Resumo Slides Soldagem 1 - Prova
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temperatura adequada, com ou sem a aplicao de presso e de metal de adio. Soldabilidade: a facilidade com que a junta fabricada de tal maneira que preencha os requisitos de um projeto bem executado. Solda: o resultado ou produto da operao de soldagem. Fatores que dificultam a soldagem (T ambiente): Poeira e outras partculas, umidade, gases adsorvidos, xidos metlicos, zona adjacente superfcie, metal virgem. (A presena de irregularidades microscpicas superficiais favorece a soldagem por estado slido). SOLDAGEM POR FUSO Brasagem: Consiste na coalescncia dos metais pelo aquecimento a uma temperatura adequada e pelo uso de metal de adio que tem ponto de fuso inferior a temperatura de solidus do metal base. Na realizao de uma junta brasada deve ter o perfeito molhamento das faces a serem unidas pelo metal de adio fundido, por isso imprescindvel que o metal base esteja limpo. Ainda os metais precisam ser protegidos durante o aquecimento por um fluxo ou atmosfera adequada. Isso elimina a necessidade de limpeza aps a operao. As juntas brasadas so preenchidas por capilaridade e, para que o fenmeno ocorra de forma adequada, necessrio um controle rgido da distncia de separao entre as peas. A ligao entre o metal de adio e o metal base se d por difuso, com a formao de ligas intermetlicas na interface entre estes materiais. Soldagem e corte a gs: um processo no qual a coalescncia ou unio dos metais obtida pelo aquecimento destes com uma chama de um gs combustvel e o oxignio (comburente). Suas caractersticas so: excelente controle exercido sobre a entrada de calor e a temperatura da pea, equipamento de baixo custo, os gases usados como combustvel devem ter: alta temperatura de chama, alta taxa de propagao de chama, alto potencial energtico, mnima reao qumica, destaca-se o acetileno. PROCESSOS DE SOLDAGEM AO ARCO ELTRICO Eletrodo revestido (SMAW): o processo mais usado, devido a sua versatilidade. indicado para soldagem de aos. A coalescncia dos metais obtida pelo aquecimento destes com um arco estabelecido entre o eletrodo revestido e o metal base. O revestimento consumido junto com o eletrodo pelo calor do arco desempenhando uma srie de funes fundamentais ao processo de soldagem como estabilizao do arco, formao de escria (proteo do metal fundido) e adio de elementos de liga. // Fatores de operao: estabilidade do arco, facilidade de manipulao e controle da escria, boa integridade mecnica. // Vantagens: equipamento simples e barato, no sensvel a correntes de vento, permite soldas em qualquer posio, verstil. // Desvantagens: baixas taxas de deposio e exige limpeza aps cada passe de soldagem. Arame tubular: Processo de soldagem por fuso, onde o calor necessrio ligao das partes fornecido por um arco eltrico estabelecido entre a pea e um arame alimentado continuamente. A utilizao de arame tubular deu uma alta qualidade ao metal de solda
depositado, excelente aparncia ao cordo de solda, boas caractersticas de arco, alm de diminuir o nmero de respingos e possibilidades de solda em todas as posies. TIG/GTAW: A proteo do eletrodo e da poa de fuso contra oxidao pelo ar feita por um gs inerte. Temos eletrodo no consumvel. Vantagens: excelente controle de calor permite soldagem sem uso de metal de adio, verstil, produz soldas de alta qualidade, produz pouco respingo, exige pouca limpeza aps a soldagem, soldagem em qualquer posio. // Desvantagem: menor produtividade que processos que utilizam eletrodos consumveis, podem transferir eletrodo para a pea gerando incluses, alto custo dos consumveis, alto custo de equipamento. // IMPORTANTE: Quando a corrente CC- temos uma maior penetrao, CC+ temos pouca penetrao e CA temos uma penetrao mdia. MIG/MAG (GMAW): Arco eltrico estabelecido entre um eletrodo metlico contnuo (consumvel) e a pea (esse tipo de soldagem foi visto no estgio). // Influncia de alguns parmetros de soldagem no formato do cordo: dimetro do eletrodo: maior a largura do cordo, menor a penetrao. Corrente de soldagem: maior a largura do cordo, maior a penetrao, maior o reforo. Tenso do arco: maior a largura do cordo, menor a penetrao, menor o reforo. Velocidade de soldagem: menor a largura do cordo, menor a penetrao, menor o reforo. Vantagens: Permite soldagem em qualquer posio, alta velocidade de soldagem e alta deposio, alta penetrao, verstil, exige pouca limpeza aps a soldagem. Desvantagens: equipamento mais complexo e caro, necessidade de maior espao para a tocha, necessidade de proteo contra correntes de vento, existncia de respingos, mudanas na estrutura. Arco submerso (SAW): Arco estabelecido entre um eletrodo metlico e a pea. A proteo da poa de fuso e do arco feita por um material granulado que colocado sobre a junta, cobrindo a regio do arco. um processo automtico, executado por um trator. Vantagens: alta qualidade do metal de solda, alta velocidade de soldagem e taxas de deposio, bom acabamento, ausncia de respingos, arco invisvel dispensa proteo, facilmente automatizado, no h necessidade de manipulao. Desvantagens: soldagem apenas na posio plana ou filete horizontal, taxas de resfriamento lentas, necessidade de limpeza entre passes. PROCESSOS ESPECIAIS DE SOLDAGEM Os processos de soldagem de alta densidade de potncia so: Plasma, laser e feixe de eltrons. Caractersticas comuns: Formao de keyhole, evaporao parcial de metal, alta relao penetrao/largura. // Vantagens: baixa distoro, ZTA estreita, altas taxas de aquecimento e resfriamento, ciclo trmico curto, aquecimento uniforme em toda seo, livre de contaminao, alta pressa, boa repetibilidade. // Desvantagens: equipamento caro, tolerncias estreitas no ajuste das peas a serem unidas, pessoal especializado para operao e manuteno. Plasma: Quando o bocal est negativo e a pea positiva, temos uma maior penetrao e um cordo de solda estreito. J quando o bocal est negativo e o bocal constritor positivo, temos uma menor penetrao e um cordo de solda mais largo. A soldagem de plasma. A soldagem por plasma pode ser feita de duas formas: Fuso (soldagem manual e com fluxo de gs de plasma e correntes de soldagem mais baixas) e keyhole ( usada para uma certa faixa de espessura do metal de base com combinaes especiais de fluxo de gs de plasma, corrente e velocidade de soldagem. No usado metal de adio na
maioria das vezes. Permite penetrao total, em passe nico. Usada em soldagem mecanizada). // Vantagens (comparado ao TIG): uniformidade do arco frente a variaes de corrente e distncia boca-pea, abertura de arco fcil, arco muito estvel em baixas correntes, permite soldas em material de menor espessura. // Desvantagem (comparado ao TIG): mais caro para espessuras entre 0,3 e 6,0mm, pouca durabilidade do bocal, alto consumo de gs, maior conhecimento do soldador, equipamento 5 vezes mais caro, no bom para materiais de baixo ponto de ebulio. // Aplicaes: soldagem em qualquer posio, alta produtividade, alta preciso dimensional, soldagem em passe nico, alta estabilidade do arco e soldagem de peas de pequenas espessuras. Feixe de eltrons: Feixe de eltrons focalizado sobre o local da solda, por um canho apropriado. Trabalha sobre o vcuo. // Vantagens: alta penetrao, ZTA estreita, baixa distoro, alta velocidade, relao profundidade/largura de at 30, ciclo trmico curto, controle preciso da potncia, possibilidade de unir metais diferentes, alta produtividade, largura da solda de at 0,25mm, possibilidade de desvio do feixe, soldagem em pontos inacessveis. // Desvantagens: equipamento muito caro, perigoso, necessidade de blindagem radiolgica, muito tempo perdido na produo de vcuo necessrio, ajuste muito preciso para peas pequenas, problemas na soldagem de materiais ferromagnticos ou magnetizados, impossibilidade de soldar isolantes eltricos, tendncia a trincas e porosidade central. // O feixe de eltrons possui um baixo aporte trmico. Isto de especial interesse nos aos, pois evita a fragilizao causada pelo crescimento dos gros e livre de oxidaes devido a serem feitas em vcuo. // Parmetros de operao: Tenso (quanto maior a tenso maior a velocidade dos eltrons), Velocidade (quanto menor a velocidade maior a penetrao), Distncia canho-pea (influencia a tenso, quanto maior a distncia deve-se aumentar a tenso sob risco de no obter-se a penetrao desejada, e a corrente de focalizao, se aumentar a distncia necessitar de uma corrente diferente nas bobinas para ter-se a focalizao adequada. // Pode soldar de duas formas: cordo penetrante e no penetrante. // Soldagem em alto vcuo: apresenta maior penetrao, e menor largura do cordo, maior pureza no depsito, menor produtividade e limitao dimensional das peas a soldar. Soldagem a presso atmosfrica: menor penetrao, e maior largura do cordo, maior contaminao, maior produtividade e no limitao dimensional das peas. Laser: Neste caso as partculas que chocam nas superfcies das peas a serem soldadas so ftons de luz. Sua diferena em relao ao feixe de eltrons que pode-se soldar/cortar peas no condutoras eletricamente e no perturbado por campos eltricos ou magnticos. // Vantagens: pouco aporte calrico, ZTA estreita, altas velocidades de aquecimento e resfriamento, facilidade de soldar materiais diferentes, no contamina a solda, possibilidade de soldas em locais inacessveis, pode-se soldar atravs de materiais transparentes e em qualquer atmosfera, boa estrutura metalogrfica na ZTA. // Desvantagens: equipamento caro, problema na soldagem do alumnio devido a baixa viscosidade e tenso superficial. // Pode ser utilizado para corte, usinagem e tratamentos trmicos superficiais. As vantagens so: no h contaminao, pode-se cortar/furar em locais de difcil acesso, o material no precisa ser condutor eltrico, ZTA muito estreita, corte silencioso e geralmente com pouca fumaa. Soldagem por exploso: til na unio de materiais diferentes em grandes superfcies. Impacto controlado a grandes velocidades entre duas superfcies produz: forte efeito de limpeza e gerao de calor que pode levar at a fuso da interface. As variveis do processo so velocidade de impacto e ngulo de impacto.
Soldagem por centelhamento: Processo no estado slido. A coalescncia entre as partes produzida pela plastificao das superfcies adjacentes devido a ao de Flash seguida da aplicao de uma presso forjamento. O centelhamento contnuo termina por limpar as superfcies alm de reduzir a nveis mnimos o teor de oxignio da junta. // Vantagens: soldagem rpida, alta repetibilidade, solda de boa qualidade, deformao nula e fcil operacionalidade. // Desvantagens: excesso de respingo, limitado a juntas de topo, necessidade de correto alinhamento das peas, dificuldade no balano trmico, perda de metal (rebarba). Soldagem a frio: A unio feita somente pela aplicao de presso. Tem ausncia total de calor. No mnimo um dos materiais deve ter alta ductilidade. O preparo da superfcie muito importante. Produz grande volume de rebarba. O custo de desenvolvimento de um produto muito alto. Soldagem por difuso: A coalescncia das superfcies se d devido a aplicao de presses e temperaturas elevadas sem deformao macroscpica nem movimento relativo das partes. Formam-se unies de alto desempenho, porm de custo elevado. Soldagem por frico: Processo no estado slido, com o coalescimento produzido pela frico entre as peas at a temperatura de plastificao, seguido da aplicao de uma presso de forjamento. // Vantagens: alta repetibilidade, sem deformaes, alta produo, econmico, operacionalidade simples, sem fluxos e respingos. // Desvantagens: manuteno criteriosa, perda de material na rebarba, necessidade de usinagem e limitado para bitolas pequenas. Soldagem por ultra-som: Processo no estado slido onde a coalescncia produzida pelas vibraes localizadas na interface das peas submetidas a presses moderadas. // Vantagens: processo rpido, solda de tima qualidade, possibilidade de soldar chapas muito finas, processo limpo, excelentes caractersticas de selagem. // Desvantagens: limitado a chapas e fios finos, deformaes localizadas nos pontos de contato do tip, problemas de ressonncias e fadiga pode romper soldas j existentes. FUNDAMENTOS DA FSICA DO ARCO ELTRICO INTRODUO Soldagem eltrica a arco voltaico: A fuso origina-se da ao direta e localizada de um arco voltaico. O arco permite obter elevadas temperaturas num pequeno espao, limitando a zona de influncia calorfica. O arco voltaico: a fonte de calor mais comumente utilizada na soldagem de materiais metlicos por fuso, pois apresenta uma combinao tima de caractersticas, incluindo: concentrao adequada de energia para a fuso localizada do metal base, relativa facilidade de controle, baixo custo relativo dos equipamentos e riscos sade dos seus operadores. Fontes de energia para soldagem por fuso: A soldagem por fuso realizada pela aplicao localizada de energia em uma parte da junta de forma a conseguir a sua fuso localizada. A fonte transfere energia junta atravs de uma rea de contato (A 0) causando o aquecimento do material. Contudo, temos problema de condutividade trmica dos metais, aquecendo a pea e resfriando e dificultando a regio de contato da fuso. Temos que a potncia especfica dada por: P esp. = (Rendimento * V * I) / A 0.
Para que ocorra a soldagem por fuso temos que ter uma Pesp de 106 e 1013 W/m2. Temos que quanto maior a Pesp temos uma maior produtividade. De uma forma geral, as formas mais significativas de Pesp conseguidas entre os vrios processos de soldagem so obtidas por variaes na rea de contato da fonte de energia com a pea, e no da potncia gerada na fonte. Descargas eltricas em gases:
A: parte dos ons e eltrons existentes no gs na presena de um campo eltrico so capturados pelos eletrodos; B: Com o aumento do campo eltrico, a quantidade de ons e eltrons capturados aumenta, atingindo uma condio de saturao; C: O elevado campo eltrico acelera os eltrons livres presentes no gs causando a ionizao de novos tomos produzindo um efeito cascata que aumenta a corrente (i). D: Outros mecanismos que aumentam esta corrente passam a atuar entre os pontos CD. At o ponto D a descarga eltrica depende de uma fonte externa de ionizao. E: Os diversos mecanismos de criao de eltrons consomem uma maior proporo da energia gerada pela descarga, reduzindo perdas pro ambiente, diminuindo a tenso. F: A densidade de corrente nas reas de emisso do ctodo constante, assim estas reas tendem a aumentar com a corrente. Alm de F tem-se a descarga luminescente anormal. A densidade de corrente no ctodo tende a aumentar e a tenso de descarga aumenta. G: Os efeitos trmicos no ctodo passam a dominar a emisso de eltrons. Ocorre uma forte contrao nas reas de emisso e a tenso se reduz drasticamente. Mtodos de estudo do Arco: O arco eltrico de soldagem compreende uma regio relativamente pequena do espao caracterizada por temperaturas elevadas, forte radiao luminosa e ultravioleta, fluxo intenso de matria e grandes gradientes de propriedades fsicas. Os mtodos principais so: espectroscopia tica, anlise eltrica, fotografia e calorimetria. Caractersticas estticas do arco: Um aumento no comprimento do arco tende a causar um aumento da tenso para qualquer valor de corrente quando Ia for superior a 1mm. Nestas condies, a relao entre Ia e V, para uma dada corrente, aproximadamente linear.
Perfil eltrico de um arco: A queda de tenso de um arco eltrico no uniforme, existindo quedas abruptas de tenso junto aos eletrodos (nodo e ctodo) que, para metais podem atingir cerca de 1 e 15V.
As principais caractersticas das regies do arco eltrico so: REGIES DE QUEDA: elevado gradiente trmico e eltrico. COLUNA DE PLASMA: altas temperaturas, equilbrio trmico, eltrico e fluxo de gases. -- Regio Catdica (-): A regio catdica extremamente importante para a existncia do arco, pois nesta regio que gerada a maioria dos eltrons responsveis pela conduo da corrente eltrica no arco. Na soldagem com corrente alternada, os processos no ctodo so importantes para a reignio do arco. Pode se considerar que a regio catdica formada por trs regies distintas, denominadas como Zona de Carga (Ocorre um elevado gradiente de tenso o qual acelera os eltrons saindo do ctodo e, por outro lado, atrai os ons positivos para o ctodo. Em funo da ausncia de choques, os eltrons, de menor massa, adquirem uma velocidade muito maior que os outros constituintes do arco, existindo um maior nmero de portadores de carga positiva, o que explica a queda de potencial na regio catdica), Zona de luminescncia (Ocorre uma desacelerao dos eltrons) e zona de contrao (a densidade de corrente passa dos altos valores caractersticos da regio catdica para os valores bem menores da coluna). MECANISMOS DE EMISSO DE ELTRONS: Para a manuteno do arco, eltrons devem ser emitidos em quantidade suficiente para a manuteno do arco. O mtodo de emisso mais importante a emisso termoinicas (resulta do aquecimento do material a uma temperatura suficientemente alta para causar a ejeo de eltrons de sua superfcie). -- Regio Andica (+): A regio andica, embora essencial para a continuidade do arco, no importante para a manuteno do mesmo como a zona catdica. O nodo no emite ons positivos, sendo esses criados pela ionizao trmica na coluna do arco. Assim, na fina regio de queda andica, tem-se uma alta concentrao de eltrons que responsvel pelo aparecimento de uma queda de tenso nessa regio. A queda andica depende de vrios fatores, tendendo a se reduzir com a temperatura do nodo e aumentar com sua condutividade trmica.
-- Coluna de plasma: A coluna do arco compreende praticamente todo o volume do arco, sendo constituda por partculas neutras, ons e eltrons livres, estes sendo responsveis pela passagem da corrente eltrica entre os eletrodos. Para sua ionizao, o gs do arco aquecido at temperaturas elevadas. Assim choques ocorrem entre os constituintes do gs que leva a uma ionizao do mesmo e formao do plasma. Em temperaturas baixas temos a translao, ou seja, movimentao das molculas. A temperatura mais elevada a energia vibracional aumenta, podendo romper a molcula, ou seja, ocorrer a dissociao. Em temperatura mais elevada temos que o eltron da camada mais externa expulso, ocorrendo a ionizao. Quanto maior o grau de ionizao tem uma melhor estabilidade, maior facilidade de abertura do arco. Temos uma perda de energia da coluna do plasma. Essa perda pode ser acarretada por radiao (cerca de 10%), conveco (cerca de 40%) e conduo (cerca de 50%). Temos que tanto a dissociao como a ionizao so reaes endotrmicas. Assim, a presena no arco de gases que podem se dissocias ou que apresentem uma elevada condutividade trmica causa um aumento da tenso do arco devido a um maior E na coluna do arco e da quantidade de calor perdida. -- Fluxo de massa: Na soldagem com eletrodos consumveis, a passagem de material de adio fundido do arame-eletrodo para a pea e, tanto em processos com eletrodos consumveis como no consumveis, o bombeamento de gases no arco, em geral no sentido do eletrodo para a pea. -- Transferncia de metal de adio: A forma pela qual o metal fundido transfere-se da ponta da fonte de metal de adio para a poa de fuso influencia diversos aspectos operacionais da soldagem, em particular: o nvel de respingos, a capacidade do processo a ser utilizado fora da posio plana, o formato do cordo e a estabilidade e o desempenho operacional do processo. O modo de transferncia depende de diversos fatores como: parmetros eltricos do arco, dimetro e composio do metal de adio, tipo e composio do meio de proteo, comprimento energizado do eletrodo e a presso atmosfrica. -- Transferncia de metal no processo GMAW: A transferncia de metal no processo GMAW apresenta vrias facetas. Classicamente, contudo, se considera trs formas principais, isto : Curto circuito(chapas finas), globular(muito respingo, baixa corrente) ou aerossol(alta corrente). -- Transferncia por curto circuito: A transferncia por curto circuito ocorre na soldagem com um pequeno comprimento de arco (baixa tenso) e, em geral, com uma baixa corrente, em condies onde a taxa de fuso do arame, quando o arco est operando, inferior sua velocidade de alimentao. Nestas condies, a ponta do eletrodo, formada por uma gota de metal fundido, atinge periodicamente a poa de fuso, ocasionando um curto circuito e a extino do arco. Com o curto circuito, a corrente eleva-se rapidamente, aumentando a fuso por Efeito Joule e, ao mesmo tempo. Como, durante o processo, o arco est apagado, o calor transferido para a pea e, portanto, a capacidade de fuso da mesma reduzida na soldagem por curtos circuitos. Isto pode levar falta de fuso na soldagem de peas de espessura maior. Por outro lado torna a soldagem mais adequada para peas de pequenas espessuras.
-- Transferncia globular: caracterizada pela formao de gotas de metal lquido que se transferem para a poa de fuso uma baixa freqncia. Ela ocorre para correntes relativamente baixas e tenses (comprimento de arco) elevadas. -- Transferncia spray: medida que a corrente de soldagem aumenta, o dimetro das gotas sendo transferidas se reduz lentamente at que, a um nvel determinado da corrente, ocorre uma rpida reduo do dimetro das gotas. E, portanto, um aumento na freqncia de transferncias. Nestas condies, a transferncia no mais controlada pela gravidade e as gotas transferidas em direo da poa de fuso independentemente da posio de soldagem. -- Eletrodos revestidos: As mesmas formas discutidas podem ocorrer com eletrodos revestidos. No entanto, o sistema aqui mais complicado pela presena de fluxo/escria e fumos que dificultam a observao. FLUXO DE CALOR -- Fluxo trmico em solda: Na maioria dos processos de soldagem feito um aquecimento da junta at uma temperatura adequada. Soldagem por fuso: fontes de energia de alta temperatura: 1.000 a 20.000 K. Portanto, a maioria dos processos de soldagem por fuso caracterizada pela utilizao de uma fonte de calor intensa e localizada. A energia concentrada pode gerar, em pequenas regies, temperaturas elevadas, altos gradientes trmicos (102 a 103oC/mm), variaes bruscas de temperatura(de at 103oC/s) e, portanto, extensas variaes de microestrutura e propriedades em um pequeno volume de material. Estas alteraes de temperaturas causam, alm da fuso e solidificao do cordo de solda, variaes dimensionais e alteraes microestruturais localizadas que podem resultarem efeitos indesejveis: a)tenses residuais e distores; b)alteraes nas propriedades mecnicas(resistncia mecnica,tenacidade,etc.); c)formao de trincas devido: a) e b); d)mudanas de propriedades fsicas,qumicas,etc. O fluxo de calor na soldagem pode ser dividido: -fornecimento de calor junta; -dissipao deste calor pela pea. Na 1 etapa, para a soldagem a arco, pode se considerar o arco como a nica fonte de calor, definido por sua energia de soldagem (E), isto : E = V.I / v E -energia de soldagem [J/mm] -rendimento trmico do processo V -tenso no arco [V] I -corrente de soldagem [A] v-velocidade de soldagem [mm/s] Obs.: O rendimento trmico depende do processo e das condies de soldagem. Ele pode ser obtido por mtodos calorimtricos.
A energia de soldagem uma medida da quantidade de calor cedida pea, por unidade de comprimento da solda. Na 2 etapa, a dissipao do calor ocorre principalmente por conduo na pea, das regies aquecidas para o restante do material. A evoluo de temperatura em diferentes pontos, devido soldagem, pode ser estimada terica e experimentalmente. --Ciclo trmico de soldagem: O processo de aquecimento e resfriamento da zona de solda conhecido como Ciclo Trmico de Soldagem (CTS). Os CTS podem ser divididos na prtica pela medida direta a partir de termopares inseridos sob o cordo de solda e acoplados a registradores x-t, ou ento calculados teoricamente. --Mtodos Experimentais: A anlise experimental do fluxo de calor dificultada pelas grandes variaes de temperatura, em um pequeno volume e em um pequeno intervalo de tempo, que caracterizam a maioria dos processos de soldagem. a) Medidas atravs de termopares(especiais) Obs.: Os termopares devem ser adequados para temperaturas elevadas e terem pequeno dimetro (0,01 mm), para acompanhar as variaes bruscas de temperatura. b) Anlise metalogrfica A identificao metalogrfica das regies onde ocorrem algumas transformaes de fase (fuso, austenitizao, etc.) permite determinar as regies que foram submetidas a temperaturas superiores temperatura de ocorrncia da transformao considerada. c) Simulao Os CTS podem ser simulados de maneira controlada em um CP como uso de mquinas especiais. Um ex. deste tipo de equipamento a mquina Gleeble, onde um CP, geralmente com as dimenses de um CP Charpy, preso por garras de cobre refrigeradas a gua, aquecido pela passagem de corrente eltrica. A temperatura do centro do CP medida por um termopar e controlada por um programa. d) Medidas calorimtricas permitem obter informaes como, por ex., a quantidade de calor absorvida pela pea. Estas medidas so feitas em CPs especiais, refrigeradas a gua. A quantidade de energia absorvida pela pea considerada como igual energia absorvida pela gua, medida pela sua vazo e variaes de temperatura. --Caractersticas importantes do CTS: a) Temperatura de pico (Tp): temperatura mxima atingida em um dado ponto. Tp diminui com a distncia ao centro da solda, e indica a extenso das regies afetadas pelo calor de soldagem. Esta temperatura depende das condies de soldagem, geometria e propriedades trmicas da pea, temperatura inicial da pea e distncia do ponto considerado fonte de calor. b) Tempo de permanncia (tp) acima de uma temperatura crtica (Tc): Tempo em que o ponto fica submetido a temperaturas superiores a uma temperatura mnima para ocorrer uma alterao de interesse, chamada de temperatura crtica (Tc). Este parmetro pode ser de interesse em materiais onde a dissoluo de precipitados e crescimento de gro podem ocorrer. c) velocidade de resfriamento: este parmetro importante na determinao da microestrutura em materiais que podem sofrer transformaes de fase durante o resfriamento como, por ex., aos estruturais comuns. Definida pelo valor da velocidade de resfriamento a uma determinada temperatura T, ou pelo tempo necessrio ( t) para o ponto resfriar de uma temperatura (T1) a outra (T2).
A velocidade de resfriamento (VR) em uma dada temperatura igual inclinao do ciclo trmico nesta temperatura. Em termos gerais, a microestrutura na solda e regies adjacentes de uma liga transformvel (ex. ao carbono), ser determinada em parte pela VR aps a soldagem. Esta entretanto varia com a temperatura na qual foi determinada. Assim, um parmetro para o estudo das transformaes durante a soldagem de aos ao carbono e aos de baixa liga pode ser a VR a uma temperatura fixa, tipicamente 300C. Atualmente, mais comum a adoo do parmetro tempo de resfriamento entre duas temperaturas (delta t), comumente entre 800 e 500C (delta t800-500), ou entre 700 e 300C (delta t700-300), para representar a VR aps soldagem. O parmetro t inversamente proporcional a VR, isto , quanto maior for esta, menor ser t. --Efeito dos parmetros operacionais: As diversas variveis de uma operao de soldagem podem afetar o fluxo de calor na pea e, portanto, os ciclos trmicos com ele associados. a) Condutividade trmica da pea: Materiais com menor condutividade trmica dissipam mais lentamente o calor por conduo, tendendo a apresentar gradientes trmicos mais abruptos em enormes velocidades de resfriamento. Por outro lado, materiais de elevada condutividade trmica (ex.: Al e Cu), dissipam rapidamente o calor, exigindo em certas situaes fontes de energia mais intensas ou a utilizao de pr-aquecimento para a obteno de fuso adequada. b) Espessura da junta para uma mesma condio de soldagem, uma junta de maior espessura permite um escoamento mais fcil do calor por conduo. Assim, quanto maior a espessura da junta maior ser a VR aps soldagem. Quando a espessura da pea torna-se muito maior que as dimenses da poa de fuso, o fluxo de calor tridimensional predomina e a VR torna-se praticamente independente da espessura. c) Geometria da junta: A VR ser maior na soldagem de uma junta em T quando comparada a uma junta de topo, mantidas as mesmas condies de soldagem, inclusive a espessura das chapas. d) Energia de soldagem: Em uma primeira aproximao, a VR no centro da solda e o gradiente trmico diminuem com a utilizao de uma maior energia de soldagem. e) Temperatura de pr-aquecimento: Define-se a temperatura de pr aquecimento a temperatura em que toda a pea ou a regio desta em que ser realizada a solda coloca da no instante da soldagem. O pr aquecimento tem efeito semelhante a E, causando uma diminuio na VR e nos gradientes trmicos. --Macroestruturas de soldas por fuso a) Zona Fundida(ZF)A Regio onde o metal foi fundido e solidificado durante a soldagem. As temperaturas de pico so superiores temperatura de fuso (Tf). b) Zona Termicamente Afetada (ZTA) ou Zona Afetada pelo Calor (ZAC)B Regio do metal base no fundida, mas que teve sua microestrutura e/ou propriedades afetadas pelo ciclo trmico de soldagem. As temperaturas de pico so superiores a uma temperatura crtica (Tc), caracterstica para cada metal. c) Metal Base ou Metal de Base (MB) C Regio da pea mais afastada da solda que no apresenta alteraes de vidas ao ciclo trmico. As temperaturas de pico so inferiores Tc.
--Ciclos trmicos na soldagem em vrios passes: O ciclo trmico de soldagem determina, em grande parte, as alteraes estruturais que uma dada regio pode sofrer devido ao processo de soldagem. --Efeitos metalrgicos do fluxo de calor: Devido aos pequenos volumes de reagentes e ao pequeno tempo de interao entre eles, a soldagem por fuso, pode ser considerada com um processo metalrgico em escala microscpica, se comparada a outros processos que envolvem a fuso dos metais. Neste caso, ocorre: -temperaturas elevadas; tempo curto de interao; elevada interao do metal/vizinhanas; bombeamento de gases pelo jato de plasma; uso de fluxos e escrias complexas; etc. Na soldagem ao arco eltrico, o metal de adio e o metal base so fundidos pelo calor do arco. Esta fuso seguida por um superaquecimento considervel acima da temperatura de fuso. Na atmosfera do arco esto presentes: vapores metlicos e diversos constituintes da escria; diferentes espcies gasosas, na forma molecular, atmica ou ionizada ,mais reativa. Estes gases so violentamente aquecidos e agitados pelo arco eltrico; A rea especfica de contato entre metal fundido, gases e escrias muito grande, quando comparada com outros processos metalrgicos. Assim, pode se concluir que existem condies altamente favorveis para o desenvolvimento de interaes fsicas e qumicas entre o metal fundido e o ambiente que cerca. Estas interaes devero ser particularmente intensas nas pequenas gotas do metal fundido formadas a partir de eletrodo consumvel. Somente em poucas situaes (soldagem a vcuo ou com proteo de gs inerte puro) se pode esperar a ausncia destas interaes. As reaes metalrgicas ocorrem em 3 etapas: reaes na gota de metal de adio; reaes na regio anterior e sob o arco da poa de fuso; reaes na regio parte posterior da poa de fuso. Pode-se considerar que as interaes com o ambiente (gases e escrias) ocorram principalmente na 1 etapa, devido a maior rea especfica. Na 2 etapa ocorrem principalmente a fuso do metal de base e a mistura deste com o metal de adio (diluio). Na 3 etapa, caracterizada por menores temperaturas, ocorrem em geral reaes de evoluo de gases dissolvidos na poa de fuso, precipitao de compostos e solidificao do metal fundido. OBS.: A maioria das interaes do metal fundido com a vizinhana, particularmente com escria e fluxos, so estudadas principalmente de uma maneira emprica em soldagem. Pois, neste caso, escrias utilizadas em soldagem, o problema no pode ser tratado como nos processos de metalurgia extrativa, onde se supe que as reaes atingem o estado de equilbrio. --Interaes gs-metal: Em quase todos os processos de soldagem por fuso, o metal fundido entra em contato com gases, podendo haver interaes entre eles. Estas interaes resultam geralmente na degradao de propriedades. Portanto, deve-se impedir o contato do metal fundido com estes gases (meio de proteo
adequado) ou utilizar desoxidantes. As interaes do metal fundido com o gs que o cerca podem compreender: a) absoro do gs pelo metal: Para temperaturas prximas do ponto de ebulio do metal, a solubilidade passa a diminuir, tendendo a zero naquela temperatura. A absoro de gases indesejveis pode ser minimizada: utilizar gs de proteo de alta pureza; limpar a junta, por meios mecnicos e qumicos, para eliminar xidos, graxas,etc.; na soldagem com proteo gasosa, utilizar a vazo correta de gs e bocais adequados para se evitar a perda de eficincia da proteo; na soldagem com eletrodos revestidos, utilizar somente eletrodos com revestimento em boas condies fsicas e adequadamente secos; realizar a soldagem com parmetros adequados: evitar corrente eltrica e comprimento do arco excessivos; evitar a circulao forte de ar (vento) no local de soldagem, particularmente quando so utilizados processos com proteo gasosa, etc. b) reaes entre o gs dissolvido e componentes do metal lquido: Gs dissolvido no metal lquido + componentes deste = Produto que pode ser: um gs (gera porosidades); uma fase condensada de baixa solubilidade na poa; composto solvel na poa. Reaes que geram um produto altamente solvel na poa de fuso no atrapalham a formao desta, contudo podem causar a fragilizao da solda. Ex.: efeito fragilizante do O2 ou do N2 em soldas de metais como o Be, Ti, Zr e Ta. Reaes cujo produto insolvel na poa de fuso tendem a formar escria ou incluses na solda. Produtos da reao de ponto de fuso elevado, superior ao do metal, podem causar barreiras fsicas formao da poa. Ex: caso da formao de: -Al2O3 na soldagem de ligas de Al; -MgO na soldagem de ligas de Mg. c) evoluo de gases A evoluo de gases ocorre pela formao de bolhas no interior do metal lquido, que podem escapar para a superfcie ou serem aprisionadas pela frente de solidificao, gerando porosidades na solda. Isto , para a formao de uma bolha necessrio uma supersaturao do gs dissolvido no lquido (S > Sn), e que deve ser tanto maior quanto menor for o raio inicial da bolha. O grau de supersaturao necessrio para a formao de uma bolha pode ser reduzido pela existncia de substratos que propiciem a nucleao heterognea (na poro posterior da poa de fuso da soldagem a arco, estes 2 fatores so conseguidos). A solubilidade de gases absorvidos em um lquido diminui com a temperatura e, na solidificao, ocorre uma queda brusca na solubilidade; assim, os gases absorvidos nas regies onde o lquido est mais quente, podem ser levados rapidamente SUPERSATURAO. --Interaes escria-metal (ou fluxo-metal) Define se como escria o resduo no metlico produzido em alguns processos de soldagem e que, no estado lquido, entra em contato com o metal fundido, interagindo com este intensamente. Um fluxo de soldagem um material que utilizado na soldagem para a formao de escria, podendo gerar gases e adicionar elementos desoxidantes ou de liga solda. As interaes entre uma escria e o metal fundido
envolvem diferentes aspectos tanto fsicos quanto qumicos. Resumidamente, um fluxo ou escria devem desempenhar algumas das seguintes funes durante a soldagem: *dissolver e escorificar impurezas na superfcie da junta, facilitando o contato direto entre os tomos do metal fundido; 2) Escorificao de impurezas superficiais nos processos de brasagem (utilizam-se fluxos compostos de brax e cido brico) e na soldagem de chapas de aos oxidadas. *Formar uma barreira impedindo a contaminao do metal fundido por gases da atmosfera (gases gerados devido queima de substncias orgnicas ou pela decomposio de carbonatos ou ainda pelo envolvimento do metal lquido por uma escria fundida). Para isto, o fluxo deve se fundir a temperaturas menores do que o metal de solda, apresentar uma viscosidade suficiente nas temperaturas de interesse, para se tornar impermevel aos gases da atmosfera do arco e escoar e envolver as gotas de metal de adio e a poa de fuso. *Fornecer elementos de liga que podem participar da desoxidao da poa de fuso ou controlar a sua composio qumica. Estes elementos podem estar na forma de adies (ferro ligas, metal puro ou carbonetos na forma de p, porex.) ou resultar da decomposio de xidos ou outros componentes da escria, seguida da transferncia do elemento para o metal lquido; *Estabilizar o arco pela presena de elementos facilmente ionizveis (por ex., o Ti, na forma de TiO2 e o K na forma de silicato) que tornam a operao mais suave e fcil, e podem permitir inclusive a soldagem com corrente alternada; *Influenciar no perfil e o acabamento superficial do cordo. Embora na soldagem a arco, a tenso, a corrente e a velocidade de soldagem sejam variveis que maior efeito exercem sobre a forma do cordo,o tipo de fluxo pode ter influncia. Neste aspecto, a presena de mordedura, dobras, a forma de reforo, a largura e a penetrao do cordo de solda podem ser afetados pelo tipo de fluxo; *Facilitar a soldagem fora da posio plana. Para atuar favoravelmente em todos estes aspectos, os fluxos devem ter um conjunto de caractersticas fsicas (granulometria, intervalo de fuso e de solidificao, variao da viscosidade com a temperatura, energia interfacial como metal lquido, densidade, etc.) muito bem controlado. --Diluio e formao da zona fundida A zona fundida (ZF) formada basicamente por contribuies do metal de base (MB) e do metal de adio, que so misturados no estado lquido na poa de fuso. O coeficiente de diluio pode variar de 100% (soldagem autgenasoldas sem metal de adio) at 0% (brasagem) e seu valor depende, alm do processo de soldagem, das condies de soldagem, da espessura da pea e do tipo de junta. O controle da diluio importante na soldagem de metais dissimilares, na deposio de revestimentos especiais sobre uma superfcie metlica, na soldagem de metais decomposio qumica desconhecida, caso muito comum em soldagem de manuteno e na soldagem de materiais que tenham altos teores de elementos nocivos ZF, como o carbono e o enxofre. Portanto, na soldagem de ferro fundido.
RESISTNCIA ELTRICA -- Soldagem por resistncia: Na soldagem por resistncia as peas so pressionadas entre eletrodos onde a corrente de alta intensidade proporciona calor para atingir ponto de fuso. Todo o processo baseia-se na lei de Joule, o calor proporcional ao tempo, resistncia eltrica e intensidade de corrente. A soldagem por resistncia uma soldagem por presso onde o material fica lquido ou pastoso. A soldagem por resistncia difere dos processos de soldagem por fuso pela aplicao de foras mecnicas para garantir a unio das peas aquecidas. O efeito dessa fora o refino dos gros da estrutura, e uma solda com propriedades fsicas iguais ou superiores aos metais que a deram origem. -- Resumindo: Unio das peas obtida devido a resistncia a passagem de corrente eltrica atravs das peas, processo muito rpido, recomendvel para espessura de at 3mm e muito utilizado na fabricao de carrocerias de automveis. -- Soldagem topo a topo: As duas superfcies devem ter a mesma rea, de forma a propiciar a mesma densidade de corrente e o mesmo aquecimento. // Por resistncia: 1 prensadas e depois aplica-se a corrente. // Por faiscamento: 1 liga-se a corrente e depois faz-se o contato. No precisa de cuidados excessivos com a superfcie. -- Soldagem de corrente concentrado no ponto de juno: Fluxo de corrente concentrado no ponto de juno, projees para localizar o contato, baixas correntes, baixas foras, soldas rpidas e alta velocidade de produo. -- Soldagem por costura: Srie de pontos de solda e aplicado para a costura de peas de grandes dimenses. -- Eletrodos: No devem aquecer demasiadamente, alta resistncia mecnica e deve ter baixa reatividade com o metal-base. // Funes: conduzir corrente de soldagem, transmitir fora mecnica e manter alinhadas as peas de trabalho. // Problemas mais comuns: rea de contato muito grande, eletrodos com partculas de chapas encravadas, eletrodos com depresso no centro indicando fim da vida e mudana de cor na superfcie de contato indicando regulagem inadequada. -- Limitaes: S se podem soldar entre si metais de naturezas diferentes quando suscetveis a formar uma liga ou quando se introduz entre eles um material intermedirio que pode ligar-se aos metais bases, desmontagem das peas soldadas para manuteno ou reparo muito difcil, os custos de equipamento so geralmente mais altos do que os custos da maioria dos equipamentos de soldagem a arco e soldas a ponto tm baixos limites de resistncia trao e fadiga por causo do entalhe entre as chapas. Para a realizao de uma solda consistente, dois critrios devem ser considerados: parmetros de soldagem dimensionais para a produo da solda com as propriedades desejadas e devem ser implementados controles para a garantia de boa qualidade da solda durante o volume de produo. Os principais parmetros, que podem ser controlados pela mquina de soldagem, so a corrente de soldagem, o tempo de soldagem e a fora dos eletrodos. -- TOX: O encruamento aumenta a resistncia do material da chapa, a resistncia do material aumentada nos locais onde o ponto mais solicitado. No existem fatores que
causam concentrao de tenso, a unio feita a frio. // Vantagens: economia, unio a frio, possui alta repetitividade e menor possibilidade de falhas, no corta a chapa, no danifica a camada de proteo da chapa, pode ser aplicado em chapas pintadas, controle de qualidade no destrutivo e ecologicamente correto. ALUMINOTERMIA -- Reao Metalotrmica: Uso de um metal como agente redutor de um xido de interesse. -- Fundamentos do processo aluminotrmico: O alumnio extrai oxignio de xidos de outros metais para formar xido de alumnio e liberar o metal na forma metlica. Tem-se uma gerao de grande quantidade de calor, que ser aproveitado na soldagem de peas de ferro e ao de vrios tamanhos. -- Soldagem com Thermit: Os aspectos positivos so: solda de boa qualidade, flexibilidade para soldagem no campo, tempo de execuo pequeno, dispensa uso de energia eltrica, dispensa uso de complexos aparatos e equipamentos e as soldas podem ser feitas com as peas praticamente em qualquer posio. // Aspectos negativos: a necessidade de cuidados especiais quanto segurana do operador e do local, a necessidade de moldes especficos para cada aplicao, para peas grandes necessita pr-aquecimento. -- Consideraes gerais: Os processos mais usados so o Thermit usado para soldas de ao e outras ligas ferrosas e Cadweld usado para metais no ferrosos. -- Soldagem de trilhos e ferrovias: A soldagem dividida basicamente em 5 estgios: estabelecimento da folga e alinhamento das peas, colocao do molde refratrio, praquecimento por maarico para evitar trincamento, corrida de ao Thermit e soldagem e por fim o acabamento. -- Qualidade: Geralmente, as soldagens aluminotrmicas no apresentam falhas, desde que observados os seguintes cuidados: executar a solda, observando rigorosamente as normas estabelecidas. Utilizar equipamentos e formas em perfeito estado. Empregar pores de acordo com o perfil do trilho a ser soldado e seu tipo de ao. Erros grosseiros de operao ocasiona locais com falhas s vezes imperceptveis exteriormente. -- Consideraes finais: Ela tem sido usada principalmente na indstria ferroviria. um processo com obteno de uma solda de boa qualidade com flexibilidade para trabalho no campo e em tempo de execuo bastante curto. Dispensa o uso de energia eltrica. QUESTES 1) Quais as principais vantagens e desvantagens da soldagem? Vantagens: Permite a montagem de conjuntos com rapidez, segurana e economia de material. Possibilidade de se terem grandes variaes de espessura na mesma pea, maior flexibilidade em termos de alteraes no projeto da pea a ser fabricada, menor investimento inicial.
Desvantagens: uma unio permanente, tende causar uma srie de efeitos mecnicos (aparecimento de distores e de tenses residuais) e metalrgicos (mudana de microestrutura e alterao de propriedades). 2) Em que casos a soldagem no recomendada como processo de unio? Como a solda uma unio permanente, ela no deve ser usada em juntas que necessitam ser desmontadas. 4) A energia de soldagem um dos parmetros suficiente para descrever um procedimento de soldagem? Por qu? No, Alm da energia de soldagem, o Ciclo trmico de soldagem, que varia de acordo com cada material deveria ser levado em conta. 5) Por que a soldagem capaz de induzir trincas num material? Todos os processos de soldagem so baseados na aplicao, na regio da junta, de energia mecnica e/ou trmica, que tende a causar uma srie de efeitos mecnicos (aparecimento de distores e tenses residuais) e metalrgicos (mudana de microestrutura e alterao de propriedades) nas peas. Que podem induzir trincas. 6) Quais as vantagens metalrgicas de uma solda de multipasses? Proporciona uma estrutura com gros mais refinados. 7) Quais as diferenas entre maaricos de soldagem e de corte? Os maaricos so dispositivos que recebem o O2 e o acetileno puros e fazem a sua mistura na proporo, volume e velocidade adequados produo da chama desejada. O volume proporcional dos gases determinar o tamanho da chama e a sua capacidade de aquecimento. A diferena entre o processo de corte e soldagem est na proporo dos gases injetados e, consequentemente, na chama produzida, podendo esta ser redutora ou neutra no caso de soldagem, e oxidante para o corte. 8) Por que difcil ou mesmo impossvel o corte oxiacetilnico do alumnio? Elementos de liga, como o alumnio, tendem de uma forma geral, a dificultar o corte por promover a formao de um xido refratrio. 9) Que fatores esto envolvidos na escolha de um eletrodo para uma dada tarefa? Os eletrodos so escolhidos de acordo com suas caractersticas para se obter determinada solda. Estes fatores so: ductilidade, penetrao, no-mordedura, norespinga, eficincia (deposio), taxa de deposio, sanidade da solda, facilidade de manuseio, facilidade de reabrir o arco, resistncia s trincas, posio de soldagem, responsabilidade da solda. 10) Tendo todas disponveis, que tipo de corrente voc escolheria para soldar com um eletrodo indicado para qualquer tipo de corrente e polaridade, como o E6013, por exemplo? Justifique. Depende do tipo de material que ser soldado, e da posio de soldagem. 11) Na soldagem TIG, que propriedades dos gases inertes devem influenciar as caractersticas do arco eltrico e provocar variaes na geometria de cordes de solda feitos com os mesmos parmetros e diferentes gases? No processo de soldagem GTAW ou TIG so usados gases de proteo inerte, principalmente o argnio, hlio ou mistura destes. A pureza dos gases utilizados durante o processo de soldagem grande importncia para a qualidade da solda. O teor de umidade tambm deve ser controlado. O comportamento global do arco depende, por exemplo, do potencial de ionizao do gs, ou seja, a escolha da mistura do gs influencia no dimetro do arco, e dessa forma variando na geometria do cordo e taxa de penetrao.
12) Por que o metal de adio usado na soldagem TIG , normalmente, de composio semelhante ou idntica ao metal de base? utilizado normalmente metal de adio com a mesma composio do metal base para que ocorra compatibilidade metalrgica, podendo evitar distores que podem facilitar corroso e empobrecer as propriedades mecnicas. 13) Quais as caractersticas e principais aplicaes de cada modo de transferncia de metal na soldagem a arco gs-metal (MIG/MAG)? -- Transferncia por curto circuito: A transferncia por curto circuito ocorre na soldagem com um pequeno comprimento de arco (baixa tenso) e, em geral, com uma baixa corrente, em condies onde a taxa de fuso do arame, quando o arco est operando, inferior sua velocidade de alimentao. Nestas condies, a ponta do eletrodo, formada por uma gota de metal fundido, atinge periodicamente a poa de fuso, ocasionando um curto circuito e a extino do arco. Com o curto circuito, a corrente eleva-se rapidamente, aumentando a fuso por Efeito Joule e, ao mesmo tempo. Como, durante o processo, o arco est apagado, o calor transferido para a pea e, portanto, a capacidade de fuso da mesma reduzida na soldagem por curtos circuitos. Isto pode levar falta de fuso na soldagem de peas de espessura maior. Por outro lado torna a soldagem mais adequada para peas de pequenas espessuras. -- Transferncia globular: caracterizada pela formao de gotas de metal lquido que se transferem para a poa de fuso uma baixa freqncia. Ela ocorre para correntes relativamente baixas e tenses (comprimento de arco) elevadas. -- Transferncia spray: medida que a corrente de soldagem aumenta, o dimetro das gotas sendo transferidas se reduz lentamente at que, a um nvel determinado da corrente, ocorre uma rpida reduo do dimetro das gotas. E, portanto, um aumento na freqncia de transferncias. Nestas condies, a transferncia no mais controlada pela gravidade e as gotas transferidas em direo da poa de fuso independentemente da posio de soldagem. 14) Quais as vantagens de se usarem arames tubulares na soldagem a arco submerso? A utilizao de arames tubulares na soldagem a arco submerso tem como vantagens melhorias das caractersticas do arco, adio de elementos de liga, ausncia de respingos, cordo com acabamento uniforme e uma transio suave de metal de solda e metal de base. 15) A soldagem por resistncia pode ser considerada um processo de soldagem a arco submerso? No. Na soldagem por resistncia as peas so pressionadas entre eletrodos onde a corrente de alta intensidade proporciona calor por efeito Joule. No processo de soldagem a arco submerso temos um arco estabelecido entre um eletrodo metlico e o metal base. A proteo da poa de fuso e do arco feita por um material granulado que colocado sobre a junta, cobrindo a regio do arco. 16) Caracterizar o processo de brasagem. Quais so as variveis mais importantes desta tcnica? Brasagem: um processo de soldagem na qual a unio executada por meio de uma liga metlica, de ponto de fuso mais baixo do que a do metal base, sendo a junta preenchida pro efeito capilar. O metal-base no se funde no processo de soldagem. Variveis: Boa fluidez do metal de enchimento; Manter uma distncia adequada entre as duas partes do metal base; Temperatura de fuso do metal de enchimento inferior do metal base.
17) Quais as principais vantagens e limitaes da soldagem de alta densidade de energia? Qual a caracterstica comum destes processos de soldagem? As principais vantagens so uma elevada relao penetrao/largura, o que reduz problemas de distoro (ZTA estreita). Permite Soldar com elevada penetrao em um nico passe, permite alta velocidade de soldagem, permite automao e mecanizao do processo. As principais desvantagens so alto custo do equipamento, necessidade de mecanizao (processo muito rpido). Elevada penetrao, processos keyhole. 18) Qual a caracterstica bsica ou o princpio que define uma solda no estado slido? A solda no estado slido envolve o fenmeno da interao atmica superficial entre os metais, atravs de uma deformao que provoca a aproximao atmica necessria para a unio, podendo ser por exploso, atrito, mtodo ultrassnico, presso a frio. 19) Em condies de ambiente normal possvel se obter uma superfcie absolutamente limpa (a nvel atmico)? Explique. No. Na temperatura ambiente podemos encontrar na superfcie poeira e outras partculas adsorvidas, umidade ou substncias orgnicas e gases adsorvidos (ionizados). 20) Qual a principal vantagem da solda a LASER sobre a soldagem por feixe de eltrons? A principal vantagem da solda a laser sobre a soldagem por feixe de eltrons a mesma poder soldar/cortar peas no condutoras eletricamente e no perturbado por campos eltricos ou magnticos. 21) Qual o mecanismo que elimina a camada de xido na soldagem de alumnio? Para se eliminar a camada de xido pode se utilizar uma escoria reativa que reaja com o oxido formando um produto de ponto de fuso mais baixo, ou trabalhando-se com corrente alternada ou continua positiva no eletrodo (como exemplo temos o processo TIG) quebrando a camada de xido. 22) Citar as descontinuidades e/ou defeitos mais comuns na soldagem ao arco. Quais as causas dos defeitos? Os defeitos mais comuns na soldagem ao arco: porosidade, incluso da escria, mordeduras, defeitos na unio, trincas, espessamento, soldas frgeis e falta de fuso. As causas do defeito podem ser uma ou vrias das enumeradas e ainda: Arco instvel; Respingo abundante; Mau acabamento (soldas irregulares); Porosidade; Aquecimento inadequado do material e habilidade do soldador. 23) Por que possvel soldar 2 blocos de gelo por aproximao? Na superfcie do slido os tomos esto ligados a menos vizinhos, possuindo, portanto, um maior nvel de energia do que os tomos no seu interior. Esta energia pode ser reduzida quando os tomos superficiais se ligam a outros. Assim, aproximando 2 peas (gelo) a uma distncia suficientemente pequena para a formao de uma ligao permanente, uma solda entre as peas seriam formada.