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1997
As construções musicais utilizadas por Claudio Monteverdi, mais do que uma maneira de organizar o discurso musical, refletem uma proposta dramatúrgica do compositor, no que concerne ao re-significado do texto. O texto poético, com seu significado próprio, ao ser reorganizado em suas repetições, em diversas tessituras vocais, sobreposições textuais e outros procedimentos composicionais próprios da seconda pratica, notadamente aqueles que são utilizados para a construção das melodias e encontros harmônicos, externa um significado novo, muitas vezes distante do original puramente literário. Monteverdi, ao elaborar processos melódicos com soluções distintas daquelas palestrinianas, com seu modo peculiar e individual de tratar as dissonâncias (melódicas e harmônicas), constrói uma nova dramaturgia e aponta suas próprias possibilidades interpretativas.
Revista Terceira Margem - UFRJ
"Madrigali Guerrieri et Amorosi": o livro oxímoro de Claudio Monteverdi2011 •
A coletânea musical "Madrigali Guerrieri et Amorosi", obra de maturidade do mais influente e revolucionário compositor do seicento, Claudio Monteverdi, se configura como materialização musical de uma poética dos contrários emblemática da estética literária maneirista e barroca. Indícios presentes na coletânea nos permitem identificar alguns dos principais marcos da genealogia desta poética dos contrários, assim como avançar hipóteses quanto ao sentido desta coletânea dentro da extensa obra musical de Monteverdi. The musical collection known as "Madrigali Guerrieri et Amorosi", a mature work of Claudio Monteverdi, the most influential and revolutionary composer of the seicento, represents a musical realization of a poetics of opposites which is emblematic of the Baroque and mannerist literary aesthetics. Indications present in the collection allow us to identify some of the principal landmarks of the genealogyof this poetics of opposites, as well as to present hypotheses about the meaning of this collection within the context of the extensive musical oeuvre of Monteverdi.
Revista Música Hodie Volume 12 (n. 2, 2012) PPG Música UFG. (pg 23-30)
Representação da Morte Feminina em L`Orfeo e Il Combattimento di Tancredi et Clorinda de Claudio Monteverdi2012 •
O presente artigo trata de questões referentes à linguagem harmônica da obra de Claudio Monteverdi, seus procedimentos harmônicos e decorrentes movimentações melódicas, sua utilização como recurso dramatúrgico e suas possíveis significações alegóricas, tomando por base diversas teorias de modos nos séculos XVI e XVII. Num primeiro momento, aborda a questão das diversas nomenclaturas e significados dos modos e suas possíveis referências alegóricas de acordo com autores diversos. Num segundo momento, apresenta a análise de dois trechos de suas óperas, que tratam da representação da morte de Eurídice e Clorinda (Orfeo & Il combattimento de Tancredi e Clorinda,respectivamente), relacionando os procedimentos harmônicos às duas situações dramatúrgicas. Abstract: The Representation of Feminine Death in L’Orfeo and Il Combattimento di Tancredi et Clorinda by Claudio Monteverdi Abstract: This paper refers to issues related to the harmonic language of Claudio Monteverdi, its harmonic procedures and resulting melodic movements, its use as a dramaturgical resource and its potential allegorical meanings, based on theories and classifications of modes of the sixteenth and seventeenth centuries. At first, it approaches the matter of the multiple names and meanings of the modes and their potential allegorical references according to different authors. Secondly, it presents the analysis of two examples from his operas that deal with the representation of the death of Euridice and Clorinda (Orfeo & Il combattimento de Tancredi e Clorinda, respectively), correlating their harmonic procedures to the corresponding dramaturgical situations.
A representação poética do filicídio materno é o eixo conceitual para a aproximação, proposta neste livro, entre três dramaturgos que, embora distantes no tempo, se avizinham no interesse que compartilham pela matéria trágica. A partir desta perspectiva, a Medeia (431 a.C.) de Eurípides, a Gretchentragödie (1790) de Goethe e a Yerma (1934) de García Lorca confirmam-se como obras teatrais cujo sentido do trágico repousa na antinomia do assassinato da criança pelas mãos daquela que lhe deu a vida. O filicídio, nestes casos, funciona antes como metáfora plurivalente que afirma o corpo e o feminino como residências trágicas de conflitos primordiais: o sagrado versus a razão, a estética versus a política, a literatura versus a filosofia, a intuição versus o conceito. Neste panorama, o presente ensaio propôe uma leitura comparada entre os clássicos em questão e o debate intelectual que as suas tragédias suscitaram, desde as discussões sobre o valor da poesia e da catarse (Platão, Aristóteles), passando pelas questões do sublime e da vontade (Kant, Schiller, Schopenhauer) até às modernas revisões do trágico propostas por Nietzsche e Unamuno.
Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer
O que o Moridero, de Mario Bellatin, pode nos dizer sobre a morte e suas facetas na modernidade?2020 •
Mediante o conto Salón de Belleza, de Mario Bellatin, que trata da transformação de um centro cosmético em um espaço destinado ao amparo de moribundos acometidos por uma doença misteriosa, discute-se, neste artigo, a influência que alguns processos sociais tiveram na construção de uma percepção que os indivíduos passaram a carregar na modernidade sobre a morte e seus desdobramentos. Essa nova conjuntura social, política, econômica e cultural, marcada pelo surgimento dos Estados-Nações e pela chamada Medicina Social Clínica, que se consolidaram por volta do século XIX, contribuiu para a formação de um imaginário social que passou a compreender a morte e tudo que, supostamente, estivesse ligado a ela, como a feiura, a doença, a loucura e a estranheza, como algo desprezível e que, necessariamente, devesse ser afastado do alcance dos olhos da sociedade. Uma das razões que levaria a tal percepção surgir, estaria vinculada ao próprio projeto que a modernidade criou para si baseada numa so...
Nietzsche foi um dos pensadores que mais intensamente dedicou-se ao estudo e interpretação da tragédia, considerada não somente como gênero artístico, mas como uma visão-de-mundo. Em uma época de seu percurso intelectual marcada pelos estudos filológicos, quando estava ainda sob profunda influência de Schopenhauer e Wagner, Nietzsche busca compreender a tragédia de Sófocles e Ésquilo como uma aliança entre Apolo e Dionísio, divindades gregas da arte. Nietzsche especula também sobre a ascensão de Sócrates e do platonismo, fenômeno tido como precursor do cristianismo e de uma perspectiva existencial nas antípodas do trágico. A obra de Shakespeare, comentada por Nietzsche em alguns aforismos esparsos, oferece-nos uma oportunidade fecunda de refletir sobre o trágico sob uma perspectiva nietzschiana, o que realizamos com o auxílio de autores como Harold Bloom, Jan Kott, Leon Chestov e Rüdiger Safranski, dentre outros. Nosso objetivo é delinear algumas das formulações nietzschianas a respeito da tragédia e aclarar com exemplos retirados das obras de Shakespeare as razões que levaram o filósofo alemão a sustentar que o bardo inglês possui uma sabedoria ética superior àquela que caracteriza o socratismo.
Revista Tempo Amazônico
“A morte é muito simples”: Perspectivas sobre o morrer em poéticas e narrativas daimistas2022 •
2021 •
O presente artigo visa apresentar um espectro da relação entre a escrita poética, narrativa e ensaística, palazzeschiana e a temática da morte, dando enfoque para possível criação de uma filosofia da morte no pensamento e obra do autor. Aldo Palazzeschi foi um autor italiano nascido em 1885 que, até a data de sua morte em 1974, produziu uma pluralidade de textos que variam entre poesias, novelas, romances, ensaios e manifestos, contudo, o autor é mais notoriamente conhecido por ter participado ativamente do Futurismo italiano ao lado de grandes artistas da época, como o pintor e escultor Umberto Boccioni (1882 – 1916), o pintor Carlo Carrà (1881 – 1966) e o também escritor, e fundador do Futurismo, Filippo Tommaso Marinetti (1876 – 1944). Já em sua fase futurista a temática da morte é presente e potente, estando presente em suas poesias e sobretudo em seu manifesto, porém, com o decorrer de sua escrita a temática evolui e ganha novas dimensões e texturas. Para a análise da obra pala...
Археологічні дослідження в Україні 2022 р.
Осаульчук, О., Ільчишин, З. Пам’яткоохоронні роботи на поселенні римського і ранньослов’янського часу Сокільники 1Boletín Geocrítica Latinoamericana
La resistencia de los conocimientos tradicionales a la geopolítica de las semillas2020 •
The Pharma Innovation Journal
Bamboo diversity, distribution and utility in forest fringe villages of Manipur (India)2018 •
Revista Brasileira de Educação Física e Esporte
Resposta da razªo testosterona/cortisol durante o treinamento de corredores velocistas e fundistas2004 •
Edusentris
Efektivitas Pendidikan Gizi Melalui Media Video Dalam Meningkatkan Pengetahuan Gizi Anak Usia Dini2019 •
2011 •