Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
  • noneedit
  • Doutora em Museologia na Universidade Lusófona/Portugal, com a tese 'Educação Museal e Feminismos no Brasil: silenciamentos, estranhamentos e diálogos a partir de um olhar interseccional e decolonial'. Atuou como professora substituta no... moreedit
Este texto, tecido a muitas mãos, é inspirado na obra de Grada Kilomba, apresentando episódios de racismo, sexismo e outros vetores de normatização e opressão de corpos femininos, feminizados e... more
Este  texto,  tecido  a  muitas  mãos,  é  inspirado  na  obra  de  Grada  Kilomba,  apresentando episódios  de  racismo,  sexismo  e  outros  vetores  de  normatização  e  opressão  de  corpos femininos,    feminizados    e    racializados.    Esses    episódios    passam    também    pela estereotipagem  e/ou  apagamento  das  mulheres  no  campo  da  arqueologia,  das  narrativas visuais  e  dos  museus.  Os  episódios  são  circunscritos  por  meio  de  representações  de mulheres  em  diferentes  suportes,  como  documentários,  exposições,  livros  e  histórias  em quadrinhos.
RESUMO Por meio de um processo de musealização do patrimônio arqueológico e Indígena Iny-Karajá, envolvendo coisas, paisagens, imagens, narrativas e experiências do projeto "Rio Araguaia: lugar de memórias e identidades", discutimos... more
RESUMO Por meio de um processo de musealização do patrimônio arqueológico e Indígena Iny-Karajá, envolvendo coisas, paisagens, imagens, narrativas e experiências do projeto "Rio Araguaia: lugar de memórias e identidades", discutimos algumas potencialidades e desafios da musealização da arqueologia. Com foco na ação educativa realizada com público escolar não indígena, em visitas à exposição do projeto no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG), evidenciamos a presença de estereótipos e silenciamentos acerca dos povos indígenas no imaginário das/os estudantes, bem como apontamos os esforços para a construção de uma mediação voltada à reversibilidade dessas visões. Defendemos que a musealização da arqueologia deve assumir abertamente seu compromisso na luta antirracista, considerando que suas narrativas dizem respeito aos povos indígenas e a outros povos colonizados. Palavras-chave: Musealização da Arqueologia; patrimônio cultural Indígena; mediação.
Os livros de comentários são potencialmente ricos em informações sobre a experiência de visitantes em museus e centros de ciências. Ter espaço para o registro de opiniões dos públicos, em instituições museológicas, está previsto no... more
Os livros de comentários são potencialmente ricos em informações sobre a experiência de visitantes em museus e centros de ciências. Ter espaço para o registro de opiniões dos públicos, em instituições museológicas, está previsto no Estatuto de Museus, Lei Nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009; entretanto, essa ainda não é uma prática recorrente nas diversas instituições. Para além de possuir os livros, ainda há um território não explorado: muitas instituições, mesmo quando os possuem, não utilizam nem tratam as informações neles registradas. Por essa razão, o presente estudo analisou os comentários de seis livros da Casa da Ciência da UFRJ (Rio de Janeiro/RJ) e quatro do Museu Ciência e Vida da Fundação CECIERJ (Duque de Caxias/RJ), entre 2011 e meados de 2018, a fim de compreender seu potencial para coletar dados sobre a opinião dos visitantes. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e qualitativo, em que foi realizada uma análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Observamos 1.511 comentários – 1.238 da Casa da Ciência e 273 do Museu Ciência e Vida – a partir de sete categorias (um mesmo comentário pode estar em mais de uma categoria): Acessibilidade (33); Afetividade (802); Ciência e Aprendizagem (327); Equipe (493); Exposição (439); Infraestrutura (263); Papel dos espaços museológicos na sociedade (14). A partir dos resultados apontados e discutidos, é possível identificar possibilidades de utilizar os comentários como ferramentas de comunicação entre os diversos públicos e a instituição, encontrando caminhos para ampliar e explorar essa troca em prol de uma experiência cada vez mais democrática, dialógica e inclusiva para os visitantes.
Este trabalho aborda os desafios da inclusão em museus no processo educativo, no que concerne à inclusão de público efetivo, potencial e não-público nas instituições culturais. Para análise e desenvolvimento de propostas que visam à... more
Este trabalho aborda os desafios da inclusão em museus no processo educativo, no que concerne à inclusão de público efetivo, potencial e não-público nas instituições culturais. Para análise e desenvolvimento de propostas que visam à melhoria dos setores educativos nos museus goianos, escolhi três museus: Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC|GO) da Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico/SEDUCE do Estado de Goiás, Museu Antropológico (MA) e Museu de Morfologia (MM), ambos da Universidade Federal de Goiás (UFG). Cabe destacar que procurei selecionar museus de diferentes tipologias, objetivando analisar se as ações educativas museais adquirem diferentes contornos de acordo com o tipo de instituição museológica, com especial atenção às ações direcionadas à inclusão. Em um primeiro momento, trabalhei com bibliografias que se debruçam sobre a Educação Museal, como também selecionei definições consideradas importantes para a construção dessa pesquisa. No segundo momento, fiz pesquisas de público e diagnósticos específicos dos serviços educativos de cada uma das três instituições abordadas. No terceiro momento, propus programas e ações educativas, respeitando a individualidade de cada instituição, com o foco na inclusão de todos os públicos. Essas ações e projetos foram executadas por mim ou por colegas durante estágios obrigatórios, não obrigatórios e voluntários em parceria com os funcionários das instituições.
A presente tese tem por objetivo compreender as relações entre Educação Museal e feminismos interseccionais e decoloniais no Brasil. Tendo como hipótese que silenciamentos e estranhamentos têm marcado essa relação, mas que esses diálogos... more
A presente tese tem por objetivo compreender as relações entre Educação Museal e feminismos interseccionais e decoloniais no Brasil. Tendo como hipótese que silenciamentos e estranhamentos têm marcado essa relação, mas que esses diálogos são possíveis e urgentes no campo da Sociomuseologia, principalmente. A tese justificou-se pela necessidade de investigar de forma aprofundada a Educação museal no Brasil, por meio de um viés feminista crítico. Em termos metodológicos, usei a bibliometria, de questionário online e a realização de entrevistas semiestruturadas, além da revisão bibliográfica e de análise de conteúdo com o material gerado pelas entrevistas. Parto de construções realizadas por Juliana Siqueira (2017; 2019), Catherine Walsh et al., (2018) e Camila Moraes Wichers (2018), entre outras. Como resultado observei o predomínio de mulheres como referências de disciplinas de Educação nas graduações em Museologia, porém, lemos mais autoras brancas e do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Por fim, os diálogos estabelecidos nas entrevistas revelam barreiras a serem enfrentadas por educadoras museais, sobretudo, quando se trata de mulheres com marcadores sociais da diferença que tendem a excluí-las como raça, classe, região e sexualidade, dentre outros.