastrintestinal.
1. A chegada de proteínas da dieta ao estômago estimula a mucosa gástrica a secretar o hormônio
gastrina, o qual estimula a secreção de ácido clorídrico pelas células parietais e de pepsinogênio
pelas células principais das glândulas gástricas.
2. O pH ácido age como agente desnaturante, desenovelando proteínas globulares e tornando suas
ligações peptídicas internas mais suscetíveis à hidrólise enzimática
3. O pepsinogênio (precursor inativo) é convertido na pepsina ativa por meio de uma clivagem
autocatalisada que ocorre apenas em pH baixo.
4. A pepsina hidrolisa as proteínas ingeridas, atuando em ligações peptídicas em que o resíduo de
aminoácido localizado na porção aminoterminal provém dos aminoácidos aromáticos Phe, Trp e
Tyr clivando cadeias polipeptídicas longas em uma mistura de peptídeos menores.
Metabolismo de Aminoácidos
5. O conteúdo ácido do estômago passa para o intestino
delgado, o pH baixo desencadeia a secreção do hormônio
secretina na corrente sanguínea.

6. A secretina estimula o pâncreas a secretar bicarbonato no


intestino delgado (através do ducto pancreático), para
neutralizar o HCl gástrico, aumentando abruptamente o pH, que
fica próximo a 7.

7. Aminoácidos no duodeno (Int.Delgado) - Liberação do


hormônio colecistocinina, que estimula a secreção de diversas
enzimas pancreáticas com atividades ótimas em pH 7 a 8.
Metabolismo de Ác. Graxos e Triglicerídeos
• A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa a acetil-CoA é uma via central de geração de
energia em muitos organismos e tecidos.
• Os elétrons retirados dos ácidos graxos durante a oxidação passam pela cadeia respiratória,
levando à síntese de ATP; a acetil-CoA produzida a partir dos ácidos graxos pode ser
completamente oxidada a CO2 no ciclo do ácido cítrico, resultando em mais conservação de
energia.
• No fígado, a acetil-CoA pode ser convertida em corpos cetônicos – combustíveis solúveis em
água exportados para o cérebro e para outros tecidos quando glicose não está disponível
• O papel biológico da oxidação dos ácidos graxos varia de acordo com o organismo, o mecanismo
é essencialmente o mesmo –
• O processo repetitivo de quatro etapas, chamado de beta-oxidação, por meio do qual os ácidos
graxos são convertidos em acetil-CoA.
Triglicerídeos - Ácidos Graxos
Podemos obter combustíveis de ácidos graxos de três fontes: gorduras consumidas na dieta, gorduras
armazenadas nas células como gotículas de lipídios e gorduras sintetizadas em um órgão para exportação
a outro.
Vertebrados - obtêm gorduras na dieta; mobilizam gorduras armazenadas em tecidos especializados
(tecido adiposo) e, no fígado, convertem o excesso dos carboidratos da dieta em gordura para a exportação
aos outros tecidos.

Os triacilgliceróis fornecem mais da metade das necessidades energéticas de alguns órgãos,


particularmente o fígado, o coração e a musculatura esquelética em repouso.

Devido a sua apolaridade, os triacilglicerídeos ingeridos devem ser emulsificados antes que possam ser
digeridos por enzimas hidrossolúveis no intestino, e os triacilglicerídeos absorvidos no intestino ou
mobilizados dos tecidos de armazenamento devem ser carregados no sangue ligados a proteínas que
neutralizam a sua insolubilidade.
Absorção de Gorduras - Intestino Delgado
Absorção de Gorduras - Intestino Delgado
1. A digestão das gorduras provenientes da alimentação no
estômago com a liberação de enzimas chamadas lipases
gástricas,
2. São degradados em compostos menores.
3. Processo continua no intestino delgado com a ajuda dos sais
biliares, que solubilizam as gorduras formando micelas mistas
acessíveis à ação de lipases pancreáticas;
4. Quebram os triglicerídeos em ácidos graxos menores e glicerol,
os quais difundem-se para dentro das células na mucosa
intestinal.
5. São reconvertidos a triacilgliceróis e empacotados com o
colesterol e lipoproteínas para serem transportados aos tecidos
alvos na forma de quilomícrons que entram no sistema linfático
e eventualmente chegam à corrente sanguínea

Sais biliares - Compostos anfipáticos que atuam como detergentes


biológicos, convertendo as gorduras da dieta em micelas mistas de sais
biliares e triacilgliceróis.
Absorção de Gorduras - Intestino Delgado
6. Quando os hormônios sinalizam necessidade de energia, os
triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo são mobilizados.

7. Os níveis baixos de glicose ativam os hormônios glucagon (ou outros


sinais, ativam a adrenalina), que se liga ao seu receptor na membrana
do adipócito e estimula a ação de segundos mensageiros para abrir as
gotículas de lipídios e ativar as lipases hormônio-sensível nos adipócitos,
resultando na hidrólise de ácidos graxos livres e glicerol.

8. Os ácidos graxos saem do tecido adiposo e se ligam à albumina sérica


no sangue para serem transportados aos tecidos alvos, onde são
liberados e oxidados para fornecer energia.

9.O glicerol segue outra via, em que será transformado no intermediário


di-hidroxi-acetona fosfato e pode ser oxidado na via da glicólise
Absorção de Gorduras - Intestino Delgado
10. Nos capilares desses tecidos, a enzima extracelular, lipase lipoproteica, ativada pela apoC-II,
hidrolisa os triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol, absorvidos pelas células nos tecidos-alvo.

11. No músculo, os ácidos graxos são oxidados para obter energia; no tecido adiposo, eles são
reesterificados para armazenamento na forma de triacilgliceróis.

12. Quilomícrons remanescentes, ainda contendo colesterol e apolipoproteínas, se deslocam até o


fígado, onde são captados por endocitose mediada pelos receptores específicos para as suas
respectivas apolipoproteínas. Os triacilgliceróis que entram no fígado por essa via podem ser
oxidados para fornecer energia ou precursores para a síntese de corpos cetônicos.
Absorção de Gorduras - Intestino Delgado
• Apolipoproteínas são proteínas de ligação a lipídios no sangue, responsáveis pelo transporte de
triacilgliceróis, fosfolipídios, colesterol e ésteres de colesterol entre os órgãos. Elas se combinam com
os lipídios para formar várias classes de partículas de lipoproteína, que são agregados esféricos com
lipídios hidrofóbicos no centro e cadeias laterais hidrofílicas de proteínas e grupos polares de lipídios
na superfície.
• Várias combinações de lipídios e proteínas produzem partículas de densidades diferentes.
HDL - Alta densidade LDL - Baixa densidade.
Transporta o colesterol em excesso das células Transporta o colesterol em do fígado para as
para o fígado onde será metabolizado. células.

Auxilia na eliminação do colesterol do organismo. Se estiver em excesso, acumula colesterol nas


paredes dos vasos sanguíneos.
Metabolismo de Lipídios
• Os lipídios são um grupo diversificado de biomoléculas que incluem triacilgliceróis e esteroides, e
desempenham papéis importantes no organismo.

• A digestão e a absorção de lipídios envolvem a quebra dos lipídios da dieta em moléculas menores
que podem ser absorvidas e transportadas pelo organismo.

• Através da degradação ou beta-oxidação de ácidos graxos, o corpo gera a energia necessária para
realizar suas funções.

• A biossíntese de ácidos graxos a partir de precursores como o acetil-CoA é um processo que ocorre
principalmente no fígado e no tecido adiposo e é regulado por hormônios como a insulina e o
glucagon.

• O metabolismo do colesterol é importante para a produção do colesterol, presente nas membranas


celulares e como precursor dos hormônios esteroides, ácidos biliares e vitamina D.
• Fatores como genética, dieta e estilo de vida podem afetar o metabolismo do colesterol e contribuir
para níveis elevados de colesterol no sangue o desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
Hormônios ativam a Mobilização dos Triglicerídeos Armazenados
• Os lipídios são armazenados nos adipócitos (e nas células que sintetizam esteroides do
córtex da suprarrenal, dos ovários e dos testículos) na forma de gotículas lipídicas, com um
centro de ésteres de esteróis e triacilgliceróis envoltos por uma monocamada de
fosfolipídios.
• A superfície dessas gotículas é revestida por perilipinas, família de proteínas que restringem o
acesso às gotículas lipídicas, evitando a mobilização prematura dos lipídios.
• Quando os hormônios (Glucagon, Adrenalina) sinalizam a necessidade de energia
metabólica, os triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo são mobilizados e
transportados aos tecidos (musculatura esquelética, coração e córtex renal) nos quais os
ácidos graxos podem ser oxidados para a produção de energia. (Beta oxidação).
• Glucagon é liberado para aumentar a concentração de glicose no sangue, o contrário da
insulina.
Hormônios ativam a Mobilização dos Triglicerídeos Armazenados
Os hormônios glucagon/adrenalina estimulam a enzima adenilil ciclase na membrana plasmática dos
adipócitos , que produz o segundo mensageiro intracelular AMP cíclico (AMPc).
A proteína-cinase dependente de cAMP (PKA) leva a mudanças que abrem a gotícula de lipídeo para a
atividade de três lipases, que atuam sobre tri-, di- e monoacilgliceróis, liberando ácidos graxos e
glicerol.

AMPc - Possui função reguladora do metabolismo


celular, interferindo em diversos processos, como
glicogenólise, lipólise, reabsorção de água, contração
muscular, entre outros
β-oxidação de Ác. Graxos
• Ocorre através da β-oxidação na mitocôndria,
• É uma via central de produção de energia em muitos órgãos e tecidos, e a principal fonte
energética do coração e do fígado de mamíferos.
• O cérebro, que normalmente depende da glicose como fonte de energia, pode também utilizar
os corpos cetônicos que são subprodutos da β-oxidação.

A entrada de ácidos graxos maiores de 12 carbonos na mitocôndria, que são a maioria, ocorre
pela ativação do ácido graxo e pelo sistema de transporte carnitina, em duas etapas:

1. A primeira etapa, é a ativação do ácido graxo no citosol pela enzima Acil-CoA sintetase, que
catalisa a formação de um acil-graxo-CoA ativado com energia da clivagem de ATP. O acil-
graxo-CoA ativado também poderá ser utilizado no citosol para sintetizar lipídeos de
membrana.
2. A segunda etapa é o transporte para dentro da mitocôndria pelo sistema de transporte
carnitina
Para realizar a Beta-oxidação o Ác. Graxo e ativado
para entrar na mitocôndria.
Cetogênese – Corpos cetônicos
• Nos mamíferos, o acetil-CoA formado no fígado durante a β-
oxidação pode entrar no ciclo de Krebs ou ser convertido a corpos
cetônicos (o acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona).
• A formação dos corpos cetônicos ocorre na matriz da
mitocôndria.
• A enzima tiolase catalisa a condensação de 2 moléculas de acetil-
CoA.
• E, reações seguintes das demais enzimas geram o acetoacetato,
que produz acetona e β-hidroxibutirato.
• A acetona é exalada, e os demais corpos cetônicos são
exportados para os tecidos, onde são convertidos em acetil-CoA e
oxidados para fornecer energia, principalmente em condições de
jejum
BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS
• O fígado é o principal órgão responsável pela síntese de ácidos graxos que acontece na mitocôndria.
• O processo é endergônico e redutor, usando ATP como fonte de energia metabólica e NADPH como
agente redutor.
• O precursor da síntese de ácidos graxos é o acetil-CoA proveniente da oxidação do piruvato e do
catabolismo dos esqueletos carbônicos dos aminoácidos.
• Amembrana da mitocôndria é impermeável ao acetil-CoA, o que significa que este não pode passar pela
membrana por conta própria. Para chegar ao citosol, a célula usa um sistema de transporte chamado de
lançadeira

• Nesse sistema, o acetil-CoA reage com o oxaloacetato na mitocôndria, produzindo o citrato, uma
molécula que pode facilmente ser transportado da mitocôndria para o citosol por meio do transportador
de citrato. Essa é uma reação catalisada pela enzima citrato-sintase que faz parte do ciclo de Krebs.

• Uma vez no citosol, a enzima citrato-liase cliva o citrato, em uma reação que consome ATP, para
regenerar acetil-CoA e oxaloacetato no citosol, que é então convertido em malato, e devolvido à matriz
mitocondrial através do transportador de malato-α-cetoglutarato.
• A maior parte do malato é convertida em piruvato no citosol, produzindo NADPH que é necessário para a
biossíntese de ácidos graxos.
• O piruvato é transportado de volta para a mitocôndria através do transportador de piruvato.
Metabolismo dos aminoácidos
• Os aminoácidos são os monômeros constituintes das proteínas e desempenham papéis
importantes em vários processos fisiológicos do corpo.
• Processo complexo que envolve vários mecanismos, incluindo digestão de proteínas, transporte,
desaminação, excreção de nitrogênio e ciclo da ureia e síntese.

• Durante a digestão, as enzimas no estômago e no intestino delgado quebram as proteínas em


aminoácidos individuais. Esses aminoácidos são então transportados através da parede intestinal e
para a corrente sanguínea, onde são distribuídos para vários tecidos e órgãos por todo o corpo.

• Alguns dos aminoácidos são usados para sintetizar novas proteínas, que são essenciais para o
crescimento, reparo e manutenção de várias estruturas e funções do corpo.

• Os organismos variam muito em sua capacidade de sintetizar os 20 aminoácidos comuns,


enquanto a maior parte das bactérias e plantas pode sintetizar todos eles, os mamíferos sintetizam
apenas cerca de metade deles, tendo que obter o restante através da dieta. Esses aminoácidos são
chamados de essenciais
Metabolismo de
Aminoácidos
Ciclo da Ureia
• Processo pelo qual o nitrogênio é removido dos aminoácidos e excretado na forma de
ureia.

• O ciclo converte a amônia, um subproduto tóxico do metabolismo das proteínas, em


uréia, que é menos tóxica e pode ser excretada na urina.

• Esse processo é essencial para manter o equilíbrio de nitrogênio no corpo e prevenir o


acúmulo de níveis nocivos de amônia.
Ciclo da Ureia
O ciclo da ureia acontece no fígado e envolve cinco etapas que ocorrem nas mitocôndrias e no citosol.

1. A amônia, proveniente de várias fontes, forma, na mitocôndria, o carbamoil-fosfato, pela enzima


carbamoil-fosfato-sintase I. Essa reação utiliza o nitrogênio da amônia, o carbono do bicarbonato e
consome 2ATP. Essa enzima sofre regulação.

2. O carbamoil-fosfato entra no ciclo da ureia e condensa-se a uma molécula de ornitina, formando a


citrulina.

3. A citrulina é transportada para o citosol, onde seu grupo carbonila é condensado com um segundo
grupo amino do aspartato, formando a arginina-succinato, com consumo de 1ATP;

4. Uma enzima liase quebra a arginina-succinato, liberando uma molécula de fumarato e um


aminoácido, a arginina. Essa é a única reação reversível do ciclo.

5. O fumarato é convertido em uma ação reversível a malato e entra na mitocôndria para unir-se aos
intermediários do ciclo de Krebs. A arginina é hidrolisada produzindo a ureia e regenerando a
ornitina. A ornitina retorna à mitocôndria, de volta ao ciclo da ureia.
Ciclo da Ureia - Principalmente em Hepatócitos.
Grupamento Amino reage com o CO2 do Bicarbonato.

Citrulina é ligada ao aspartato

(Arginininosuccinato)
Ciclo da Ureia

Quebra de Arginininosuccinato
Gerando –
Arginina e liberando Fumarato.

Ultima etapa - Quebra da Arginina gerando


Ornitina (que adentra o ciclo novamente) e
Ureia. https://www.youtube.com/watch?v=BNb8
PSkHgAU

O exame de Ureia - permite avaliar tanto


a função renal quanto hepática, caso
algum destes órgãos não esteja
funcionando corretamente o nível de
Ureia Sérica estará elevado.

Excretada na Urina
Digestão de Proteínas
• As proteínas da dieta são digeridas pelas enzimas proteases.
• Este processo é realizado por um grupo de enzimas chamadas proteases.
• A maioria das proteases é sintetizada em uma forma inativa conhecida como zimogênios, o que as
impede de digerir as próprias proteínas do corpo antes de chegarem ao seu destino.
• As proteases produzem os aminoácidos livres, que são absorvidos no intestino e transportados até o
fígado.
• O fígado desempenha um papel importante na regulação dos níveis de aminoácidos no corpo, pois
pode armazená-los ou metabolizá-los conforme necessário.

• As vias do catabolismo de aminoácidos são bastante semelhantes na maioria dos organismos.


Em animais, os aminoácidos sofrem oxidação em 3 circunstâncias metabólicas:
• Durante a dinâmica normal de síntese e degradação das proteínas no organismo (meia-vida das
proteínas, alvos da via ubiquitina-proteossoma).
• Quando há excesso de aminoácidos na dieta, pois os aminoácidos não são armazenados, e a massa
muscular é ativada apenas por sinais específicos.
• Nas situações de faltas de carboidratos ou em que as reservas de energia já foram consumidas, como
no jejum ou diabetes mellitus não controlado, quando as proteínas teciduais serão utilizadas como
combustível.
Biossíntese dos aminoácidos
• Processo de produção de aminoácidos necessários para a formação de proteínas a partir de
intermediários obtidos da glicólise, do ciclo de Krebs ou da via das pentoses fosfato

• Os aminoácidos são classificados em três grupos: aminoácidos não essenciais; aminoácidos


essenciais; e, aminoácidos condicionais.
• Os aminoácidos não essenciais são sintetizados pelo corpo, incluem: alanina, arginina,
asparagina, ácido aspártico, cisteína, ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina, serina e
tirosina.

• Os aminoácidos essenciais não podem ser sintetizados pelo corpo e devem ser obtidos dos
alimentos. Os 9 aminoácidos essenciais são: histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina,
fenilalanina, treonina, triptofano e valina.

• Os aminoácidos condicionais geralmente não são essenciais, exceto em condições de


doença e estresse, incluem: arginina, cisteína, glutamina, tirosina, glicina, ornitina, prolina e
serina.
Metabolismo dos Nucleotídeos
• Os nucleotídeos são precursores do DNA e do RNA;
• São carreadores essenciais de energia química – papel desempenhado basicamente pelo ATP e,
em parte, pelo GTP;
• São componentes:
⚬ Dos cofatores NAD, FAD, coenzima A,
⚬ De intermediários biossintéticos ativados, como UDP-glicose (precursor do glicogênio) e CDP-
diacilglicerol (enzima catalisadora);
⚬ E alguns deles, como o cAMP e o cGMP, são também segundos mensageiros celulares.

⚬ Sem os nucleotídeos, processos importantes como a biossíntese de proteínas, a replicação


do material genético e a divisão celular não seriam possíveis.
Metabolismo dos Nucleotídeos
• Os nucleotídeos são sintetizados por duas vias principais: as vias de
novo e as vias de salvação.

• A síntese de novo de nucleotídeos de purina e pirimidina inicia


partir de precursores simples: aminoácidos, ribose-5-fosfato, CO2 e
NH3 em um processo comum a quase todos os organismos.

• As vias de salvação, por outro lado, permitem que os organismos


reciclem compostos de purina e pirimidina obtidos através da dieta
ou liberados a partir da degradação de ácidos nucleicos
Metabolismo dos Nucleotídeos
• As vias de novo para a síntese de pirimidina e purina compartilham vários
precursores importantes, sendo o principal o fosforribosil-pirofosfato (PRPP).

• Outro precursor importante é o aminoácido glicina para purinas e aspartato para


pirimidinas. A glutamina é a principal fonte de grupos amina em cinco etapas
diferentes das vias de novo.

• O aspartato também é utilizado como fonte de um grupo amino em duas das


etapas das vias das purinas.

• A renovação do ácido nucleico (síntese e degradação) é um processo metabólico


contínuo na maioria das células, e esse processo pode levar à liberação de
purinas livres na forma de adenina, guanina e hipoxantina. Essas podem ser
usadas em vias de salvação, na reconstrução de nucleotídeos, reduzindo assim a
necessidade de síntese de novo e conservando energia.
• A enzima fosforribosil-transferase ressintetiza os nucleotídeos AMP e GMP das
bases adenina e guanina, respectivamente. Essa via é semelhante para a bases
pirimídicas.
T3 - METABOLISMO DE CARBOIDRATOS E BIOENERGÉTICA
Glicose
• Todos os seres vivos estão continuamente usando energia.
• Nos seres humanos, a energia é necessária para se mover, mas também para respirar, para pensar
e até durante o sono.
• Nas células, a energia é necessária em muitas funções, como na síntese e quebra de moléculas, no
transporte de moléculas para dentro e para fora das células e manutenção da célula.

• A respiração celular é o processo pelo qual as células geram energia na forma de ATP, quebrando
moléculas orgânicas – glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos – na presença de O2 e com
produção de CO2 . Quando o oxigênio é utilizado na respiração celular, esse processo é chamado
de respiração celular aeróbia e acontece em três estágios principais

• A glicose que não foi utilizada no processo da respiração celular é armazenada na forma de
glicogênio. Por outro lado, quando os estoques de glicogênio se esgotam, a glicose pode ser
sintetizada pelo próprio corpo para manter os níveis de glicose no sangue e prover energia para
o funcionamento das células.
BIOENERGÉTICA
Glicólise
• A glicose é o principal combustível da maioria das nossas células.
• As vias alimentadoras para o fornecimento da glicose são os estoques de glicogênio, e, a partir da
dieta, provém principalmente de dissacarídeos, como sacarose e lactose, ou polissacarídeos, como
o amido, que são hidrolisados por enzimas digestivas e a glicose distribuída para o todo o corpo
pela corrente sanguínea.

• Uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, gerando
duas moléculas do composto de três átomos de carbono, o piruvato.
• Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na
forma de ATP e NADH.

• A primeira fase da glicólise é chamada de preparatória ou de investimento, pois utiliza duas


moléculas de ATP;
• A segunda fase é chamada de pagamento pois produz um saldo positivo de ATP.
Glicólise

https://www.youtube.com/watch
?v=_eYE94Ayiyo
Glicólise

As cinco primeiras etapas constituem a fase preparatória:


Nessas reações a glicose é inicialmente fosforilada no grupo hidroxil ligado ao C-6 (etapa 1).

1ª Reação
Fosforilação é a adição de um grupo
fosfato (PO4) a uma proteína ou
outra molécula.

ATP é o doador de
grupos fosforil.
Fase preparatória:
A glicose-6-fosfato assim formada e convertida a frutose-6-fosfato (etapa 2).

2ª Reação
A frutose-6-fosfato é novamente fosforilada, desta vez em C-1.
Formando a frutose-1,6-bifosfato.
Nas duas reações de fosforilação (Reação 1 e 3) o ATP é o doador de grupos fosforil.

3ª Reação

Irreversível
A frutose-1,6-bifosfato é dividida em duas moléculas de três carbonos, a di-
hidroxiacetona-fosfato e o gliceraldeido-3-fosfato (etapa 4); essa é a etapa de “lise” que
dá nome à via.

4ª Reação

2 Trioses
Açúcar de 3 Carbonos.
A di-hidroxiacetona-fosfato é isomerizada a uma segunda molécula de gliceraldeido-3-
fosfato (etapa 5), finalizando a primeira fase da glicólise.

Duas moléculas de ATP são consumidas antes da clivagem da glicose em duas partes
de três carbonos = 2 Gliceraldeído-3-fosfato

5ª Reação
Glicólise – Fase preparatória
A energia do ATP é consumida. São 5 etapas:

1. A fosforilação da glicose faz com que ela permaneça na célula para ser metabolizada.
2. Isomerização da glicose-6-fosfato, uma aldose em uma cetose, a frutose-6- fosfato.
Reação reversível catalisada pela fosfo-hexose-isomerase (ou fosfoglicoseisomerase).
3. Fosforilação da frutose-6-fosfato a frutose-1,6-bisfosfato, com a transferência de um
grupo fosforil do ATP.
4. Clivagem da ligação C-C da frutose-1,6-bisfosfato em 2 isômeros trioses-fosfatos
interconversíveis. A enzima aldolase catalisa a condensação aldólica inversa resultando na
formação de uma cetose – di-hidroxi-acetona-fosfato e uma aldose – gliceraldeído-3-
fosfato;
5. Interconvenção, realizada pela enzima triose-fosfato isomerase, pois apenas aldoses
seguiram na segunda etapa da via glicolítica.
Fase de Pagamento da Glicólise - 6º a 10º
As moléculas de gliceradeido-3-fosfato são oxidadas e fosforiladas por fosfato
inorgânico (não por ATP) para formar 1,3-bifosfoglicerato (etapa 6).

Libera-se um íon H.
Que é adicionado ao
NAD+H+ 6ª Reação

Como são 2 gliceraldeídos =


2NAD+2H+
Fase de Pagamento da Glicólise - 7º
Fosfato presente no carbono 1 é retirado e fosforila uma molécula de ADP, gerando
ATP. (x2) = 2ATP's

7ª Reação
Fase de Pagamento da Glicólise - 8º
Fosfato presente no carbono 3 é retirado deste e ligado ao carbono 2.

8ª Reação
Fase de Pagamento da Glicólise - 9º e 10º
A Enolase age sobre a 2-fosfoglicerato e libera água e Fosfoenolpiruvato que é rica em
energia.

9ª Reação
10ª Reação

10ª - Piruvato Quinase - Remove a fosforila do fosfoenolpiruvato e a transfere para o ADP.


Gera ATP e uma molécula de Piruvato.
Como gastamos 2 ATP's na primeira fase temos um saldo de +2ATPS e 2NADH e 2
Piruvatos (1 glicose = 2 piruvatos)
Glicólise – Fase pagamento ou lucro
• As reações acontecem em dobro, a partir das duas trioses formadas na fase anterior,
com formação de ATP e transferência de elétrons para o NAD+ produzindo o NADH.

6. A oxidação e fosforilação do gliceraldeído-3-fosfato formando o 1,3-bifosfoglicerato com


produção de NADH. Essa é uma reação reversível da enzima gliceraldeído-3- fosfato
desidrogenase da classe das oxidorredutase.
7. O 1,3-bifosfoglicerato tem uma ligação fosfórica rica em energia (acil-fosfato). A enzima
fosfoglicerato-cinase transfere o grupo fosforil para o ADP, formando ATP e 3-
fosfoglicerato.
8. Transferência do fosforil do C3 para o C2 formando 2-fosfoglicerato, pela ação da
enzima fosfoglicerato-mutase em uma reação reversível.
9. A enzima enolase remove H2 0 para formar uma dupla ligação entre carbonos,
formando o fosfoenolpiruvato ou PEP, em uma reação reversível.
10. A última etapa da glicólise. A piruvato-cinase transfere o fosforil da PEP para o ADP,
formando ATP e piruvato. Essa é uma reação irreversível e a enzima sofre regulação.
Fermentação
• A fermentação é o termo geral para a degradação anaeróbica da glicose ou outros nutrientes orgânicos
para obtenção de energia.

• O NAD+ necessário para a glicólise é escasso e precisa ser continuamente regenerado.


• Em condições aeróbias, as duas moléculas NADH serão reoxidadas a NAD+ pela transferência de seus
elétrons para a cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria durante a etapa da fosforilação
oxidativa.
• Em condições anaeróbicas, serão regenerados durante o processo de fermentação. A fermentação
láctica é catalisada de forma reversível pela enzima lactatodesidrogenase.
• O piruvato recebe elétrons do NADH e é transformado em L-lactato, e o NADH é regenerado. Ocorre no
músculo esquelético muito ativo, nos eritrócitos, nos tecidos vegetais submersos, nos tumores sólidos
ou nas bactérias lácticas.
T3 - Metabolismo de Carboidratos e Bioenergética
A respiração celular é o processo pelo qual as células geram energia na forma de ATP, quebrando moléculas
orgânicas – glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos – na presença de O2 e com produção de CO2 .

Quando o oxigênio é utilizado na respiração celular, esse processo é chamado de respiração


celular aeróbia e acontece em três estágios principais:

A glicólise no citoplasma é o ponto central do metabolismo de carboidratos e ocorre no primeiro estágio da


respiração celular, onde uma molécula de glicose é convertida em duas moléculas de piruvato,
gerando um ganho líquido de 2ATP e 2NADH.

Em seguida, o ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs), acontece na mitocôndria. Ele começa pela
oxidação do acetil-CoA derivado do piruvato na etapa anterior, produzindo CO2 e a energia
liberada é conservada nos transportadores de elétrons reduzidos como NADH e FADH2.
T3 - Metabolismo de Carboidratos e
Bioenergética

O último estágio da respiração celular ocorre na membrana interna da


mitocôndria e é chamado de fosforilação oxidativa.

A energia dos elétrons transportados por NADH e FADH2 é


usada para bombear prótons através da membrana, criando um
gradiente de prótons que impulsiona a síntese de ATP, a moeda
energética da célula, usada pelos seres vivos para suprir suas
necessidades de energia.

A estequiometria dessas reações permite um rendimento total


de aproximadamente 32 ATP por molécula de glicose.
Destino do Piruvato Da Glicólise
• Nas condições aeróbias, o piruvato é
transformado em acetil-CoA e entra no ciclo de
Krebs para ser oxidado a CO2 , doando elétrons
para a fosforilação oxidativa na mitocôndria.

• E em condições anaeróbias resultam na


permanência do piruvato no citoplasma para o
processo de fermentação. O piruvato é reduzido a
lactato por meio da fermentação láctica nas
células como do músculo.

• Em alguns vegetais e microrganismos, em


condições anaeróbicas, acontece a fermentação
alcoólica com produção de etanol e CO2.
Gliconeogênese

• É a via que sintetiza glicose a partir de precursores que não são carboidratos.
Sintetizada a partir de lactato, piruvato, glicerol e certos aminoácidos (compostos
com 3C cada).

• Alguns tecidos dependem quase completamente de glicose para sua energia


metabólica. Esta reação ocorre em todos os animais, vegetais, fungos e
microrganismos. Em mamíferos ocorre especialmente no fígado.

Ciclo de Cori - Após exercícios, o lactato produzido pela glicólise anaeróbia no músculo esquelético
retorna para o fígado e é convertido a glicose, que volta para os músculos e é convertida a glicogênio.
(Glicogênese)
Glicogênio endógeno é degradado por fosforólise
(Glicogenólise)

• Os estoques de glicogênio em tecidos animais (principalmente no fígado e no músculo


esquelético), em microrganismos ou em tecidos vegetais podem ser usados como fonte de
energia por meio de uma reação fosfolítica catalisada pela glicogênio-fosforilase (amido-
fosforilase em vegetais) esta reação se chama Glicogenólise.

• A fosforólise preserva parte da energia da ligação glicosídica do ester-fosfato da glicose-1-


fosfato.
Glicólise - Quebra de glicose. Aeróbica - Respiração celular,
anaeróbica - nos músculos e bact. anaeróbicas.

Glicogênese - Formação de Glicogênio (Armazenado nos


fígados e músculos).

Gliconeogênese - Formação de glicose a partir de precursores que


não são carboidratos.

Glicogenólise - Quebra de glicogênio para formar glicose.


Ciclo do Ácido Cítrico
• Respiração Celular - Processo molecular por meio do qual as células consomem O2
e produzem CO2.

• Para a maioria das células eucarióticas, e muitas bactérias que vivem em condições
aeróbias e oxidam os combustíveis orgânicos a dióxido de carbono e água, a
glicólise é apenas a primeira etapa para a oxidação completa da glicose.

• Respiração Celular
• Estágio 1 - Glicólise - A Glicose é transformada em duas moléculas de Piruvato.
• Estágio 2 - O piruvato entra na mitocôndria, se une à Coenzima A e forma a Acetil –
CoA.
• Estágio 3 - Chamado de cadeia respiratória, ocorre na membrana mitocondrial
interna e os elétrons do NADH são enviados para a cadeia transportadora de
elétrons. No curso da transferência de elétrons, a grande quantidade de energia
liberada é conservada na forma de ATP, por um processo chamado de fosforilação
oxidativa.
Ciclo do Ácido Cítrico
• O ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos
(TCA), é uma série de reações químicas que ocorrem na matriz mitocondrial das células eucarióticas.

• A principal função do ciclo de Krebs é gerar energia na forma de ATP por meio da oxidação do acetil-
CoA, derivado da quebra de carboidratos, gorduras e proteínas.

• As mitocôndrias são formadas por duas membranas, a externa, que é mais lisa e mais permeável, e a
membrana interna, com invaginações (cristas), essa é impermeável à maioria das moléculas e íons
que precisam de transportadores específicos para atravessar a membrana.

• O piruvato proveniente da glicólise é transportado do citosol para a mitocôndria por transportador


específico, pois a membrana interna da mitocôndria é impermeável ao piruvato. O piruvato na
mitocôndria é convertido em acetil-CoA através das reações catalisadas por um complexo de enzimas
chamado de complexo piruvato desidrogenase (PDH). Esse complexo sofre regulação.
Produção de Acetil-CoA

Processo em que o piruvato, derivado da glicose e de outros açúcares pela glicólise, é oxidado a
acetil-CoA e CO2 pelo complexo da piruvato desidrogenase, complexo multienzimático no qual uma
série de intermediários químicos permanece ligada às moléculas de enzima à medida que o substrato é
transformado no produto, complexo que utiliza 5 cofatores.

O piruvato sofrerá uma descarboxilação oxidativa, um processo de oxidação irreversível no qual o


grupo carboxil é removido do piruvato na forma de uma molécula de CO2 , e os dois carbonos remanescentes
são convertidos ao grupo acetil da acetil-CoA
Reações do Ciclo do Ácido Cítrico - Oxidação da acetil-CoA. -
A partir do piruvato se formou a Acetil-CoA.

1- A acetil-CoA doa seu grupo


acetil ao composto de quatro
carbonos oxaloacetato,
formando o composto de seis
carbonos citrato.
Inicia-se o Ciclo de Krebs
Ciclo do Ácido Cítrico

https://www.youtube.com/
watch?v=fBsCQ_3neko&t=1s
Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
2- Citrato sofre uma desidratação e posterior reidratação, catalisado pela Aconitase,
torna-se Isocitrato.
Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
3 - Isocitrato é desidrogenado com a perda de CO2 (Descarboxilação) para produzir o
alfa-cetoglutarato (também chamado de oxoglutarato).

NAD+ é reduzido em NADH+H


Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
4 - Alfa-Cetoglutarato perde grupo CO2 e se liga a uma molécula de CoA-SH

NAD+ é reduzido em NADH+H


Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
5 - Libera-se a CoA-SH e ocorre a fosforilação de uma GDP através de um Pi -
Guanosina Difosfato gerando uma GTP.

Pi - Fosfato Inorgânico
Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
6 - Desidrogenação de dois carbonos, fazendo a molecula se reestruturar como
Fumarato - Reduzindo o FAD+ em FADH2.

FAD+ é reduzido a FADH2


Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
7 - Hidratação do Fumarato, adiciona-se molécula de água e forma-se o Malato.
Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs
8 - Desidrogenação do Malato, oxidando o grupamento OH deste e gerando a
redução de NAD+ em NADH+H+ e Oxaloacetato que retorna ao inicio do ciclo.
1 Glicose = 2 Piruvatos
Logo
1 Glicose = 2 Ciclos de Krebs
1 Ciclo de Krebs

1 Glicose Gera

2 GTP ou ATP
Ciclo do Ácido Cítrico - Ciclo de Krebs

O oxaloacetato, produto do ciclo, volta como substrato, que está pronto para reagir com
outra molécula de acetil-CoA.

Em cada rodada do ciclo entra um grupo acetil (dois carbonos) na forma de acetil-CoA, e são
removidas duas moléculas de CO2; uma molécula de oxaloacetato é utilizada para a formação
do citrato e uma molécula de oxaloacetato é regenerada.

Não ocorre nenhuma remoção líquida de oxaloacetato; teoricamente, uma molécula de


oxaloacetato pode participar da oxidação de um número infinito de grupos acetil, e, na
verdade, o oxaloacetato está presente nas células em concentrações muito baixas.

Quatro das oito etapas deste processo são oxidações, nas quais a energia da oxidação é
conservada de maneira muito eficiente na forma das coenzimas reduzidas NADH e FADH2.
Transporte de Elétrons - Cadeia Respiratória e Fosforilação
Oxidativa
A cadeia respiratória e fosforilação oxidativa na mitocôndria é a culminação do metabolismo em
organismos aeróbicos, para regenerar as coenzimas NADH e FADH2, gerando energia na forma de
ATP.

As mitocôndrias são organelas com duas membranas, interna e externa, encontradas nas
células da maioria dos organismos eucarióticos, incluindo plantas e animais.

A membrana interna mitocondrial é impermeável a NADH, os elétrons carregados por ele que são
originados no citoplasma (tais como na glicólise) são indiretamente utilizados na
fosforilação oxidativa.
Fosforilação Oxidativa - Resumo

A etapa final da respiração celular ocorre no interior das mitocôndrias. É assim chamada, pois envolve a
produção de ATP pela adição de fosfato ao ADP (fosforilação). A maior parte da produção de ATP acontece nesta etapa,
onde ocorre a reoxidação das moléculas de NADH e FADH2.
Nas cristas mitocondriais, encontram-se proteínas organizadas em sequência, conhecidas como cadeias
transportadoras de elétrons ou cadeias respiratórias, nelas os elétrons presentes no NADH e no FADH2 são
conduzidos até o oxigênio. As proteínas responsáveis por transferir os elétrons são denominadas citocromos.
Ao passar pela cadeia respiratória, os elétrons perdem energia e, no final, se combinam com o oxigênio,
formando água na reação final. Embora o oxigênio participe apenas no final da cadeia, sua ausência interrompe o
processo.
A energia liberada durante a cadeia respiratória faz com que os íons H+ se concentrem no espaço entre
as cristas mitocondriais e retornem à matriz. Para voltar ao interior da mitocôndria, eles passam por um complexo
proteico chamado sintase do ATP, onde ocorre a produção de ATP. Nesse processo, são formadas aproximadamente 26 ou
28 moléculas de ATP.
A última etapa da respiração celular é a fosforilação oxidativa, sendo essa etapa a maior
produtora de ATP. Essa etapa utiliza a energia que é liberada pela cadeia de
transportes de elétrons para impulsionar a produção de ATP e consiste em 2 processos:
o transporte de elétrons e a quimiosmose.
Resumindo...
• A via da glicólise e gliconeogênese são altamente reguladas. A insulina secretada após a
alimentação ou em situações de hiperglicemia, estimula as enzimas reguladoras da glicólise. O
glucagon secretado no jejum ou em situações de hipoglicemia afeta principalmente as células do
fígado, agindo como inibidor das enzimas reguladoras da glicólise e ativando a gliconeogênese

• Na regulação da gliconeogênese, a piruvato-carboxilase é ativada por acetilCoA, quando


acumulado (este também inibe a piruvato desidrogenase do ciclo de Krebs, deixando o piruvato
para a gliconeogênese).

• O glicogênio é a reserva de energia mais rapidamente disponível e sofre regulação, evitando


gasto inútil de energia.

• O ciclo de Krebs recebe regulação de efetores alostéricos e modificações covalentes garantindo


um estado de equilíbrio para a célula. As enzimas alvos de regulação são as que catalisam as
reações irreversíveis fortemente exergônicas, como as do complexo da piruvato desidrogenase, a
enzima citrato-sintase, a enzima isocitrato desidrogenase e o complexo a-cetoglutarato-
desidrogenase
BONS ESTUDOOS!

ATÉ AMANHÃ ☺☺☺

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