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Economial e Social Hoje

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DISCIPLINA: História Económica e

Social de Angola
ESCOLA: C.E.P. Politécnico do
Huambo
CLASSE: 13ª Data: 24/09/024
CURSO: CG. ANO LECTIVO:
2024/2025
LIÇÃO N⁰: 3 e 4
I – Trimestre

Sumário: HISTÓRIA ECONÓMICA NO CONTEXTO AFRICANO


1. HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL

2. 1- DEFINIÇÃO

A História Económica e Social é a ciência que narra os aspectos macro e


microeconómicas inerentes ao passado de um povo a sociedade. Portanto é
Económica e Social porque o estado participa na subvenção das despesas dos
mercados.

3. 2- MÉTODOS EM HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL

A Ciência busca os seus fundamentos dentro dos pilares da História e Sociologia,


isto é, método: Heurístico, Analítico- Sintético, Hermenêutico, Métodos Matemáticos
e logico (qualitativo-quantitativo), estatística comparativa Estudo de caso para o
O panorama econômico O panorama econômico é o principal método utilizado para a
separação dos estudos da economia. Ele promove a distinção entre certas áreas da
ciência econômica. A economia moderna reconhece a divisão em macro e
microeconomia. A primeira consiste em assuntos e princípios mais amplos da economia
- crescimento econômico, desemprego, renda e outros. A microeconomia se refere aos
estudos particulares

Economia experimental O método de economia experimental consiste na aplicação de


dados econômicos para testar a validade de declarações relacionadas a
desenvolvimentos futuros da economia.

Economia matemática A economia matemática é o método utilizado para calcular


variáveis econômicas. Ele inclui uma grande quantidade de equações matemáticas que
pretendem determinar o estado atual e futuro de uma economia.

Estatísticas comparativas A economista de Harvard, Susan Athey, descreveu em seus


trabalhos que a estatística comparativa é o método econômico que compara duas
variáveis econômicas, antes e depois de uma mudança na economia. Esse princípio é
especialmente útil na determinação da demanda e dos estoques, na análise de toda a
economia e na estimativa dos impactos das políticas monetárias. Por exemplo, utilizando
estatísticas comparativas, um indivíduo pode observar as mudanças nas indústrias de
computadores.
1. IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL

A História Económica e Social é importante porque dá a


conhecer os aspectos negativos e positivos que afectaram a
economia de um povo no passado. Aproveitar dessa História
os aspectos positivos e como perspectivar o futuro desse
mesmo povo, portanto a importância está essencialmente em:

a)Dar a conhecer o futuro profissional, um panorama das


transformações de carácter social do mundo, ao longo dos
séculos.
b)Desenvolver capacidades que tornem o formando habilitado
O objeto de estudo da história econômica A História
Econômica é o ramo da História que estuda os
fenômenos econômicos no tempo, e também o ramo
da economia, que estuda os factos à luz da análise
econômica. O seu objeto consiste em estudar os
modelos e/ou doutrinas econômicas de cada época,
a partir do pensamento econômico que perpassa os
períodos históricos, ou melhor, da antiguidade, idade
média, mercantilismo, doutrina liberal e individualista,
reações socialistas e as não socialistas, até as
reações contra a ciência clássica.
De modo mais específico, podemos dizer que a história econômica tem
como objeto de estudo as formas de produção e distribuição da riqueza
social, assim como as causas e consequências do crescimento
econômico na história. Essa ciência investiga diversas questões como:
a) os tipos de bens e serviços produzidos;
b) as formas de organizar e financiar a produção;
c) o grau de eficiência dos métodos de produção;
d) a relação entre os sectores econômicos (agricultura, indústria, comércio
e serviços);
e) a forma com que a renda e a riqueza foram distribuídas;
f) as relações entre grupos sociais e a economia; g) o papel do Estado,
das leis, das ideias;
h) o crescimento demográfico e a economia;
i) o desenvolvimento tecnológico;
j) descontinuidades e rupturas, na forma de crises e mudanças
institucionais no sistema econômico. COLESTETE (2008).
1.2 A gênese e formação da história econômica Embasado nos
autores Aquino; Franco e Lopes (1980) apresentamos na sequência
um panorama sobre as principais etapas de formação da História
Econômica. A História Econômica tem raízes no século XIX, em
virtude da ação da chamada Escola Histórica de Economia e, ainda,
devido à ênfase dada ao fator econômico na interpretação da
realidade histórica pelo Marxismo. Já, no século XX.

virtude das reformulações que se deram na estrutura do


conhecimento histórico, as produções históricas explicitam um efetivo
contato entre a Economia, fornecedora de acervo teórico, e a
História.
Já Platão (427-347 a. C), considerado o principal discípulo de Sócrates,
preconiza, em seu diálogo “A República e as Leis”, sobre a “Cidade-Estado-Ideal”,
no qual abordava um Estado regido por leis e a importância da especialização
humana para o desenvolvimento da sociedade e a convivência harmônica entre os
cidadãos. Essa abordagem, em relação à especialização humana, serviu de
referência para teorias econômicas posteriores.
Mais tarde, do século XV ao XVIII, emergiu o mercantilismo, que era uma
política econômica e, posteriormente, a fisiocracia, com o seu princípio liberal
do “Laissez faire, laissez passer” (Deixe fazer, deixe passar). No entanto, em
1776, o economista Adam Smith publicou sua obra “Uma investigação sobre a
natureza e as causas da riqueza das nações” inaugurando a Escola Clássica de
Economia Política Inglesa.
Por volta de 1817, David Ricardo, outro economista clássico, publica a obra “Princípios da
economia política e tributação”, inserindo o aspecto político na análise econômica.
Em 1848, um dos defensores da Teoria do Utilitarismo, John Stuart Mill publica
a obra “Princípios de Economia Política”, considerada um dos compêndios
econômicos ou políticos mais importantes da metade do século XIX
Passado alguns anos, em 1867, ao escrever O Capital, Karl Marx
revolucionou a forma de pensar a economia da época, em especial o
capitalismo. Partindo da teoria do valor, de David Ricardo, Karl Marx
defendeu que o valor de um bem é determinado pela quantidade de
trabalho socialmente necessário para sua produção. O lucro não se
realiza por meio da troca de mercadorias, mas sim no processo de
produção. Nesse sentido, a crítica de Marx voltava-se diretamente ao
capital.
Em 1936, John Maynard Keynes renovou as teorias clássicas e reformulou a
política de livre mercado, por meio da Teoria geral do emprego, do juro e da
moeda. Keynes acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno
emprego, sendo o desemprego uma situação temporária, que desapareceria
graças às forças do mercado. Contudo, essa tese sofreu fortes críticas das
escolas alemã e norte-americana.
Até a década de 1930, apareceram os primeiros trabalhos expressivos abordando a
realidade econômica em termos qualitativos e centrados em torno de alguns temas:
capitalismo, vida econômica dos Tempos Modernos e dos Tempos Medievais, a vida
econômica da Antiguidade. Os principais representantes desse período foram Max
Weber, Henri Sée, Henri Pirenne e Gustave Glotz. Após a década de 1930, deu-se o
aparecimento da História Econômica Quantitativa, com utilização flagrante dos dados
estatísticos. Pouco depois de 1945, tivemos a afirmação da História Econômica
Quantitativa e Qualitativa. Os temas mais comuns são: apreensão das estruturas
econômicas, das conjunturas ou dos movimentos de fluxo e refluxo da vida econômica,
em termos qualitativos e quantitativos. Após 1945, surgiu a preocupação com crises
econômicas, crescimento econômico, estudos dos preços e dos movimentos dos preços
(inflação e deflação), produção e consumo, macro e microempresas. A História Social
implantou-se como uma exigência da História Econômica e se afirmou com uma
aproximação entre a Sociologia e Antropologia. A partir da década de 1930, voltou-se,
sobretudo, para o estudo das estruturas sociais e das relações coletivas, tanto em
termos quantitativos quanto qualitativos
Após 1945, surgiu a preocupação com crises econômicas, crescimento econômico,
estudos dos preços e dos movimentos dos preços (inflação e deflação), produção e
consumo, macro e microempresas. A História Social implantou-se como uma exigência
da História Econômica e se afirmou com uma aproximação entre a Sociologia e
Antropologia.

A partir da década de 1930, voltou-se, sobretudo, para o estudo das estruturas sociais
e das relações coletivas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Portanto, os
grandes problemas da humanidade em termos de economia, tal como as crises que
tem ocorrido, os progressos econômicos, a Revolução Industrial, a Revolução Agrícola,
a Revolução Financeira e muitas outras formas de problema que a humanidade tem
enfrentado, isso sempre tem a ajuda da História. Essa exerce a sua grande influência
na economia como elemento basilar da solução dos problemas econômicos que todos
atravessam em diferentes épocas, pois o fundamento mais importante são os
documentos históricos que proporcionam sustentáculos
1.3 A Economia como factor de estudo
A palavra economia deriva do grego oikonomia (de óikos, casa; nómos, lei), que significa
a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim definida: é a ciência
social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar
recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los
entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades
humanas. (VASCONCELLOS, 2004). Segundo Vasconcellos e Garcia (2004, p. 3),
em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra,
terra, matérias-primas, dentre outros) são limitados. Por outro lado, as necessidades
humanas são ilimitadas e sempre se renovam, por força do próprio crescimento
populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida. Independentemente
do grau de desenvolvimento do país, nenhum deles dispõe de todos os recursos
necessários para satisfazer todas as necessidades da coletividade. Tem-se então um
problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a necessidades humanas
ilimitadas.
Fica posto então que a questão central do estudo da Economia consiste em “como
alocar recursos produtivos limitados para satisfazer todas as necessidades da
De acordo com Leite (2008, p. 30-31), um
sistema econômico é o conjunto de relações
técnicas, básicas e instituições que
caracterizam a organização econômica de
uma sociedade. Esse deve responder a quatro
questões básicas:
• O que produzir?
• Quando produzir?
• Como produzir?
• Para quem produzir?
Periodização das fases econômicas
Periodizar é uma forma de nos situar em torno dos detalhes
que marcaram as fases de formação da economia. Assim, para
entendermos e entender-se nesse processo econômico,
apresentaremos as principais fases históricas da economia.
Figura 1.2 – Os períodos históricos
A economia na pré-história A humanidade existe há pelo menos 100.000 anos. Nesse período, o
clima da Terra se modificou fortemente e, em consequência, a relação entre humanos e ambiente
também se modificou. Até 10.000 anos atrás, a base da economia na Pré-História era a caça, a pesca
e a coleta. Ao longo de milênios, os grupos humanos foram adquirindo conhecimentos sobre os
recursos naturais e gerando tecnologias que permitiram sua exploração. A Arqueologia (estudo dos
grupos humanos) e a Paleontologia (estudo de seres vivos) são as ciências que estudam períodos
distantes de nosso tempo, por meio da análise de vestígios encontrados em sítios específicos. É
possível que a busca pelo atendimento pleno de nossas necessidades, ou seja, a busca por qualidade
de vida tenha direcionado nosso processo de adaptação ao ambiente. Durante a Pré-História, a maior
parte das necessidades humanas estava relacionada com a obtenção de produtos diretamente do
meio natural.
Os produtos da caça, pesca e do extrativismo mineral eram processados de forma artesanal e
individual (cozidos, costurados, pintados, desidratados), diferente da sociedade humana atual, a qual
já acumulou conhecimentos tão específicos e os aplicou para gerar tecnologias tão elaboradas, que a
maior parte das pessoas obtém suas necessidades de produtos industrializados, com alto grau de
transformação econômica.

As mudanças ambientais e culturais possibilitaram à humanidade ocupar todas as regiões do planeta


e a explorar os recursos naturais de forma mais eficiente e impactante. Faz parte do trabalho dos
profissionais da área econômica a construção de cenários futuros e a capacidade de fazer projeções
sobre a sucessão de acontecimentos vindouros. Estudar o passado nos permite conhecer uma grande
diversidade de cenários com consequências conhecidas. O conhecimento de variados cenários dá
A economia entre a antiguidade e a idade média

O surgimento da agricultura ocorreu há mais de 10.000 anos, em diversos lugares do


mundo, estando relacionado a mudanças climáticas e aos conhecimentos
ambientais acumulados pela espécie humana na Pré-História.
Inicialmente, foram domesticados diferentes espécies de animais e plantas em cada
lugar do mundo. Para a prática agrícola, as comunidades humanas procuraram as
regiões mais férteis, em geral, ao longo de rios com planícies inundáveis. Aos
poucos, os grupos humanos foram se tornando sedentários e sua população foi
aumentando. Com o crescimento populacional, houve uma progressiva
diferenciação social baseada nas posses, dando origem ao conceito de propriedade.
No decorrer dos tempos, essa diferenciação foi se acentuando e deu origem a
diversas funções sociais: agricultores, comerciantes, artesãos, administradores,
sacerdotes e reis.
O escravismo foi o sistema predominante na Grécia e em Roma, até o século V d.C. Nessa época, as
pessoas eram vistas como naturalmente diferentes e conduzidas em suas vidas por um destino pré-
concebido por forças sobrenaturais. Roma era uma pequena cidade-estado na península itálica. Passou
de pequena vila agrícola à rota comercial do rio Tibre. Suas jazidas de sal tornaram-se moeda de troca
e, com isso, iniciaram a prática comercial. Guerras de conquista a levaram a entrar em contato com a
cultura helenística e, sob essa influência, tornou-se o maior centro financeiro da Europa e África por
mais de 300 anos. O Império Romano criou uma unidade político-econômica na Antiguidade
mediterrânea. Seu sistema econômico tinha por características: a escravidão, como forma de trabalho; a
monetarização, como padrão de troca; o comércio,

como estratégia motora; e a agricultura regionalmente especializada como base. O fim do império
romano trouxe grande instabilidade política e social às suas províncias como Sicília, Córsega, Sardenha
dentre outras, as quais eram a base política dessa estrutura. Para tentar solucionar essas questões, as
pessoas abandonaram as cidades e voltaram para as regiões rurais. Tal situação levou ao surgimento
de outro modo de produção de riquezas: o Feudalismo. Nesse modo de produção, dava-se a
denominação de servos aos trabalhadores, os quais não eram escravos, contudo, também não tinham
liberdade total. Já os proprietários das terras eram chamados de senhores feudais. Suas necessidades
eram providas pelos servos, cuja defesa e proteção estavam sob a responsabilidade dos senhores.
Esse sistema existiu na Europa, China e Japão, com características especiais em cada região.
Tal situação levou ao surgimento de outro modo de produção de riquezas: o
Feudalismo. Nesse modo de produção, dava-se a denominação de servos aos
trabalhadores, os quais não eram escravos, contudo, também não tinham liberdade
total. Já os proprietários das terras eram chamados de senhores feudais. Suas
necessidades eram providas pelos servos, cuja defesa e proteção estavam sob a
responsabilidade dos senhores. Esse sistema existiu na Europa, China e Japão, com
características especiais em cada região.
Vários fatores levaram ao desequilíbrio o sistema feudal, a partir dele,
surgiu o Mercantilismo. Por exemplo, no decorrer do século XIV, a Europa
medieval foi marcada por uma severa crise econômica e social, que
culminou na desagregação do modo de produção feudal e transição para o
modo de produção capitalista, por meio da fase mercantilista. Como
consequência, a fome, a peste e as guerras assolaram a população
europeia. Esses acontecimentos inserem-se na chamada Baixa Idade
Média.

Do início do século XIV em diante houve uma escassez de dinheiro que


inevitavelmente afetou as operações bancárias e o comércio. Além disso, a
escassez de recursos de metais levou a repetidas adulterações na
cunhagem em vários países sucessivamente, e daí a uma inflação
inevitável. No campo social, emergiu um novo grupo, o da burguesia
comercial, o qual reside nas cidades e expande cada vez mais seus
negócios, atraindo os camponeses e os marginalizados da sociedade
2.4 A economia na idade moderna No final da Idade Média, o clima de instabilidade e violência
diminuiu em decorrência do progresso tecnológico que se iniciou nesse período. Esse fato
levou ao crescimento demográfico e ao aumento da produção agrícola, bem como à produção
de excedentes. Esses excedentes deram novo impulso ao comércio e às cidades (locais onde
o comércio era praticado), inicialmente apenas no continente europeu. Com o tempo,
comerciantes italianos das cidades de Gênova e Veneza estabeleceram contato com
comerciantes da China e do norte da África, para obter produtos asiáticos (temperos, tecidos,
chás).

O Mercantilismo não é um modo de produção, mas um conjunto de ações que permitiu o


desenvolvimento do modo de produção capitalista. As ações mercantilistas foram baseadas em
cinco características principais, que variaram em importância, de acordo com o país: o
Metalismo, a balança comercial favorável, o Industrialismo, o Protecionismo e o Colonialismo.
Portugal e Espanha, por exemplo, basearam suas economias no Metalismo e Colonialismo. Já
a Inglaterra e a França basearam suas economias na balança comercial favorável, no
Industrialismo e no Protecionismo.
A expansão marítima ibérica promoveu profundas transformações na economia de diversas
regiões do planeta. Metais preciosos e produtos agrícolas com elevado valor de mercado
afluíram à Europa, levando a grandes circulações de capitais e forte acumulação de riqueza
no continente. Além disso, portugueses e espanhóis redistribuíram diversos produtos
agrícolas entre os continentes, levando a consideráveis aumentos de produção. Esse
acúmulo de capital, possibilitado pelo renascimento comercial, a entrada de produtos
americanos e as tecnologias desenvolvidas ao longo de séculos, levaram o capitalismo
(comercial) a uma nova fase: a industrial.

2.5 A economia na idade contemporânea A Inglaterra substituiu Portugal e Espanha como


principal potência econômica mundial a partir do século XVIII. Isso ocorreu em virtude da
reunião de diversos fatores, como a melhoria da produção de alimentos (produtos
americanos associados e novos equipamentos agrícolas), ao aumento populacional
decorrente, ao avanço industrial, ao comércio interno e externo desses produtos e à sua
poderosa frota naval. A reunião desses fatores fez com que, tanto colônias como
metrópoles se tornassem dependentes economicamente da Inglaterra.
“Somente no século XX, a hegemonia inglesa foi abalada. Devido
ao envolvimento desse país em
duas guerras mundiais, sua economia foi enfraquecida e seu território
arrasado. Nesse momento, os EUA despontaram como nova potência econômica”.
Por ser antiga colônia inglesa, os EUA acompanharam o desenvolvimento industrial inglês e foram
capazes de substituir a Inglaterra no comércio internacional, entre a Primeira e Segunda Guerra
Mundial. Além disso, emprestaram volumosas somas de dinheiro aos países europeus destruídos.
Também interferiram fortemente na política e na economia da América latina. Com os lucros dessas
atividades econômicas, os EUA foram capazes de constituir um forte exército e assumir a hegemonia
econômica e militar mundial. Cabe destacar que durante o desenvolvimento industrial europeu, diversos
problemas sociais surgiram.

O Liberalismo e a defesa da autorregulação do mercado, por exemplo, favoreciam os proprietários dos


bens de produção. Isso levou ao surgimento de duas classes sociais opostas: empregados e
empregadores, as quais possuíam desigualdades socioeconômicas marcantes: enquanto
empregadores acumulavam capital, devido aos altos lucros obtidos na indústria e comércio, os
empregados recebiam salários reduzidos e trabalhavam em péssimas condições, sem direitos
trabalhistas. Nesse contexto, surge o Socialismo, um conjunto de ideias sobre como produzir riquezas
sem gerar desigualdades sociais, a partir da tomada do poder político pelas camadas pobres e a
extinção das classes sociais. Entre os muitos pensadores socialistas, o mais citado é Karl Marx. As
ideias socialistas foram aplicadas em diversos lugares do mundo, como Rússia e países satélites,
China, Cuba, Vietnã, Coreia e diversos países africanos. No entanto, na maior parte desses países, a
prática do socialismo foi distinta da teoria, uma vez que não foram as camadas pobres que assumiram o
poder, não havendo, dessa forma, a extinção das classes sociais.

experiências socialistas foram fundamentais, porque demonstraram a importância das preocupações


A economia igualitária na pré-história

A Pré-História é um período da história humana em que não se utilizou a


escrita para o registro dos acontecimentos de época.

Assim, o momento em que acaba a Pré-História e começa a História não é o


mesmo em todos os lugares. Ainda hoje, existem sociedades que não têm
escrita, e quem estuda essas sociedades ágrafas modernas é a Antropologia
Cultural. (PROUS, 1999). Por outro lado, além da escrita, o fogo foi outro
elemento importantíssimo para a sobrevivência do homem em meio à natureza
hostil da época. Por isso, para alguns historiadores, esse elemento é o mais
adequado para dividir a História da Pré-História.
Os primeiros vestígios da utilização do fogo pelo homem datam de
aproximadamente 500 mil anos atrás. Esse domínio do fogo representou um
passo fundamental para o avanço do homem no meio que naturalmente lhe
era adverso. O fogo facilitou o cozimento dos alimentos, serviu como proteção
de outros animais, proporcionou iluminação e aquecimento nos dias de frio,
bem como foi utilizado na fundição de metais para confecção de ferramentas
Em termos culturais, o fogo na Pré-História significou o poder do
animal homem diante dos outros animais. Depois, passou a ser
utilizado para aquecimento e ajuda para variação de sua dieta. Em
seguida, o seu uso em fundições e domínio da mineração
proporcionou um avanço tecnológico para a humanidade. Entre as
razões que justificam a importância do domínio do fogo para a
humanidade destaca-se que o homem, diferente de outros animais,
não tinha medo do fogo, o que tornou esse elemento uma fonte de
calor diante do intenso frio da época glacial, facilitando o cozimento
dos alimentos e a sua digestão. Esse fato foi
História Econômica

decisivo para a regressão das mandíbulas e o aumento da caixa


craniana e do volume cerebral.
O fogo facilitou também o desenvolvimento de novas
técnicas, proporcionando a fabricação de instrumentos,
como foi o caso da utilização do calor nos processos de
amolecimento de dentes de mamute e no “endireitamento”
de varas. Por último, o fogo estimulou a vivência em
grupo, fator de encontro e de reunião, consequentemente,
desenvolveu a comunicação e a linguagem humana.
2.2 As principais atividades dos hominídeos Na Pré-História as
pessoas obtinham alimento por meio da caça, da pesca e da coleta, ou
seja, da exploração direta dos recursos naturais, caracterizando-se
como atividade humana de natureza extrativista, uma etapa muito
importante no processo de hominização.

A exploração econômica depende do ambiente onde os seres


humanos estão inseridos. Hoje não é tão fácil perceber isso, porque
diversos eventos provocados pelos humanos transformaram
fortemente os ambientes naturais. Construímos cidades imensas,
estradas, pontes e portos que modificam completamente a fisionomia
de um local. Hoje, é possível trabalhar e deslocar-se o dia inteiro sem
ver o céu ou respirar o ar da rua: entra-se no carro dentro da garagem
do edifício, dirige-se até o escritório, entra-se novamente na garagem,
estaciona-se, pega-se o elevador e chega-se até o escritório.
2.3 A caça, a pesca e a coleta A partir das descobertas arqueológicas, é
possível compreender como os grupos humanos adquiriram e acumularam
conhecimentos que permitiram o desenvolvimento de tecnologias adequadas
ao ambiente onde estavam inseridos. O homem primitivo comportava-se
como nômade e vivia da caça, da pesca e da coleta de raízes e frutas. Assim,
quando os alimentos escasseavam, ele procurava outros lugares para
manter-se por determinado tempo. No entanto, aos poucos, eles perceberam
que podiam produzir e modificar o ambiente natural conforme suas
necessidades, passaram, então, a fixarem-se em determinados lugares.
Contudo, essas mudanças foram muito lentas e variaram de lugar para lugar.

Os alimentos que produziam eram distribuídos para todos os que ali


habitavam, tudo era de todos e, por isso, tornava-se difícil que houvesse
competições. Dessa forma, não havia a necessidade da instituição estatal, e,
nem a divisão em classes sociais, sendo todos potencialmente iguais na
comunidade
Até aproximadamente 10.000 anos atrás, todos os grupos humanos viviam da
pesca, da caça e da coleta de produtos naturais. Nessa época, ainda não existia
agricultura. Esses grupos exploravam os recursos naturais e os transformavam,
utilizando tecnologias específicas. Estavam acumulando conhecimentos para
gerar tecnologias cada vez mais eficientes. A caça e a coleta são atividades
distintas em muitos aspectos.
A primeira tanto pode resultar em sucesso, ou seja, no abate de um grande
animal que alimente o grupo por semanas, como pode redundar em fracasso
completo. Ela é feita por homens e em silêncio. Já a coleta, ruidosamente feita
por mulheres (que a utilizam como eficiente forma de socialização),
sistematicamente termina com uma quantidade suficiente de vegetais coletados
para que o grupo se alimente durante três dias. (PINSKY, 1994, p. 26).
Durante a Pré-História, os grupos humanos viveram muitos milênios
da caça, pesca e coleta, sendo que somente começaram a cultivar
alimentos há mais ou menos 10.000 anos

No seu estatuto Marx idealizou cinco modas de produção: O Comunismo Primitivo, O


Esclavagismo, O Feudalismo, socialismo e o Capitalismo.

Comunismo Primitivo, é um sistema em que o trabalho era feito para suprir as necessidades
imediatas do grupo, não havia preocupação com acúmulo de sobras. E teria surgido nas
comunidades pré-históricas.

O Esclavagismo é um tipo de ideológica entre seres vivos na qual um ser se aproveita das
actividades do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.

O Feudalismo É uma forma de ordem social, económica e política da idade média, em que o
poder real era dividido entre nobres, tomando por base o período territorial.
A História económica de Angola até a independência deve ser dividida em dois períodos
bem distintos:

1. Até 1482, Período Pré – Colonial.


2. Depois de 1482 até 1975 – Colonial.

Com efeito, a chegada dos colonialistas modificou radicalmente o panorama económico ,


social e político do país.

3. PERÍODO PRÉ – COLONIAL- Entende-se como o período histórico que se desenvolveu a


sociedade angolana antes da chegada dos colonialistas portuguesas, isto é, até 1482.
Quando os colonialistas portugueses chegaram em Angola, as populações
africanas encontravam-se num estádio de desenvolvimento bastante atrasado,
que uns classificam de transição da comunidade primitiva para o esclavagismo, e
outros de de modo de produção asiático, ou então de modo de produção africano.

Nessa altura ainda não existia o povo angolano. No território que hoje é Angola,
viviam vários povos organizados geralmente em Reinos, com excepção dos
Khoi-san, ( Hontentotes e Bosquimanes, Vátuas, segundo a terminologia
colonialista). Que por se encontrarem em plena comunidade primitiva, não
tinham ultrapassado a estrutura clânica.
Principais grupos étnicos, formando reinos, que já viviam em
Angola:
As comunidades Humanas do
território os Khoi-san e outros
  As migrações bantu
As comunidades humanas mais antigas de
Angola, os pre-bantu ou não Bantu, possuíam Os bantu constituem um conjunto de
características físicas proprias, e habilitavam povos da África Central, Oriental e
as províncias do cunene (Kunene), Huíla
(Wila) e Cubango (Kwandu Kuvango) A sua Austral que, nas suas respectivas
desorganização sociopolítica e facto de não línguas, denominam o ser humano
dominarem a técnica do uso dos metais, através do radical ntu. Invadiram o Sul
sobretudo do ferro, foram determinantes para
que acabassem subjugados, a partir do
da África há 2000 ou 2500 anos,
século XIII, ou empurrados para zona mais partindo da região do Bonué ( afluente
afastadas ou inóspitas pelos Bantu ( povos do rio Niger). Ao Sul chegaram no
que começaram a chegar ao território a partir século XV e, aí, constituíram grandes
do século XIII
Estados.
 Khoisan ( Hontetote e os Vakankala ou
Kamusekele) e os Vátwa. Os mais antigos O bantu foram exímios trabalhadores
são os Khoi-san. do ferro, agricultores e pastores

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