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  • PhD candidate in History in the Inter-University Doctoral Programme in History and Master of Arts in History of Inter... moreedit
The present dissertation aims to produce a re-reading of the Angolan Civil War in order to analyze the event beyond the ethnic variable. This variable seems to appear as central argument in Western specialized literature. Highlighted as... more
The present dissertation aims to produce a re-reading of the Angolan Civil War in order to analyze the event beyond the ethnic variable. This variable seems to appear as central argument in Western specialized literature. Highlighted as one of the most striking episodes in Angola’s contemporary History, the analytical choice is due to the importance it represents in the Angolan state-building process. The study on the event makes possible to elucidate the existence of a negative rhetoric that tends to reduce the conflict to a ethnicity component. To compose the analytical panorama, the dissertation is based on the premise that there is a relation of similarity in the National States formation processes either in Africa and Europe, according to the following aspects: territorial composition based on wars of conquest, linguistic plurality and multiethnicity.

Keyword: Angolan Civil War; National State in Africa; Multiehnicity.

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O presente trabalho se propõe a uma releitura da Guerra Civil Angolana no sentido de analisar o evento para além da variável étnica que aparece como argumento central na literatura ocidental. Pretende-se, a partir deste episódio, um dos mais marcantes da História contemporânea de Angola, elucidar a existência de uma retórica negativa que tende a reduzir o conflito a componente da etnicidade. A escolha do evento se dá pela importância que tem no processo de constituição de um Estado Nacional angolano. Para tal, parte-se da premissa de que existe uma relação de semelhança nos processos de formação dos Estados Nacionais em África e na Europa, baseada nos seguintes aspectos: formação territorial com base em guerras de conquista, pluralidade linguística e multietnicidade.

Palavras-chave: Guerra Civil Angolana; Estados Nacionais em África; Multietnicidade.
O presente trabalho se propõe a analisar a trajetória do Movimento Popular pela Libertação de Angola, o MPLA, desde a sua criação como grupo de contestação ao colonialismo português na década de 1960, até sua constituição como governo do... more
O presente trabalho se propõe a analisar a trajetória do Movimento Popular pela Libertação de Angola, o MPLA, desde a sua criação como grupo de contestação ao colonialismo português na década de 1960, até sua constituição como governo do Estado independente de Angola, em 1975, perpassando seus anos à frente do poder até 2012, quando se tem o fechamento da primeira década após o fim da guerra civil e do último mandato presidencial completo. Para tal, adota-se a conceituação de elite revolucionária, de Tkachev e Lênin, para descrever esse primeiro momento e de elite dirigente, a partir do trabalho de Gramsci, para o período posterior. O ponto central da pesquisa é buscar compreender se houve mudanças fundamentais nas características do grupo ao longo dessa transição. Assim, faz-se um estudo de seu processo de formação, sua atuação na luta por independência em Angola, a trajetória política de seus membros fundadores, seu projeto político e as alterações que sofreu ao longo dos anos como governo.

Palavras-chave: Movimento Popular pela Libertação de Angola; Elite política; Elite revolucionária; Elite dirigente.

El presente trabajo se propone a analizar la trayectoria de “Movimento de Libertação pela Libertação de Angola”, MPLA, desde su creación como grupo de contestación al colonialismo portugués en la década de los 1960, hasta su constitución como gobierno del Estado independiente de Angola, en 1975, pasando por sus años frente al poder hasta 2012, cuando hay el cierre de la primera década después del fin de la guerra civil y del último mandato presidencial completo. Para eso, adoptase la conceptualización de élite revolucionaria, de Tkachev y Lenin, para describir ese primer momento y de élite dirigente, a partir del trabajo de Gramsci, para el periodo posterior. El punto central de la investigación es buscar comprender si hubo mudanzas fundamentales en las características del grupo a lo largo de esa transición. Así, lo hace un estudio de su proceso de formación, su actuación en la lucha por independencia en Angola, la trayectoria política de sus miembros fundadores, su proyecto político y las alteraciones que ha sufrido a lo largo de los años como gobierno.

Palabras-clave: Movimento Popular pela Libertação de Angola; Élite política; Élite revolucionaria; Élite dirigente.
Research Interests:
Com o golpe de 1964 e a instauração da ditadura militar no Brasil, os esforços empreendidos pelos governos anteriores de aproximação com os países de Terceiro Mundo, tendo em vista uma maior cooperação Sul-Sul, sofreram um revés. Os... more
Com o golpe de 1964 e a instauração da ditadura militar no Brasil, os esforços empreendidos pelos governos anteriores de aproximação com os países de Terceiro Mundo, tendo em vista uma maior cooperação Sul-Sul, sofreram um revés. Os primeiros governos militares, apesar de terem, muitas vezes, um discurso favorável à maior integração do Brasil com a África, assumiram, na prática, um alinhamento aos Estados Unidos e uma postura sobretudo anticomunista, prezando pelo bom relacionamento com a exmetrópole, Portugal. A partir da gestão Médici, é renovada a tendência de simpatia pelas nações africanas, e é com Ernesto Geisel que essa tendência se concretiza de fato. Mas por que a África?
O presente artigo se pretende a uma analise sobre as relacoes entre Brasil e Nigeria, uma das grandes economias africanas da atualidade. A partir da apresentacao de caracteristicas gerais e da analise de periodos historicos e... more
O presente artigo se pretende a uma analise sobre as relacoes entre Brasil e Nigeria, uma das grandes economias africanas da atualidade. A partir da apresentacao de caracteristicas gerais e da analise de periodos historicos e contemporâneos, procuramos elucidar como as relacoes entre ambos os paises sao, de fato, mutuamente beneficas dentro do âmbito do surgimento de uma nova ordem internacional crescentemente multipolar e multilateral. Em termos de politica externa brasileira, busca-se demonstrar a importância da diversificacao de parceiros politicos e economicos para o posicionamento ativo do Brasil nessa nova ordem.
The 21st century has seen an increase in the number of actions against the so-called non-state military actors, whose common features are: the fact of being organized groups operating outside state control; their use of force to achieve... more
The 21st century has seen an increase in the number of actions against the so-called non-state military actors, whose common features are: the fact of being organized groups operating outside state control; their use of force to achieve political objectives; the irregularity of its military actions, in opposition to the most common military doctrines of regular armies; among others. The Middle East, by its turn, is home of maybe the most important and internationally well-known non-state military actors of our time. Besides the wars triggered to fight the terrorist menace, against Al-Qaeda, for example, other non-state military actors have also been involved in conflicts, such as Hezbollah and Hamas. The UNSC, as guarantor of international security and peace, must address such pressing and polemic issue. This topic is relevant not only due to the high polarization that it involves – since one side tends to see all these groups as radical and terrorist actors at the same time that th...
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2019.O presente trabalho se propõe a uma releitura da Guerra Civil Angolana no sentido de... more
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2019.O presente trabalho se propõe a uma releitura da Guerra Civil Angolana no sentido de analisar o evento para além da variável étnica que aparece como argumento central na literatura ocidental. Pretende-se, a partir deste episódio, um dos mais marcantes da História contemporânea de Angola, elucidar a existência de uma retórica negativa que tende a reduzir o conflito a componente da etnicidade. A escolha do evento se dá pela importância que tem no processo de constituição de um Estado Nacional angolano. Para tal, parte-se da premissa de que existe uma relação de semelhança nos processos de formação dos Estados Nacionais em África e na Europa, baseada nos seguintes aspectos: formação territorial com base em guerras de conquista, pluralidade linguística e multietnicidade.The present dissertation aims to produce a re-reading of the Angolan Civil...
A escalada do uso da violência contra civis em conflitos e a ocorrência de recorrentes atentados por grupos religiosos em todo o globo têm insuflado uma cultura de ódio que condena fiéis da religião muçulmana. Em função disso, este artigo... more
A escalada do uso da violência contra civis em conflitos e a ocorrência de recorrentes atentados por grupos religiosos em todo o globo têm insuflado uma cultura de ódio que condena fiéis da religião muçulmana. Em função disso, este artigo busca esclarecer em separado ambas as partes que envolvem a construção desse mito nos dias de hoje: o Islã - e sua manifestação por outros meios - e o terrorismo, além de tentar expor a forma como ambos se tornaram normalmente associados. Entende-se que ambos os conceitos dizem respeito a aspectos da política e das relações internacionais quase integralmente independentes, e que a intersecção que os une representa somente uma ínfima parte do que corresponde de fato à totalidade do Islã como religião. Tal intersecção vem sendo construída como instrumento para fins estratégicos de determinados países, e a mídia internacional contribui grandiosamente para reforçá-la. Palavras-chave: terrorismo; Islã; fundamentalismo; islamismo.
A escalada do uso da violência contra civis em conflitos e a ocorrência de recorrentes atentados por grupos religiosos em todo o globo têm insuflado uma cultura de ódio que condena fiéis da religião muçulmana. Em função disso, este artigo... more
A escalada do uso da violência contra civis em conflitos e a ocorrência de recorrentes atentados por grupos religiosos em todo o globo têm insuflado uma cultura de ódio que condena fiéis da religião muçulmana. Em função disso, este artigo buscará esclarecer em separado ambas as partes que envolvem a construção desse mito nos dias de hoje: o Islã - e sua manifestação por outros meios – e o terrorismo, além de tentar expor a forma como ambos se tornaram comumente associados. Entender-se-á que ambos os conceitos dizem respeito a aspectos da política e das relações internacionais quase integralmente independentes, e que a intersecção que os une representa somente uma ínfima parte do que corresponde de fato à totalidade do Islã como religião. Argumentar-se-á que tal intersecção vem sendo construída como instrumento para fins estratégicos de determinados países, e que a mídia internacional contribui grandiosamente para reforçá-la.
O presente artigo se propõe a uma discussão sobre a política externa brasileira comparada das décadas de 1990 e 2000, buscando demonstrar a diferença do perfil de inserção internacional que o país apresentou nos períodos em questão. Dessa... more
O presente artigo se propõe a uma discussão sobre a política externa brasileira comparada das décadas de 1990 e 2000, buscando demonstrar a diferença do perfil de inserção internacional que o país apresentou nos períodos em questão. Dessa forma, pretende-se construir, passo a passo, a evolução das relações internacionais do Brasil, na procura por uma postura mais autônoma frente a seus parceiros no cenário mundial. Por questões didáticas, opta-se por uma análise a partir do Governo Vargas, perpassando todos seus sucessores até algumas conclusões prévias e perspectivas do Governo Dilma, que inicia novo mandato em 2015.
A partir dos atentados terroristas de 11 de Setembro contra os EUA, torna-se perceptível uma alteração na política de segurança ao redor do mundo, seguindo uma tendência já iniciada com a invasão ao Kosovo15, em 1999, de invasão... more
A partir dos atentados terroristas de 11 de Setembro contra os EUA, torna-se perceptível uma alteração na política de segurança ao redor do mundo, seguindo uma tendência já iniciada com a invasão ao Kosovo15, em 1999, de invasão territorial sob a justificativa de intervenção humanitária. O principal foco desse novo século tem sido a forte campanha contra o terrorismo, encabeçada especialmente pelos EUA e Europa, após o anúncio de George W. Bush de uma “Guerra ao Terror Global”. Tal campanha tem sido usada amplamente como justificativa para intervenções, tanto no Oriente Médio, quanto na África. A doutrina da Guerra ao Terror mundial e as políticas da ONU de combate ao terrorismo têm servido como argumento, principalmente por parte dos EUA e de países europeus, como a França, para a realização de invasões embasadas na proteção aos direitos humanos, mas que muitas vezes são, de fato, motivadas pela busca por recursos naturais, principalmente petróleo.
The 21st century has seen an increase in the number of actions against the so-called non-state military actors, whose common features are: the fact of being organized groups operating outside state control; their use of force to achieve... more
The 21st century has seen an increase in the number of actions against the so-called non-state military actors, whose common features are: the fact of being organized groups operating outside state control; their use of force to achieve political objectives; the irregularity of its military actions, in opposition to the most common military doctrines of regular armies; among others. The Middle East, by its turn, is home of maybe the most important and internationally well-known non-state military actors of our time. Besides the wars triggered to fight the terrorist menace, against Al-Qaeda, for example, other non-state military actors have also been involved in conflicts, such as Hezbollah and Hamas. The UNSC, as guarantor of international security and peace, must address such pressing and polemic issue. This topic is relevant not only due to the high polarization that it involves-since one side tends to see all these groups as radical and terrorist actors at the same time that the other side claims the importance to differentiate between all kinds of such groups-but also by the fact that the UN must evaluate all the efforts that it have been taking in regard to non-state military actors, especially after this whole decade of conflicts involving the Middle East and these groups, also updating its approach to them in such region.
O presente guia de estudos debate a atual situação na Líbia, com o objetivo de compreender quais as possíveis medidas a serem tomadas pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Após a derrubada de Muammar Kadaffi, em 2011, o país... more
O presente guia de estudos debate a atual situação na Líbia, com o objetivo de compreender quais as possíveis medidas a serem tomadas pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Após a derrubada de Muammar Kadaffi, em 2011, o país viveu uma série de instabilidades políticas e securitárias, que culminaram, em 2014, na chamada Segunda Guerra Civil Líbia. Os principais elementos dessa são a ausência de um Estado central capaz de administrar o território e sem monopólio da força, a existência de uma série de grupos armados, a existência de dois corpos políticos e legislativos diferentes que reivindicam a administração legítima da Líbia - um sediado em Trípoli, capital do país, e outro sediado em Tobruk - e a recente ascenção do Estado Islâmico no país. Ademais, busca-se analisar qual o papel não apenas do CPSUA na questão, mas também de países africanos, árabes e de potências extrarregionais.
Localizada na região dos Grandes Lagos, a República do Burundi sofre com instabilidades desde o período predecessor à sua formação como Estado independente, interligadas às presentes tensões entre as duas maiores etnias no país, tutsis e... more
Localizada na região dos Grandes Lagos, a República do Burundi sofre
com instabilidades desde o período predecessor à sua formação como Estado independente, interligadas às presentes tensões entre as duas maiores etnias no país, tutsis e hutus. O período que sucedeu a independência burundinesa foi marcado por diversos golpes de Estado e por mudanças repentinas dos representantes governamentais. Com auxílio regional e internacional, o país conseguiu restabelecer-se como Estado e definiu uma nova Constituição, que garantiria maior representatividade para os hutus, até então negligenciados pelo sistema político. Este foi o marco da conclusão do processo de pacificação no país, caracterizado pela eleição indireta de um candidato hutu, Pierre Nkurunziza, para a presidência burundinesa. Nkurunziza foi reeleito
em 2010 e, em 2015, buscou uma terceira candidatura, não prevista constitucionalmente, gerando violentas manifestações populares, as quais foram repreendidas de maneira brutal pelas forças do governo. O fato abriu caminho para um novo período de instabilidades no país, o qual será trabalhado mais profundamente ao longo do trabalho.
O presente artigo se propõe a analisar o fortalecimento da política africana brasileira, focando no aspecto da independência de Angola. Assume-se que o reconhecimento brasileiro do governo do Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), de... more
O presente artigo se propõe a analisar o fortalecimento da política
africana brasileira, focando no aspecto da independência de Angola. Assume-se que o reconhecimento brasileiro do governo do Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), de orientação socialista e apoiado pelos países “do Leste” no contexto da Guerra Fria, foi um dos pontos mais marcantes da concretização de uma política externa brasileira mais autônoma, independente e orientada em busca do desenvolvimento e dos interesses nacionais. O estabelecimento de relações com os novos países independentes na África Negra, começando por Guiné Bissau, mas sobretudo com a Angola, marcou uma nova fase na condução das relações externas pelo Itamaraty, que possibilitou a consolidação de novas parcerias comerciais e estratégicas visando garantir apoio diplomático, cooperação econômica e suprimento de petróleo para o Brasil.