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  • Graduated in Social Sciences at Unicamp (State University of Campinas), Brazil, with a Masters Degree in Social Anthr... moreedit
Este livro trata do processo de evangelização cristã vivido pelos Palikur, povo indígena falante de uma língua Arawak, localizado em ambos os lados da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os Palikur referidos neste trabalho vivem... more
Este livro trata do processo de evangelização cristã vivido pelos Palikur, povo indígena falante de uma língua Arawak, localizado em ambos os lados da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os Palikur referidos neste trabalho vivem na região do Uaçá, às margens do rio Urukauá, norte do Estado do Amapá e extremo norte do Brasil. Este povo possui uma longa história de relações sociais, econômicas, políticas e religiosas com os não-índios, assim como desde sempre participou da rede de relações interétnicas estabelecidas na região mais ampla das Guianas. A teia de relações formada pela ação de sociedades diferentes é um lastro para o entendimento da evangelização pentecostal entre os palikur. Após séculos de convívio com a religião católica, os Palikur decidiram aderir em massa ao cristianismo evangélico, influenciados pela ação combinada de diferentes organizações evangélicas que agiram em momentos distintos. Dentre os aspectos que colaboraram na elaboração de uma religião evangélica específica, mesclam-se: um passado católico, um confronto com a identidade católica dos outros povos da região, a instituição do perdão, o contato tangível com Deus por meio do êxtase religioso, e a promessa de vida após a morte. Buscar deslindar de que modo a religião evangélica pentecostal encontrou ressonância entre os Palikur e como, ao longo do processo de evangelização, foram sendo formatados os preceitos da atual religião é a tarefa a que se propõe o livro.
This is a reading on section 3 of the report Traditional Peoples and Biodiversity in Brazil, coordinated by Manuela Carneiro da Cunha, Sônia B. Magalhães and Cristina Adams (2021). The section entitled "Difficulties in the Application of... more
This is a reading on section 3 of the report Traditional Peoples and Biodiversity in Brazil, coordinated by Manuela Carneiro da Cunha, Sônia B. Magalhães and Cristina Adams (2021). The section entitled "Difficulties in the Application of Territorial Rights" presents a background on these rights, gathers their main definitions, and exposes the various meanings that are involved in them. The article focuses on the ideology that underlies the practice of giving with one hand and taking with the other, applied over the centuries, in relation to indigenous land rights, with the actions in this direction undertaken by the government of Jair Bolsonaro as the central case.

Trata-se de uma leitura sobre a seção 3 do relatório Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil, coordenado por Manuela Carneiro da Cunha, Sônia B. Magalhães e Cristina Adams (2021). A seção intitulada "Dificuldades na Aplicação dos Direitos Territoriais" apresenta um histórico sobre estes direitos, reúne suas principais definições e expõe os vários sentidos que estão envolvidos neles. O artigo se centra na ideologia que subjaz a prática de dar com uma mão e tomar com a outra, aplicada ao longo dos séculos, em relação ao direito indígena à terra, tendo como caso central as ações nesse sentido empreendidas no governo de Jair Bolsonaro.
This article examines the activities of cross-cultural evangelical missions among indigenous peoples in Brazil and explores how these activities fit into the policies of Jair Bolsonaro’s government. The aim is to show how these missions... more
This article examines the activities of cross-cultural evangelical missions among indigenous peoples in Brazil and explores how these activities fit into the policies of Jair Bolsonaro’s government. The aim is to show how these missions relate to three federal government policies that are currently threatening the existence of indigenous peoples – policies that are expressed in the moral, anti-environmental, and national security agendas. This article argues that the element connecting these different sets of interests is a notion of individual freedom that directly opposes the idea of collective rights and, therefore, represents an expression of anti-democratic values.
This article presents an overview of the recent history of the relations between indigenous peoples and the Brazilian state. While also looking back to the 1980s, the central focus of the article is on the public policies on development... more
This article presents an overview of the recent history of the relations between indigenous peoples and the Brazilian state. While also looking back to the 1980s, the central focus of the article is on the public policies on development adopted by different governments over the last twenty years. It shows how these policies increasingly affected the lives of the indigenous peoples, taking strategic advantage of a weakening of the existing legislation in the country and a disregard for international guarantees, won over several decades of political struggle. The article analyses the harmful effects of these public policies, which have reached their apex in the present policy of death claimed and applied by the government of Jair Bolsonaro. Finally, the article demonstrates how the indigenous movement not only confronts, but reinvents forms of resistance to this catastrophic scenario.
The article explores the political-normative dispute that confronts, on the one hand, the warnings raised by indigenous peoples about the collapse of the capacity to sustain life on earth, resulting from the rampant exploitation of its... more
The article explores the political-normative dispute
that confronts, on the one hand, the warnings raised by
indigenous peoples about the collapse of the capacity to
sustain life on earth, resulting from the rampant exploitation
of its natural resources, a perception corroborated by
science and expressed in the Anthropocene proposition;
and, on the other hand, the articulations and strategies of
persuasion employed by a mercantilist ontology that is
concerned with maintaining a secular model of development
based on the exhaustive and unsustainable economic
exploitation of environmental and human resources. The
article sheds light on the indigenous action and the form it
takes, expressed by the word and the body, and on what it
signifies, a cosmopolitics that unfolds on two planes: one
pragmatic and urgent, expressed as concern for their very
existence as indigenous peoples, in the present; and another,
epistemic-ontological, that connects the past, the present
and the future, while at the same time interrelating in this
temporality all the beings of the planet (indigenous, non indigenous, animals, spiritual beings).
Keywords: Indigenous peoples, indigenist legislation, mercantilist ontology, Anthropocene, Cosmopolitics.
A partir da relação entre um fenômeno de possessões, denominado crise, e o cristianismo presente nas populações indígenas do baixo rio Oiapoque (região amazônica na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa), o artigo pretende mostrar... more
A partir da relação entre um fenômeno de possessões, denominado crise, e o cristianismo presente nas populações indígenas do baixo rio Oiapoque (região amazônica na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa), o artigo pretende mostrar que, para entender eventos como este, é preciso sair das polaridades, como as que opõem cristianismo a xamanismo e os correlacionam, respectivamente, a mudança e continuidade. A proposta aqui é a de que os fenômenos sociais não são objetos com contornos nitidamente definidos, sendo ao mesmo tempo coisas corporais, metafísicas e afetivas. A significação desses fenômenos se dá nos processos de transformação ativados em (e na) relação, pelas conexões que se estabelecem e pelas conexões que carregam, de relações precedentes, os elementos em conexão. Para o tema que nos ocupará, esta proposta está plasmada na noção de língua franca do suprassensível.

Palavras-chave: Populações indígenas; Fronteira Brasil/Guiana Francesa; Xamanismo; Cristianismo; Relação; Transformação; Alteridade

Focusing on the relationship between a phenomenon of possession (known as crisis) and Christianity present in the indigenous populations of the lower Oiapoque River (in the Amazon region on the border between Brazil and French Guiana), this article shows that to understand events like this one must go beyond polarities, such as those that set Christianity in opposition to shamanism and which correlate them, respectively, to change and continuity. I propose that social phenomena are not objects with clearly defined outlines; they are at once corporeal, metaphysical, and affective things. The signification of these phenomena emerges in processes of transformation activated in (and by) relations, by the connections that are established and by the connections that carry, from previous relationships, the elements in connection. This proposal is shaped by the notion of lingua franca of the suprasensible.

Keywords : Indigenous populations; Brazil/French Guiana border; Shamanism; Christianity; Relationship; Transformation; Alterity.
Research Interests:
Este artigo explora o embate entre política e modelo econômico presente na atual luta das populações indígenas pelo reconhecimento e garantia de seu modo de vida. A terra é basicamente a questão em torno da qual se mobilizam as tensões... more
Este artigo explora o embate entre política e modelo econômico presente na atual luta das populações indígenas pelo reconhecimento e garantia de seu modo de vida. A terra é basicamente a questão em torno da qual se mobilizam as tensões voltadas aos índios. Na base dessas, o que há são modelos de relacionamento com os entes do planeta (fauna, flora, humanidade) radicalmente opostos. É do enfrentamento político entre esses modelos que o artigo trata, trazendo à luz a peleja dos índios com o agronegócio e seus representantes no Congresso Nacional, exposta de maneira radical quando os índios ocuparam o plenário da Câmara Federal, em abril de 2013. Busca-se aqui destacar a importância atual do campo normativo como espaço de disputa na caução de direitos, assim como a influência do protagonismo político indígena.
Apresentação do dossiê "Vinte anos de etnologia das TBAS" que contém um conjunto de balanços bibliográficos sobre temas candentes na etnologia indígena. A apresentação reflete sobre o significado e a necessidade de produzir balanços,... more
Apresentação do dossiê "Vinte anos de etnologia das TBAS" que contém um conjunto de balanços bibliográficos sobre temas candentes na etnologia indígena. A apresentação reflete sobre o significado e a necessidade de produzir balanços, mostra porque o balanço foi construído de maneira temática e introduz uma explicação sobre recorte geográfico escolhido para o dossiê.
Revista DR-Número 1
Research Interests:
Le Monde Diplomatique, Brasil. 4/12/2012
Research Interests:
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different... more
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different Christian churches in the indigenous area. The chapter shows that the Crisis has spread in the region through a common grammar based on shamanism, which conjoins the distinct forms of Christian religiosity and indigenous ritualistic practices through the permeability of the different worlds of the Amerindian cosmos and by their drive to alterity.
Por cinco anos, um pequeno grupo Palikur – ameríndios de fala arawak-maipure que vivem, há séculos, na região do baixo Oiapoque – participou do projeto musical e transcultural "Ponte entre Povos", coordenado pela música Marlui Miranda e... more
Por cinco anos, um pequeno grupo Palikur – ameríndios de fala arawak-maipure que vivem, há séculos, na região do baixo Oiapoque – participou do projeto musical e transcultural "Ponte entre Povos", coordenado pela música Marlui Miranda e composto por cinco povos indígenas da região Amapá/Norte do Pará (Amazônia brasileira), músicos eruditos, antropólogos e uma grande equipe de produção. O projeto produziu três cds de música; um livro multilíngue em português/francês/línguas indígenas; e um grande espetáculo feito nos moldes de uma ópera. Também produziu uma série de desentendimentos, seja da parte dos não índios, seja da parte dos Palikur, cujo entendimento a respeito deste “projeto de cultura” envolveu aspectos tanto econômicos como religiosos, e uma leitura a respeito do significado “cultural” do projeto distinta daquela proposta por seus organizadores.
Cet article sur les peuples autochtones et le problème de la terre au Brésil traite de politique et de modèle économique. C'est dans ce cadre que, de tout temps, ont été traités les droits indigènes/autochtones dans ce pays. Le débat... more
Cet article sur les peuples autochtones et le problème de la terre au Brésil traite de politique et de modèle économique. C'est dans ce cadre que, de tout temps, ont été traités les droits indigènes/autochtones dans ce pays. Le débat contemporain est une réédition de l'histoire qui a commencé avec l'invasion de l'Amérique par les Européens, qui oblige les populations autochtones à faire constamment preuve de créativité pour rendre compte de la relation qu'a établie cet Autre, si peu complaisant et si souvent implacable. Mais on observe aujourd'hui un changement, car les Indiens s'affirment sur la scène politique nationale et internationale. Se présentant désormais comme les porte-parole de leurs propres causes.
Resenha do livro O profeta e o Principal de Renato Sztutman
"O oitavo episódio de 2019 trata dos povos indígenas no Brasil, um tema que voltou à pauta em todo o mundo. Presentes no território há mais de 10 mil anos e fundamentais na composição da identidade étnico-cultural do país, esses povos... more
"O oitavo episódio de 2019 trata dos povos indígenas no Brasil, um tema que voltou à pauta em todo o mundo.

Presentes no território há mais de 10 mil anos e fundamentais na composição da identidade étnico-cultural do país, esses povos ancestrais têm sido também reconhecidos como guardiães do meio ambiente e dos recursos naturais.

Visões conflitantes sobre o relacionamento com as comunidades tradicionais suscitaram debates acirrados e repercutiram na mídia nacional e internacional. Para dar ao assunto o lastro do conhecimento científico, reunimos hoje no Auditório da FAPESP três especialistas no assunto.

O episódio pode ser visto pela página da Agência FAPESP no Facebook e no YouTube e pelo site da TV Folha."
Research Interests:
Entrevista feita com a antropóloga francesa Simone Dreyfus
Desenvolve-se, mais uma vez, a história de massacres e usurpações que marca as relações do Estado brasileiro com os povos indígenas. No centro da disputa atual está a figura jurídica da Terra Indígena (T.I.), envolvendo concepções bem... more
Desenvolve-se, mais uma vez, a história de massacres e usurpações que marca as relações do Estado brasileiro com os povos indígenas. No centro da disputa atual está a figura jurídica da Terra Indígena (T.I.), envolvendo concepções bem diferentes sobre o tema. Para as populações indígenas terra não é commodity, como explica o xamã Davi Kopenawa: "A terra é mais sólida do que nossa vida! Todas as mercadorias dos brancos jamais serão suficientes em troca de árvores, frutos, animais e peixes". Como ele e outras lideranças alertam, aquilo que atinge a terra dos indígenas também afeta as condições de vida de animais, plantas e, inclusive, dos brancos. Tais concepções foram, de algum modo, introduzidas no capítulo "Dos Índios" da Constituição de 1988 (art. 231-232), que vem garantindo a demarcação das terras, ainda que de forma cada vez mais morosa. Na medida em que foi percebida a potência do artigo 231, aquele que garante a T.I., o interesse econômico voltou suas baterias contra ele. A PEC 215 é um grande expoente disso-a estratégia de trazer para o Congresso a prerrogativa sobre as demarcações visa travar esses processos. A CPI Funai/Incra, voltada também às terras quilombolas, é a estratégia mais evidente daquilo que move esses interesses no Legislativo. Seu relatório final propõe o indiciamento em massa de lideranças indígenas, de antropólogos, indigenistas e procuradores da República. A lista de pessoas indiciadas é tão esdrúxula quanto os crimes a elas imputados. Por outro lado, boa parte dos arrolados nem sequer foi convocada pela CPI, tendo seu direito à defesa cerceado. Essa farsa é um jogo político bem calculado. Ao criminalizar atores sociais que colocam empecilhos à apropriação espúria das terras indígenas e quilombolas e ao desqualificar o trabalho acadêmico que sustenta argumentos em favor dessas terras, pretende-se acuar a defesa desses direitos e sustentar aberrações jurídicas, fruto de novas interpretações do texto constitucional feitas pelo STF. Foi assim que a ideia de "habitação em caráter permanente", do art. 231, foi atrelada a um "marco temporal", a data da promulgação da Carta Magna (05/10/1988). Ainda que o STF tenha decidido que o conceito não se aplicaria em casos de "renitente esbulho" (desocupações forçadas), em julgamento posterior estabeleceu que, para a configuração do "esbulho", o conflito possessório deve persistir até a data do "marco". Assim, desconsiderou a contínua história de genocídio indígena. Esta é uma disputa de ideias com efeitos concretos, pois legitima ações como o brutal ataque aos Gamela no Maranhão, ocorrido há poucos dias, e mostra que a falta de representação política dos indígenas lhes é fatal. Do outro lado, o cenário de hiperrepresentação teve seu coroamento na nomeação do deputado ruralista Osmar Serraglio (PMDB), relator da PEC 215, ao Ministério da Justiça. Após a agressão sofrida pelos Gamela, o ministro limitou-se a pôr em dúvida a identidade indígena deles, reproduzindo a narrativa da negação da diferença e fundamentando a violência perpetrada. É grave, uma vez que este é o discurso oficial do Estado. Como diz o líder Ailton Krenak, a falta de representação indígena é a prova de que ainda estamos no modelo colonialista, em que as decisões sobre a vida dos índios são tomadas por quem é, no mínimo, indiferente a eles.
[ CIÊNCIAS SOCIAIS E CORONAVÍRUS - COVID-19: Um novo velho conhecido dos indígenas - Artionka Capiberibe ; Roque de Barros Laraia . ] “Parece estranho dizer que uma doença que mal começa a ser descoberta seja familiar de longa data de... more
[ CIÊNCIAS SOCIAIS E CORONAVÍRUS - COVID-19: Um novo velho conhecido dos indígenas - Artionka Capiberibe ; Roque de Barros Laraia . ]

“Parece estranho dizer que uma doença que mal começa a ser descoberta seja familiar de longa data de algumas das populações que vivem nesse planeta. No entanto, esse é o caso em relação à experiência que começa a ser vivida pelos povos indígenas com a COVID-19. Assim se passa porque vírus e bactérias são aliados, há séculos, da ganância da exploração econômica, agindo junto com esta na mortandade das populações indígenas. “ Artionka Capiberibe

O boletim 18 da ANPOCS expõe a vulnerabilidade dos povos indígenas perante vírus e bactérias, especialmente pela COVID-19, e ressalta as ações que devem ser tomadas para a proteção dessa população.

“preocupo-me, em particular, com as nossas populações indígenas, desprovidas da resistência necessária para enfrentar o terrível vírus que ameaça toda a humanidade.” Roque de Barros Laraia

Para o boletim completo, acesse: http://www.anpocs.com/index.php/ciencias-sociais/destaques/2331-boletim-n-18-covid-19-um-novo-velho-conhecido-dos-indigenas
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Newspaper article
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"Lugar de índio é na floresta. Lugar de índio é na universidade, no happy hour do final do dia, na Moradia estudantil e também nas reuniões do Conselho Universitário. Na Unicamp, na UnB, na UFAM. Lugar de índio é na Marcha das Mulheres... more
"Lugar de índio é na floresta. Lugar de índio é na universidade, no happy hour do final do dia, na Moradia estudantil e também nas reuniões do Conselho Universitário. Na Unicamp, na UnB, na UFAM. Lugar de índio é na Marcha das Mulheres Indígenas, é viajando para Manaus, Brasília, Oiapoque, Índia ou também integrando a equipe de um projeto de pesquisa de Antropologia. São todos esses lugares, cada vez mais, cada vez mais longe.

Nesse episódio, vamos conversar com Patrícia Barbosa, estudante da etnia Tukano, que fez o primeiro vestibular indígena realizado na Unicamp em 2018. Ela faz pesquisa com Artionka Capiberibe, professora e etnóloga do Departamento de Antropologia da Unicamp. Juntas, elas estiveram na Marcha das Mulheres Indígenas em 2019 como militantes, pesquisadoras e antropólogas. Universidade entre os povos na floresta e, de modo cada vez mais contundente, os povos da floresta na universidade – novos diálogos, novas vozes para conhecermos."
Entrevista dada à rádio da RTV, em maio de 2019, junto com Sávio Cavalcante sobre o tema Democracia e Direitos Humanos. Interview to RTV radio in May 2019, together with Sávio Cavalcante on the theme Democracy and Human Rights.... more
Entrevista dada à rádio da RTV, em maio de 2019,  junto com Sávio Cavalcante sobre o tema Democracia e Direitos Humanos.
Interview to RTV radio in May 2019, together with Sávio Cavalcante on the theme Democracy and Human Rights.
https://www.rtv.unicamp.br/?audio_listing=democracia-e-direitos-humanos-juliana-franco-entrevista-professores-savio-cavalcante-e-artionka-capiberibe-ifch
Podcast sobre o tema "A questão indígena no Brasil", no qual participam: Artionka Capiberibe (IFCH – Unicamp), Henyo Trindade Barretto (UnB), José Alves de Freitas e Juliana Sangion (Comvest – Unicamp) e Anápuáka Muniz Tupinambá (Rádio... more
Podcast sobre o tema "A questão indígena no Brasil", no qual participam: Artionka Capiberibe (IFCH – Unicamp), Henyo Trindade Barretto (UnB), José Alves de Freitas e Juliana Sangion (Comvest – Unicamp) e Anápuáka Muniz Tupinambá (Rádio Yandê).
Produzido por: Allison Almeida, Luanne Caires, Camila Cunha e Bruno Moraes, com apresentação de Camila Cunha e Bruno Moraes e coordenação de Simone Pallone. Os responsáveis pelos trabalhos técnicos são Octávio Augusto, da Rádio Unicamp, e Gustavo Campos.
Podcast on "The indigenous issue in Brazil" in which participate: Artionka Capiberibe (IFCH - Unicamp), Henyo Trindade Barretto (UNB), José Alves de Freitas and Juliana SANGION (Comvest - Unicamp) and Anapuaka Muniz Tupinambá (Radio Yandê ).
Produced by: Allison Almeida, Luanne Caires, Camila Cunha and Bruno Moraes, with presentation by Camila Cunha and Bruno Moraes and coordinated by Simone Pallone. Those responsible for the technical work are Octávio Augusto, from Rádio Unicamp, and Gustavo Campos.
http://oxigenio.comciencia.br/71-tematico-a-questao-indigena-no-brasil/
Abstract:This article presents an overview of the recent history of the relations between indigenous peoples and the Brazilian state. While also looking back to the 1980s, the central focus of the article is on the public policies on... more
Abstract:This article presents an overview of the recent history of the relations between indigenous peoples and the Brazilian state. While also looking back to the 1980s, the central focus of the article is on the public policies on development adopted by different governments over the last twenty years. It shows how these policies increasingly affected the lives of the indigenous peoples, taking strategic advantage of a weakening of the existing legislation in the country and a disregard for international guarantees, won over several decades of political struggle. The article analyses the harmful effects of these public policies, which have reached their apex in the present policy of death claimed and applied by the government of Jair Bolsonaro. Finally, the article demonstrates how the indigenous movement not only confronts, but reinvents forms of resistance to this catastrophic scenario.
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different... more
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different Christian churches in the indigenous area. The chapter shows that the Crisis has spread in the region through a common grammar based on shamanism, which conjoins the distinct forms of Christian religiosity and indigenous ritualistic practices through the permeability of the different worlds of the Amerindian cosmos and by their drive to alterity.
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different... more
This chapter has as its theme a phenomenon called the “Crisis” by the indigenous peoples living in the Amazon region of the Brazilian/French Guyana border. It is an outbreak of attacks by spirits occurring inside and outside the different Christian churches in the indigenous area. The chapter shows that the Crisis has spread in the region through a common grammar based on shamanism, which conjoins the distinct forms of Christian religiosity and indigenous ritualistic practices through the permeability of the different worlds of the Amerindian cosmos and by their drive to alterity.
Esta dissertacao trata do processo de evangelizacao crista vivido pelos Palikur, povo indigena falante de uma lingua Arawak, localizado em ambos os lados da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os Palikur referidos neste trabalho... more
Esta dissertacao trata do processo de evangelizacao crista vivido pelos Palikur, povo indigena falante de uma lingua Arawak, localizado em ambos os lados da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os Palikur referidos neste trabalho vivem na regiao do Uaca, as margens do rio Urukaua, norte do Estado do Amapa e extremo norte do Brasil. Este povo possui uma longa historia de relacoes sociais, economicas, politicas e religiosas com os nao-indios, assim como desde sempre participou da rede de relacoes interetnicas estabelecidas na regiao mais ampla das Guianas. A teia de relacoes formada pela acao de sociedades diferentes e um lastro para o entendimento da evangelizacao pentecostal entre os palikur. Apos seculos de convivio com a religiao catolica, os Palikur decidiram aderir em massa ao cristianismo evangelico, influenciados pela acao combinada de diferentes organizacoes evangelicas que agiram em momentos distintos. Dentre os aspectos que colaboraram na elaboracao de uma religiao...
O artigo explora a disputa político-normativa que mobiliza, de um lado, os alertas feitos pelos povos indígenas sobre o esgotamento da possibilidade de vida na terra, decorrente da exploração desenfreada de seus recursos naturais,... more
O artigo explora a disputa político-normativa que mobiliza, de um lado, os alertas feitos pelos povos indígenas sobre o esgotamento da possibilidade de vida na terra, decorrente da exploração desenfreada de seus recursos naturais, percepção corroborada pela ciência e expressa na proposição do Antropoceno; e, de outro, as articulações e estratégias de convencimento de uma ontologia mercantilista que se preocupa em manter um modelo secular de desenvolvimento baseado na exploração econômica exaustiva e não sustentável de recursos ambientais e humanos. O artigo joga luz na ação indígena, na forma que assume, sustentada na palavra e no corpo, e no que ela contempla, uma cosmopolítica desenvolvida em dois planos: um pragmático e urgente, expresso na preocupação com a existência indígena, no presente; e um outro, epistêmico-ontológico, que conecta o passado, o presente e o futuro, ao mesmo tempo que inter-relaciona nessa temporalidade todos os entes do planeta (indígenas, não indígenas, an...
Resumo A partir da relação entre um fenômeno de possessões, denominado crise, e o cristianismo presente nas populações indígenas do baixo rio Oiapoque (região amazônica na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa), o artigo pretende... more
Resumo A partir da relação entre um fenômeno de possessões, denominado crise, e o cristianismo presente nas populações indígenas do baixo rio Oiapoque (região amazônica na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa), o artigo pretende mostrar que, para entender eventos como este, é preciso sair das polaridades, como as que opõem cristianismo a xamanismo e os correlacionam, respectivamente, a mudança e continuidade. A proposta aqui é a de que os fenômenos sociais não são objetos com contornos nitidamente definidos, sendo ao mesmo tempo coisas corporais, metafísicas e afetivas. A significação desses fenômenos se dá nos processos de transformação ativados em (e na) relação, pelas conexões que se estabelecem e pelas conexões que carregam, de relações precedentes, os elementos em conexão. Para o tema que nos ocupará, esta proposta está plasmada na noção de língua franca do suprassensível.