Engenharia de Superfície e Desgaste Resumo
Engenharia de Superfície e Desgaste Resumo
Engenharia de Superfície e Desgaste Resumo
Tópico I - Introdução
Sempre que duas superfícies se movimentarem, uma em relação à outra, ocorrerá o desgaste,
sendo que este pode ser definido como um prejuízo mecânico a uma ou as duas superfícies,
geralmente envolvendo perda progressiva de material. Em muitos casos, o desgaste é
prejudicial, levando a um aumento contínuo da folga entre as partes que se movimentam ou a
uma indesejável liberdade de movimento e perda de precisão. A perda por desgaste de
pequenas quantidades relativas de material pode ser suficiente para causar a completa falha de
máquinas grandes e complexas. Entretanto, no caso do atrito, altas taxas de desgaste são
algumas vezes desejáveis, como em operações de lixamento e polimento.
Métodos óticos;
Aparelhos de contato;
- Por razões de resistência, as pontas de diamante usadas são piramidais ou cônicas, com
ângulos mínimos de 60º e raio da ponta de 1 a 2,5 µm. A combinação raio da ponta finito
e ângulo da ponta impede a ponta de penetrar completamente espaços profundos e
estreitos da superfície. Em algumas situações pode levar a erros significativos.
- Pontas especiais com cunhas tipo cinzel e raio da ponta mínimo de 0,1 µm podem ser
utilizadas para detalhes de superfícies muito finas.
- Por vários métodos, o erro de forma e ondulação podem ser subtraídos do perfil de
superfície registrado por um perfilômetro, de modo que o resultado descreva somente
a rugosidade, ou pequenos comprimentos de irregularidades.
Rugosidade
- Qualidade de deslizamento;
- Resistência ao desgaste;
- Possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
- Resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;
- Qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras;
- Resistência à corrosão e à fadiga;
- Vedação;
- Aparência.
A rugosidade determina:
- área de contato;
- tensão do contato;
- bolsões para lubrificantes.
Capacidade de carga x rugosidade:
Comprimento de Amostragem
O comprimento de onda do filtro, chamado “Cut-off”, determina o que deve ou não passar.
- O sinal de rugosidade apresenta altas frequências (pequenos comp. de onda)
- As ondulações e demais erros de forma apresentam sinais com baixas frequências
O sistema da linha média é o mais utilizado. A norma ABNT NBR 6405-1985 adota no Brasil o
sistema M. Além do Brasil, os EUA, Inglaterra, Japão e Rússia adotam o sistema M. A Alemanha
e Itália adotam o sistema E. A França adota ambos os sistemas.
Parâmetros de Amplitude
- Desvio médio aritmético (Rugosidade média Ra): é a média aritmética dos valores
absolutos das ordenadas de afastamento (yi), dos pontos do perfil de rugosidade em
relação à linha média, dentro do percurso de medição (lm). Essa grandeza pode
corresponder à altura média de um retângulo, cuja área é igual à soma absoluta das
áreas delimitadas pelo perfil de rugosidade e pela linha média, tendo por comprimento
a linha de medição (lm).
- Desvio médio quadrático (Rq): é a raiz quadrada da média dos quadrados das ordenadas
do perfil efetivo em relação à linha média, no comprimento de amostragem l.
- Altura máxima do perfil (Rz): Corresponde à média aritmética dos cinco valores de
rugosidade parcial. Rugosidade parcial (Zi) é a soma dos valores absolutos das ordenadas
dos pontos de maior afastamento, acima e abaixo da linha média, existentes no
comprimento de amostragem (cut off). Na representação gráfica do perfil, esse valor
corresponde à altura entre os pontos máximo e mínimo do perfil, no comprimento de
amostragem (Ie).
- Rmáx = Rz5
Relação de apoio
Curva de Abbott
- Esta curva é gerada através do fracionamento de uma superfície desde o maior pico até
o vale mais profundo dentro de um comprimento determinado L conforme mostrado
na figura. A fração, denominada Rmr conforme ISO 4287 (1997), é determinada
somando-se os comprimentos interseccionados pela linha de corte no perfil da
rugosidade dividido pelo comprimento analizado L, conforme expresso pela relação
abaixo.
Coeficiente de assimetria
- Textura superficial;
- Propriedades do material;
- Carga na interface.
- carga normal
- rugosidade superficial e
- As tensões nos picos das asperezas são muito maiores que as tensões nominais.
- Tensões nominais podem atingir o regime elástico, enquanto as tensões nos picos
podem exceder limite elástico (tensão de escoamento).
Contato elástico
As primeiras análises de deformação e pressão de contato entre dois sólidos elásticos foram
feitas por Hertz (1882), considerando:
- as deformações pequenas,
Quando uma esfera e um material elástico é pressionada contra um plano sob uma carga normal
w, o contato irá ocorrer entre os dois, uma área circular a, dada pela seguinte equação:
Ar = πa 2= πRδ
Tensão de cisalhamento:
Deformação plástica
E: rigidez do sistema;
Amontons, nos experimentos no qual deduziu esta lei, usou vários metais e madeiras
todos lubrificados com gordura de porco. Estes materiais no entanto, experimentaram a ligação
e lubrificação. Contudo, a primeira lei também é válida para deslizamento não lubrificado, ao ar,
conforme observado na figura abaixo no deslizamento de um aço contra alumínio polido. O
coeficiente de atrito permanece efetivamente constante apesar da variação da carga por um
fator de aproximadamente 10-6. Apesar da maioria dos metais e muitos outros materiais
obedecerem a primeira lei, os polímeros frequentemente não obedecem.
A segunda lei do atrito não é tão largamente explorada como a primeira mas mesmo
assim é bem atestada pela maioria dos materiais, novamente com exceção dos polímeros. A
figura abaixo mostra o coeficiente de atrito para o deslizamento de madeira em uma superfície
de aço não lubrificada. A carga normal se mantém constante, enquanto a área de contato
aparente varia por um fator de cerca de 250; o valor de μ é visto ser efetivamente constante.
A terceira lei do atrito é um pouco menos fundada que a primeira e segunda. Uma
observação comum é que para iniciar o deslizamento geralmente é maior do que a necessária
para mantê-la, e consequentemente o coeficiente de atrito estático (μs) é maior que o
coeficiente de atrito dinâmico (μd). Mas uma vez estabilizado o deslizamento, μd é encontrado
para muitos sistemas como sendo praticamente independente da velocidade de deslizamento,
apesar da alta velocidade de deslizamento, na ordem de centenas de metros por segundo para
metais, μd cai com o aumento da velocidade.
Teorias do Atrito
O modelo de Coulomb no qual a ação das asperezas em forma de cunha fazem com que
as duas superfícies se separem à medida que deslocam na posição A para a posição B.
Posteriormente, pode ser facilmente mostrada, ao equacionar o trabalho feito pela força de
atrito, onde μ igual a tangente de θ. Considerando a próxima fase do movimento, de B para C,
no entanto, que um defeito fundamental deste modelo se torna aparente, agora a carga normal
funciona no sistema e toda a energia potencial armazenada na primeira fase do processo. O
movimento (de A para B) é recuperado. Nenhuma dissipação líquida de energia ocorre no ciclo
completo e, portanto, deve-se concluir que nenhuma força de atrito deve ser observada em uma
escala macroscópica se a interação entre superfícies reais seguisse exatamente o modelo
Coulomb.
Para superfícies limpas, livres de óxidos e outros filmes, além de gases adsorvidos →
significante ADESÃO é observada entre metais.
Em metais menos dúcteis, estrutura hexagonal que tem menor nº de planos de deslizamento,
ou cerâmicos, a adesão é fraca.
A junção entre metais distintos, quando em deslizamento, será mais forte que o metal
mais fraco, levando à retirada e transferência de fragmentos do metal de menor dureza para o
metal mais duro → levando a DESGASTE SEVERO.
Dois fenômenos importantes a serem considerados:
Encruamento
Crescimento de junções
Crescimento de junções - Nos modelos descritos, assumimos que a área real de contato
é determinada somente pela carga normal, e que não é afetada por forças tangenciais. Isto de
fato é uma grande simplificação. Se o metal flui plasticamente ou não, isto é determinado por
um critério de escoamento, que leva em consideração a ação de tensões normais e de
cisalhamento.
Atrito entre metais
Metais ao ar
Na maioria das aplicações práticas, os metais deslizam contra outro metal, na presença
de ar. Os coeficientes de atrito são então mais baixos que no vácuo, e caem tipicamente para
deslizamento não lubrificado, na faixa de 0,5 a 1,5.