Punido pela Esperança
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Sobre este e-book
Nim é um nadador experiente que flutua em úmidas ondas de esperança. Sua pena é nadar e transportar, mas seu coração está cativo a bordo de um navio em luto, na prisão água-marinha dos olhos dela.
Ela é sua sentença e ele é a dela. Poderá uma misteriosa água-viva humanoide reunir esses amantes malfadados?
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Pré-visualização do livro
Punido pela Esperança - Erik Hofstatter
PUNIDO PELA ESPERANÇA
ERIK HOFSTATTER
Traduzido por
GABRIEL SVREIS
Copyright © 2021 by Erik Hofstatter
Design de layout e copyright (C) 2023 por Next Chapter
Publicado em 2023 por Next Chapter
Arte da capa por CoverMint
Editado por Ana L.R. Silva
Este livro é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou foram usados de modo ficcional. Qualquer semelhança com eventos, locais ou pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema de armazenamento e recuperação de informações, sem a permissão do autor.
Conteúdos
Nadar Em Águas Escuras
Outras Punições
Trevo-Vermelho
Sussurro Terno Em Uma Língua Carmesim
Micropoemas
Mergulhe na Decadência
Caro leitor
Acerca do autor
Nadar Em Águas Escuras
TIM WAGGONER
Realidade é, você sabe, a ponta de um iceberg de irracionalidade para a qual conseguimos nos arrastar por alguns momentos ofegantes antes de escorregarmos para o mar do irreal.
— Terence McKenna
Para mim, acho que meu caso de amor com o verdadeiramente bizarro começou com a primeira vez que assisti à Fantástica Fábrica de Chocolate (o original, não o remake do Tim Burton). Eu assisti em casa pela televisão nos anos 70, não muito tempo depois de ter sido lançado nos cinemas. Foi provavelmente em algum feriado, embora eu não me lembre qual (naqueles dias pré-cabo, pré-VCR, filmes como A Fantástica Fábrica de Chocolate e O Mágico de Oz só eram transmitidos em feriados). Tenho certeza de que me sentei muito próximo à TV — eu sempre o fazia naqueles tempos — pernas cruzadas e imóveis, mal piscando, hipnotizado pela história que se desenrolava na minha frente. Eu me simpatizava com Charlie Bucket, que queria um bilhete dourado mais do que qualquer outra coisa no mundo, e eu estava fascinado pelo estranho, enigmático e mais do que um pouco assustador Willy Wonka. Mas aquilo de que mais me lembro — e aquilo que mais me impactou — é o que às vezes é chamado de Cena Assustadora do Túnel.
Wonka convidou os visitantes, as crianças e seus pais, para um barco que ele chama de Wonkatania. Eles viajarão em seu rio de chocolate para outra parte de sua fantástica fábrica de doces, mas para chegarem lá, devem passar por um túnel. A viagem começa serena, porém, uma vez dentro do túnel, as coisas começam a ficar estranhas — muito estranhas. O barco começa a viajar em velocidades insanas através de um pesadelo caleidoscópico de cores alteradas rapidamente e imagens perturbadoras (que incluem o que parece ser filmagem real de uma galinha sendo decapitada). Enquanto o Wonkatania dispara por esse túnel de horrores, Wonka começa a cantar uma canção sem sentido, rosto inexpressivo, sua voz como a de um louco sereno. Perto do final da canção, ele começa a gritar os versos, soando aterrorizado e à beira de perder os poucos resquícios de sanidade que lhe restam.
E então, de repente, acabou. Wonka e seus convidados chegaram ao destino, embora a viagem os tenha deixado emocionalmente abalados.
Essa cena explodiu minha mente pré-adolescente. Eu já era fã de horror e estava bem familiarizado com os diversos tropos nos filmes que eu adorava: monstros, fantasmas, cemitérios, luas cheias, cientistas loucos, casas assombradas... A Cena Assustadora do Túnel não tinha nenhum desses elementos, ainda assim era de longe a coisa mais inquietante que eu já havia experienciado. Por vários minutos, minha cabeça ficou cheia de caos e insanidade, e eu amei cada segundo disso. Com o passar dos anos, eu me inclinava cada vez mais em direção ao horror pesadelar, surreal e existencial, e eventualmente foi nesses territórios onde finquei minha própria bandeira como escritor.
Então, tenho certeza de que não será uma surpresa