Have studied Cinéma et Histoire with Marc Ferro in the École des Hautes Études en Sciences Sociales Supervisors: Edgar de Decca and Fernão Pessoa Ramos
Libro de Actas VIII Congreso AsAECA 2022 (1), 2023
O artigo apresentado no VIII Congresso da Asaeca em Cordoba, na Argentina em 2022 traz um estudo ... more O artigo apresentado no VIII Congresso da Asaeca em Cordoba, na Argentina em 2022 traz um estudo sobre manifestações de film d´art na cinematografia brasileira, destacando-se filmes patríoticos sobre a Independência do Brasil e romances históricas. Eram em sua maioria interpretados por imigrantes italianos que faziam cinema, sobretudo em São Paulo, e buscavam com esses temas, não só imitar o gênero europeu que fazia sucesso, e que haviam conhecido e muitas vezes atuado em sua terra Natal, assim como temas que exaltavam o fervor patriótico, atraindo a atenção do público para seus filmes. O filme de maior reconhecimento do período terá sido O Guarany de Vittorio Capellaro, de 1916. Cabe lembrar também que O Guarany, alguns atos da ópera foram muito encenados nesse período.
This study points out an unprecedented media event: in 2022, two films directed and
acted by Blac... more This study points out an unprecedented media event: in 2022, two films directed and acted by Black individuals reached the mainstream. Executive Order by Lázaro Ramos, with 500,000 viewers and Mars One by Gabriel Martins, the Brazilian nominee for the Oscars. These works, differing in aesthetics and objectives, pointed to paths, constructing counter-hegemonic visualities regarding the Black and poor populations of Brazil and engaged with the public and critics. By briefly examining the Black presence in Brazilian cinema and the diverse experiences of its creators, we highlight how the construction of these films establishes, whether in form of dystopia or everyday life, other places, and images in a political gesture of rejecting violence.
O artigo aponta um acontecimento midiático inédito: em 2022 dois filmes dirigidos
e atuados por p... more O artigo aponta um acontecimento midiático inédito: em 2022 dois filmes dirigidos e atuados por pessoas negras chegaram ao mainstream, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, com 500 mil espectadores e Marte Um, de Gabriel Martins, o indicado brasileiro ao Oscar. Obras distintas em termos estéticos e de objetivos, ambas apontaram caminhos, construindo visualidades contra hegemônicas sobre as populações pretas e pobres do país, e dialogaram com público e crítica. A partir de um rápido exame sobre a presença negra no cinema brasileiro, da experiência diversa de seus realizadores, apontamos como a construção dos filmes estabelece, na forma da distopia ou da vida comum, outros lugares e imagens, num gesto político de recusa da violência.
In 1989, when Europe was being transformed after the fall of the Berlin Wall and the expansion of... more In 1989, when Europe was being transformed after the fall of the Berlin Wall and the expansion of satellite communications, La Sept, a Franco-German TV channel, came into being. Histoire Paralèlle, a TV show hosted by Marc Ferro with newsreels shown in both countries, 50 years before, became the most watched program of the station, comparing the images the ways in which German and French started the war, as it should be seen and experienced by their fellow citizens. The program became a socialized process of understanding and historical rewriting, besides standing before the conflict between memory and history, a question that guided the historiography of the 1990s. This article analyzes Histoire Paralèlle, examining the relationship that it established with the historiography and filmic production of the historian. Therefore, its theoretical assumptions are re-discussed and historicized in the context of Ferro' s works and through the analysis of three of his programs.
encontro aprofundou questões de discussão conjunta iniciadas em 1992 em Paris sobre o tema da "Ci... more encontro aprofundou questões de discussão conjunta iniciadas em 1992 em Paris sobre o tema da "Cidadania". Além de conceder esta entrevista, Michelle Perrot fez também uma conferência no Pagu sobre a História da Mulher. Nesta entrevista, procuramos interrogá-la sobre o seu trabalho. Mas ao fazê-lo, o que realmente emergiu de seu relato foi a própria identidade de Michelle Perrot, mulher e historiadora produzindo e se introduzindo num meio essencialmente masculino. "Na França, diz ela, a História é uma atividade muito prestigiada, e portanto muito masculina". Mas se Perrot, assim como outras mulheres, abriram seu espaço na historiografia francesa contemporânea, o tema atual de interesse desta historiadora é justamente Georges Sand, escritora e mulher que no século XIX atua politicamente, contrariando as normas de seu tempo.
Elia Kazan is remembered primarily as filmmaker and as informer. These two sides to his personali... more Elia Kazan is remembered primarily as filmmaker and as informer. These two sides to his personality come together in his most famous picture, On the Waterfront (1954). For that reason, this film can be analyzed either as a metaphor for the events of early 1950s that left deep marks on American history, or as an apology for Kazan’s own role as informer during House Committee on Un-American Activities (HUAC) hearings in 1952. Any effort to understand Elia Kazan as historian necessarily must consider both the scenes depicted in his films as well as the apprehension of these images by film historians and critics. They speak less of Kazan’s films than of the violent confrontation — which constitutes his main theme — between different orders of truth and of an understanding of reality. And when they do speak of Kazan in some way, they do so more eloquently when referring to his appropriation of a discourse belonging to the “other”, the distinct, one who had belonged to a group but refused to abide by its rules. In presenting Kazan’s vision of America, this article shows how the same discourse emanating from an “outcast” becomes neutralized and rejected precisely in that which it proposes as most original. In other words, it is possible to understand one director’s contribution to an understanding of the history of his times, while at the same time take into account how his work is digested by film critics and by historians. At the same time, both the discourse and the way it is perceived by others document the same story.
O trabalho visa a estimular a reflexão sobre a imagem do baiano retratada no filme "Ó Paí, Ó", co... more O trabalho visa a estimular a reflexão sobre a imagem do baiano retratada no filme "Ó Paí, Ó", considerando aspectos referentes à construção da identidade cultural. A baianidade, conceito utilizado para definir características do modus vivendi dos baianos, mais especificamente, dos que nascem em Salvador e no Recôncavo da Bahia, contém uma série de representações encontradas nas composições de Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, assim como nas obras de Jorge Amado. A compreensão do processo de construção da baianidade permite a identificação de comportamentos personificados no filme e sua análise, estimulando a busca de respostas para o tema sugerido.
Resumo: O presente texto procura investigar a natureza do cinema educativo que se desenvolveu no ... more Resumo: O presente texto procura investigar a natureza do cinema educativo que se desenvolveu no Brasil em idéias-a partir dos anos 1920-e na prática através da obra do antropólogo Edgard Roquette Pinto que em 1932 participa da criação da primeira censura nacional de filmes, e em 1936 do Instituto Nacional de Cinema Educativo, órgão do Ministério da Educação e Saúde de Gustavo Capanema. Se desde os anos 1920 havia a idéia de educar através do cinema, havia antes de tudo, o temor pelas imagens e a vontade de ter o cinema sob controle. Cinema educativo no Brasil; Edgar Roquette Pinto; documentário clássico; política cinematográfica; anos 1920-1930 Edgard Roquette-Pinto teve importante atuação no desenvolvimento do incipiente cinema que se fez no Brasil desde os anos 1910. Dirigiu o Instituto de Cinema Educativo a partir de 1936, mas, sobretudo, pensou o papel dos meios de comunicação massivos de então-o rádio e o cinema-no desenvolvimento e transformação da sociedade e procurou implementá-los praticamente. Movido por esses ideais, reconhece o potencial de comunicação e, portanto de educação e documentação do cinema, e será o responsável, em 1910 pela criação do primeiro acervo de filmes científicos do Brasil instalado no Museu Nacional. Através dos filmes, o conhecimento estaria acessível a todos. Nos anos 1930 pleiteia com os
SCHVARZMAN, Sheila . A invenMattos, Geísa; Jaguaribe, Elisabete, Quezado, Ana. (Org.). Nordeste, Memórias e Narrativas da Mídia. 1ed.Fortaleza: Edições Iris/Expressão Gráfica Editora, 2010, v. 1, p. 182-205., 2010
Esse texto observa aspectos da construção do território imaginário do Nordeste e de que forma foi... more Esse texto observa aspectos da construção do território imaginário do Nordeste e de que forma foi posto em imagens pelo cinema brasileiro.
Feigelson, Kristian; Fressato, Soleni; Nóvoa, Jorge. (Org.). Cinematógrafo um olhar sobre a história. 1ed.São Paulo/ Salvador: EDUNESP/ EDUFBA, 2009, v. 1, p. 301-312, 2009
Nazismo e Holocausto são pontos de inflexão histórica e epistemológica do pós-1945. Marcaram tam... more Nazismo e Holocausto são pontos de inflexão histórica e epistemológica do pós-1945. Marcaram também o pensamento sobre o cinema e as suas formas de representação. Entretanto, não houve até hoje um estudo sistemático sobre essas questões no cinema brasileiro: as relações entre o nazismo, a cultura e a política brasileira ou a contribuição dos emigrados. Construindo-se como um oásis de tranqüilidade, o Brasil pareceu imune aos seus efeitos, ao mesmo tempo em que evidências históricas não cessam de mostrar que houve penetração do nazismo e de nazistas no Brasil, que foi um lugar de refúgio de muitos, vítimas de muitas nacionalidades, mas também de algozes como Joseph Mengele, que sempre se imaginou refugiado na Argentina...
Cabe-nos, portanto, começar a investigar essa história que parece não ter existido. No nosso âmbito, começamos por indagar de que forma o nazismo foi representado em filmes brasileiros, registrado nos cinejornais de época e documentários. Em que circunstâncias a temática é encenada, a que necessidades responde e o que se projeta através dela. De que forma as encenações são marcadas pelo momento histórico, político e, sobretudo fílmico de sua realização.
Although she achieved success in her country with the 1927 film "As mulheres de Ryazan" (The Wome... more Although she achieved success in her country with the 1927 film "As mulheres de Ryazan" (The Women of Ryazan), which was also known in Brazil, the Russian-Soviet filmmaker Olga Preobrajenskaya (1881–1971), who worked as a film director from 1916 to 1941, is virtually absent from the historiographies of her own country and world cinema. This article seeks to delve into who this director was, the works she produced, highlighting her works up until 1927 when she released "The Women of Ryazan," and from that point onward, to point out the omissions in the bibliography related to gender and political issues. Through an examination of her professional career as a director, most of whose films were co-directed with her male counterparts, it is possible to trace not only the development of her body of work but also the political and ideological shifts and fluctuations in pre-revolutionary and Soviet Russia that impacted her work and personal life, ultimately leading to the end of her career. Preobrajenskaya, who released five films for children between 1916 and 1927, was invited by Sovkino in 1927 to direct one of six films commissioned to commemorate the 10th anniversary of the Revolution, but she faced censorship. Today, as we seek to recognize the work of women in cinema, new obstacles arise in acknowledging Preobrajenskaya.
As críticas cinematográficas de Octávio Gabus Mendes publicadas na década de 1920 em Cinearte, re... more As críticas cinematográficas de Octávio Gabus Mendes publicadas na década de 1920 em Cinearte, revista carioca dedicada ao cinema, permitem conhecer o panorama do que era exibido em São Paulo, mas também as aspirações cinematográficas do crítico e os projetos para o cinema brasileiro.Mostram a relação entre as possibilidades de desenvolvimento do cinema brasileiro e as imagens que deveria mostrar do Brasil, e o papel central que as salas de cinema tinham na constituição da atividade cinematográfica no país. Pleiteando a constituição de salas ricas em bairros de freqüência burguesa, o cinema, nas aspirações do crítico, torna-se espaço de diferenciação social, e não de inclusão.Mostram já nos anos 20 a dicotomia entre as possibilidades de constituição do cinema popular, e as aspirações elitistas que deveriam norteá-lo tanto na constituição das imagens que deveria veicular, como na sua freqüentação e distribuição espacial na cidade.
Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco ... more Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco usual do Rio de Janeiro nos anos 1920 – momento marcado por transformações na cena cultural com o impacto dos movimentos artísticos de vanguarda e, ao mesmo tempo, pela implementação de grandes projetos de reformas urbanas que transformam a paisagem da metrópole – e as múltiplas conexões que suas obras revelam com a cena cinematográfica do período, inclusive na imprensa. Para tanto, tomaremos como um ponto de partida os casos de "A Lei do Inquilinato" (1927) e "Maluco e Mágico" (1927-1935c) para pensarmos as múltiplas conexões do uso do espaço urbano com a linguagem das "slapstick-comedies" e a radicalização de gestos experimentais e desvios espaço-temporais que, ao gosto do que atraia o interesse dos artistas de vanguarda pelas formas fílmicas do Primeiro Cinema, exploram de forma lúdica distintas experiências formais.
: Levando em conta a história da exibição
fílmica e o papel de festivais de cinema na
divulgação ... more : Levando em conta a história da exibição fílmica e o papel de festivais de cinema na divulgação de obras, formação de públicos e incentivo a realizadores, propomos neste artigo historicizar e conceituar as transformações do trabalho de seleção e programação de filmes em festivais de cinema brasileiros no século XXI, quando o termo “curadoria” se tornou mais usual. Divididos entre os conceitos de curadoria lato sensu (a existência de alguma forma de seleção e programação) e stricto sensu (características como recorte conceitual, a publicização do trabalho curatorial, o pensamento de conjunto, o entendimento histórico, a especialização e a continuidade), destacamos o trabalho curatorial do forumdoc.bh, da Mostra do Filme Livre, do Cine Esquema Novo, da Semana dos Realizadores, do CachoeiraDoc e da Mostra de Cinema de Tiradentes, situando-os no contexto das mudanças no audiovisual brasileiro no período, que incide na ampliação de produtores e públicos e na maior diversidade de vozes que passam a se expressar.
Brasil Pitoresco - Viagem pelo Brasil, filme do folclorista paulista Cornélio Pires, de 1925. C... more Brasil Pitoresco - Viagem pelo Brasil, filme do folclorista paulista Cornélio Pires, de 1925. Com paisagens de Santos, Rio de Janeiro, Bahia e interior do Brasil. Curiosidades e a visão sobre o o que era o pitoresco. Análise do filme, do trabalho de Cornélio Pires que depois usará o filme para sessões em que apresentava o filme, suas canções regionais. E o papel do patrocínio, a cavação, quando o filme era subsidiado pelas autoridades, ou proprietários das fazendas ou negócios que aparecem no filme.
O artigo apresenta aspectos do trabalho feminino no Instituto Nacional de Cinema Educativo. Como ... more O artigo apresenta aspectos do trabalho feminino no Instituto Nacional de Cinema Educativo. Como Beatriz Roquette Bojunga, de uma 'faz tudo' conforme se definia, pode ser devidamente colocada com os atributos de diretora de produção da Instituição. Analisa ao mesmo tempo as mudanças de perspectiva da própria historiografia e a escuta da historiadora. Ao lado disso, observa como a protagonista atuava na esfera social e de que forma o fato de trabalhar não era mencionado em publicações, ou funcionava como demonstração de sua inteligência excepcional para uma mulher da sociedade da capital federal entre os anos 1920 até os anos 70. Destaca também como de testemunha sobre o trabalho no Instituto, sobre a vida do pai, o antropólogo Edgard Roquette Pinto, ou do diretor de cinema Humberto Mauro, passa a protagonista dessa história
Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco ... more Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco usual do Rio de Janeiro nos anos 1920 – momento marcado por transformações na cena cultural com o impacto dos movimentos artísticos de vanguarda e, ao mesmo tempo, pela implementação de grandes projetos de reformas urbanas que transformam a paisagem da metrópole – e as múltiplas conexões que suas obras revelam com a cena cinematográfica do período, inclusive na imprensa. Para tanto, tomaremos como um ponto de partida os casos de "A Lei do Inquilinato" (1927) e "Maluco e Mágico" (1927-1935c) para pensarmos as múltiplas conexões do uso do espaço urbano com a linguagem das "slapstick-comedies" e a radicalização de gestos experimentais e desvios espaço-temporais que, ao gosto do que atraia o interesse dos artistas de vanguarda pelas formas fílmicas do Primeiro Cinema, exploram de forma lúdica distintas experiências formais.
Os artigos aqui reunidos, que compõem o dossiê Cinema-História da Fênix-Revista de História e Est... more Os artigos aqui reunidos, que compõem o dossiê Cinema-História da Fênix-Revista de História e Estudos Culturais, expressam com muita riqueza, diversidade e confluência o que são hoje os estudos em torno da História no Cinema e da História do Cinema. São certamente o resultado do cruzamento de visões e, sobretudo de novas formas de apropriação do cinema como fonte, produto, como atividade e prática social pela disciplina histórica. São, em alguma medida, um espelho onde se projetam diferentes concepções e abordagens possíveis a partir de mudanças e ampliações no escopo dos Estudos de Cinema, da História Cultural e da Historiografia que, felizmente, tem convergido e ampliado a compreensão das inúmeras questões que aí se põem, como poderemos ver, pela diversidade dos textos aqui apresentados. Estes mostram, em primeiro lugar como já foram plenamente incorporados pela História e pelo Cinema o trabalho de análise do filme e do cinema como fonte para a História Contemporânea. Partindo des...
Ao se lancar ao trabalho com o cinema e com a tematica do controle sobre as informacoes e a memor... more Ao se lancar ao trabalho com o cinema e com a tematica do controle sobre as informacoes e a memoria, Marc Ferro voltou seu interesse igualmente para as formas de apropriacao da historia expressas no ensino primario, no livro didatico, na imprensa e na televisao. Nessa linha de preocupacao, este artigo analisa Histoire parallele , programa de TV apresentado por Marc Ferro entre 1989 e 2001, observando a significativa relacao que ele estabelece com a producao historiografica e filmica do historiador. Para tanto, seus pressupostos teoricos sao rediscutidos e historicizados a luz das suas obras e da analise de tres dos seus programas. palavras-chave: Marc Ferro; Histoire parallele ; cinema e historia.
Libro de Actas VIII Congreso AsAECA 2022 (1), 2023
O artigo apresentado no VIII Congresso da Asaeca em Cordoba, na Argentina em 2022 traz um estudo ... more O artigo apresentado no VIII Congresso da Asaeca em Cordoba, na Argentina em 2022 traz um estudo sobre manifestações de film d´art na cinematografia brasileira, destacando-se filmes patríoticos sobre a Independência do Brasil e romances históricas. Eram em sua maioria interpretados por imigrantes italianos que faziam cinema, sobretudo em São Paulo, e buscavam com esses temas, não só imitar o gênero europeu que fazia sucesso, e que haviam conhecido e muitas vezes atuado em sua terra Natal, assim como temas que exaltavam o fervor patriótico, atraindo a atenção do público para seus filmes. O filme de maior reconhecimento do período terá sido O Guarany de Vittorio Capellaro, de 1916. Cabe lembrar também que O Guarany, alguns atos da ópera foram muito encenados nesse período.
This study points out an unprecedented media event: in 2022, two films directed and
acted by Blac... more This study points out an unprecedented media event: in 2022, two films directed and acted by Black individuals reached the mainstream. Executive Order by Lázaro Ramos, with 500,000 viewers and Mars One by Gabriel Martins, the Brazilian nominee for the Oscars. These works, differing in aesthetics and objectives, pointed to paths, constructing counter-hegemonic visualities regarding the Black and poor populations of Brazil and engaged with the public and critics. By briefly examining the Black presence in Brazilian cinema and the diverse experiences of its creators, we highlight how the construction of these films establishes, whether in form of dystopia or everyday life, other places, and images in a political gesture of rejecting violence.
O artigo aponta um acontecimento midiático inédito: em 2022 dois filmes dirigidos
e atuados por p... more O artigo aponta um acontecimento midiático inédito: em 2022 dois filmes dirigidos e atuados por pessoas negras chegaram ao mainstream, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, com 500 mil espectadores e Marte Um, de Gabriel Martins, o indicado brasileiro ao Oscar. Obras distintas em termos estéticos e de objetivos, ambas apontaram caminhos, construindo visualidades contra hegemônicas sobre as populações pretas e pobres do país, e dialogaram com público e crítica. A partir de um rápido exame sobre a presença negra no cinema brasileiro, da experiência diversa de seus realizadores, apontamos como a construção dos filmes estabelece, na forma da distopia ou da vida comum, outros lugares e imagens, num gesto político de recusa da violência.
In 1989, when Europe was being transformed after the fall of the Berlin Wall and the expansion of... more In 1989, when Europe was being transformed after the fall of the Berlin Wall and the expansion of satellite communications, La Sept, a Franco-German TV channel, came into being. Histoire Paralèlle, a TV show hosted by Marc Ferro with newsreels shown in both countries, 50 years before, became the most watched program of the station, comparing the images the ways in which German and French started the war, as it should be seen and experienced by their fellow citizens. The program became a socialized process of understanding and historical rewriting, besides standing before the conflict between memory and history, a question that guided the historiography of the 1990s. This article analyzes Histoire Paralèlle, examining the relationship that it established with the historiography and filmic production of the historian. Therefore, its theoretical assumptions are re-discussed and historicized in the context of Ferro' s works and through the analysis of three of his programs.
encontro aprofundou questões de discussão conjunta iniciadas em 1992 em Paris sobre o tema da "Ci... more encontro aprofundou questões de discussão conjunta iniciadas em 1992 em Paris sobre o tema da "Cidadania". Além de conceder esta entrevista, Michelle Perrot fez também uma conferência no Pagu sobre a História da Mulher. Nesta entrevista, procuramos interrogá-la sobre o seu trabalho. Mas ao fazê-lo, o que realmente emergiu de seu relato foi a própria identidade de Michelle Perrot, mulher e historiadora produzindo e se introduzindo num meio essencialmente masculino. "Na França, diz ela, a História é uma atividade muito prestigiada, e portanto muito masculina". Mas se Perrot, assim como outras mulheres, abriram seu espaço na historiografia francesa contemporânea, o tema atual de interesse desta historiadora é justamente Georges Sand, escritora e mulher que no século XIX atua politicamente, contrariando as normas de seu tempo.
Elia Kazan is remembered primarily as filmmaker and as informer. These two sides to his personali... more Elia Kazan is remembered primarily as filmmaker and as informer. These two sides to his personality come together in his most famous picture, On the Waterfront (1954). For that reason, this film can be analyzed either as a metaphor for the events of early 1950s that left deep marks on American history, or as an apology for Kazan’s own role as informer during House Committee on Un-American Activities (HUAC) hearings in 1952. Any effort to understand Elia Kazan as historian necessarily must consider both the scenes depicted in his films as well as the apprehension of these images by film historians and critics. They speak less of Kazan’s films than of the violent confrontation — which constitutes his main theme — between different orders of truth and of an understanding of reality. And when they do speak of Kazan in some way, they do so more eloquently when referring to his appropriation of a discourse belonging to the “other”, the distinct, one who had belonged to a group but refused to abide by its rules. In presenting Kazan’s vision of America, this article shows how the same discourse emanating from an “outcast” becomes neutralized and rejected precisely in that which it proposes as most original. In other words, it is possible to understand one director’s contribution to an understanding of the history of his times, while at the same time take into account how his work is digested by film critics and by historians. At the same time, both the discourse and the way it is perceived by others document the same story.
O trabalho visa a estimular a reflexão sobre a imagem do baiano retratada no filme "Ó Paí, Ó", co... more O trabalho visa a estimular a reflexão sobre a imagem do baiano retratada no filme "Ó Paí, Ó", considerando aspectos referentes à construção da identidade cultural. A baianidade, conceito utilizado para definir características do modus vivendi dos baianos, mais especificamente, dos que nascem em Salvador e no Recôncavo da Bahia, contém uma série de representações encontradas nas composições de Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, assim como nas obras de Jorge Amado. A compreensão do processo de construção da baianidade permite a identificação de comportamentos personificados no filme e sua análise, estimulando a busca de respostas para o tema sugerido.
Resumo: O presente texto procura investigar a natureza do cinema educativo que se desenvolveu no ... more Resumo: O presente texto procura investigar a natureza do cinema educativo que se desenvolveu no Brasil em idéias-a partir dos anos 1920-e na prática através da obra do antropólogo Edgard Roquette Pinto que em 1932 participa da criação da primeira censura nacional de filmes, e em 1936 do Instituto Nacional de Cinema Educativo, órgão do Ministério da Educação e Saúde de Gustavo Capanema. Se desde os anos 1920 havia a idéia de educar através do cinema, havia antes de tudo, o temor pelas imagens e a vontade de ter o cinema sob controle. Cinema educativo no Brasil; Edgar Roquette Pinto; documentário clássico; política cinematográfica; anos 1920-1930 Edgard Roquette-Pinto teve importante atuação no desenvolvimento do incipiente cinema que se fez no Brasil desde os anos 1910. Dirigiu o Instituto de Cinema Educativo a partir de 1936, mas, sobretudo, pensou o papel dos meios de comunicação massivos de então-o rádio e o cinema-no desenvolvimento e transformação da sociedade e procurou implementá-los praticamente. Movido por esses ideais, reconhece o potencial de comunicação e, portanto de educação e documentação do cinema, e será o responsável, em 1910 pela criação do primeiro acervo de filmes científicos do Brasil instalado no Museu Nacional. Através dos filmes, o conhecimento estaria acessível a todos. Nos anos 1930 pleiteia com os
SCHVARZMAN, Sheila . A invenMattos, Geísa; Jaguaribe, Elisabete, Quezado, Ana. (Org.). Nordeste, Memórias e Narrativas da Mídia. 1ed.Fortaleza: Edições Iris/Expressão Gráfica Editora, 2010, v. 1, p. 182-205., 2010
Esse texto observa aspectos da construção do território imaginário do Nordeste e de que forma foi... more Esse texto observa aspectos da construção do território imaginário do Nordeste e de que forma foi posto em imagens pelo cinema brasileiro.
Feigelson, Kristian; Fressato, Soleni; Nóvoa, Jorge. (Org.). Cinematógrafo um olhar sobre a história. 1ed.São Paulo/ Salvador: EDUNESP/ EDUFBA, 2009, v. 1, p. 301-312, 2009
Nazismo e Holocausto são pontos de inflexão histórica e epistemológica do pós-1945. Marcaram tam... more Nazismo e Holocausto são pontos de inflexão histórica e epistemológica do pós-1945. Marcaram também o pensamento sobre o cinema e as suas formas de representação. Entretanto, não houve até hoje um estudo sistemático sobre essas questões no cinema brasileiro: as relações entre o nazismo, a cultura e a política brasileira ou a contribuição dos emigrados. Construindo-se como um oásis de tranqüilidade, o Brasil pareceu imune aos seus efeitos, ao mesmo tempo em que evidências históricas não cessam de mostrar que houve penetração do nazismo e de nazistas no Brasil, que foi um lugar de refúgio de muitos, vítimas de muitas nacionalidades, mas também de algozes como Joseph Mengele, que sempre se imaginou refugiado na Argentina...
Cabe-nos, portanto, começar a investigar essa história que parece não ter existido. No nosso âmbito, começamos por indagar de que forma o nazismo foi representado em filmes brasileiros, registrado nos cinejornais de época e documentários. Em que circunstâncias a temática é encenada, a que necessidades responde e o que se projeta através dela. De que forma as encenações são marcadas pelo momento histórico, político e, sobretudo fílmico de sua realização.
Although she achieved success in her country with the 1927 film "As mulheres de Ryazan" (The Wome... more Although she achieved success in her country with the 1927 film "As mulheres de Ryazan" (The Women of Ryazan), which was also known in Brazil, the Russian-Soviet filmmaker Olga Preobrajenskaya (1881–1971), who worked as a film director from 1916 to 1941, is virtually absent from the historiographies of her own country and world cinema. This article seeks to delve into who this director was, the works she produced, highlighting her works up until 1927 when she released "The Women of Ryazan," and from that point onward, to point out the omissions in the bibliography related to gender and political issues. Through an examination of her professional career as a director, most of whose films were co-directed with her male counterparts, it is possible to trace not only the development of her body of work but also the political and ideological shifts and fluctuations in pre-revolutionary and Soviet Russia that impacted her work and personal life, ultimately leading to the end of her career. Preobrajenskaya, who released five films for children between 1916 and 1927, was invited by Sovkino in 1927 to direct one of six films commissioned to commemorate the 10th anniversary of the Revolution, but she faced censorship. Today, as we seek to recognize the work of women in cinema, new obstacles arise in acknowledging Preobrajenskaya.
As críticas cinematográficas de Octávio Gabus Mendes publicadas na década de 1920 em Cinearte, re... more As críticas cinematográficas de Octávio Gabus Mendes publicadas na década de 1920 em Cinearte, revista carioca dedicada ao cinema, permitem conhecer o panorama do que era exibido em São Paulo, mas também as aspirações cinematográficas do crítico e os projetos para o cinema brasileiro.Mostram a relação entre as possibilidades de desenvolvimento do cinema brasileiro e as imagens que deveria mostrar do Brasil, e o papel central que as salas de cinema tinham na constituição da atividade cinematográfica no país. Pleiteando a constituição de salas ricas em bairros de freqüência burguesa, o cinema, nas aspirações do crítico, torna-se espaço de diferenciação social, e não de inclusão.Mostram já nos anos 20 a dicotomia entre as possibilidades de constituição do cinema popular, e as aspirações elitistas que deveriam norteá-lo tanto na constituição das imagens que deveria veicular, como na sua freqüentação e distribuição espacial na cidade.
Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco ... more Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco usual do Rio de Janeiro nos anos 1920 – momento marcado por transformações na cena cultural com o impacto dos movimentos artísticos de vanguarda e, ao mesmo tempo, pela implementação de grandes projetos de reformas urbanas que transformam a paisagem da metrópole – e as múltiplas conexões que suas obras revelam com a cena cinematográfica do período, inclusive na imprensa. Para tanto, tomaremos como um ponto de partida os casos de "A Lei do Inquilinato" (1927) e "Maluco e Mágico" (1927-1935c) para pensarmos as múltiplas conexões do uso do espaço urbano com a linguagem das "slapstick-comedies" e a radicalização de gestos experimentais e desvios espaço-temporais que, ao gosto do que atraia o interesse dos artistas de vanguarda pelas formas fílmicas do Primeiro Cinema, exploram de forma lúdica distintas experiências formais.
: Levando em conta a história da exibição
fílmica e o papel de festivais de cinema na
divulgação ... more : Levando em conta a história da exibição fílmica e o papel de festivais de cinema na divulgação de obras, formação de públicos e incentivo a realizadores, propomos neste artigo historicizar e conceituar as transformações do trabalho de seleção e programação de filmes em festivais de cinema brasileiros no século XXI, quando o termo “curadoria” se tornou mais usual. Divididos entre os conceitos de curadoria lato sensu (a existência de alguma forma de seleção e programação) e stricto sensu (características como recorte conceitual, a publicização do trabalho curatorial, o pensamento de conjunto, o entendimento histórico, a especialização e a continuidade), destacamos o trabalho curatorial do forumdoc.bh, da Mostra do Filme Livre, do Cine Esquema Novo, da Semana dos Realizadores, do CachoeiraDoc e da Mostra de Cinema de Tiradentes, situando-os no contexto das mudanças no audiovisual brasileiro no período, que incide na ampliação de produtores e públicos e na maior diversidade de vozes que passam a se expressar.
Brasil Pitoresco - Viagem pelo Brasil, filme do folclorista paulista Cornélio Pires, de 1925. C... more Brasil Pitoresco - Viagem pelo Brasil, filme do folclorista paulista Cornélio Pires, de 1925. Com paisagens de Santos, Rio de Janeiro, Bahia e interior do Brasil. Curiosidades e a visão sobre o o que era o pitoresco. Análise do filme, do trabalho de Cornélio Pires que depois usará o filme para sessões em que apresentava o filme, suas canções regionais. E o papel do patrocínio, a cavação, quando o filme era subsidiado pelas autoridades, ou proprietários das fazendas ou negócios que aparecem no filme.
O artigo apresenta aspectos do trabalho feminino no Instituto Nacional de Cinema Educativo. Como ... more O artigo apresenta aspectos do trabalho feminino no Instituto Nacional de Cinema Educativo. Como Beatriz Roquette Bojunga, de uma 'faz tudo' conforme se definia, pode ser devidamente colocada com os atributos de diretora de produção da Instituição. Analisa ao mesmo tempo as mudanças de perspectiva da própria historiografia e a escuta da historiadora. Ao lado disso, observa como a protagonista atuava na esfera social e de que forma o fato de trabalhar não era mencionado em publicações, ou funcionava como demonstração de sua inteligência excepcional para uma mulher da sociedade da capital federal entre os anos 1920 até os anos 70. Destaca também como de testemunha sobre o trabalho no Instituto, sobre a vida do pai, o antropólogo Edgard Roquette Pinto, ou do diretor de cinema Humberto Mauro, passa a protagonista dessa história
Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco ... more Este artigo procura refletir sobre o cinema de William Schocair tendo em vista a figuração pouco usual do Rio de Janeiro nos anos 1920 – momento marcado por transformações na cena cultural com o impacto dos movimentos artísticos de vanguarda e, ao mesmo tempo, pela implementação de grandes projetos de reformas urbanas que transformam a paisagem da metrópole – e as múltiplas conexões que suas obras revelam com a cena cinematográfica do período, inclusive na imprensa. Para tanto, tomaremos como um ponto de partida os casos de "A Lei do Inquilinato" (1927) e "Maluco e Mágico" (1927-1935c) para pensarmos as múltiplas conexões do uso do espaço urbano com a linguagem das "slapstick-comedies" e a radicalização de gestos experimentais e desvios espaço-temporais que, ao gosto do que atraia o interesse dos artistas de vanguarda pelas formas fílmicas do Primeiro Cinema, exploram de forma lúdica distintas experiências formais.
Os artigos aqui reunidos, que compõem o dossiê Cinema-História da Fênix-Revista de História e Est... more Os artigos aqui reunidos, que compõem o dossiê Cinema-História da Fênix-Revista de História e Estudos Culturais, expressam com muita riqueza, diversidade e confluência o que são hoje os estudos em torno da História no Cinema e da História do Cinema. São certamente o resultado do cruzamento de visões e, sobretudo de novas formas de apropriação do cinema como fonte, produto, como atividade e prática social pela disciplina histórica. São, em alguma medida, um espelho onde se projetam diferentes concepções e abordagens possíveis a partir de mudanças e ampliações no escopo dos Estudos de Cinema, da História Cultural e da Historiografia que, felizmente, tem convergido e ampliado a compreensão das inúmeras questões que aí se põem, como poderemos ver, pela diversidade dos textos aqui apresentados. Estes mostram, em primeiro lugar como já foram plenamente incorporados pela História e pelo Cinema o trabalho de análise do filme e do cinema como fonte para a História Contemporânea. Partindo des...
Ao se lancar ao trabalho com o cinema e com a tematica do controle sobre as informacoes e a memor... more Ao se lancar ao trabalho com o cinema e com a tematica do controle sobre as informacoes e a memoria, Marc Ferro voltou seu interesse igualmente para as formas de apropriacao da historia expressas no ensino primario, no livro didatico, na imprensa e na televisao. Nessa linha de preocupacao, este artigo analisa Histoire parallele , programa de TV apresentado por Marc Ferro entre 1989 e 2001, observando a significativa relacao que ele estabelece com a producao historiografica e filmica do historiador. Para tanto, seus pressupostos teoricos sao rediscutidos e historicizados a luz das suas obras e da analise de tres dos seus programas. palavras-chave: Marc Ferro; Histoire parallele ; cinema e historia.
Viagem ao cinema silencioso do Brasil foi organizado por Samuel Paiva e Sheila Schvarzman e edita... more Viagem ao cinema silencioso do Brasil foi organizado por Samuel Paiva e Sheila Schvarzman e editado em 2011. É resultado dos encontros de um grupo de pesquisadores de cinema brasileiro coordenado por Carlos Roberto de Souza, Luciana Corrêa de Araújo e Arthur Autran. Graças à sua ideia de criação de um espaço de reflexão sobre o cinema brasileiro silencioso, teve início este projeto.Igualmente fundamental, foi o suporte da Cinemateca Brasileira, que acolheu o grupo dando-lhe as condições de trabalho, viabilizado com a participação de vários colegas da instituição que contribuíram de maneiras diversas para esta publicação, Inclui artigos desses pesquisadores e outros como Flávia Cesarino Costa, Annateresa e Mariorosaria Fabris, Guiomar Ramos, Ana Lobato, Paulo Menezes, Alfredo Suppia e Glênio Póvoas, trazendo artigos de vários aspectos do cinema do período silencioso brasileiro, pouco conhecidos do público e mesmo de pesquisadores.
O livro reúne 19 capítulos que estão relacionados às palestras realizadas por pesquisadoras de di... more O livro reúne 19 capítulos que estão relacionados às palestras realizadas por pesquisadoras de diferentes instituições no Ciclo de Palestras Mulheres no Brasil Republicano (UFF), ao longo dos anos de 2020 e 2021. Nas 490 páginas da obra, mulheres indígenas, negras e brancas de diferentes regiões, origens sociais e orientações políticas atravessam a história da República na luta por cidadania. Reunindo artigos de 19 historiadoras, A publicação identifica a agência de mulheres e experiências de feminilidades e de feminismos diversos no período republicano. Contribui para a compreensão de realidades mais complexas do que a tradicional noção de “ondas feministas” como única forma de transgressão da masculinidade hegemônica.
Reunindo artigos de 19
historiadoras, a publicação
identifica a agência de
mulheres e experiên... more Reunindo artigos de 19
historiadoras, a publicação
identifica a agência de
mulheres e experiências de
feminilidades e de feminis-
mos diversos no período
republicano. Contribui para a
compreensão de realidades
mais complexas do que a
tradicional noção de “ondas
feministas” como única
forma de transgressão da
masculinidade hegemônica.
Nova História do Cinema Brasileiro Vol. I e II, 2018
Reunindo mais de mil páginas e com organização de Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman, os doi... more Reunindo mais de mil páginas e com organização de Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman, os dois tomos de Nova história do cinema brasileiro traçam um panorama abrangente e atualizado do cinema nacional, reunindo informações desde o início do século XX até a atualidade.
O primeiro volume resgata nosso cinema em diversas regiões do país e se debruça sobre o cinema mudo, o início do cinema sonoro, o gênero chanchada, o cinema independente carioca de 1930 a 1950 e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, importante estúdio cinematográfico brasileiro. A obra encerra-se com dois textos sobre a função educativa do cinema no governo de Getúlio Vargas.
Além dos organizadores, este primeiro volume conta com textos de José Inácio de Melo Souza, Alice Dubina Trusz, Luciana Corrêa de Araújo, Carlos Roberto de Souza, Samuel Paiva, Rafael De Luna Freire, João Luiz Vieira, Luís Alberto Rocha Melo, Afranio Mendes Catani, Flávia Cesarino Costa, Laura Loguercio Cánepa e Natalia Christofoletti Barrenha.
Já o segundo volume trata do cinema nacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial até a contemporaneidade. Nele, são esmiuçados o Cinema Novo, o Cinema Marginal, a criação e o papel da Embrafilme, a pornochanchada, a crise que se abateu sobre o setor e a retomada da produção cinematográfica brasileira do final dos anos 1980 até meados da década de 1990. Por fim, o volume traz ainda um panorama do cinema experimental, da produção de documentários e das ficções contemporâneas até o ano de 2016.
O segundo volume conta com textos, além dos organizadores, de José Mario Ortiz, Arthur Autran, Guiomar Ramos, Lucas Murari, Tunico Amancio, Alessandro Gamo, Luís Alberto Rocha Melo, Carlos Alberto Mattos e Cléber Eduardo.
Feminino e Plural - Mulheres no Cinema Brasileiro, 2017
O livro percorre o cinema feito pelas mulheres no Brasil a partir das pesquisas de vários estudio... more O livro percorre o cinema feito pelas mulheres no Brasil a partir das pesquisas de vários estudiosos brasileiros. Mariana Tavares participa com o capítulo 'Helena Solberg, militância feminista e política nas Américas'. Feminino & Plural preenche lacuna de 30 anos nos estudos sobre o cinema de autoria feminina no país, desde as publicações do 'Quase Catálogo', organizado por Heloísa Buarque de Hollanda em 1989 e 'Musas da matinê' de Elice Munerato e Maria Helena Darcy Oliveira de 1982
O livro reúne pesquisas de várias autoras e autores sobre o trabalho de diretoras do cinema bras... more O livro reúne pesquisas de várias autoras e autores sobre o trabalho de diretoras do cinema brasileiro desde os anos 1920 até a atualidade. No artigo "Gilda Bojunga: Caminhos e Percalços de uma afirmação" analiso a trajetória dessa cineasta que começa a trabalhar no Instituto Nacional de Cinema Educativo, junto a Humberto Mauro, é da geração do Cinema Novo, estuda com Jean Rouch quando começa a filmar, em 1967. Tem uma produção fílmica de documentários esparsa e atividades contínuas ligadas ao Cinema e a Educação.
How Cinema writes history: America and Elia Kazan, 1994
A tese que ora se abre trata da análise de obras cinematográficas como portadoras de visões de h... more A tese que ora se abre trata da análise de obras cinematográficas como portadoras de visões de história: como estas são enunciadas e como atribuem sentido ao passado. Entretanto, cedo se notará, o foco de análise não se concentra apenas neste tema, mas também na própria constituição da relação historiográfica com o filme. "Cinema e história" pode ser vista como uma metodologia de utilização de filmes para o estudo da história. Mas esta visão, no nosso entender, não dá conta da compreensão propriamente historiográfica que a "relação entre cinema e história" permite. Sendo assim, como não há, no nosso entender, uma subordinação entre um tema e a metodologia empregada, mas a tentativa de pensar inúmeras relações que envolvem o cinema e a história, não só nos indagamos sobre como Elia Kazan atribui sentido ao passado, mas por que historiadores se interessariam por isso, e como o estudo de filmes ilumina também o estudo do fazer historiográfico .Assim, este trabalho explora o desenvolvimento de um pensamento - do qual participei na França entre 1977 e 1981, como aluna dos seminários sobre "História e Cinema" de Marc Ferro - e as críticas e mudanças que a própria história e o conhecimento histórico agregaram a esta discussão. Desta forma, optei por acrescentar, ao desenvolvimento do tema central - a história como elemento constituinte central do cinema de Elia Kazan-, a discussão sobre os fundamentos que conduziram a esta análise.
A tese que ora se abre trata da análise de obras cinematográficas como portadoras de visões de hi... more A tese que ora se abre trata da análise de obras cinematográficas como portadoras de visões de história: como estas são enunciadas e como atribuem sentido ao passado. Entretanto, cedo se notará, o foco de análise não se concentra apenas neste tema, mas também na própria constituição da relação historiográfica com o filme."Cinema e história" pode ser vista como uma metodologia de utilização de filmes para o estudo da história. Mas esta visão, no nosso entender, não dá conta da compreensão propriamente historiográfica que a "relação entre cinema e história" permite. Sendo assim, como não.. há, no nosso entender, uma subordinação entre um tema e a metodologia empregada, mas a tentativa de pensar inúmeras relações que envolvem o cinema e a história, não só nos indagamos sobre como Elia Kazan atribui sentido ao passado,mas por que historiadores se interessariam por isso, e como o estudo de filmes ilumina também o estudo do fazer historiográfico pensamento - do qual participei na França entre 1977 e 1981, como aluna dos seminários sobre "História e Cinema" de Marc Ferro e as críticas e mudanças que a própria história e o conhecimento histórico agregaram a esta discussão. Desta forma, optei por acrescentar, ao desenvolvimento do tema central - a história como elemento constituinte central do cinema de Elia Kazan-, a discussão sobre os fundamentos que conduziram a esta análise.
Link da Apresentação Anos 1920, Recife em tempo de cinema | com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo C... more Link da Apresentação Anos 1920, Recife em tempo de cinema | com Luciana Corrêa de Araújo, Paulo Cunha e Sheila Schvarzman A mostra de filmes Anos 1920, Recife em tempo de cinema propõe conexões da produção pernambucana dos anos 1920, período de intensa atividade cinematográfica no estado, com o cinema realizado em outros locais e com obras pernambucanas de décadas posteriores. As sessões procuram estabelecer esses diálogos no tempo e no espaço, para ressaltar tanto semelhanças quanto singularidades, tanto continuidades quanto rupturas.
Uploads
Papers by Sheila Schvarzman
acted by Black individuals reached the mainstream. Executive Order by Lázaro Ramos,
with 500,000 viewers and Mars One by Gabriel Martins, the Brazilian nominee for the
Oscars. These works, differing in aesthetics and objectives, pointed to paths, constructing
counter-hegemonic visualities regarding the Black and poor populations of Brazil and
engaged with the public and critics. By briefly examining the Black presence in Brazilian
cinema and the diverse experiences of its creators, we highlight how the construction of
these films establishes, whether in form of dystopia or everyday life, other places, and
images in a political gesture of rejecting violence.
e atuados por pessoas negras chegaram ao mainstream, Medida Provisória, de Lázaro
Ramos, com 500 mil espectadores e Marte Um, de Gabriel Martins, o indicado brasileiro
ao Oscar. Obras distintas em termos estéticos e de objetivos, ambas apontaram caminhos,
construindo visualidades contra hegemônicas sobre as populações pretas e pobres do
país, e dialogaram com público e crítica. A partir de um rápido exame sobre a presença
negra no cinema brasileiro, da experiência diversa de seus realizadores, apontamos como
a construção dos filmes estabelece, na forma da distopia ou da vida comum, outros
lugares e imagens, num gesto político de recusa da violência.
Cabe-nos, portanto, começar a investigar essa história que parece não ter existido. No nosso âmbito, começamos por indagar de que forma o nazismo foi representado em filmes brasileiros, registrado nos cinejornais de época e documentários. Em que circunstâncias a temática é encenada, a que necessidades responde e o que se projeta através dela. De que forma as encenações são marcadas pelo momento histórico, político e, sobretudo fílmico de sua realização.
fílmica e o papel de festivais de cinema na
divulgação de obras, formação de públicos e
incentivo a realizadores, propomos neste artigo
historicizar e conceituar as transformações do
trabalho de seleção e programação de filmes em
festivais de cinema brasileiros no século XXI,
quando o termo “curadoria” se tornou mais usual.
Divididos entre os conceitos de curadoria lato
sensu (a existência de alguma forma de seleção e
programação) e stricto sensu (características como
recorte conceitual, a publicização do trabalho
curatorial, o pensamento de conjunto, o
entendimento histórico, a especialização e a
continuidade), destacamos o trabalho curatorial do
forumdoc.bh, da Mostra do Filme Livre, do Cine
Esquema Novo, da Semana dos Realizadores, do
CachoeiraDoc e da Mostra de Cinema de
Tiradentes, situando-os no contexto das mudanças
no audiovisual brasileiro no período, que incide na
ampliação de produtores e públicos e na maior
diversidade de vozes que passam a se expressar.
Análise do filme, do trabalho de Cornélio Pires que depois usará o filme para sessões em que apresentava o filme, suas canções regionais. E o papel do patrocínio, a cavação, quando o filme era subsidiado pelas autoridades, ou proprietários das fazendas ou negócios que aparecem no filme.
acted by Black individuals reached the mainstream. Executive Order by Lázaro Ramos,
with 500,000 viewers and Mars One by Gabriel Martins, the Brazilian nominee for the
Oscars. These works, differing in aesthetics and objectives, pointed to paths, constructing
counter-hegemonic visualities regarding the Black and poor populations of Brazil and
engaged with the public and critics. By briefly examining the Black presence in Brazilian
cinema and the diverse experiences of its creators, we highlight how the construction of
these films establishes, whether in form of dystopia or everyday life, other places, and
images in a political gesture of rejecting violence.
e atuados por pessoas negras chegaram ao mainstream, Medida Provisória, de Lázaro
Ramos, com 500 mil espectadores e Marte Um, de Gabriel Martins, o indicado brasileiro
ao Oscar. Obras distintas em termos estéticos e de objetivos, ambas apontaram caminhos,
construindo visualidades contra hegemônicas sobre as populações pretas e pobres do
país, e dialogaram com público e crítica. A partir de um rápido exame sobre a presença
negra no cinema brasileiro, da experiência diversa de seus realizadores, apontamos como
a construção dos filmes estabelece, na forma da distopia ou da vida comum, outros
lugares e imagens, num gesto político de recusa da violência.
Cabe-nos, portanto, começar a investigar essa história que parece não ter existido. No nosso âmbito, começamos por indagar de que forma o nazismo foi representado em filmes brasileiros, registrado nos cinejornais de época e documentários. Em que circunstâncias a temática é encenada, a que necessidades responde e o que se projeta através dela. De que forma as encenações são marcadas pelo momento histórico, político e, sobretudo fílmico de sua realização.
fílmica e o papel de festivais de cinema na
divulgação de obras, formação de públicos e
incentivo a realizadores, propomos neste artigo
historicizar e conceituar as transformações do
trabalho de seleção e programação de filmes em
festivais de cinema brasileiros no século XXI,
quando o termo “curadoria” se tornou mais usual.
Divididos entre os conceitos de curadoria lato
sensu (a existência de alguma forma de seleção e
programação) e stricto sensu (características como
recorte conceitual, a publicização do trabalho
curatorial, o pensamento de conjunto, o
entendimento histórico, a especialização e a
continuidade), destacamos o trabalho curatorial do
forumdoc.bh, da Mostra do Filme Livre, do Cine
Esquema Novo, da Semana dos Realizadores, do
CachoeiraDoc e da Mostra de Cinema de
Tiradentes, situando-os no contexto das mudanças
no audiovisual brasileiro no período, que incide na
ampliação de produtores e públicos e na maior
diversidade de vozes que passam a se expressar.
Análise do filme, do trabalho de Cornélio Pires que depois usará o filme para sessões em que apresentava o filme, suas canções regionais. E o papel do patrocínio, a cavação, quando o filme era subsidiado pelas autoridades, ou proprietários das fazendas ou negócios que aparecem no filme.
Nas 490 páginas da obra, mulheres indígenas, negras e brancas de diferentes regiões, origens sociais e orientações políticas atravessam a história da República na luta por cidadania.
Reunindo artigos de 19 historiadoras, A publicação identifica a agência de mulheres e experiências de feminilidades e de feminismos diversos no período republicano. Contribui para a compreensão de realidades mais complexas do que a tradicional noção de “ondas feministas” como única forma de transgressão da masculinidade hegemônica.
historiadoras, a publicação
identifica a agência de
mulheres e experiências de
feminilidades e de feminis-
mos diversos no período
republicano. Contribui para a
compreensão de realidades
mais complexas do que a
tradicional noção de “ondas
feministas” como única
forma de transgressão da
masculinidade hegemônica.
O primeiro volume resgata nosso cinema em diversas regiões do país e se debruça sobre o cinema mudo, o início do cinema sonoro, o gênero chanchada, o cinema independente carioca de 1930 a 1950 e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, importante estúdio cinematográfico brasileiro. A obra encerra-se com dois textos sobre a função educativa do cinema no governo de Getúlio Vargas.
Além dos organizadores, este primeiro volume conta com textos de José Inácio de Melo Souza, Alice Dubina Trusz, Luciana Corrêa de Araújo, Carlos Roberto de Souza, Samuel Paiva, Rafael De Luna Freire, João Luiz Vieira, Luís Alberto Rocha Melo, Afranio Mendes Catani, Flávia Cesarino Costa, Laura Loguercio Cánepa e Natalia Christofoletti Barrenha.
Já o segundo volume trata do cinema nacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial até a contemporaneidade. Nele, são esmiuçados o Cinema Novo, o Cinema Marginal, a criação e o papel da Embrafilme, a pornochanchada, a crise que se abateu sobre o setor e a retomada da produção cinematográfica brasileira do final dos anos 1980 até meados da década de 1990. Por fim, o volume traz ainda um panorama do cinema experimental, da produção de documentários e das ficções contemporâneas até o ano de 2016.
O segundo volume conta com textos, além dos organizadores, de José Mario Ortiz, Arthur Autran, Guiomar Ramos, Lucas Murari, Tunico Amancio, Alessandro Gamo, Luís Alberto Rocha Melo, Carlos Alberto Mattos e Cléber Eduardo.
Feminino & Plural preenche lacuna de 30 anos nos estudos sobre o cinema de autoria feminina no país, desde as publicações do 'Quase Catálogo', organizado por Heloísa Buarque de Hollanda em 1989 e 'Musas da matinê' de Elice Munerato e Maria Helena Darcy Oliveira de 1982
A mostra de filmes Anos 1920, Recife em tempo de cinema propõe conexões da produção pernambucana dos anos 1920, período de intensa atividade cinematográfica no estado, com o cinema realizado em outros locais e com obras pernambucanas de décadas posteriores. As sessões procuram estabelecer esses diálogos no tempo e no espaço, para ressaltar tanto semelhanças quanto singularidades, tanto continuidades quanto rupturas.