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Ao longo dos últimos anos, os conjuntos habitacionais de promoção pública e os problemas decorrendes da forma do seu edificado têm sido considerados por vários domínios disciplinares. Todavia, os espaços exteriores afectos a estes... more
Ao longo dos últimos anos, os conjuntos habitacionais de promoção pública e os problemas decorrendes da forma do seu edificado têm sido considerados por vários domínios disciplinares. Todavia, os espaços exteriores afectos a estes conjuntos tendem a ser negligenciados nas estratégias municipais para o espaço público e para as estruturas de espaços verdes municipais. Propõe-se aqui analisar a potencialidade que estes espaços apresentam para o planeamento urbano e para a integração social, tomando como exemplo o caso dos municípios de Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, onde estes conjuntos representam uma vasta extensão do território. / Over the past several years public housing developments and the issues related to its buildings shape have been considered by many disciplinary fields. The exterior spaces of these developments, however, are usually neglected in local policies for the public space and the green areas structures. We propose to analyse the potentiality of these spaces within urban planning and towards social integration taking as an example the municipalities of Porto, Vila Nova de Gaia and Matosinhos, where a wide territory is occupied by these public housing developments.
During the post-war period the railway infrastructures in Europe were subjected to extreme transformations, regarding not only the reconstruction of the railway lines and all the structures related that were destroyed during the Second... more
During the post-war period the railway infrastructures in Europe were subjected to extreme transformations, regarding not only the reconstruction of the railway lines and all the structures related that were destroyed during the Second World War but also the start and restart of many projects that were delayed by the war. Among these, the construction of diametric underground urban lines as well as new central stations took a special role in the urban development of the second half of the twentieth century, triggering the long-lasting planing and construction of large urban areas which became almost completely devoted to tertiary activities due to the mechanisms of the economical development during the Welfare state era.
Taking as examples cities as Brussels (Belgium) with the Jonction Nord-Midi, Madrid (Spain) with the three Túneles de la risa and Lyon (France) with the business district of La Part-Dieu and its railway station, we aim to show the different urban phenomena that come with construction of the new railway infrastructures in attractive urban areas in the post-war period. Thus, we will consider the changes in urban landscape, considering how these infrastructural developments were important to determine a newer image for these cities and to (re)shape most of the public spaces, structures and buildings related with them. We will also identify the role of the different actors involved with these projects, not only architects and engineers but also the authorities, the real estate developers, social movements and others, that deeply influenced the shape of both the cities and the transportation infrastructures. Finally, we will make an evaluation of the importance of these structures and buildings related for today's cities.
A destruição da casa da Rua Pinto Bessa inscreve-se numa nova perspectiva desvalorizadora da cultura histórica local.
Ciclo de conferências Ernesto Korrodi 1870-2020
No final do século XIX assiste-se à emergência de uma burguesia abastada associada à indústria, ao comércio e à banca, tendencialmente republicana, a qual se concentra principalmente em Lisboa, no Porto e nos núcleos urbanos periféricos e... more
No final do século XIX assiste-se à emergência de uma burguesia abastada associada à indústria, ao comércio e à banca, tendencialmente republicana, a qual se concentra principalmente em Lisboa, no Porto e nos núcleos urbanos periféricos e regionais cujo crescimento foi despoletado pelas melhorias efectuadas nos transportes interurbanos desde a década de 1840. Esta nova classe burguesa é fundamentalmente distinta da aristocracia oitocentista, tentando desde cedo expressar o seu crescente poder e influência na sociedade através de iniciativas, obras e edifícios de grande visibilidade urbana e territorial, recorrendo para este efeito à arquitectura de vanguarda dos melhores arquitectos da época.
É neste contexto que surge a obra de Norte Júnior em Lisboa e de Eduardo Alves no Porto. Ao contrário de outros arquitectos seus contemporâneos tais como Ventura Terra, Adães Bermudes e Marques da Silva, cuja obra mais representativa é na sua maioria correspondente a edifícios públicos, a produção arquitectónica de Norte Júnior e de Eduardo Alves é caracterizada essencialmente por encomendas de iniciativa privada tais como palacetes, prédios de rendimento, hotéis, complexos termais, salas de espectáculos, escolas e fábricas, entre muitos outros.
Embora se tratem de arquitectos muito distintos entre si, caracterizados por formulários arquitectónicos diferentes, ambos apresentam uma obra caracterizada pela audácia formal em relação aos seus pares, os quais para as suas obras tendiam ora a referenciar-se no ecletismo classicista francês, ora a inspirar-se na arquitectura tradicional portuguesa. Enquanto que Norte Júnior é remetido para uma posição menos dominante no panorama nacional em favor de outros arquitectos, Eduardo Alves encontra-se inteiramente esquecido fruto do seu prematuro falecimento em finais de 1918 e porque raramente assinava os seus projectos.
Pretende-se por em comparação a obra destes dois arquitectos, contextualizando-a com a obra de vários arquitectos seus contemporâneos, como por exemplo Ventura Terra, Raul Lino, Ernst Korrodi, Silva Rocha, Marques da Silva e Teixeira Lopes, com o objectivo de interpretar as diversas opções que representam a arquitectura ecléctica, na sua diversidade, bem como com a intenção de expor a importância da obra destes dois arquitectos para o panorama arquitectónico local de Lisboa e Porto da sua época e até aos dias de hoje, em que a preservação e a reabilitação das suas obras se torna cada vez mais um tema dominante.
Após um longo período marcado pelo reduzido número de projectistas no campo da edificação urbana, nos finais do século XIX verifica-se um significativo aumento do número de arquitectos activos no Porto. É no contexto da partida dos... more
Após um longo período marcado pelo reduzido número de projectistas no campo da edificação urbana, nos finais do século XIX verifica-se um significativo aumento do número de arquitectos activos no Porto. É no contexto da partida dos primeiros pensionistas em arquitectura da Academia Portuense de Belas Artes para Paris, em 1867, que se instala no panorama cultural portuense um forte confronto entre diferentes modos de entender a arquitectura enquanto disciplina e enquanto forma de construir a cidade. Este confronto manifesta-se tanto no processo de experimentação técnica e formal por parte de cada interveniente como através da constituição de diferentes clientelas, também elas reflexo dos diferentes ramos da sociedade portuense. O atrito entre os dois diferentes grupos profissionais constituídos assume especial destaque entre 1910 e 1933.