Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
  • Doutoranda em Filosofia (UFPR). Membro da Associação Brasileira de Estudos do Século XVIII (ABES XVIII), da Société i... moreedit
Tem-se por objetivo apresentar como o termo luxury, principalmente por conta da polidez, altera-se na Grã-Bretanha, entre os séculos XVII e XVIII, tornando-se objeto de querela e, ainda, como essa querela se desenvolve até a segunda... more
Tem-se por objetivo apresentar como o termo luxury, principalmente por conta da polidez, altera-se na Grã-Bretanha, entre os séculos XVII e XVIII, tornando-se objeto de querela e, ainda, como essa querela se desenvolve até a segunda metade do século XVIII. Para isso, investiga-se o tratamento fornecido por filósofos marcantes para a discussão, as bases contextuais impostas pela identidade nacional polida, e, também, a relação que o termo cria não apenas com a polidez, mas, também, com o comércio, o progresso científico e o conforto. Espera-se que seja possível não apenas identificar a querela do luxo particular à Grã-Bretanha, mas que se torne viável tomar tal termo, tal como a polidez, como uma chave interpretativa própria à época.
Defendo que a linguagem, em Thomas Hobbes, por ser o fundamento de sua filosofia, pode ser entendida, em última instância, como um pacto de entendimento e de vontades. Sendo assim, não apenas os nomes e a verdade decorrem da convenção... more
Defendo que a linguagem, em Thomas Hobbes, por ser o fundamento de sua filosofia, pode ser entendida, em última instância, como um pacto de entendimento e de vontades. Sendo assim, não apenas os nomes e a verdade decorrem da convenção linguística, mas todos os tipos de regras e princípios são fruto de um contrato linguístico que atende às necessidades, às convenções e às vontades dos humanos. Com o objetivo de provar esta hipótese, foi necessário provar, primeiro, como a linguagem ocupa o lugar de fundamento na filosofia de Hobbes. Sendo assim, partiu-se de uma investigação dos primeiros escritos do filósofo, passando pelos ecos que a tradição e os seiscentos podem ter proporcionado para seus argumentos maduros, bem como pela forma como o filósofo pode ter incorporado a geometria em seu método. Desse percurso (e, no geral, ao longo dele), foi possível apresentar não apenas como a linguagem recebe uma crescente atenção e aprofundamento da parte do filósofo de Malmesbury, como a sua filosofia da linguagem se estabelece, mas, também, extrair que a própria linguagem é um pacto — do que se abre uma nova entrada para investigar os argumentos a respeito da natureza propostos por Hobbes.
O objetivo do presente artigo consiste em apresentar a metodologia contextualista histórica da escola de Cambridge, proposta, especificamente, por Quentin Skinner. Para isso, tentar-se-á fazer uso, ainda que de forma bastante geral, deste... more
O objetivo do presente artigo consiste em apresentar a metodologia contextualista histórica da escola de Cambridge, proposta, especificamente, por Quentin Skinner. Para isso, tentar-se-á fazer uso, ainda que de forma bastante geral, deste mesmo método, apresentando-o em relação com os métodos estruturalista e hermenêutico com os quais discute, levando em conta certos pressupostos filosóficos com os quais se posiciona. Espera-se, ainda, apresentar, de forma bastante geral, de que maneira o método de Skinner funciona na pesquisa interpretativa de filosofia e quais ganhos pode fornecer ao exegeta acadêmico.
O objetivo desta pesquisa consiste em investigar como a mulher é retratada e compreendida pelos filósofos das luzes da Grã-Bretanha nas três seguintes etapas: em primeiro lugar, através do papel que serviam para a... more
O  objetivo  desta  pesquisa  consiste  em  investigar  como  a  mulher  é  retratada  e  compreendida pelos filósofos das luzes da Grã-Bretanha nas três seguintes etapas: em primeiro lugar, através do papel que serviam para a justificação dos gentlemen a respeito da superioridade do estágio civilizatório polido que acreditavam se encontrar; em segundo lugar, por meio dos elementos que faziam com que os autores considerassem as mulheres como iguais (ou mesmo superiores em  determinados  domínios)  aos  homens;  e,  em  terceiro  e  último  lugar,  através  do  tipo  de emancipação  que  elas  possivelmente  encontraram  em  função  dos  escritos  iluminados  e  das iniciativas  práticas  que  algumas  delas  participaram.  Para  essa  investigação,  emprego  os seguintes conceitos/ideias:  degradação de Axel Honneth, incoerência de Mary Wollstonecraft, hipocrisia de  Jenny  Davidson  e  a  ironia.  Esses  conceitos/ideias  servirão  como  chaves interpretativas  que  serão  capazes  de  avaliar  os  pontos  de  vista  iluminados  dos  intelectuais letrados das luzes britânicas sobre as mulheres
Trata-se de investigar de que maneira a vida cavaleiresca e a vida cortês se constituem e se opõem na Grã-Bretanha da virada do século XVI para o XVII. Para isso, será utilizado, como porta de entrada, um estudo do personagem Sir John... more
Trata-se de investigar de que maneira a vida cavaleiresca e a vida cortês se constituem e se opõem na Grã-Bretanha da virada do século XVI para o XVII. Para isso, será utilizado, como porta de entrada, um estudo do personagem Sir John Falstaff e de como esse homem se relaciona com a moralidade cortês e cavaleiresca própria da época em que seu criador escreveu. Desse modo, para além das peças de Shakespeare em que se encontra esse personagem, também será necessário consultar manuais de cortesia (como o de Castiglione), bem como investigar a Ordem da Jarreteira, à qual o dramaturgo britânico associa seu personagem. Por fim, espera-se, com esta pesquisa, contribuir para os estudos acerca das relações entre cavalaria, cortesia e polidez já que, como se sabe, Shakespeare passa a ser tomado, no século XVIII, como um dos autores importantes para a formação moral das luzes britânicas.
Research Interests:
Resumo: Este texto tem como objetivo apresentar, de forma introdutória, um dos momentos de superstição que marcaram o iluminismo europeu, isto é, o medo de vampiros. Nota-se que certa histeria desenvolveu-se a partir dos casos de... more
Resumo: Este texto tem como objetivo apresentar, de forma introdutória, um dos momentos de superstição que marcaram o iluminismo europeu, isto é, o medo de vampiros. Nota-se que certa histeria desenvolveu-se a partir dos casos de Blagojevich e Čečar em 1721, e, a partir da popularização desses casos, o período das luzes e do esclarecimento viu-se com escritos que buscavam identificar, combater e compreender de que maneira os vampiros se desenvolviam e se estabeleciam na era das luzes. Nessa querela é possível destacar os comentários como os de Jaime I, rei da Inglaterra e da Irlanda; Fluchinger, médico austríaco que investigou os casos supracitados; Calmet, religioso que escreveu um tratado acerca do sobrenatural e do vampirismo; e Voltaire, filósofo crítico da querela. Sendo assim, pretende-se apresentara partir da observação, ainda que sumária, dos comentários desses autores certa recuperação histórica e das concepções populares para expor de que maneira a histeria de medo dos vampiros se estabeleceu no ocidente, como foi combatida e, posteriormente, como culminou no vampiro literário, cujo o maior expoente é o Drácula de Bram Stoker.

Palavras-chave: morte; vampirismo; histeria.
Research Interests:
Para um adequado entendimento do gênero gótico, um mero estudo estrutural das obras literárias ofuscaria completamente a maneira pela qual se inserem no contexto britânico; o que torna necessário um compromisso com o contextualismo... more
Para um adequado entendimento do gênero gótico, um mero estudo estrutural das obras literárias ofuscaria completamente a maneira pela qual se inserem no contexto britânico; o que torna necessário um compromisso com o contextualismo histórico e com a história das ideias na medida em que, a partir disso, é possível notar não apenas como o gótico se coloca como uma literatura subversiva e de recusa; mas, também, como o gênero se insere no contexto da época, com quais valores demonstrava ansiedade e como era visto pelos autores que protagonizaram a mobilização dos conceitos e ideais que marcaram o século XVIII. Bacon, Hobbes, Locke, Mandeville, Shaftesbury e Addison (obras publicadas entre 1620-1711) fazem parte do hall de autores que influenciaram diretamente as discussões colocadas, de forma contundente, acerca do progresso científico, da civilidade, da polidez, do luxo, do comércio e da moral pelos autores contemporâneos ao nascimento do gênero gótico: Hume, Ferguson, Kames, Gregory, Chesterfield, Smith e Mary Wollstonecraft (mãe de Mary Shelley). Ciente da necessidade de uma investigação acurada dos ideais aos quais os romancistas góticos estavam comprometidos, faz se necessário dividir o estudo que se segue em duas partes: na primeira, estuda-se os ideais e o contexto britânico e, na segunda, há um estudo de algumas obras góticas (sem perder de vista o que foi estabelecido na primeira parte).
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas mudanças promovidas por Hobbes entre Elementos da Lei e as edições inglesas de Leviatã e De Corpore no que diz respeito à sua teoria da linguagem. Sustenta-se que não é possível... more
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas mudanças promovidas por Hobbes entre Elementos da Lei e as edições inglesas de Leviatã e De Corpore no que diz respeito à sua teoria da linguagem. Sustenta-se que não é possível conceber uma unidade entre todas as obras supracitadas e que De Corpore contém a versão final da teoria da linguagem hobbesiana; e sugere-se que as alterações promovidas se devem, ao menos em parte, às críticas que Descartes promove nas respostas às Terceiras Objeções e à adoção, a partir de 1651, da geometria, enquanto método, na teoria da linguagem.
Research Interests:
Resumo : Em Hobbes, a natureza é colocada em uma perspectiva mecanicista, e o homem, antes de ser apresentado na vida política, é apresentado em sua condição natural para ser entendido; a física dos movimentos ganha força como um modo de... more
Resumo : Em Hobbes, a natureza é colocada em uma perspectiva mecanicista, e o homem, antes de ser apresentado na vida política, é apresentado em sua condição natural para ser entendido; a física dos movimentos ganha força como um modo de entender a natureza e, por conseguinte, a natureza humana. A linguagem registrando os eventos ocorridos na natureza e sendo condição de possibilidade para a ciência, parece relacionar-se com a força que a física dos movimentos ganha na obra do filosofo de Malmesbury. O objetivo deste artigo, em vista disso, será apresentar que, em última instância, todo o sistema hobbesiano pode ser fundamentado na linguagem, e apresentar, ainda, que essa leitura pode acarretar algumas tensões na obra do autor quando entendemos a relação da prudência com as palavras, e a relação do mundo dos falantes com a natureza. Palavras-chave : Hobbes; linguagem; mecânica; causalidade; universo dos falantes.
A Grã-Bretanha setecentista foi um dos períodos mais preocupados e que mais escreveu sobre galanteria, moral, modéstia, virtudes, cavalheirismo e boas maneiras; em uma palavra: polidez. Uma das razões que justifica a preocupação de grande... more
A Grã-Bretanha setecentista foi um dos períodos mais preocupados e que mais escreveu sobre galanteria, moral, modéstia, virtudes, cavalheirismo e boas maneiras; em uma palavra: polidez. Uma das razões que justifica a preocupação de grande parte dos autores britânicos com esse tema (Hume, Chesterfield, Gregory, Mandeville, Wollstonecraft, Fordyce, Shaftesbury – só para citar alguns) estaria atrelada a uma necessidade de evidenciar a diferença entre os povos bárbaros e os civilizados. As boas maneiras seriam um dos principais divisores de águas entre a barbárie e a civilização, inculcadas principalmente através de textos de morais práticas, refletiriam a superioridade de caráter, o acúmulo de virtudes e de conhecimentos, tornando as faculdades mentais aptas para agirem sempre da melhor forma possível. Um dos pontos que usualmente são esquecidos ou ignorados por esses autores – e por seus comentadores – diz respeito ao caráter da hipocrisia exposto por Davidson. Meu objetivo será apresentar de que forma estas relações se constituíam através da compreensão da formação de caráter proporcionada aos considerados cavalheiros e mulheres de mérito e em que medida pode-se caracterizá-los como hipocrisia.
Thomas Hobbes (1588-1679), em sua célebre obra Leviatã (1651), informa que, em algum momento, a vida humana era regida pelo livre correr das paixões, o direito a tudo que fosse desejado e a obediência apenas a si mesmo. O custo desse modo... more
Thomas Hobbes (1588-1679), em sua célebre obra Leviatã (1651), informa que, em algum momento, a vida humana era regida pelo livre correr das paixões, o direito a tudo que fosse desejado e a obediência apenas a si mesmo. O custo desse modo de vida repleto de liberdade, evidentemente, era caro: a guerra eminente de todos contra todos, onde a vida humana é “solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”. Diante disso, o Estado é erigido e as liberdades são cessadas sem que, com isso, as vontades e as paixões deixem de existir, gerando um problema: os desejos suprimidos e não concretizados podem levar à loucura. Para entender de que forma esse problema não é universal na vida humana é necessário ensaiar, a partir de Leviatã e Elementos da lei natural e política (1650), ao lado da interpretação proposta por Renato Janine Ribeiro, de que forma, apenas através do uso da imaginação e da linguagem como jogo, o humano pode ser livrado da loucura e pode encontrar satisfação em uma vida repleta de impedimentos. Em última instância, pretende-se evidenciar, através deste ensaio, que o humano, quando aproveitamos os termos entendidos por Hobbes e a interpretação de Ribeiro, apenas por conta da linguagem como jogo, é capaz de não viver infeliz ou louco.
Resumo: Pretende-se apresentar de que forma a considerada boa poesia do século XVIII britânico pode ser vista com o mesmo objetivo das morais práticas, isto é, o de refinar e polir os indivíduos. Para isso, seguiremos os seguintes passos:... more
Resumo: Pretende-se apresentar de que forma a considerada boa poesia do século XVIII britânico pode ser vista com o mesmo objetivo das morais práticas, isto é, o de refinar e polir os indivíduos. Para isso, seguiremos os seguintes passos: i. reconstruir o contexto que produziu essa concepção: a distinção entre civilização e barbárie, bem como a dificuldade de unificar o modo escrito e o oral e a preocupação com a supressão do ócio; ii. sublinhar a relevância de Milton, Shakespeare e Spenser para a poesia britânica setecentista; iii. apresentar os ideais a esse respeito que permeavam os textos de importantes filósofos.
Research Interests:
Durante uma competição que envolveu Lord Byron, Polidori e Percy Shelley, numa prova de quem seria capaz de criar a melhor história de horror, nasce o rascunho de o que conhecemos hoje como Frankenstein. Aprovado e exaltado pela crítica,... more
Durante uma competição que envolveu Lord Byron, Polidori e Percy Shelley, numa prova de quem seria capaz de criar a melhor história de horror, nasce o rascunho de o que conhecemos hoje como Frankenstein. Aprovado e exaltado pela crítica, o novo romance de horrores, que marca o início da segunda fase do gótico, é tido por Walter Scott como uma obra que investiga as condições e implicações do conhecimento e da imaginação humana. Não é novidade que o gênero gótico é tido como uma marca e um local no qual temas marginalizados e silenciados podem ser tratados de forma aberta, os ideais deixados por grandes filósofos como, por exemplo, Bacon e Descartes passam a ser questionados e têm suas implicações levadas às últimas consequências. Frankenstein não foge dessa regra. O romance se distingue por conta da formação do arquétipo do cientista louco, do medo dos avanços científicos e a superação de limites através da artificialidade que são caracterizados, em última instância, no ato de "brincar" de Deus e tentar conferir vida a uma matéria morta. Dito isso, meu objetivo é explorar, em primeiro lugar, de que maneira este romance se posiciona perante os ideais filosóficos (especialmente científicos); em segundo lugar, como recusa tais ideais e, por fim, de que maneira se difere dos romances góticos que o antecedeu.
RESUMO: Os autores góticos, desde sua origem, como se sabe, estão preocupados com uma recusa de certos ideais propostos pelo iluminismo e com um restabelecimento, em certa medida, de certas formas de lidar com a sociabilidade e a virtude... more
RESUMO: Os autores góticos, desde sua origem, como se sabe, estão preocupados com uma recusa de certos ideais propostos pelo iluminismo e com um restabelecimento, em certa medida, de certas formas de lidar com a sociabilidade e a virtude moral. Para tornar isso evidente, será necessário, em um primeiro momento, situar o leitor acerca dos aspectos para a formação do novo gênero, ainda que tenham sido rejeitados por ele, e, no segundo momento, apresentar algumas noções comuns entre as obras que compunham a primeira fase do gótico. Com isso, acreditamos que teremos um arcabouço suficiente para compreender o problema posto pela forma pela qual Lewis e Radcliffe lidam com o sublime de herança burkeana. Nosso objetivo maior consistirá em delinear de que maneira o prazer estético de herança burkeana tomou forma nos escritos góticos de Radcliffe e de Lewis, evidenciando uma possível tensão entre as interpretações propostas por ambos os autores no que diz respeito às implicações que promovem na sociabilidade, na concepção da virtude moral e nas críticas que pretendem promover contra o iluminismo.
Research Interests:
Neste trabalho, explicamos de que maneira a teoria do filósofo inglês do século XVII, Thomas Hobbes, pode ser aproveitada e aplicada, com as devidas proporções e limitações, ao atual contexto de pandemia no que circunscreve o Brasil. Mais... more
Neste trabalho, explicamos de que maneira a teoria do filósofo inglês do século XVII, Thomas
Hobbes, pode ser aproveitada e aplicada, com as devidas proporções e limitações, ao atual contexto de
pandemia no que circunscreve o Brasil. Mais especificamente, analisaremos a situação atual a partir de casos
concretos do fenômeno definido como bolsonarismo, termo utilizado para se referir às políticas e à ideologia
do atual Presidente da República Federativa do Brasil e seus filhos (também políticos). Os seguidores do
bolsonarismo são conhecidos por tratarem o presidente como uma espécie de herói que irá salvar a nação.
Levando em consideração a teoria hobbesiana de origem contratual do Estado Moderno – visto que este
último é a base política do Ocidente – em nossa investigação, iremos recorrer aos princípios propostos pelo
filósofo seiscentista para avaliar as possíveis causas que levariam ao esfacelamento do Estado brasileiro
frente à atual crise governamental agravada e gerada pela pandemia do novo coronavírus. Além disso, abordaremos a necessidade de dois elementos hobbesianos basilares para assegurar a soberania estatal plenamente: a autoridade política e a liberdade republicana. A posição defendida pelo autor será estudada a partir
do Leviatã (1651), obra que concentra a maior parte das discussões hobbesianas acerca da desobediência
civil, em conjunto, certamente, com outros comentadores de peso e demais referenciais teóricos pertinentes.
Por fim, trata-se de um convite à desobediência civil, associado a um autor que constrói a sua teoria a partir
da submissão de súditos a um poder soberano.
Research Interests:
O filósofo escocês David Hume é comumente lembrado, por aqueles que não estão familiarizados com sua obra, como o autor que iluminou Immanuel Kant e como uma figura de grande importância no empirismo. Mas estamos preocupados neste texto é... more
O filósofo escocês David Hume é comumente lembrado, por aqueles que não estão familiarizados com sua obra, como o autor que iluminou Immanuel Kant e como uma figura de grande importância no empirismo. Mas estamos preocupados neste texto é com uma outra parte dos seus engenhos. Pretendemos ver neste autor algo que era comum em parte de seus contemporâneos, a saber, preocupações com o cenário em que se incluía com seus compatriotas, com o rumo que a sociedade estava levando, com a influência das artes na vida dos indivíduos e com um melhor caminho para a felicidade individual e geral. É neste sentido que a polidez ganha um espaço importante na obra do escocês. Para Hume, no momento que um indivíduo tiver sido educado o suficiente para ser polido, tendo cultivado em si o gosto por artes, filosofias, literaturas e poesias, terá paixões adequadas para cada situação, será capaz de ter
conversas adoráveis sobre os mais diversos e eruditos temas, terá amizades mais duradouras e agradáveis, não irá deixar que qualquer frivolidade da vida comum o abale, terá o juízo fortalecido a ponto de não ser abatido pelas paixões mais violentas, e, tendo todas essas
qualidades de caráter, não poderá deixar de ser justo e virtuoso uns para com os outros. Dito isso, o presente texto pretende elucidar como o que Hume defende como polidez seria capaz de educar o homem por meio do cultivo das letras, da poesia, da escrita, da arte e da conversação,
elevando-o no âmbito intelectual e no do convívio.
RESUMO: Trata-se de analisar em que medida convergem os autores Bacon e Descartes no que diz respeito ao progresso das ciências, e como constituem um ideal de ciência na modernidade. O cenário que se cons-tituía na Europa em meados do... more
RESUMO: Trata-se de analisar em que medida convergem os autores Bacon e Descartes no que diz respeito ao progresso das ciências, e como constituem um ideal de ciência na modernidade. O cenário que se cons-tituía na Europa em meados do século XVII era de reconfiguração, de redescoberta e de inventos. Apesar de as artes mecânicas, as artes marítimas e as artes eruditas receberem, em alguma medida, um impulso para o novo, a ciência era ainda influenciada pela escolástica. A ela se oporiam, de maneiras diferentes, Bacon e Descartes, com a finalidade de viabilizar o progresso das ciências. É evidente que se encontra, nos autores propostas dissemelhantes para que o progresso das ciências ocorra: para um o experimento é imprescindível e para o outro o uso da razão é fundamental. Neste artigo, entretanto, será investigado como posicionam-se Bacon e Descartes em três partes: 1-As preocupações para o avanço do conhecimento, 2-Os novos métodos e suas consequências, e, por fim, 3-Da finalidade do avanço das ciências. Ficará evidente, em cada parte, que, apesar das dissonâncias entre suas filosofias, há vários pontos em que convergem no que diz respeito ao progresso das ciências, como é o caso, por exemplo, do uso da natureza, da técnica, da impor-tância de Deus e das escrituras para enfatizar como a possibilidade do progresso estava em consonância com o que o Criador permitia ao homem. Ficará evidente, também, como, a partir dos pontos aos quais conver-gem Bacon e Descartes, pode-se observar o estabelecimento de certo ideal de ciência na modernidade. ABSTRACT: This paper aims at analyzing the extent to which Bacon and Descartes agree on the theme of the advancement of sciences, and the way they establish an ideal of Science in the Modern Age. The Euro-pean scene in the middle of the 17th century was one of reconfiguration, rediscovery and inventions. Even though arts such as mechanics and sailing and, as well as scholarship, received an impulse towards innovation , science was still influenced by scholasticism. Both Bacon and Descartes opposed it, although in different ways, so as to make to advancement of science more viable. It is evident that conflicting proposals may be found in these authors: one takes experiments as necessary and the other considers reason to be fundamental. In this paper, however, we shall undertake a threefold inquiry on the positions held by Bacon and Descartes, considering: 1. Their concerns towards the advancement of knowledge; 2. Their new methods and their consequences; 3. The ends of the advancement of science. Each part shall evince that, despite the dissonances between their philosophies, both authors converge when it comes to the progress of science, as, for instance, in their views concerning the uses of nature and technique, as well the importance of God and Scripture to emphasize the consonance between the possibility of progress in the sciences and what was allowed by the Creator. We shall also highlight the ways in which the convergences between Bacon and Descartes imply consequences to the establishment of an ideal of science in the Modern Age.
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
A primeira edição do Filosofia, Vida e Morte – Congresso Nacional Online, se constituiu em uma série de debates intensos e rigorosos sobre temas que, apesar de sua relevância, nem sempre recebem a atenção merecida. Desse modo, foi... more
A primeira edição do Filosofia, Vida e Morte – Congresso Nacional Online, se constituiu em uma série de debates intensos e rigorosos sobre temas que, apesar de sua relevância, nem sempre recebem a atenção merecida. Desse modo, foi bastante natural a decisão de publicar, em formato de e-book, trabalhos apresentados ao longo do evento. Todos os participantes puderam, caso desejassem, submeter seus textos para que estivessem no livro. Nesse sentido, pretendeu-se não apenas que o livro refletisse a qualidade e a urgência dos temas discutidos no evento, mas, também, sua vocação democrática e inclusiva.
Não é raro ouvir que as ciências humanas pouco ou quase nada têm a contribuir para esse nosso novo mundo movido pelo desenvolvimento tecnológico; que as ciências humanas pouco ou quase nada têm a oferecer ao nosso país, esse enorme e... more
Não é raro ouvir que as ciências humanas pouco ou quase nada têm a contribuir para esse nosso novo mundo movido pelo desenvolvimento tecnológico; que as ciências humanas pouco ou quase nada têm a oferecer ao nosso país, esse enorme e diverso Brasil, atualmente assolado pela polarização política e, como se não bastasse, sob a ameaça de uma pandemia sem precedentes na história moderna. Será mesmo? Estariam mesmo as ciências humanas definitivamente ultrapassadas? São elas realmente inúteis? Entre o Mito e a Política busca dar uma resposta a esse tipo de compreensão. Composto de diversos
textos independentes de professores e estudantes de diferentes subáreas das ciências humanas, este livro propõe um diálogo entre a tradição intelectual das ciências humanas e os problemas que nos assolam no nosso cotidiano nacional. Escrito em linguagem simples e direta, Entre o Mito e a Política visa ampliar o debate para além dos muros das
universidades, destinando-se a todos aqueles que buscam elementos para refletir, seja para concordar ou discordar, sobre a realidade que, para além de qualquer polaridade, diz respeito a todos nós cidadãos brasileiros.