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As Aventuras De Yakir
As Aventuras De Yakir
As Aventuras De Yakir
E-book54 páginas44 minutos

As Aventuras De Yakir

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Sobre este e-book

Yakir é um cachorrinho dócil e inteligente, que era maltratado nas ruas, principalmente pelos romanos. Ao encontrar Jesus, ele é curado física e emocionalmente. Passa a ser testemunha do Ministério do Filho de Deus, curando enfermos e enfrentando demônios.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de jan. de 2019
As Aventuras De Yakir

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    As Aventuras De Yakir - Sidney Ferreira

    As Aventuras de Yakir,

    O Cachorrinho de Cristo

    Sidney Ferreira

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

    FERREIRA, Sidney.

    As Aventuras de Yakir/ Autor: FERREIRA, Sidney.

    Rio de Janeiro/RJ: Clube dos Autores. 2019

    Romance - Brasil I. Título

    Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, reprográficos, fotográficos, fonográfico, videográfico.

    Vedada à memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafo do Código Penal) com pena de prisão e multa busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    Para todas as pessoas que amam cãezinhos.

    ÍNDICE

    As aventuras de Yakir

    Com frio e com fome | Seis

    Eu te batizo... | Oito

    À procura de João Batista | Dez

    No deserto | Dezesseis

    De volta à Galiléia | Vinte e Dois

    Doce ignorância. Será mesmo? | Trinta e Nove

    A Última Ceia e a prisão | Quarenta e Quatro

    O suplício | Cinquenta

    A ressurreição | Cinquenta e Três

    O Autor e Suas Obras | Cinquenta e Cinco

    Com frio e com fome

    Ele sofreu naquela noite. Era inverno e os romanos foram especialmente ambiciosos naquele ano (30 Depois de Cristo para os ocidentais de hoje, ano 784 do Império Romano, 3790 para os judeus e 610 para os muçulmanos), pilhando as economias dos israelitas com pesados impostos. Desiludidas, as pessoas adotavam menos cães. Sorte que eles são considerados kosher (impuros) e não são abatidos para consumo. O imperador de Roma é Tibério. A política era responsável pela qualidade do lixo que matava a fome dos animais. Mais impostos significavam menos ossos e restos para os cães e gatos.

    Estamos na região da Peréia, na Judéia (atual Palestina).

    Temos um belo cãozinho sem raça definida tremendo de fome e de frio. Os romanos o chamavam de Linguiça, por sua magreza. Em italiano, Luganega (Os lucanianos eram uma tribo itálica que viveu na região da Basilicata e é atribuído a eles o ensino aos romanos da arte de fazer salame).

    Naquela época a agitação nas ruas era grande. Os zelotes enfrentavam os soldados invasores com pouco mais do que ferramentas de agricultura e pedras, contra escudos (que, além de arma de defesa, podiam quebrar crânios e costelas), espadas e cavalos (que corriam mais do que eles).

    Numa dessas arruaças, o pobre bichinho foi ferido por uma lança e perdeu a pata traseira direita, amputada por um açougueiro de bom coração, para impedir o progresso da gangrena. Ele limpou com vinho e cauterizou a ferida com fogo, precisando de três homens para segurar o cão enlouquecido de dor. Por sua deficiência física, Linguiça não era adotado e o açougueiro judeu não o queria, por ter muitas obrigações. O pobrezinho não podia mais correr. Isso aconteceu há meses.

    Essa noite, porém, um milagre ocorrerá.

    Mesmo numa noite tão fria, com poucas pessoas na rua, o cachorro pensou ver uma luz muito forte.

    Assustado, ele tentou se afastar o mais rápido que pôde dali.

    Uma voz melodiosa o faz parar:

    -Espere, pequenino. Não lhe farei mal.

    Uma coisa espantosa ocorreu. Tinha um homem saindo daquela luz estranha. E Linguiça entendia as palavras ditas pelo homem. Os outros humanos ele entendia através dos gestos, das expressões faciais, da linguagem corporal, dos odores (que indicavam simpatia,

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