Aparelhos Topográficos
Aparelhos Topográficos
Aparelhos Topográficos
APARELHOS TOPOGRFICOS
TEFILO OTONI - MG
2013
APARELHOS TOPOGRFICOS
TEFILO OTONI - MG
2013
Sumrio
Resumo .......................................................................................................................3
1 - Fontes de erros que podem afetar qualquer aparelho ...........................................3
2 - Aparelhos para medidas lineares...........................................................................3
2.1 - Trenas: ............................................................................................................................3
2.2 - Aparelhos para medio eletrnica de distncias (MEDs) .............................................9
3 Aparelhos para medidas angulares.....................................................................13
3.1 O nvel de luneta ou tico...............................................................................................13
3.2 Teodolito .........................................................................................................................15
3.3 Estao total ...................................................................................................................18
4 - Aparelhos para obteno de coordenadas UTM..................................................21
4.1 GPS ..................................................................................................................................21
4.2
GNSS .........................................................................................................................22
Concluso .................................................................................................................24
Referncias ...............................................................................................................25
Resumo
O presente trabalho ir apresentar os principais aparelhos utilizados na
topografia para obteno de medidas lineares, angulares e coordenadas UTM,
descrevendo de maneira sucinta o modo de utilizao, cuidados, tipos de erros
comuns associados a cada equipamento, vantagens e desvantagens de cada
instrumento que porventura seja utilizado em determinado levantamento.
1 - Fontes de erros que podem afetar qualquer aparelho
Existem trs tipos de erros que podem afetar os resultados de um
levantamento topogrfico, so eles:
Operacionais: est relacionado aos sentidos (viso e tato) do operador, pois
nem sempre so perfeitos, falta de um treinamento adequado para operar o
equipamento. (McCormac, 2011).
Instrumentais: este est relacionado s falhas nos instrumentos utilizados que
podem no estar bem ajustados ou aferidos, com tempo de uso eles tm um
desgaste natural que podem ocasionar erros nas medies (McCormac, 2011).
Naturais: estes so causados pelos efeitos da variao de temperatura,
ventos, umidade, variaes magnticas etc. (McCormac, 2011).
2 - Aparelhos para medidas lineares
Para medio de distncias temos dois processos, direto e indireto.
O processo direto de medio aquele em que a distncia obtida
percorrendo-se efetivamente o alinhamento a ser medido com um instrumento
comparativo de medida, denominado de diastmetro, os mais utilizados so as
trenas, fitas de ao e corrente de agrimensor. No processo indireto obtemos as
distncias com o auxlio dos clculos trigonomtricos (McCormac, 2011).
2.1 - Trenas:
um tipo de diastmetro utilizado em medidas diretas, so constitudas de
diversos tipos de materiais. As mais utilizadas so aquelas constitudas de ao ou
fibra de vidro. Os levantamentos realizados com este tipo de material fornecem
maior preciso, por isso so mais confiveis. Estes equipamentos podem ser
encontrados com ou sem envlucro, os quais podem ter o formato de uma cruzeta,
ou forma circular e sempre apresentam distensores (manoplas) nas suas
extremidades. Seu comprimento varia de 20 a 50m (com envlucro) e de 20 a 100m
(sem envlucro). recomendado utilizar as trenas que so revestidas de fibra de
Figura 4: Balizas
5. Erro devido a tenso: a trena tem um comprimento exato para um tenso padro.
Caso seja aplicada uma fora superior ela se estender. Este erro pode ser
corrigido atravs de modo analtico pela seguinte expresso (Veiga et al., 2007):
CF = cf * L0 * (F - F0)
CF Correo quanto a tenso;
cf coeficiente de dilatao devido a tenso;
L0 - Vo livre medido;
F Fora aplicada na operao
F0 Fora padro fornecida pelo fabricante.
2.2 - Aparelhos para medio eletrnica de distncias (MEDs)
Os MEDs no substituem completamente as medies a trena, mas eles so
muito utilizados pela maioria do topgrafos, tendo diversas vantagens sobre outros
mtodos de medies como: distncias de difcil acesso, estradas muito
movimentadas, reas agrcolas permanentes e assim por diante. Em grandes
distncias uma medio com trena que poderia levar horas com estes instrumentos
podem ser feitas em minutos (McCormac, 2011).
2.2.1 Termos e definies bsicas
De acordo com McCormac (2011), p. 72 e 73
Dispositivo medidor eletrnico de distncia um aparelho que
transmite um sinal portador de energia eletromagntica de sua posio atual
para um receptor localizado em outra posio. O sinal devolvido do
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receptor para o instrumento de tal forma que a distncia entre eles medida
duas vezes.
A luz visvel definida como a parte do espectro magntico a qual o
olho sensvel. Ela tem o comprimento de onda no intervalo de 0,7 a 1,2
m (micrmetro).
A luz infravermelha aquela que tm frequncia abaixo da poro
visvel do espectro: elas se posicionam entre a luz e as ondas de rdio com
ondas de 0,7 a 1,2 m.
O instrumento eltroptico aquele que transmite luz modulada, seja
visvel ou infravermelha.
O laser um equipamento que produz um feixe muito poderoso de
luz monocromtica.
A microonda uma radiao eletromagntica que tem um
comprimento de onda longo e frequncia baixa, situando-se na regio entre
o infravermelho e as ondas curtas de rdio. As microondas utilizadas em
medies de distncia tem comprimento de 10 a 100 m.
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esfrico. A bolha no nvel esfrico ajustada por um ou mais dos trs parafusos
calantes, logo aps, o MED preso ao trip com o parafuso de fixao que une o
topo do trip ao centro da base do instrumento (McCormac, 2011).
2.2.2.1.2 Passos necessrios para medio de distancias com MEDs.
imprescindvel que o topgrafo tenha grupos de baterias disponveis
totalmente carregadas antes de realizar o levantamento em campo. Em uma
medio de distncia com um MED necessrio instalar os instrumentos e
refletores, visar os refletores e, finalmente, medir e registrar os valores obtidos.
Passos a serem executados para realizar um levantamento (McCormac, 2011):
1. Instalar, centralizar e nivelar na extremidade de uma linha a ser medida;
2. O prisma (refletor) colocado na outra extremidade da linha e cuidadosamente
centrado sobre o ponto final. Segura-se o basto do prisma verticalmente sobre o
ponto com a ajuda de um nvel preso ao basto a um trip com uma base de
instrumento ao qual o prisma fixado;
3. A altura do instrumento para o eixo da luneta e altura do centro do prisma so
medidas e registradas;
4. A luneta apontada na direo do prisma, e o instrumento ligado;
5. Os parafusos de ajuste fino so usados para apontar o instrumento na direo do
reflexo at que seja indicada a fora mxima de retorno do sinal na escala de
sinais;
6. A medio completada com um simples toque no boto. O topgrafo pode
medir tanto em ps quanto em metros, como desejar;
7. Os valores obtidos so registrados em cadernetas de campo ou em um coletor
de dados eletrnico.
2.2.2.1.3 Principais erros em medies com MEDs.
Erros operacionais: so causados por itens como instalao incorreta de
instrumento ou refletores sobre os pontos, e medies incorretas das alturas e das
condies do tempo (McCormac, 2011).
Erros naturais: so causados por variaes na temperatura umidade e
presso. Neve, neblina e poeira afetam o fator de visibilidade dos MEDs e reduzem
drasticamente as distncias que podem ser medidas. Quando as visadas so
tomadas prximas a superfcie do terreno os resultados podem ser afetados pelo
fenmeno de cintilamento (McCormac, 2011).
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componentes principais deste instrumento so: luneta, nvel de bolha tubular, e base
niveladora (McCormac, 2011).
3.1.1.2 Nvel de forquilha
Esta tinha sua luneta apoiada em um suporte com forma de Y e segura com
grampos curvos (McCormac, 2011).
3.1.1.3 Nveis automticos ou autovinelantes
Este tipo de nvel muito fcil de instalar e de usar, sendo disponvel em
quase todos os intervalos de preciso desejada. Eles normalmente so satisfatrios
para levantamentos de 2 ordem e podem ser utilizados at em levantamentos de 1
ordem. O nvel automtico tem um pequeno nvel esfrico e trs parafusos calantes.
A bolha aproximadamente centralizada ao nvel esfrico, e o prprio instrumento
faz o nivelamento fino automaticamente. Este equipamento tem um conjunto de
prismas chamados de compensador, suspenso por finos fios no-magnticos
(McCormac, 2011).
O nvel automtico acelera as operaes de nivelamento e especialmente
til onde o solo fofo ou sob ventos fortes, pois o instrumento se nivela
automaticamente quando o seu prumo deslocado levemente (McCormac, 2011).
3.1.1.4 Nvel digital eletrnico
um instrumento automtico, pois aps o nvel esfrico estar centralizado, o
compensador concluir o nivelamento. O topgrafo visa na mira que tem um lado
marcado com cdigo de barras. Quando isso feito e um boto apertado, o
instrumento vai comparar a imagem da leitura da mira com a cpia do cdigo de
barras mantida em sua memria, logo aps, mostrar numericamente tanto leitura
da rgua quanto a distncia at a mesma (McCormac, 2011).
3.1.1.5 Nvel de inclinao
um nvel de inclinao que tem uma luneta que pode ser inclinada ou
rotacionada em torno de seu eixo horizontal. O nvel de inclinao tem um conjunto
especial de prismas que permite ao usurio nivelar o equipamento por meio de uma
bolha bipartida. Os nveis de inclinao so muito teis quando exigido um alto
grau de preciso (McCormac, 2011).
3.1.1.6 Nvel a laser
utilizado para vrias operaes de nivelamento. Normalmente utilizado
para criar uma referncia de nvel conhecida ou a um ponto do qual as medies da
construo podem ser tomadas. Os lasers utilizados para levantamentos e
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construo esto nas seguintes classes gerais: laser de feixe nico e laser de feixe
rotativo, normalmente eles no so visveis ao olho humano, sob a luz brilhante do
dia, e assim se faz necessrio algum tipo de detector (McCormac, 2011).
3.1.1.7 Instalao do nvel
Os nveis sero apoiados em trips, conforme item 2.2.2.1.1 instalao,
nivelamento e centrarem dos MEDs. No nivelamento de nveis automticos e de
inclinao de trs parafusos, o primeiro passo girar a luneta para que ela fique
alinhada sobre um dos parafusos e, ao mesmo tempo esteja perpendicular a linha
que une os dois, os outros passos esto descritos no item supracitado (McCormac,
2011).
3.2 Teodolito
Os teodolitos so equipamentos destinados a medio de ngulos,
horizontais ou verticais, objetivando a determinao de ngulos internos e externos
de uma poligonal, bem como a posio de determinados detalhes necessrios ao
levantamento (Veiga et al., 2007).
Os teodolitos podem ser classificados em:
Pela finalidade: topogrficos, geodsicos e astronmicos;
Quanto forma: pticos-mecnicos ou eletrnicos;
Quanto preciso: ver tabela 1.
Tabela 1 Classificao dos teodolitos
Classe dos teodolitos
Preciso baixa
30
Preciso mdia
07
Preciso alta
02
sistema de eixos,
crculos
16
17
18
19
estao
total
composta
de
trip,
base,
prumo
ptico,
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22
2. Medio de distncias muito longas que no podem ser localizadas com MEDs.
Com o GPS o custo de medir uma distncia de 30 km o mesmo que o exigido
para medir uma distncia de 500 m;
3. Levantamentos e em regies ngremes e de difcil acesso;
4. Medies cruzando propriedades nas quais os proprietrios no permitem
acesso;
5. Localizao de estradas, linhas de transmisso, adutoras, margens de corpos
dgua etc.
Pblico em geral
Alm do uso por todas as organizaes precedentes j mencionadas, o
pblico j usa estes receptores para:
1. Rastrear o percurso de caminhes, locomotivas, carros de aluguel e txis;
2. Navegao o para navios e aeronaves;
3. Uso por andarilhos, caadores e ciclistas;
4. Localizao de barcos para pesca e recreao;
5. Aparato policial e veculos de emergncia;
6. Cartas eletrnicas de navegao terrestre e martima.
Um nmero crescentes de topgrafos est usando o GPS para determinar
coordenadas para um controle de vrios tipos de construes e diretrizes de
projetos. O sistema de posicionamento global extremamente bem adequado para
controle de levantamentos areos, levantamentos de itinerrios e outros projetos
que tenham muitos pontos isolados. Muitos programas de computador j se
encontram disponveis para converter os dados de GPS para os vrios tipos de
sistemas de coordenadas (McCormac, 2011).
Os satlites esto sendo usados hoje para locao de pontos de controle para
levantamentos importantes do governo. Eles sero usados mais frequentemente no
futuro para fornecer a localizao de objetos naturais e artificiais. A informao
obtida ser usada por engenheiros, agncias de impostos, departamento de
bombeiros e assim por diante, para melhor gerenciar seus recursos (McCormac,
2011).
4.2 GNSS
um sistema de navegao, de base espacial que cobre toda a terra, mar ou
ar (Pestana, 2011).
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sequncias binrias,
que
so funes
determinsticas
da
hora
Pseudodistncia: distncia antena / satlite calculada pelo receptor recorrendo aos sinais que
recebe do satlite e admitindo que a propagao dos sinais eletromagnticos se faa no vazio
segundo trajetrias retilneas (Pestana, 2011).
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Concluso
As medies com aparelhos adequados oferecem as condies necessrias
para elaborao e execuo de projetos de maneira satisfatria, proporcionando
mais segurana e eficincia na execuo dos mais diversos tipos de obras.
Os principais aparelhos topogrficos existentes e os descritos neste trabalho
se usados corretamente por profissionais qualificados iro garantir uma boa preciso
no levantamento de acordo com instrumento e exigncia que vier a ser solicitada.
25
Referncias
Pestana
A.
Posicionamento
GNSS:
GPS
Glonass.
Disponvel
em:
<http://topografiasig.isep.ipp.pt/apontamentos/apontamentos_topografia/Posicionam
ento_GNSS.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2013.
Temteo
A.
S.
Apontamento
de
Aula:
Topografia.
Disponvel
em:
Veiga
L.
A.
K.
et
al.
Fundamentos
de
topografia.
Disponvel
em: