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Resumo: A comunidade filosófica africana possui um interessante, profícuo e importante debate sobre a linguagem. Por um lado, há os filósofos essencialistas cuja tese principal é o uso das línguas nativas para o ensino e prática... more
Resumo: A comunidade filosófica africana possui um interessante, profícuo e importante debate sobre a linguagem. Por um lado, há os filósofos essencialistas cuja tese principal é o uso das línguas nativas para o ensino e prática filosófica. Por outro lado, há os filósofos não essencialistas que não se opõem ao uso de línguas estrangeiras para o ensino e prática filosófica. Neste artigo apresento os principais pontos deste debate a partir do quadro desenhado por Fayemi e argumento que da tese ideológico-política dos essencialistas não se segue a tese metafísica da impossibilidade de se expressar determinados aspectos da realidade. Abstract: The African philosophical community has an interesting, fruitful and important debate on language. On the one hand, there are the essentialist philosophers whose main thesis is the use of native languages for teaching and philosophical practice. On the other hand, there are non-essentialist philosophers who do not oppose the use of foreign languages for teaching and philosophical practice. In this article, I present the main points of this debate from the frame projected by Fayemi and argue that the political-ideological thesis of the essentialists does not imply the metaphysical thesis of impossibility to express certain aspects of reality. Introdução Em The problem of language in contemporary African philosophy: some comments 1 , Fayemi oferece um panorama da discussão filosófica africana contemporânea sobre a linguagem. Fundamentalmente, o debate foi suscitado pela obra Philosophy and African Culture 2 , de Wiredu. Nesta ele sustenta que os filósofos africanos devem adotar as línguas nativas para ensinarem aos estudantes temas e questões filosóficas, pois elas são mais apropriadas do que as línguas estrangeiras para se desenvolver esta tarefa. Esta posição faz parte da sua proposta de filosofia da decolonização. A questão posta por Wiredu desencadeou um debate entre os filósofos africanos, o qual é constituído de duas concepções gerais. Por um lado, os conservadores, e, por outro lado, os progressistas. Os primeiros sustentam que o uso das línguas nativas no filosofar é
O expressivismo puro divide as expressões entre as que possuem apenas conteúdo descritivo e as que possuem apenas conteúdo expressivo. As primeiras, mas não as segundas, são aptas à verdade e à falsidade. Hedger aplica esta distinção às... more
O expressivismo puro divide as expressões entre as que possuem apenas conteúdo descritivo e as que possuem apenas conteúdo expressivo. As primeiras, mas não as segundas, são aptas à verdade e à falsidade. Hedger aplica esta distinção às injúrias e, como resultado, elas são consideradas termos com conteúdo puramente expressivo. O seu argumento geral baseia-se no teste de projeção de comportamento de injúrias e em quatro evidências. Nesse sentido, se é verdade que injúrias raciais não são expressões com conteúdo puramente descritivo, então, elas são expressões com conteúdo puramente expressivo. É verdade que injúrias raciais não são expressões com conteúdo puramente descritivo. Portanto, elas são expressões com conteúdo puramente expressivo. Neste artigo, apresento um contraexemplo à tese expressivista pura. Desse modo, argumento que não é o caso que injúrias são semanticamente diferentes de termos descritivos, pois elas são analisáveis semanticamente.
Injúrias, ofensas e palavrões constituem o conjunto dos pejorativos que servem para depreciar e difamar seus alvos. Para explicar o significado dos pejorativos Cristopher Hom propôs o externalismo combinatorial estendido que é uma teoria... more
Injúrias, ofensas e palavrões constituem o conjunto dos pejorativos que servem para depreciar e difamar seus alvos. Para explicar o significado dos pejorativos Cristopher Hom propôs o externalismo combinatorial estendido que é uma teoria semântica, a qual generaliza a explicação formulada pelo externalismo combinatorial. Este explica o significado de injúrias raciais e aquele o significado de pejorativos e ambos pressupõem a tese da extensionalidade nula. No entanto, as pretensões de generalização do externalismo combinatorial estendido são criticadas a partir do argumento da falha de generalização formulado por Sennet e Copp. Neste artigo, apresento os externalismos e a falha de generalização. A partir desta crítica, indico um problema mais grave que a falha de generalização que compromete a tese da extensionalidade nula. Denomino este problema de inexistência de contrapartes neutras dos pejorativos.
A coletânea “Wittgenstein: Notas Sobre Lógica, Pensamento e Certeza” busca oferecer uma visão geral a respeito de diversas questões e debates suscitados pela filosofia de Wittgenstein. Esta é uma iniciativa do “Grupo de Estudos... more
A coletânea “Wittgenstein: Notas Sobre Lógica, Pensamento e Certeza” busca oferecer uma visão geral a respeito de diversas questões e debates suscitados pela filosofia de Wittgenstein. Esta é uma iniciativa do “Grupo de Estudos Wittgenstein” da Universidade Federal de Pelotas, inaugurado em 2011 e que tem avançado na pesquisa e divulgação do pensamento do filósofo austríaco. Este volume reúne alguns dos principais trabalhos propostos para as duas primeiras edições do “Workshop Wittgenstein”, evento itinerante iniciado em 2012.
Research Interests:
Neste texto, reconstruo os principais aspectos da inocência semântica assim como os contra-argumentos de Sennet e Copp, e mostro, em consonância com estes, que um problema fundamental para esta bordagem é o comprometimento com a tese da... more
Neste texto, reconstruo os principais aspectos da inocência semântica assim como os contra-argumentos de Sennet e Copp, e mostro, em
consonância com estes, que um problema fundamental para esta bordagem é o comprometimento com a tese da extensionalidade nula. Do meu ponto de vista, este é o calcanhar de Aquiles da inocência semântica. Não creio, porém, que a extensionalidade nula seja um pressuposto necessário para uma abordagem semântica. Logo, se ela for removida, é perfeitamente possível apresentar uma explicação semântica de termos pejorativos. Dito de outra forma, se uma bordagem semântica de termos pejorativos é inadequada, então isso se segue da necessidade de ela assumir a tese da extensionalidade nula. No entanto, não é o caso que seja necessário assumir a tese da extensionalidade nula. Logo, não é o caso que uma abordagem semântica de pejorativos seja inadequada. Para tanto, no final deste texto apresento um pequeno exemplo de como uma explicação semântica de termos pejorativos pode ser desenvolvida sem comprometer-se com a extensionalidade
nula.
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