Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
Andreh Ribeiro
  • Brazil

Andreh Ribeiro

IFPI, Philosophy, Faculty Member
A ideia de que os Ensaios Morais e Politicos, obra que comeca a ser publicada um ano apos o Tratado, devem conter um estimulo a virtude e controversa na literatura sobre Hume. Alguns ignoram ou negam que os Ensaios, ou qualquer outra obra... more
A ideia de que os Ensaios Morais e Politicos, obra que comeca a ser publicada um ano apos o Tratado, devem conter um estimulo a virtude e controversa na literatura sobre Hume. Alguns ignoram ou negam que os Ensaios, ou qualquer outra obra de Hume, sirvam a esse proposito porque alegam que para Hume a motivacao a virtude se da por meio da simpatia entre os individuos e nao por mecanismos de autocultivo, como na filosofia de Hutcheson. Ha tambem comentadores que consideram que a moral pratica de Addison oferece a Hume uma possibilidade de modelo alternativo de escrita, uma cujo estilo e comovente e que valoriza a participacao social. No entanto, defendo, atraves da analise do ensaio humeano Da escrita de ensaios, que Hume pretende instruir moralmente a partir de uma nova maneira, atraves do comercio entre livros e conversas. Palavras-chave : David Hume. Filosofia moral. Educacao moral. DAVID HUME'S OF ASSAY-WRITING AND MORAL EDUCATION Abstract The idea of the Essays, Moral and Pol...
O objetivo deste artigo consiste em apresentar a analogia que David Hume (1711 � 1776) estabelece entre a acao moral e o movimento mecânico como indicativo claro de sua compreensao acerca da relacao entre a razao (direcao) e as paixoes... more
O objetivo deste artigo consiste em apresentar a analogia que David Hume (1711 � 1776) estabelece entre a acao moral e o movimento mecânico como indicativo claro de sua compreensao acerca da relacao entre a razao (direcao) e as paixoes (forca) na conduta humana. Estendendo-se desde a epistemologia moral de Hume ate sua moral social, a nocao que carrega a referida analogia serviria para endossar a tese de que o filosofo escoces almejava ser uma especie de �Newton das ciencias morais�. Isto significava pensar a filosofia moral dentro dos limites da natureza e permitir-lhe uma autonomia investigativa, especialmente em relacao a instância religiosa. O proprio projeto filosofico de Hume seria performatico da imagem do movimento, enquanto formado por uma composicao indissociavel entre o impulso do conteudo de tendencia sentimentalista, na esteira de Shaftesbury e Hutcheson, e o direcionamento metodologico do rigor empirista de origem baconiana-newtoniana.
O objetivo deste artigo é identificar os vínculos mais significativos de David Hume com a Biologia. Frequentemente, isso é feito a partir de uma análise comparativa entre o filósofo escocês e Charles Darwin. Adotando uma abordagem mais... more
O objetivo deste artigo é identificar os vínculos
mais significativos de David Hume com a
Biologia. Frequentemente, isso é feito a partir
de uma análise comparativa entre o filósofo
escocês e Charles Darwin. Adotando uma
abordagem mais ampla, ainda que sem a pretensão
de ser exaustiva, levarei em conta outros
aspectos da temática. Primeiramente,
apresentarei brevemente a relação direta de
Hume com os estudos biológicos em geral.
Depois, examinarei a concepção humeana de
natureza e de natureza humana, dada a pertinência
desses termos para os naturalistas. Por
fim, discutirei a crítica de Hume ao chamado
argumento do desígnio. Defendo que pontos
de contato podem ser traçados entre Hume e
o darwinismo a partir de uma postura antiteleológica
em comum.

The purpose of this article is to identify David
Hume's most significant links with Biology.
This is often done from a comparative analysis
between the Scottish philosopher and Charles
Darwin. Adopting a broader approach, although
without intending to be exhaustive, I
will take into account other aspects of the
theme. Firstly, I will briefly present Hume's direct
relation with biological studies in general.
Secondly, I will examine the humean conception
of nature and human nature, given the relevance
of these terms to naturalists. Finally, I
will discuss Hume's criticism of the so-called
design argument. I argue that points of contact
can be drawn between Hume and Darwinism
from a common anti-teleological stance.
Resumo: Este artigo pretende definir quais as semelhanças e as diferenças entre Hume e a cultura moral escocesa do século XVIII, um movimento de incentivo à prática da virtude. A investigação parte da caracterização da proposta de um... more
Resumo: Este artigo pretende definir quais as semelhanças e as diferenças entre Hume e a cultura moral escocesa do século XVIII, um movimento de incentivo à prática da virtude. A investigação parte da caracterização da proposta de um reconhecido expoente do referido movimento, Francis Hutcheson. Em seguida, é feito um contraste entre Hume e esse autor. Por fim, à luz da questão, é examinado o Ensaio Da delicadeza do gosto e da paixão. A conclusão do texto é que Hume pretende cultivar afetos sociáveis nos leitores, como Hutcheson, porém sem uma visão de mundo teleológica, um suporte teórico padrão dos sistemas morais no século XVIII. Tal divergência influencia decisivamente as características da moral prática de Hume, como o tipo de reflexão a ser cultivada no leitor, a relação que se espera que o leitor desenvolva com os outros, o papel do moralista no processo de cultivo, e o próprio estilo de escrita.

Abstract: This paper aims to define what similarities and differences are between Hume and the 18 th Century moral culture, a movement that encourages the practice of virtue. The investigation starts from the characterization of Francis Hutcheson's proposal, a recognized exponent of that movement. Then, a contrast is made between Hume and that author. Finally, the essay Of delicacy of the taste and the passion is examined in the light of those previous discussion. The conclusion of the text is that Hume intends to cultivate social affections in readers, like Hutcheson, but without a teleological worldview, a standard theoretical support of the moral systems in the 18 th Century. This divergence decisively influences Hume's practical morality characteristics, such as the type of reflection to be cultivated in the reader, the relationship that the readers is expected to maintain with the others, the moralist role in the cultivation process, and the style of writing itself.
A ideia de que os Ensaios Morais e Políticos, obra que começa a ser publicada um ano após o Tratado, devem conter um estímulo à virtude é controversa na literatura sobre Hume. Alguns ignoram ou negam que os Ensaios, ou qualquer outra obra... more
A ideia de que os Ensaios Morais e Políticos, obra que começa a ser publicada um ano após o Tratado, devem conter um estímulo à virtude é controversa na literatura sobre Hume. Alguns ignoram ou negam que os Ensaios, ou qualquer outra obra de Hume, sirvam a esse propósito porque alegam que para Hume a motivação à virtude se dá por meio da simpatia entre os indivíduos e não por mecanismos de autocultivo, como na filosofia de Hutcheson. Há também comentadores que consideram que a moral prática de Addison oferece a Hume uma possibilidade de modelo alternativo de escrita, uma cujo estilo é comovente e que valoriza a participação social. No entanto, defendo, através da análise do ensaio humeano Da escrita de ensaios, que Hume pretende instruir moralmente a partir de uma nova maneira, através do comércio entre livros e conversas. Palavras-chave: David Hume. Filosofia moral. Educação moral.

The idea of the Essays, Moral and Political, a work which starts being published one year after the Treatise, must contain a stimulation to virtue is controversial among Hume scholars. Some ignore or deny that the Essays, or any other Hume's work, aim that purpose because they claim that for Hume, the motivation for virtue happens through sympathy between individuals and not through self-cultivation mechanisms, as in Hutcheson's philosophy. There are also commentators who consider that Addison's practical morality offers Hume a possibility of an alternative writing model, one whose style is moving and which values social participation. However, I argue, through an analysis of the humean essay Of essay-writing, that Hume intends to instruct morally in a new manner, through the commerce between books and conversation,
O objetivo deste texto é caracterizar o modo como se esperava que a filosofia moral deveria ser desenvolvida, em seu aspecto prático, por autores escoceses do século XVIII.
Este artigo oferece uma visão alternativa da distinção de sentimento moral, o conceito central da filosofia moral de David Hume. Ao invés de classificar o sentimento moral de acordo com a taxonomia das paixões, como as interpretações... more
Este artigo oferece uma visão alternativa da distinção de sentimento moral, o
conceito central da filosofia moral de David Hume. Ao invés de classificar o sentimento
moral de acordo com a taxonomia das paixões, como as interpretações comuns tem feito,
procuro defini-lo a partir de um exame do que é sentimento em geral para Hume no
Tratado. A principal justificativa da minha abordagem de leitura é que sentimento,
diferentemente de paixão, carrega o sentido de opinião ou julgamento no texto humeano.
Defendo que no campo moral, o que torna o sentimento um novo tipo de feeling, mais
refinado do que paixão, são as características de estabilidade e cultivabilidade.
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
This text aims to relate Hume and Nietzsche from what scholars minimally admit find points of convergence between these philosophers, namely the naturalistic approach. To delimit our discussion, we will focus on the theme of morality. So,... more
This text aims to relate Hume and Nietzsche from what scholars
minimally admit find points of convergence between these philosophers, namely the
naturalistic approach. To delimit our discussion, we will focus on the theme of morality.
So, we will expose and will comment briefly the ideas defended by some experts: Brian
Leiter, who brings a methodological approach; Peter Kail, who notes a bruising
substantive content included in this methodological id, and Craig Beam, who enters into
the theme of morality and points to similarities also between some of the critical and
positive content of these philosophers.
Research Interests:
Research Interests:
Este trabalho pretende apresentar a filosofia moral de David Hume a partir da associação entre razão e sentimento, a formarem um composto inseparável na ação e na distinção morais. Para tanto, considero sua teoria no domínio mental e no... more
Este trabalho pretende apresentar a filosofia moral de David Hume a partir da associação entre razão e sentimento, a formarem um composto inseparável na ação e na distinção morais. Para tanto, considero sua teoria no domínio mental e no social. O filósofo acreditava que a artificialidade das instituições não implicava a negação da natureza, mas sua extensão. Assim, virtudes e vícios são reconhecidos pelos seres humanos enquanto ações que, respectivamente, lhes agradam e desagradam. Isto porque compartilhamos uma mesma natureza que nos capacita discernirmos a utilidade das condutas para nossa sobrevivência de acordo com as circunstâncias de tempo e espaço. Recusa-se, então, um objetivismo metafísico e uma autoridade religiosa como fundamento da moralidade. Hume entendia seu projeto como um complemento da Revolução Científica do século XVII, ao estender o uso do método experimental no campo da moralidade.
This research aims to offer an interpretation on David Hume's Essays, from 1741 and 1742, since the common background of moral philosophy among his contemporaries and in connection with his previous work, A Treatise of Human Nature... more
This research aims to offer an interpretation on David Hume's Essays, from 1741 and 1742, since the common background of moral philosophy among his contemporaries and in connection with his previous work, A Treatise of Human Nature [1739-1740]. It is argued that those Essays intend to motivate readers to be virtuous, fulfilling a usual requirement at that time, however, from an alternative theoretical foundation. The first chapter sustains that Hume is committed to a practical morality since a commercial reflection, in contrast to that reflection of the cultural and conversational models. The second chapter investigates the principles that underlie the implementation of Hume's motivational project. The third and last chapter suggests a reading of those Essays in the light of the discussion of chapters 1 and 2. The type of reflection expected of those texts consists in a "distant view", or a consideration independent from self and immediate interests, on relevant subjects of daily life. By combining informative matter with a pleasant style, Hume delivers readers general opinions that can be applied and transformed by each one according to their circumstances.