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  • I hold a doctor's degree in Social Sciences and Law (Universidade Federal Fluminense, 2021). Currently, I'm working at Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, as an adjunc... moreedit
Este trabalho tem como ponto de partida a crescente presença de estudantes indígenas no ensino superior, as mobilizações políticas e os processos que compõem a vida estudantil de universitários indígenas brasileiros na atualidade.... more
Este trabalho tem como ponto de partida a crescente presença de estudantes indígenas no
ensino superior, as mobilizações políticas e os processos que compõem a vida estudantil de
universitários indígenas brasileiros na atualidade. Apresentando um breve percurso histórico
dos movimentos que resultaram na produção da cidadania indígena contemporânea, passa-se à
consideração sobre a inserção de jovens indígenas a partir de processos de mobilização e
demandas crescentes no campo político-acadêmico. Foi realizado trabalho de campo em
encontros universitários, enfatizando-se o VI Encontro Nacional de Estudantes Indígenas
(ENEI), ocorrido em outubro de 2018 na aldeia Jaguapiru em Dourados (MS). Esta
experiência foi fulcral para identificar uma agenda incipiente nas pautas dos jovens indígenas
universitários: gênero e diversidade sexual. Destacando esta última como objeto de
apreciação, apresentam-se dados e reflexões sobre conteúdo de conversas, entrevistas e o
acompanhamento virtual de ações, discursos e iniciativas concretas de dois interlocutores
participantes do VI ENEI. A instauração de novas demandas por direitos da juventude
indígena LGBT+, reivindicações de políticas públicas pertinentes a problemas de saúde
coletiva enfrentados e teorizações emergentes neste campo são concatenadas com práticas de
redes de ativismos digitais. A perspectiva adotada sobre esses fenômenos aponta para
interpelações destes sujeitos ao ensino superior, às políticas sexuais e de gênero, apostando na
possibilidade de descolonização e superação de lacunas, negações e barreiras de
participação/expressão através não só de suas mobilizações, mas enquanto intelectuais em
formação e em afirmação dentro destes movimentos.
A seguinte resenha procura apresentar as discussões do Simpósio Temático “Jóvenes Indígenas en la Educación Superior en la América Latina”, sucedido no terceiro Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (3o. CIPIAL) entre... more
A seguinte resenha procura apresentar as discussões do Simpósio
Temático “Jóvenes Indígenas en la Educación Superior en la América
Latina”, sucedido no terceiro Congresso Internacional Povos Indígenas
da América Latina (3o. CIPIAL) entre os dias 3 e 5 de julho de 2019 na
Universidade de Brasília (UnB). O evento congregou ativistas, lideranças,
estudantes, docentes e pesquisadores, indígenas e não indígenas, de
diferentes países e áreas do conhecimento. Procura-se enfatizar os debates
surgidos, restituindo a relevância do intercâmbio, comparação e
contraste de experiências situadas em distintos contextos nacionais
e regionais de ensino, pesquisa e extensão (como Argentina, Brasil e
México). Ressalta-se a consolidação deste espaço de interlocução, em
que inúmeras iniciativas, propostas e análises envolvendo os sentidos
da escolarização superior de jovens indígenas, seus dilemas, limites e
possibilidades vêm sendo apreendidos e aprimorados.
In this article, we seek to contribute to the discussion about the presence of indigenous students in stricto sensu postgraduate programs, focusing on education programs of the five main public universities located in the state of Rio de... more
In this article, we seek to contribute to the discussion about the presence of indigenous students in stricto sensu postgraduate programs, focusing on education programs of the five main public universities located in the state of Rio de Janeiro. In the first part, we analyze the call for applications to postgraduate programs in education of the years 2019, 2020 and 2021, pointing out certain characteristics and procedures of affirmative action policies for indigenous candidates, and also identifying elements that can facilitate or hinder such presence.
In the second part, based on the narrative of one of the authors who is the first indigenous person to join the Postgraduate Program in Education at the Federal Fluminense University through affirmative action, the invisibility of indigenous peoples in the state of Rio de Janeiro is
problematized, especially those living in the urban context, and how this reality is reflected on the right to access differentiated and intercultural public policies, especially in higher education.
We identify opening processes to the presence of indigenous students and intellectuals at the university, but they coexist with racist and excluding institutional mechanisms, which need to
be questioned.
A partir da experiência de classes extracurriculares de língua guarani na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), este artigo reflete acerca da importância deste tipo de espaço nas universidades, propiciando encontros e diálogos... more
A partir da experiência de classes extracurriculares de língua guarani na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), este artigo reflete acerca da importância deste tipo de espaço nas universidades, propiciando encontros e diálogos entre os indígenas e os jurua kuery (não indígenas). Além do aprendizado gramatical da língua, tal curso apresentou o teko (modo de ser e viver) dos Guarani. Através das relações que foram tecidas entre cultura, ambiente, corpo, infância e espiritualidade, delineia-se como tal curso cria aberturas para a descolonização da educação e do pensamento.
O presente trabalho tem por objetivo analisar qual o espaço do tema "pobreza" no currículo do ensino fundamental da Escola Básica Maria da Conceição Nunes e como os espaços de reprodução de pobreza se manifestam no contexto do bairro e da... more
O presente trabalho tem por objetivo analisar qual o espaço do tema "pobreza" no currículo do ensino fundamental da Escola Básica Maria da Conceição Nunes e como os espaços de reprodução de pobreza se manifestam no contexto do bairro e da escola. Localizada na Rua Luiz Duarte da Silva, bairro Rio Vermelho, a escola é fruto de uma antiga luta da comunidade pela ampliação de vagas, dada a grande demanda de estudantes e o espaço limitado da, até então, única escola de ensino básico do bairro - Escola Básica Municipal Antônio Paschoal Apóstolo. Atualmente a EBM Maria da Conceição Nunes acolhe os anos finais do Ensino Fundamental, enquanto aquela ficou responsável pelos anos iniciais. Mesmo sendo fruto de lutas, é ainda a passos lentos que a escola se mantém como uma referência na comunidade, sofrendo constantes ameaças de ampliações mal planejadas, onde os poucos espaços de convivência coletiva seriam transformados em novas salas de aula. Se a escola se mantém em luta para manter seus espaços, ainda que precarizados, no contexto curricular ainda é difícil visualizar a luta por uma nova estrutura de ensino para que o tema "pobreza" seja contemplado adequadamente, pois sua abordagem, quando ocorre, ainda se reduz a uma perspectiva moralista e meritocrática, que contribui apenas para reforçar estereótipos e a desigualdade. Este trabalho trata da necessidade urgente da inclusão do tema no currículo escolar, da importância de uma abordagem ética sobre o mesmo e da necessidade de reflexão para a transformação dos territórios onde a pobreza se reproduz.
Este trabalho apresenta uma breve revisão bibliográfica no campo da educação e, mais especificamente, da educação escolar indígena, estabelecendo relações entre a realidade social historicamente construída pelos povos indígenas de nosso... more
Este trabalho apresenta uma breve revisão bibliográfica no campo da educação e, mais especificamente, da educação escolar indígena, estabelecendo relações entre a realidade social historicamente construída pelos povos indígenas de nosso país, o pensamento pedagógico desenvolvido a partir de conquistas legais destes povos e suas interfaces com a temática da pobreza e das desigualdades sociais. Pretende-se, com isto, refletir, aprofundar e problematizar certas questões prementes para a concretização da cidadania indígena, propondo ações e debates ensejados pela urgente necessidade do reconhecimento e defesa de seus direitos. Assim, propõe-se enfatizar a promoção e a ampliação de suas garantias enquanto povos originários dentro de um Estado pluriétnico e multicultural, no qual possuem direitos de cidadania e no qual são (e devem permanecer) sujeitos de uma educação voltada necessariamente para seus contextos interculturais, apesar de todas as adversidades resultantes de processos históricos e tendências contemporâneas completamente hostis às suas lutas.