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2018, ACROBATA, nº 8 - junho
Sobre "lâminas finas" e hastes firmes Assunção de Maria Sousa e Silva1 ESTÉTICA quando o escravo surrupiu a escrita disse o senhor:-precisão, síntese e bons modos! é seu dever enxurrada se riu demais em chuva do conta-gotas e sua boca de borracha rota. A Literatura afro-brasileira se firma no sistema literário brasileiro como a "haste fina que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta". (Paulo Pinheiro). A historiografia literária brasileira, construída sob preceitos canônicos, registra a presença de personagens negros modelados por visões que os estigmatizam, construindo-os sob estereotipias paralisantes que os mantém emparedados, em segundo plano e, por vezes, anulados de sua autonomia produtiva. No campo da autoria, os escritores e escritoras negras, durante muito tempo, percorreram o caminho da invisibilidade ou da visibilidade negativa conveniente à justificativa de que os escritos não apresentavam alto estilo e galhardia dos gênios ou dos eleitos pela crítica. Por conseguinte, seus livros, não reconhecidos, eram pouco consumidos pela grande parcela de leitores (as). Fenômeno que se agrava quando lembramos que vivemos num país onde ainda há um escasso número de leitores ou consumidores de livros. Tudo isso acimentado por concepções racistas. Decerto que ainda é incomum encontramos, em livrarias ou em bibliotecas, livros de autoras e autores negros (as) como
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2015
O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, 2022
No Brasil, na década de 1940, houve uma crescente radicalização das posições ideológicas, fenômeno que se deu em razão tanto da pressão internacional diante do avanço nazista quanto da tensão nacional diante do Estado Novo. Nesse contexto, uma polêmica se instalou, mobilizando poetas e críticos em torno das formas de participação e do hermetismo na poesia. Este texto dedica-se a examinar essa polêmica, dando protagonismo para Oswaldino Marques e Bueno de Rivera, dois personagens que aparentemente são pouco lidos pela crítica na atualidade. Da leitura contrastiva de suas posições e seus poemas sobressai a complexidade da literatura de Bueno de Rivera, poeta de uma estética aporética, profundamente sintonizada com o mal-estar da modernidade e os impasses da suplementação técnica da natureza. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/o_eixo_ea_roda/article/view/21252
leitura sobre a domesticação em Regras para o parque humano de Peter Sloterdijk 1 Fernando Freitas Fuão Aos que nascerão fora das clareiras Reconhecer que a domesticação do ser humano é o grande impensado, do qual o humanismo desde a Antiguidade até o presente desviou os olhos, é o bastante para afundarmos em águas profundas." 2 "Lá onde existem casas deve-se decidir no que se tornarão os homens que as habitam". 3 Peter Sloterdijk. Numa conferencia dedicada a Heidegger e a Carta sobre o Humanismo em 1999, Sloterdijk fez uma reflexão critica sobre o papel do humanismo e seu correspondente projeto de domesticação humana; posteriormente o conteúdo dessa conferência se tornaria o conhecido livro Regras para o Parque Humano. Sloterdijk referenciava em sua conferencia a três filósofos que já haviam apontado o tema da domesticação no passado: Heidegger, obviamente pela circunstancia de ser o titulo da conferência e mais especificamente sobre a questão da 'clareira'; o segundo, Nietzsche que observara a questão da domesticação do homem sobre o próprio homem, e a fabricação de super-homens, e o terceiro, Platão e a arte de pastorear os seres humanos, tomando o pastor como o padre, o pai, o dom, o domesticador e cuidador do rebanho. Essa conferencia gerou um forte debate na Alemanha entre Sloterdijk e seu opositor Habermas, polemica que se exacerbou através da mídia porque 1 Esse ensaio é fruto de duas inquietações: meu tra balho durante dezoito anos com moradores de rua, recicladores e catadores; e principalmente de um curso que propus de filosofia, com o prof. Jose Luiz Ferreira educador popular, e a população em situação de rua na Escola Porto Alegre; uma escola voltada a formação básica de primeiro grau aos moradores de rua. Além de não contarmos com muitos alunos durante esse curso percebíamos a prática comum dos alunos de não conseguirem ficar sentados muito tempo, observávamos a inquietação do corpo não docilizado, do corpo indisciplinado. As aulas não podiam se prorrogar por muito tempo, aguentavam uma hora até uma hora e meia no máximo, mesmo que a aula para todos fosse interessante e contasse com a participação e curiosidade de todos. Trabalhamos nesse curso as idei as de acolhimento de Jacques Derrida e E. Levinas, André Conte-Sponville sobre o amor, as ideias de Heidegger, Michel Foucault, e muito John Zerzan. Essa situação de estar confinado numa sala de aula nos interrogava muito, e nos questionava sobre a questão da domesticação escolar e de conceitos como civilidade e cidadania. Poucos anos antes enquanto estudava o tema da domesticação humana conheci o pequeno livro Regras para o Parque Humano de Peter Sloterdijk, o qual me marcou profundamente dada a dura reali dade em que o livro apresenta a seus leitores. Essas inquietações permaneceram latentes e me levaram a debruçar sobre, e acabei trabalhando apresentando ele durante três anos no programa de pesquisa e pós-graduação em arquitetura. PROPAR. UFRGS. Entretanto essa análise nunca implicou uma relação explicita pelo menos no texto com os moradores de rua; mas aquela experiência do curso de filosofia está silenciosamente entranhada nesse texto; o porquê de suas inquietações, da fala corporal, a questão da indisciplinaridade e da domesticação humana a que fomos submetidos desde a nossa infância, e sobre tudo os estigmas que eles carregam. Certamente aprendemos muito mais sobre a existência com o pessoal em situação de rua do que eles sobre filosofia. Esse ensaio, enfim procura mostrar quanto eles têm para nos mostrar como alternativa a nossas ansiedades e inquietações, sobretudo questionar essa modelagem de nossos corpos, enfim: o que fizeram e fazem com a gente; corroborando com a ética da alteridade e da pedagogia do oprimido de Paulo Freire. É justamente esse outro que carrega a diferença que vem questionar a própria existência minha. E nessa tentativa de explicar a domesticação humana não há nenhum romantismo em retratar os moradores de rua e todos esses corpos que escaparam e resistem à domesticação humana; pelo contrário, é intenção mesmo de mostrar o caro preço e sofrimento da vida que eles pagam por essas escolhas conscientes e inconscientes, nem se pode falar em escolhas visto que foram submetidos involuntariamente pelo Estado. Esse poder que castiga é também punitivo desde o nascimento desses corpos, fabrica seres que permaneceram toda sua vida quase como espécimes para justificar o humanismos e a civilização; essa constatação dirige-se especificamente a própria criação e manutenção da miséria e pobreza. 2 Sloterdijk, Peter. Regras para o Parque Humano. São Paulo. Estação Liberdade. 2000. P. 43 3 Op. cit.; p. 37
Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 2015
2008
Em 02/08/2016: Anuidade de pedido de patente de invenção no prazo extraordinário.DepositadaA presente invenção descreve lâminas duplas e brise-soleils duplos compreendendo tais lâminas. Em especial, esses brise-soleils devem ser utilizados para o aumento do conforto ambiental, térmico, acústico, energético e/ou visual, possibilitando o controle independente da entrada de luz e de vento no ambiente, por exemplo. As diferentes possibilidades de arranjos de suas sub-lâminas permitem ainda a formação de brise-soleils de lâminas singulares, toldos, biombos, entre outros
Divertirse en dictadura. El ocio en la España franquista, 2024
Jurnal Farmamedika (Pharmamedica Journal)
Aôthen Magazine, 2024
Journal of Marketing Education, 2014
The Centenary of the Christmas Foundation Conference , 2024
Gomal University journal of research, 2016
Materials Sciences and Applications, 2012
International Journal of Neuropsychopharmacology, 2012
Journal of Applied Physics, 1994
Journal of Immunological Methods, 2010
Applied and Environmental Microbiology, 2004
Journal of Physics: Conference Series, 2018