Fic - Fel - Automotiva
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ELETRICIDADE DO AUTOMÓVEL
ELETRICISTA DO AUTOMÓVEL
2004
Eletricista do Automóvel
SENAI-SP, 2004
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
GRANDEZAS ELÉTRICAS 29
• Tensão e Corrente Contínua 29
• Tensão e Corrente Alternada 30
CIRCUITO ELÉTRICO 31
• Materiais Condutores 31
• Materiais Isolantes 33
• Componentes do Circuito Elétrico 34
• Tipos de Circuito Elétrico 44
LEI DE OHM 49
• Determinação da Lei de Ohm 49
• Aplicação da Lei de Ohm 52
MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO 64
• Magnetismo 64
• Eletromagnetismo 70
ANEXOS 191
INTRODUÇÃO
Com uma base teórico-prática formada, será possível a abordagem nos sistemas
eletroeletrônicos veiculares, ressaltando que o desenvolvimento dos estudos deve ocorrer
em duas fases: aulas teóricas e práticas.
A divisão do módulo em duas fases é apenas recurso de organização sendo que as aulas
de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve variar de
acordo com as necessidades didático-pedagógicas.
O texto que se segue irá tratar do conteúdo básico da fase teórica do módulo. Esse conteúdo
compreende os seguintes assuntos:
• Conceitos básicos de eletricidade e eletrônica
• Sistema de carga e partida
• Leitura e interpretação de esquemas elétricos
MATÉRIA
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA
Matéria é tudo aquilo que nos cerca e que ocupa um lugar no espaço. Ela se apresenta em
porções limitadas que recebem o nome de corpos. Estes podem ser simples ou compostos.
OBSERVAÇÃO
Existem coisas com as quais temos contato na vida diária que não ocupam lugar no espaço,
não sendo, portanto, matéria. Exemplos desses fenômenos são o som, o calor e a eletricidade.
Corpos simples são aqueles formados por um único átomo. São também chamados de
elementos. O ouro, o cobre, o hidrogênio são exemplos de elementos.
Corpos compostos são aqueles formados por uma combinação de dois ou mais elementos.
São exemplos de corpos compostos o cloreto de sódio (ou sal de cozinha) que é formado
pela combinação de cloro e sódio, e a água, formada pela combinação de oxigênio e
hidrogênio.
MOLÉCULA
Molécula é a menor partícula em que se pode dividir uma substância de modo que ela
mantenha as mesmas características da substância que a originou.
Tomemos como exemplo uma gota de água: se ela for dividida continuamente, tornar-se-á
cada vez menor, até chegarmos à menor partícula que conserva as características da água,
ou seja, a molécula de água. Veja, na ilustração a seguir, a representação de uma molécula
de água.
ÁTOMO
Os animais, as plantas, as rochas, as águas dos rios, lagos e oceanos e tudo o que nos
cerca é composto de átomos.
O átomo é a menor partícula em que se pode dividir um elemento e que, ainda assim,
conserva as propriedades físicas e químicas desse elemento.
OBSERVAÇÃO
Os átomos são tão pequenos que, se forem colocados 100 milhões deles um ao lado do
outro, formarão uma reta de apenas 10mm de comprimento.
Existem átomos de materiais como o cobre, o alumínio, o neônio, o xenônio, por exemplo,
que já apresentam o equilíbrio elétrico, não precisando juntar-se a outros átomos. Esses
átomos, sozinhos, são considerados moléculas também.
• CONSTITUIÇÃO DO ÁTOMO
O átomo é formado por uma parte central chamada núcleo e uma parte periférica formada
pelos elétrons e denominada eletrosfera.
O núcleo é constituído por dois tipos de partículas: os prótons, com carga positiva, e os
nêutrons, que são eletricamente neutros.
Os prótons, juntamente com os nêutrons, são os responsáveis pela parte mais pesada do
átomo.
Os elétrons possuem carga negativa. Como os planetas do sistema solar, eles giram na
eletrosfera ao redor do núcleo, descrevendo trajetórias que se chamam órbitas.
Os átomos podem ter uma ou várias órbitas, dependendo do seu número de elétrons. Cada
órbita contém um número específico de elétrons.
A distribuição dos elétrons nas diversas camadas obedece a regras definidas. A regra mais
importante para a área eletroeletrônica refere-se ao nível energético mais distante do núcleo,
ou seja, a camada externa: o número máximo de elétrons nessa camada é de oito elétrons.
Os elétrons da órbita externa são chamados elétrons livres, pois têm uma certa facilidade
de se desprenderem de seus átomos. Todas as reações químicas e elétricas acontecem
nessa camada externa, chamada de nível ou camada de valência.
A teoria eletrônica estuda o átomo só no aspecto da sua eletrosfera, ou seja, sua região
periférica ou orbital.
ÍONS
No seu estado natural, o átomo possui o número de prótons igual ao número de elétrons.
Nessa condição, dizemos que o átomo está em equilíbrio ou eletricamente neutro.
O átomo está em desequilíbrio quando tem o número de elétrons maior ou menor que o
número de prótons. Esse desequilíbrio é causado sempre por forças externas que podem
ser magnéticas, térmicas ou químicas.
Prótons = +8
Elétrons = -9
Resultado = -1
Prótons = +8
Elétrons = -7
Resultado = +1
FUNDAMENTOS DA ELETROSTÁTICA
Para compreender o que são os fenômenos elétricos e suas aplicações, neste capítulo
estudaremos o que é eletricidade estática; o que é tensão, suas unidades de medida e as
fontes geradoras de tensão.
Para estudar este capítulo com mais facilidade, você deve ter bons conhecimentos anteriores
sobre o comportamento do átomo e suas partículas.
TIPOS DE ELETRICIDADE
A eletricidade é uma forma de energia que faz parte da constituição da matéria. Existe,
portanto, em todos os corpos.
ELETROSTÁTICA
Eletrostática é a parte da eletricidade que estuda a eletricidade estática. Dá-se o nome de
eletricidade estática à eletricidade produzida por cargas elétricas em repouso em um corpo.
Um corpo se eletriza negativamente (-) quando ganha elétrons e positivamente (+) quando
perde elétrons.
Entre corpos eletrizados, ocorre o efeito da atração quando as cargas elétricas têm sinais
contrários. O efeito da repulsão acontece quando as cargas elétricas dos corpos eletrizados
têm sinais iguais.
No estado natural, qualquer porção de matéria é eletricamente neutra. Isso significa que,
se nenhum agente externo atuar sobre uma determinada porção da matéria, o número total
de prótons e elétrons dos seus átomos será igual.
Essa condição de equilíbrio elétrico natural da matéria pode ser desfeita, de forma que um
corpo deixe de ser neutro e fique carregado eletricamente.
O processo pelo qual se faz com que um corpo eletricamente neutro fique carregado é
chamado eletrização.
A eletrização pode ainda ser obtida por outros processos como, por exemplo, por contato
ou por indução. Em qualquer processo, contudo, obtém-se corpos carregados eletricamente.
DESCARGAS ELÉTRICAS
Sempre que dois corpos com cargas elétricas contrárias são colocados próximos um do
outro, em condições favoráveis, o excesso de elétrons de um deles é atraído na direção
daquele que está com falta de elétrons, sob a forma de um descarga elétrica. Essa descarga
pode se dar por contato ou por arco.
Quando dois materiais possuem grande diferença de cargas elétricas, uma grande quantidade
de carga elétrica negativa pode passar de um material para outro pelo ar. Essa é a descarga
elétrica por arco. O raio, em uma tempestade, é um bom exemplo de descarga por arco.
O pente intensamente atritado tem maior capacidade de realizar trabalho, porque é capaz
de atrair maior quantidade de partículas de papel.
Como a maior capacidade de realizar trabalho significa maior potencial, conclui-se que o
pente intensamente eletrizado tem maior potencial elétrico.
CARGA ELÉTRICA
Como certos átomos são forçados a ceder elétrons e outros a receber elétrons, é possível
produzir uma transferência de elétrons de um corpo para outro.
Quando isso ocorre, a distribuição igual das cargas positivas e negativas em cada átomo
deixa de existir. Portanto, um corpo conterá excesso de elétrons e a sua carga terá uma
polaridade negativa (-). O outro corpo, por sua vez, conterá excesso de prótons e a sua
carga terá polaridade positiva (+).
Quando um par de corpos contém a mesma carga, isto é, ambas positivas (+) ou ambas
negativas (-), diz-se que eles apresentam cargas iguais.
Quando um par de corpos contém cargas diferentes, ou seja, um corpo é positivo (+) e o
outro é negativo (-), diz-se que eles apresentam cargas desiguais ou opostas.
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui, é determinada pela diferença entre o
número de prótons e o número de elétrons que o corpo contém.
OBSERVAÇÃO
DIFERENÇA DE POTENCIAL
Quando se compara o trabalho realizado por dois corpos eletrizados, automaticamente
está se comparando os seus potenciais elétricos. A diferença entre os trabalhos expressa
diretamente a diferença de potencial elétrico entre esses dois corpos.
A diferença de potencial (abreviada para ddp) existe entre corpos eletrizados com cargas
diferentes ou com o mesmo tipo de carga.
OBSERVAÇÃO
No campo da eletrônica e da eletricidade, utiliza-se exclusivamente a palavra tensão para
indicar a ddp ou tensão elétrica.
Como qualquer outra unidade de medida, a unidade de medida de tensão (volt) também
tem múltiplos e submúltiplos adequados a cada situação. Veja tabela a seguir:
Unidade volt V —
OBSERVAÇÃO
Em eletricidade empregam-se mais freqüentemente o volt e o quilovolt como unidades de
medida, ao passo que em eletrônica as unidades de medida mais usadas são o volt, o
milivolt e o microvolt.
Exemplos de conversão:
a) 3,75V = _ _ _ _ _ mV
3,75V = 3750 mV
b) 0,6V = _ _ _ _ _ mV
0,6V = 600 mV
c) 200 mV = _ _ _ _ _ _V
200 mV = 0,2V
d) 0,05V = _ _ _ _ _ _ mV
0,05V = 50 mV
e) 1,5 mV = _ _ _ _ _ _ mV
1,5 mV = 15000mV
As pilhas são fontes geradoras de tensão constituídas por dois tipos de metais mergulhados
em um preparado químico. Esse preparado químico reage com os metais, retirando elétrons
de um e levando para o outro. Um dos metais fica com potencial elétrico positivo e o outro
fica com potencial elétrico negativo. Entre os dois metais existe portanto uma ddp ou uma
tensão elétrica.
Daí a tensão fornecida chamar-se tensão contínua ou tensão CC, que é a tensão elétrica
entre dois pontos de polaridades invariáveis.
A tensão fornecida por uma pilha comum não depende de seu tamanho pequeno, médio ou
grande nem de sua utilização nesse ou naquele aparelho. É sempre uma tensão contínua
de aproximadamente 1,5V.
CORRENTE ELÉTRICA
Este capítulo vai tratar do conceito de fluxo das cargas elétricas. Vai tratar também das
grandezas que medem a corrente. Para desenvolver os conteúdos e atividades aqui
apresentadas você já deverá ter conhecimentos anteriores sobre estrutura da matéria, e
diferença de potencial entre dois pontos.
CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica consiste em um movimento orientado de cargas, provocado pelo
desequilíbrio elétrico (ddp) entre dois pontos. A corrente elétrica é a forma pela qual os
corpos eletrizados procuram restabelecer o equilíbrio elétrico.
Para que haja corrente elétrica, é necessário que haja ddp e que o circuito esteja fechado.
Logo, pode-se afirmar que existe tensão sem corrente, mas nunca existirá corrente sem
tensão. Isso acontece porque a tensão orienta as cargas elétricas.
DESCARGAS ELÉTRICAS
Como já foi estudado, as descargas elétricas são fenômenos comuns na natureza. O
relâmpago, por exemplo, é um exemplo típico de descarga elétrica. O atrito contra o ar faz
com que as nuvens fiquem altamente eletrizadas e adquiram um potencial elevado. Quando
duas nuvens com potencial elétrico
diferente se aproximam, ocorre uma
descarga elétrica, ou seja, um
relâmpago.
Durante a descarga, numerosas cargas elétricas são transferidas, numa única direção,
para diminuir o desequilíbrio elétrico entre dois pontos. Os elétrons em excesso em uma
nuvem deslocam-se para a nuvem que tem poucos elétrons.
Como já foi visto, também, o deslocamento de cargas elétricas entre dois pontos onde
existe ddp é chamado de corrente elétrica. Desse modo, explica-se o relâmpago como uma
corrente elétrica provocada pela tensão elétrica existente entre duas nuvens.
Como qualquer outra unidade de medida, a unidade da corrente elétrica tem múltiplos e
submúltiplos adequados a cada situação. Veja tabela a seguir.
OBSERVAÇÃO
No campo da eletrônica empregam-se mais os termos ampère (A), miliampère (mA) e o
microampère (µA).
a) 1,2 A = _________mA
1,2A = 1200 mA
b) 15 mA = ______________mA
15 mA = 0,0l5 mA
c) 350 mA = __________A
350 mA = 0,35A
AMPERÍMETRO
Para medir a intensidade de corrente, usa-se o amperímetro. Além do amperímetro, usam-
se também os instrumentos a seguir:
• miliamperímetro: para correntes da ordem de miliampères;
• microamperímetro: para correntes da ordem de microampères.
CORRENTE CONTÍNUA
A corrente elétrica é o movimento de cargas elétricas. Nos materiais sólidos, as cargas que
se movimentam são os elétrons; nos líquidos e gases o movimento pode ser de elétrons ou
íons positivos.
Quando o movimento de cargas elétricas formadas por íons ou elétrons ocorre sempre em
um sentido, a corrente elétrica é chamada de corrente contínua e é representada pela sigla
CC.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Nas lições anteriores, você aprendeu que para haver tensão, é necessário que haja uma
diferença de potencial entre dois pontos. Aprendeu também, que corrente elétrica é o
movimento orientado de cargas provocado pela ddp. Ela é a forma pela qual os corpos
eletrizados procuram restabelecer o equilíbrio elétrico.
Além da ddp, para que haja corrente elétrica, é preciso que o circuito esteja fechado. Por
isso, você viu que existe tensão sem corrente, mas não é possível haver corrente sem
tensão.
Esta aula vai tratar do conceito de resistência elétrica. Vai tratar também das grandezas da
resistência elétrica e seus efeitos sobre a circulação da corrente.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Resistência elétrica é a oposição que um material apresenta ao fluxo de corrente elétrica.
Todos os dispositivos elétricos e eletrônicos apresentam certa oposição à passagem da
corrente elétrica.
A resistência dos materiais à passagem da corrente elétrica tem origem na sua estrutura
atômica.
Para que a aplicação de uma ddp a um material origine uma corrente elétrica, é necessário
que a estrutura desse material permita a existência de elétrons livres para movimentação.
Quando os átomos de um material liberam elétrons livres entre si com facilidade, a corrente
elétrica flui facilmente através dele. Nesse caso, a resistência elétrica desses materiais é
pequena.
Por outro lado, nos materiais cujos átomos não liberam elétrons livres entre si com facilidade,
a corrente elétrica flui com dificuldade, porque a resistência elétrica desses materiais é
grande.
O efeito causado pela resistência elétrica tem muitas aplicações práticas em eletricidade e
eletrônica. Ele pode gerar, por exemplo, o aquecimento no chuveiro, no ferro de passar, no
ferro de soldar, no secador de cabelo. Pode gerar também iluminação por meio das lâmpadas
incandescentes.
Unidade ohm Ω —
Para fazer a conversão dos valores, emprega-se o mesmo procedimento usado para outras
unidades de medida.
120 W =___________kW
120W = 0,12kW
390kW = ______________MW
390 kW = 0,39 MW
5,6kW = ____________
5,6 kW = 5600 W
470 W = ____________ MW
470 W = 0,00047 MW
OBSERVAÇÃO
O instrumento de medição da resistência elétrica é o ohmímetro porém, geralmente, mede-
se a resistência elétrica com o multímetro.
Para que se pudesse analisar a influência de cada um desses fatores sobre a resistência
elétrica, foram realizadas várias experiências variando-se apenas um dos fatores e mantendo
constantes os três restantes.
Desse modo, foi possível verificar que a resistência elétrica diminuía à medida que se
aumentava a seção transversal do condutor. Inversamente, a resistência elétrica
aumentava, quando se diminuía a seção transversal do condutor.
Utilizando-se materiais diferentes, verificou-se que não havia relação entre eles. Com o
mesmo material, todavia, a resistência elétrica mantinha sempre o mesmo valor.
RESISTIVIDADE ELÉTRICA
Resistividade elétrica é a resistência elétrica específica de um certo condutor com 1 metro
de comprimento, 1mm2 de área de seção transversal, medida em temperatura ambiente
constante de 20ºC.
A tabela a seguir apresenta alguns materiais com seu respectivo valor de resistividade.
Alumínio 0,0278
Cobre 0,0173
Estanho 0,1195
Ferro 0,1221
Níquel 0,0780
Zinco 0,0615
Chumbo 0,21
Prata 0,30
Diante desses experimentos, George Simon OHM estabeleceu a sua segunda lei que diz
que:
“A resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional ao produto da resistividade
específica pelo seu comprimento, e inversamente proporcional à sua área de seção
transversal.”
ρ . L
R =
S
Na maior parte dos materiais, o aumento da temperatura significa maior resistência elétrica.
Isso acontece porque com o aumento da temperatura, há um aumento da agitação das
partículas que constituem o material, aumentando as colisões entre as partículas e os elétrons
livres no interior do condutor.
Isso é particularmente verdadeiro no caso dos metais e suas ligas. Neste caso, é necessário
um grande aumento na temperatura para que se possa notar uma pequena variação na
resistência elétrica. É por esse motivo que eles são usados na fabricação de resistores.
ρf = ρo.(1 + α . ∆θ
∆θ)
COEFICIENTE DE TEMPERATURA
MATERIAL
α (ºC-1)
Cobre 0,0039
Alumínio 0,0032
Tungstênio 0,0045
Ferro 0,005
Prata 0,004
Platina 0,003
Nicromo 0,0002
Constantan 0,00001
ρf = 0,0193 Ω.mm2/m
GRANDEZAS ELÉTRICAS
CORRENTE ELÉTRICA
É o movimento ordenado de elétrons livres em um condutor devidamente alimentado
TENSÃO ELÉTRICA
É a diferença de força entre dois pontos de um condutor causada pelo excesso ou falta de
elétrons, que por sua vez, dá origem à corrente elétrica.
RESISTÊNCIA
É a dificuldade que certos materiais oferecem à passagem da corrente elétrica.
POTÊNCIA
É o trabalho produzido, ou seja, a tensão elétrica aplicada x corrente elétrica.
As unidades de medida das grandezas são homenagens prestadas aos seus respectivos descobridores:
Ampère - Andrea Maria Ampère (francês)
Volt - Alexandre Volta (italiano)
Ohm - George S. Ohm (inglês)
Watt - James Watt (inglês)
Se a tensão permanecer constante, haverá uma corrente que terá sempre o mesmo sentido
e que é chamada de corrente contínua. Essa tensão que dá origem a uma corrente contínua
é chamada de tensão contínua. Como a corrente contínua é chamada abreviadamente de
CC ou DC, a abreviação usada para indicar a tensão contínua e tensão CC ou DC.
Uma fonte de tensão que muda a polaridade em intervalos regulares (ciclo) produz uma corrente
que muda de sentido constantemente e é chamada de corrente alternada (CA ou AC).
A CA apresenta certas características muito úteis. Pode ser facilmente transformada para
valores mais altos ou mais baixos. Essa característica torna possível transmitir economicamente
a CA a longas distâncias. Em conseqüência pode-se construir usinas geradoras de CA em
fontes remotas de potência hidráulica e fornecer essa eletricidade a consumidores distantes.
É possível ainda transformarmos a CA em CC pelo processo de retificação.
CICLO
É a variação da corrente alternada, isto é, primeiro aumenta
de zero até o pico máximo positivo, depois diminui até zero
e em seqüência aumenta até o máximo negativo e volta a
zero.
O número de ciclo que ocorre por segundo é chamado de freqüência. A unidade de medida
de freqüência é o Hertz (Hz). A freqüência usual da rede elétrica residencial (50 a 60Hz)
significa que 50 a 60 ciclos se repetem em 1 segundo.
SIMBOLOGIA
CIRCUITO ELÉTRICO
Os diversos efeitos provocados pela utilização da energia elétrica, como, a luz, o calor, o
som e o movimento têm um ponto em comum: necessitam de um circuito elétrico. Mas, o
que vem a ser um circuito elétrico?
MATERIAIS CONDUTORES
São aqueles que permitem a passagem de corrente elétrica todas as vezes que se aplica
uma diferença de potencial (ddp) entre suas extremidades.
Existem materiais sólidos, líquidos e gasosos que são condutores elétricos. Entretanto, nas
áreas da eletricidade e da eletrônica, os materiais sólidos, como o cobre, por exemplo, são
os mais importantes.
Quanto menor for a atração entre o núcleo do átomo e os elétrons livres, maior será a
capacidade do material em deixar fluir a corrente elétrica.
Tomando, como exemplo, a estrutura atômica do cobre, sabe-se que cada átomo tem 29
elétrons, estando apenas um deles na última camada. Esse
elétron desprende-se do núcleo do átomo e se movimenta
livremente no interior do material. A estrutura química do
cobre compõe-se de numerosos núcleos fixos, rodeados
por elétrons livres que se movimentam intensamente de
um núcleo para o outro.
Por esse quadro, você pode observar que, depois da prata, o cobre é considerado o melhor
condutor elétrico. Em geral, o cobre é o metal mais usado na fabricação de condutores para
instalações elétricas.
MATERIAIS ISOLANTES
São aqueles que apresentam comportamento totalmente oposto ao dos materiais condutores,
pois apresentam forte oposição à circulação de corrente elétrica no interior de sua estrutura.
A estrutura atômica dos materiais isolantes compõe-se de átomos com cinco ou mais elétrons
na última camada energética.
Como já foi dito, o circuito elétrico é o caminho fechado em que circula a corrente elétrica.
Dependendo do efeito desejado, o circuito elétrico faz com que a eletricidade assuma as
mais diversas formas: luz, som, calor e movimento.
O circuito elétrico mais simples que se pode montar é constituído de três componentes:
• fonte geradora;
• carga;
• condutores.
FONTE GERADORA
Todo circuito elétrico necessita de uma fonte geradora, também chamada de fonte de
alimentação ou simplesmente fonte.
Por exemplo, se um fio de cobre e outro de constantan (liga de cobre e níquel) forem unidos
por uma de suas extremidades e se esses fios forem aquecidos nessa junção, aparecerá
uma tensão elétrica nas outras extremidades. Isso acontece porque o aumento de
temperatura acelera a movimentação dos elétrons livres e faz com que eles passem de um
material para outro, causando uma diferença de potencial.
Esse tipo de geração de energia elétrica por ação térmica é utilizado num dispositivo chamado
par termoelétrico, usado como elemento sensor nos pirômetros que são aparelhos usados
para medir temperatura dos fornos industriais.
Dessa forma, o anel se torna negativo e a placa-base, positiva. Enquanto dura a incidência
da luz, uma tensão aparece entre as placas.
O uso mais comum desse tipo de célula fotoelétrica é no armazenamento de energia elétrica
em acumuladores e baterias solares.
Se um cristal de um desses materiais for colocado entre duas placas metálicas e sobre elas
for aplicada uma variação de pressão, obteremos uma ddp produzida por essa variação. O
valor da diferença de potencial dependerá da pressão exercida sobre o conjunto.
A reação química entre o eletrólito e os metais, vai retirando os elétrons do zinco. Estes
passam pelo eletrólito e vão se depositando mo cobre. Dessa forma, obtém-se uma diferença
de potencial, ou tensão, entre os bornes ligados no zinco (negativo) e no cobre (positivo).
A tensão gerada por este método é chamada de tensão alternada, pois suas polaridades
são variáveis, ou seja, se alternam. Os alternadores e dínamos são exemplos de fontes
geradoras que produzem energia elétrica segundo o princípio que acaba de ser descrito.
CARGA
Também chamada de consumidor ou receptor de energia elétrica, é o componente do
circuito elétrico que transforma a energia elétrica fornecida pela fonte geradora em outro
tipo de energia. Essa energia pode ser mecânica, luminosa, térmica e sonora.
Exemplos de cargas são as lâmpadas que transformam energia elétrica em energia luminosa;
o motor que transforma energia elétrica em energia mecânica; o rádio que transforma energia
elétrica em sonora.
ATENÇÃO!
CONDUTORES
Atuam como elo de ligação entre a fonte geradora e a carga, servindo de meio de transporte
da corrente elétrica. Os condutores mais comuns são: os fios metálicos, os cabos e os
cordões elétricos.
Por medida de segurança, quando se instala algum acessório, é importante que a escolha
do condutor (fio) seja feita com critério, de acordo com a potência do consumidor, corrente,
tensão, etc.
Para que isso possa ser feito, fornecemos, a seguir, as tabelas de equivalência de condutores
e do cálculo para a determinação dos mesmos.
• TABELA DE EQUIVALÊNCIA
EXEMPLO
Encontrar a bitola do condutor que deve ser utilizado para alimentar um consumo de 50
watts em 12 volts e que possua um comprimento de fiação de cinco metros.
Resposta: linha pontilhada; condutor nº 16.
Uma lâmpada, ligada por condutores a uma bateria, é um exemplo típico de circuito elétrico
simples, formado por três componentes.
A figura a seguir ilustra o movimento dos elétrons livres. Esses elétrons saem do pólo
negativo, passam pela lâmpada e se dirigem ao pólo positivo da pilha.
ATENÇÃO!
Quando o interruptor está ligado, seus contatos estão fechados, tornando-se um condutor
de corrente contínua. Nessas condições, o circuito constitui novamente um caminho fechado
por onde circula a corrente elétrica.
• APLICAÇÃO
Relés em circuitos elétricos agem como fator de economia, funcionalidade e segurança,
evitando queda de tensão, o que garante um bom funcionamento dos componentes elétricos.
Um relé simples possui normalmente quatro pontos de ligação, sendo dois para a corrente
de comando (linhas 85 e 86) e dois para a corrente de trabalho (linhas 30 e 87).
Num relé de comando eletrônico, a alimentação (corrente) é feita pela linha 15 (via chave de
contato) e a massa é direta através da linha 31.
O impulso ou sinal para que o relé seja ativado vem do interruptor para o comando eletrônico
temporizado que determina o período em que o mesmo deve permanecer ligado, alimentando
o consumidor.
Relés de comando eletrônico são usados no circuito dos indicadores de direção e advertência,
temporizador do limpador de pára-brisa, plena potência para veículos com climatizador e
transmissão automática, etc.
• FUSÍVEIS
É importante observar que os fusíveis são elementos de fusão encapsulados em material
isolante, portanto, mais fracos (de seção reduzida), que são propositadamente intercalados
no circuito, para interrompê-lo sob condições anormais.
Considerando-se que todo circuito elétrico, com sua fiação, elementos de proteção e de
manobras foi dimensionado para uma determinada corrente nominal, dada pela carga que
se pretende ligar, é imediata a conclusão de que os fusíveis dimensionados para o circuito
não devem ser nunca substituídos por outros de maior corrente nominal.
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
É a corrente máxima que pode circular no circuito e que deve ser interrompida
instantaneamente.
SIMBOLOGIA
Por facilitar a elaboração de esquemas ou diagramas elétricos, existe uma simbologia para
representar graficamente cada componente num circuito elétrico.A tabela a seguir mostra
alguns símbolos utilizados nos esquemas ou diagramas elétricos e seus respectivos
componentes.
Condutor
Lâmpada
Interruptor
Os tipos de circuitos elétricos são determinados pela maneira como seus componentes são
ligados. Assim, existem três tipos de circuitos: série; paralelo e misto.
CIRCUITO SÉRIE
Todos os componentes (cargas) são ligados um após o outro, existindo um único caminho
para a corrente elétrica, a qual sai do pólo positivo da fonte, passa pelo primeiro componente
(R1); passa pelo seguinte (R2) e, assim por diante, até chegar ao pólo negativo da fonte.
ATENÇÃO!
CIRCUITO PARALELO
Os componentes estão ligados em paralelo entre si, conforme indica o circuito a seguir.
CIRCUITO MISTO
Os componentes estão ligados em série e em paralelo, conforme o esquema a seguir.
No circuito misto, o componente R ligado em série, ao ser atravessado por uma corrente,
1
causa uma queda de tensão porque é uma resistência. Assim, os resistores R e R que
2 3
estão ligados em paralelo, receberão a tensão da rede menos a queda de tensão provocada
por R .
1
MULTÍMETRO
Os multímetros podem ser classificados quanto à complexidade do seu circuito interno em:
• Multímetro VOM (simples)
• Multímetro eletrônico
MULTÍMETRO VOM
O multímetro VOM é constituído de pouca complexidade, basicamente um galvanômetro e
divisores de tensão e corrente.
MULTÍMETRO ELETRÔNICO
O multímetro eletrônico é constituído de circuito mais complexo, proporcionando maior
precisão de medida, com indicação analógica ou digital.
MEDIÇÃO DE TENSÃO
= ∼
1. Ajustar o multímetro para medir tensão em CC ou CA ( V V ).
2. Selecionar a faixa de tensão adequada, através do seletor de alcances, de forma que a
tensão a ser medida nunca seja maior que a tensão de fundo de escala ou final de
escala. Se o valor da tensão a ser medida for totalmente desconhecido, ajustar o seletor
de alcance para medição de máxima tensão.
3. Conectar as pontas de prova com o circuito ou componente, no qual será medida a
tensão, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
MEDIÇÃO DE CORRENTE
= ∼
1. Ajustar o multímetro para medir CC ou CA ( A A ).
2. Selecionar a faixa de corrente adequada, através do seletor de alcances, de forma que
a corrente a ser medida nunca seja maior que a corrente de fundo de escala. Se a
intensidade da corrente a ser medida for totalmente desconhecida, ajustar o seletor de
alcance para medição de máxima corrente, utilizando uma ligação SCHUNT.
3. Conectar as pontas de prova em série com o circuito ou componente, no qual será
medida a corrente, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA
1. Desenergizar o circuito ou componente em teste.
2. Ajustar o multímetro para medição de resistência.
3. Selecionar a faixa de resistência adequada, através do seletor de alcances.
4. Curto-circuitar as pontas de prova e verificar no mostrador se a leitura é de 00.
Caso contrário, fazer o ajuste de OQ se houver um controle para este fim.
5. Conectar as pontas de prova em paralelo com o circuito ou componente.
LEI DE OHM
Muitos cientistas têm se dedicado ao estudo da eletricidade, como Georg Simon Ohm. Ao
estudar corrente elétrica, o pesquisador definiu a relação existente entre corrente, tensão e
resistência elétricas em um circuito e formulou a sua Lei de Ohm.
Hoje, os conhecimentos sobre eletricidade foram muito ampliados. Contudo, a Lei de Ohm,
formulada em 1827, continua sendo uma lei básica da eletricidade e da eletrônica. Por isso,
é importante conhecê-la para compreensão dos circuitos eletroeletrônicos.
A partir deste momento, você vai conhecer a Lei de Ohm e a forma como a corrente elétrica
é medida. Desse modo, você será capaz de determinar matematicamente e medir os valores
das grandezas elétricas em um circuito.
Para entender melhor os conteúdos, aqui, apresentados, você já deve conhecer tensão
elétrica, corrente e resistência elétrica e seus respectivos instrumentos de medição.
A Lei de Ohm estabelece uma relação entre as grandezas elétricas: tensão (V), corrente
(II) e resistência ( R ) em um circuito.
Se o resistor de 100Ω for substituído por outro de 200Ω, a resistência do circuito torna-se
maior. Com isso, o circuito impõe uma oposição mais intensa à passagem da corrente e
faz com que a corrente circulante seja menor.
1 9V 100Ω 90mA
2 9V 200Ω 45mA
3 9V 400Ω 22,5mA
9V ÷ 100Ω = 90mA
9V ÷ 200Ω = 45mA
9V ÷ 400Ω = 22,5mA
V
I=
R
Utilizamos a Lei de Ohm para determinar os valores de tensão (V), corrente (I) ou resistência
(R) em um circuito. Para obter em um circuito o valor desconhecido, basta conhecermos
dois dos valores da equação da Lei de Ohm: V e I, I e R ou V e R.
V
I=
R
V
R=
I
V=R.I
Para que as equações decorrentes da Lei de Ohm sejam utilizadas, os valores das grandezas
elétricas devem ser expressos nas unidades fundamentais:
• volt (V) ⇒ tensão
• ampère (A) ⇒ corrente
• ohm (W) ⇒ resistência
ATENÇÃO!
EXEMPLO 1
Vamos supor que uma lâmpada utiliza uma alimentação de 6V e tem 120W de resistência.
Qual o valor da corrente que circula pela lâmpada quando ligada?
Como os valores de V e R já estão nas unidades fundamentais volt e ohm, basta aplicarmos
os valores na equação:
V 6
I= = = 0,05A
R 120
EXEMPLO 2
Vamos supor também que o motor de um carrinho de autorama atinge a rotação máxima ao
receber 9V da fonte de alimentação. Nessa situação, a corrente do motor é de 230mA. Qual
é a resistência do motor?
V 9
R= = Ω
= 39,1Ω
I 0,23
EXEMPLO 3
Vamos supor ainda que um resistor de 22kΩ foi conectado a uma fonte cuja tensão de
saída é desconhecida. Um miliamperímetro colocado em série no circuito indicou uma
corrente de 0,75mA. Qual a tensão na saída da fonte?
V=R.I
V = 22000 . 0,00075 = 16,5V
V = 16,5V
Certos conceitos da física já fazem parte do nosso dia-a-dia. Quando escolhemos, por
exemplo, uma lâmpada de menor potência para gastar menos energia elétrica, estamos
utilizando um conceito de física chamado potência.
Vamos tratar agora de potência elétrica em CC. Ao estudá-la, você terá oportunidade de
aprender como se determina a potência dissipada, isto é, potência consumida por uma
carga ligada a uma fonte de energia elétrica.
TRABALHO ELÉTRICO
Ao passar por uma carga instalada em um circuito, a corrente elétrica produz, entre outros
efeitos, calor, luz e movimento. Esses efeitos são denominados de trabalho.
τ
P=
t
ATENÇÃO!
As empresas fornecedoras de energia elétrica cobram o trabalho elétrico que nos fornecem
em um determinado período. Esse trabalho corresponde ao nosso consumo de energia
elétrica nas lâmpadas, nos aparelhos elétricos e eletrônicos.
POTÊNCIA ELÉTRICA
Analisando um tipo de carga como as lâmpadas, por exemplo, vemos que nem todas
produzem a mesma quantidade de luz. Umas produzem grandes quantidades de luz e
outras, pequenas quantidades.
Da mesma forma, existem aquecedores que fervem um litro de água em 10min e outros em
apenas cinco minutos. Tanto um quanto outro aquecedor realizam o mesmo trabalho elétrico:
aquecer um litro de água à temperatura de 100ºC. A única diferença entre esses aquecedores
é que um deles é mais rápido, isto é realiza o trabalho em menor tempo.
UNIDADE DE MEDIDA
A potência elétrica é uma grandeza e, como tal, pode ser medida. A unidade de medida da
potência elétrica é o watt, simbolizado pela letra W.
Unidade Watt W 1W
a) 1,3W = __________ MW
1,3W = 130MW
b) 350W = ___________ KW
350W = 0,35KW
c) 640mW = ___________ W
640mW = 0,640W
d) 2,1KW = ____________ W
2,1KW = 2100W
DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA EM CC
A potência elétrica de um consumidor depende da tensão aplicada e da corrente que circula
nos seus terminais. Matematicamente, essa relação é representada pela fórmula:
P=V.I
Onde:
P = potência dissipada expressa em watts (W)
V = tensão entre os terminais do consumidor expressa em volts (V)
I = corrente circulante no consumidor expressa em ampéres (A)
EXEMPLO 1
Uma lâmpada de lanterna de 6V solicita uma corrente de 0,5A das pilhas. Qual a potência
da lâmpada?
Como P = V . I ⇒ P = 6 . 0,5 = 3W
Portanto, P = 3W
A partir dessa fórmula inicial, obtemos facilmente as equações de corrente para o cálculo
de qualquer das três grandezas da equação. Desse modo temos:
• cálculo da potência quando temos os valores da tensão e da corrente:
P=V.I
P
I=
V
P
V=
I
V= R.I ⇒ equação I
⇒
P= V . I ⇒ equação II
P=R.I.I ou P = R . I2
Esta equação pode ser usada para determinar a potência de um componente. É conhecida
como equação da potência por Efeito Joule.
ATENÇÃO!
Podemos realizar o mesmo tipo de dedução para obtermos uma equação que nos permita
determinar a potência a partir da tensão e da resistência.
V ⇒ equação I
I=
R
P=V.I ⇒ equação II
P=V. P
I
V2
P=
R
A partir das equações básicas, é possível obter outras equações por meio de operações
matemáticas.
P
R=
I2
P = R . I2
√
P
I=
R
V=√P.R
V2
P=
R V2
R=
P
EXEMPLO 1
Um aquecedor elétrico tem uma resistência de 8Ω e solicita uma corrente de 10A. Qual é a
sua potência?
P = 102 . 8
P = 800W
EXEMPLO 2
Um isqueiro de automóvel funciona com 12V fornecidos pela bateria. Sabendo que a
resistência do isqueiro é de 3Ω, calcular a potência dissipada.
Formulando a questão:
V = 12V
R = 3Ω
P=?
V2 122
P= ⇒ P= ⇒ P = 48Ω
Ω
R 3
POTÊNCIA NOMINAL
Certos aparelhos como chuveiros, lâmpadas e motores têm uma característica particular:
seu funcionamento obedece a uma tensão previamente estabelecida. Assim, existem
chuveiros para 110V ou 220V; lâmpadas para 6V, 12V, 110V, 220V e outras
tensões; motores, para 110V, 220V, 380V, 760V e outras.
Portanto:
Potência nominal é a potência para qual um consumidor foi projetado.
Sempre que uma lâmpada, aquecedor ou motor trabalha dissipando sua potência nominal,
sua condição de funcionamento é considerada ideal.
Há um grande número de componentes eletrônicos que se caracteriza por não ter a tensão
de funcionamento especificada. Estes componentes podem funcionar com os mais diversos
valores de tensão. É o caso dos resistores que não trazem nenhuma referência quanto à
tensão nominal de funcionamento.
Entretanto, podemos calcular qualquer potência dissipada por um resistor ligado a uma
fonte geradora. Vamos tomar como exemplo o circuito apresentado na figura a seguir e
calcular o valor da potência dissipada.
A potência dissipada é:
V2 102 100
P= = = =1
R 100 100
P=1W
Como o resistor não produz luz ou movimento, esta potência é dissipada em forma do calor
que aquece o componente. Por isso, é necessário verificar se a quantidade de calor produzida
pelo resistor não é excessiva a ponto de danificá-lo.
ATENÇÃO!
MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO
MAGNETISMO
Por essa razão, você vai estudar agora o magnetismo natural. Ao estudá-lo, você obterá um
conjunto de informações sobre a origem e as características do magnetismo e dos ímãs,
que são conhecimentos indispensáveis para o entendimento do eletromagnetismo, que
será tratado mais à frente.
ÍMÃS
Para entender o que é um ímã, vejamos inicialmente o que é magnetismo, isto é, a
propriedade de certos materiais em exercer uma atração sobre materiais ferrosos.
Podemos também obter ímãs artificiais, que são compostos por barras de materiais ferrosos
que o homem magnetiza por meio de processos artificiais.
Os ímãs artificiais são muito empregados, pois podem ser fabricados com diversos formatos,
de forma a atender às várias necessidades, por exemplo, nos pequenos motores de corrente
contínua que movimentam os carrinhos elétricos de brinquedos, tipo “autorama”.
Em geral, as propriedades magnéticas dos ímãs artificiais são mais intensas que as dos
ímãs naturais.
PÓLOS MAGNÉTICOS
Externamente, as forças de atração magnética de um ímã se manifestam com maior
intensidade em suas extremidades, denominadas pólos magnéticos.
Todo ímã apresenta dois pólos magnéticos com propriedades específicas. São eles: o pólo
norte e o pólo sul.
Considerando que as forças magnéticas dos ímãs são mais concentradas nos pólos, a
intensidade dessas propriedades decresce para o centro do ímã.
Na região central do ímã, estabelece-se uma linha onde as forças de atração magnética do
pólo sul e do pólo norte são iguais e se anulam.
A linha denominada linha neutra corresponde à linha divisória entre os pólos do ímã.
ORIGEM DO MAGNETISMO
O magnetismo origina-se na organização atômica dos materiais. Cada molécula de um
material é um pequeno ímã natural, denominado ímã molecular ou domínio.
ATENÇÃO!
CAMPO MAGNÉTICO
O espaço ao redor do ímã em que existe atuação de forças magnéticas é chamado de
campo magnético. Os efeitos de atração ou repulsão entre dois ímãs ou de atração de um
ímã sobre os materiais ferrosos se devem à existência desse campo magnético.
IMANTAÇÃO OU MAGNETIZAÇÃO
Imantação ou magnetização é o processo pelo qual os ímãs atômicos (ou dipolos magnéticos)
de um material são alinhados devido à ação de um campo magnético externo.
De acordo com a intensidade em que os ímãs atômicos são imantados, isto é, o modo como
são ordenados os seus ímãs atômicos sob a ação de um campo magnético, temos materiais
diamagnéticos, paramagnéticos e ferromagnéticos. Esta classificação resulta da
permeabilidade dos materiais.
DIAMAGNÉTICOS
Substâncias como ouro, prata, cobre, zinco, vidro, antimônio, chumbo, bismuto, mercúrio e
a água, entre outros, são denominadas diamagnéticas porque apresentam uma permeabilidade
ligeiramente menor que a do vácuo localizado em seu interior. Colocadas em um campo
magnético, as substâncias diamagnéticas parecem experimentar uma diminuta força de
repulsão.
PARAMAGNÉTICOS
Quando os materiais apresentam permeabilidade pouco maior que a do vácuo, tornando-se
ligeiramente magnetizados, denominam-se paramagnéticos. São exemplos desses materiais:
o ar, o oxigênio, a platina e o alumínio.
FERROMAGNÉTICOS
Materiais que apresentam permeabilidade centenas de centenas de milhares de vezes
maiores que a de seu vácuo, são denominados ferromagnéticos. São os materiais que
apresentam verdadeiras propriedades magnéticas.
ÍMÃS PERMANENTES
Ímãs permanentes são aqueles que apresentam campo magnético intenso, não necessitando
de corrente elétrica magnetizante para a sua atuação, o que é uma vantagem muito
importante para a tecnologia elétrica ou eletrônica.
Para que um material possa ser utilizado na produção de ímãs permanentes, é indispensável
que apresente as seguintes características: alta remanência; grande coercividade e facilidade
para ser trabalhado.
Alguns equipamentos que utilizam ímãs permanentes são os alto-falantes, alguns tipos de
telefones, entre outros.
ELETROMAGNETISMO
Pode-se também utilizar a regra do saca-rolhas como forma de definir o sentido das linhas
de força. Por essa regra, ele é dado pelo movimento do cabo de um saca-rolhas, cuja ponta
avança no condutor, no mesmo sentido da corrente elétrica (convencional).
A tabela a seguir mostra uma bobina e seus respectivos símbolos conforme a NBR (Norma
Brasileira) 12521.
SÍMBOLO SÍMBOLO
BOBINA, ENROLAMENTO OU INDUTOR
(FORMA PREFERIDA) (OUTRA FORMA)
As bobinas permitem um acréscimo dos efeitos magnéticos gerados em cada uma das
espiras. A figura a seguir mostra uma bobina constituída por várias espiras, ilustrando o
efeito resultante da soma dos efeitos individuais.
O núcleo é a parte central das bobinas. Pode ser de ar ou de material ferroso. O núcleo é de
ar quando nenhum material é colocado no interior da bobina. É de material ferroso quando
é colocado um material ferroso (ferro, aço...) no interior da bobina.
ATENÇÃO!
Quando uma bobina tem um núcleo de material ferroso, seu símbolo expressa essa condição
(NBR 12521).
MAGNETISMO REMANENTE
Quando um núcleo de ferro é colocado em uma bobina, em que circula uma corrente elétrica,
o núcleo se torna imantado, porque as suas moléculas se orientam, conforme as linhas de
força criadas pela bobina.
RESISTORES
Você já deve ter ouvido falar que a maioria dos circuitos eletrônicos utilizam resistores, que
são componentes fabricados com materiais de alta resistividade com a finalidade de oferecer
maior resistência à passagem da corrente elétrica. Ao limitar a corrente elétrica, nos circuitos
eletrônicos, os resistores reduzem ou dividem as tensões.
Vamos tratar agora dos resistores, de suas características elétricas, de sua simbologia,
tipos e especificações.
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Os resistores apresentam características elétricas que os diferenciam de outros componentes.
São elas:
• resistência nominal;
• percentual de tolerância;
• dissipação nominal de potência.
• RESISTÊNCIA NOMINAL
O valor da resistência elétrica especificada pelo fabricante denomina-se resistência nominal.
O valor é expresso em ohms (Ω), em valores padronizados. Temos, por exemplo, resistores
de 18Ω, 120Ω, 47kΩ e 1 MΩ.
Veja os exemplos:
- resistor de 1Ω = (10 x 10-1)Ω
- resistor de 15Ω = (15 x 100)Ω
- resistor de 220Ω = (22 x 101)Ω
PERCENTUAL DE TOLERÂNCIA
Em decorrência do processo de fabricação, os resistores estão sujeitos a imprecisões em
seu valor nominal. A variação de valor de resistência nominal que um resistor pode apresentar
em relação ao valor padronizado denomina-se percentual de tolerância. A diferença no
valor pode ser para mais ou para menos em relação ao valor nominal.
Observe na tabela anterior que um resistor de 220Ω com ±5% (tolerância), pode apresentar
valor real de resistência entre 232Ω e 209Ω.
Entretanto, o resistor pode sofrer danos ou, até mesmo, ser destruído se a potência dissipada
for maior que seu valor nominal. Em condições normais de trabalho, o acréscimo de
temperatura é proporcional à potência dissipada.
SIMBOLOGIA
Observe nas figuras a seguir os símbolos utilizados para representação dos resistores
segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
TIPOS DE RESISTORES
Segundo a sua constituição, os resistores classificam-se em:
• resistor de filme de carbono;
• resistor de filme metálico;
• resistor de fio;
• resistor para montagem em superfície (SMR).
O resistor de filme de carbono é constituído por um corpo cilíndrico de cerâmica que serve
de base à fabricação do componente. Sobre o corpo do componente é depositada uma fina
camada de filme de carbono, que é um material resistivo.
No resistor de filme metálico, o material resistivo é uma película de níquel que resulta em
resistores com valores ôhmicos mais precisos, isto é, com baixo percentual de tolerância, e
mais estáveis, isto é, com baixo coeficiente de temperatura. Devido a essas características,
os resistores de filme metálico devem ser empregados em situações que exigem maior
precisão e estabilidade.
RESISTOR DE FIO
É constituído de um corpo de porcelana ou cerâmica. Sobre esse corpo, é enrolado um fio
especial, geralmente de níquel-cromo. O comprimento e seção desse fio determinam o
valor do resistor, que tem capacidade para operar com valores altos de corrente elétrica e,
normalmente, se aquece quando em funcionamento.
Para facilitar o resfriamento nos resistores que produzem grandes quantidades de calor, o
corpo de porcelana maciça é substituído por um tubo, também de porcelana.
SMR
O resistor SMR, do inglês Surface Mounted Resistor, que significa resistor montado em
superfície, é constituído de um minúsculo corpo de cerâmica com alto grau de pureza. Nesse
corpo, é depositada uma camada vítreo metalizada formada por uma liga de cromo-silício.
Filme carbono Carbono puro Uso geral: circuitos eletrônicos, aparelhos de som e vídeo.
ESPECIFICAÇÃO DE RESISTORES
Sempre que necessário descrever, solicitar ou comprar um resistor é necessário fornecer
sua especificação completa, que deve estar de acordo com a seguinte ordem:
1. tipo;
2. resistência nominal;
3. percentual de tolerância;
4. dissipação nominal de potência.
Assim, a cor de cada anel e sua posição em relação aos demais anéis fornecem o valor da
resistência nominal e do percentual de tolerância. Esse tipo de codificação permite que os
valores sejam compreendidos independentemente da posição do resistor no circuito.
INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO
Existem resistores de filme com quatro, cinco e seis anéis coloridos. Veja a seguir as
características de cada um deles.
0 - preto
1 - marrom
2 - vermelho
3 - laranja
4 - amarelo
5 - verde
6 - azul
7 - violeta
8 - cinza
9 - branco
O primeiro anel colorido representa o primeiro algarismo que formará o valor do resistor.
ATENÇÃO!
O segundo anel colorido representa o segundo algarismo que forma o valor do resistor.
ATENÇÃO!
AS CORES VIOLETA, CINZA E BRANCA NÃO SÃO ENCONTRADAS NO 3º ANEL PORQUE OS RESISTORES
PADRONIZADOS PARA USO GERAL NÃO ALCANÇAM VALORES QUE NECESSITEM DE 7, 8 OU 9 ZEROS.
560000
verde
azul
amarelo
ATENÇÃO!
DÍGITOS
COR MULTIPLICADOR TOLERÂNCIA
SIGNIFICATIVOS
Preto 0 1X
Marrom 1 10 X ± 1%
Vermelho 2 100 X ± 2%
Laranja 3 1000 X
Amarelo 4 10000 X
Verde 5 100000 X
Azul 6 1000000 X
Violeta 7 -
Cinza 8 -
Branco 9 -
Ouro 0,1 X ± 5%
Prata 0,01 X ± 10%
sem cor ± 20%
CAPACITORES
Neste volume, vamos tratar dos capacitores: sua constituição, tipos, características. Também,
vamos tratar da capacitância, que é a característica mais importante dos capacitores.
Para entender os conteúdos, aqui tratados, você já deverá ter conhecimentos sobre:
condutores, isolantes e potencial elétrico.
CARACTERÍSTICAS
O capacitor é um componente capaz de armazenar cargas elétricas. Ele se compõe
basicamente de duas placas de material condutor, denominadas armaduras. Essas placas
são isoladas eletricamente entre si por um material isolante chamado dielétrico.
ATENÇÃO!
ARMAZENAMENTO DE CARGA
Conectando-se os terminais do capacitor a uma fonte de CC, ele fica sujeito à diferença de
potencial dos pólos da fonte.
O potencial da bateria aplicado a cada uma das armaduras faz surgir entre elas uma força
chamada campo elétrico, que nada mais é do que uma força de atração (cargas de sinal
diferente) ou repulsão (cargas de mesmo sinal) entre cargas elétricas.
O pólo positivo da fonte absorve elétrons da armadura à qual está conectado, enquanto o
pólo negativo fornece elétrons à outra armadura.
A armadura que fornece elétrons à fonte fica com íons positivos adquirindo um potencial
positivo. A armadura que recebe elétrons da fonte fica com íons negativos adquirindo potencial
negativo.
ATENÇÃO!
PARA A ANÁLISE DO MOVIMENTO DOS ELÉTRONS NO CIRCUITO, FOI UTILIZADO O SENTIDO ELETRÔNICO DA
CORRENTE ELÉTRICA. ISSO SIGNIFICA QUE AO CONECTAR O CAPACITOR A UMA FONTE CC SURGE
UMA DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE AS ARMADURAS.
A tensão presente nas armaduras do capacitor terá um valor tão próximo ao da tensão da
fonte que, para efeitos práticos, podem ser considerados iguais.
Isso significa, que, mesmo após ter sido desconectado da fonte de CC, ainda existe tensão
presente entre as placas do capacitor. Assim, essa energia armazenada pode ser
reaproveitada.
DESCARGA
Tomando-se um capacitor carregado e conectando seus terminais a uma carga haverá uma
circulação de corrente, pois o capacitor atua como fonte de tensão.
Isso ocorre porque através do circuito fechado, tem início o estabelecimento do equilíbrio
elétrico entre as armaduras. Os elétrons em excesso em uma das armaduras se movimentam
para a outra onde há falta de elétrons, até que se equilíbrio de potencial entre elas é
restabelecido.
Durante o tempo em que o capacitor se descarrega, a tensão entre suas armaduras diminui,
porque o número de íons restantes em cada armadura é cada vez menor. Ao fim de algum
tempo, a tensão entre as armaduras é tão pequena que pode ser considerada zero.
CAPACITÂNCIA
A capacidade de armazenamento de cargas de um capacitor depende de alguns fatores,
tais como:
• área das armaduras, ou seja, quanto maior a área das armaduras, maior a capacidade de
armazenamento de um capacitor;
• espessura do dielétrico, pois, quanto mais fino o dielétrico, mais próximas estão as
armaduras. O campo elétrico formado entre as armaduras é maior e a capacidade de
armazenamento também;
• natureza do dielétrico, ou seja, quanto maior a capacidade de isolação do dielétrico,
maior a capacidade de armazenamento do capacitor.
TENSÃO DE TRABALHO
Além da capacitância, os capacitores têm ainda outra característica elétrica importante: a
tensão de trabalho, ou seja, a tensão máxima que o capacitor pode suportar entre as
armaduras.
A aplicação no capacitor de uma tensão superior à sua tensão máxima de trabalho provoca
o rompimento do dielétrico e faz o capacitor entrar em curto. Na maioria dos capacitores,
isso danifica permanentemente o componente.
SEMICONDUTORES
JUNÇÃO PN
Chama-se junção PN, o contato físico entre dois cristais semicondutores dopados com
impurezas, um tipo N e outro tipo P.
• ESTRUTURA
O contato entre os cristais provoca a recombinação elétron-
lacuna na região da junção, dando origem a íons negativos
na região P e íons positivos na região N.
Os íons nas proximidades da junção formam a “barreira de potencial”, impedindo que ocorra
novas recombinações.
• PROCESSO
Uma junção PN pode ser polarizada de duas formas:
- polarização reversa
- polarização direta
DIODO SEMICONDUTOR
Diodo semicondutor é um componente eletrônico que possui a característica de conduzir
corrente elétrica somente em um sentido.
SIMBOLOGIA
O diodo semicondutor é formado por uma junção PN, onde foram conectados dois terminais
de acesso.
DIODO RETIFICADOR
O diodo retificador é o componente eletrônico que conduz corrente elétrica quando polarizado
diretamente e não conduz quando polarizado reversamente. É constituído para o
aproveitamento da característica de retificação da junção PN.
Os diodos retificadores podem ser danificados durante a operação pela destruição do material
semicondutor.
SIMBOLOGIA
EXEMPLO
Led ld30p-2 com as seguintes características técnicas:
- Fabricante: lcotron
- Cor emitida: vermelho
- Tecnologia: Gaasp (Arsíaneto de Galio)
- Comprimento da onda: λ (nm) -665 ± 15
- Encapsulamento: vermelho difuso
- Intensidade luminosa: iv (mcd) (if 20ma) - 0,63.... 1,25
- Tensão direta em volts com if = 20ma : 1,6 ≤ 2.0v
- Corrente direta máxima: l00ma
TRANSISTORES
O transistor pode ser definido como um componente semicondutor que promove a
amplificação de sinais. Muitas aplicações impossíveis de serem implementadas com válvulas
eletrônicas, tornaram-se viáveis técnica e economicamente com a sua utilização.
O nome transistor vem da capacidade que ele tem de transferir corrente de uma região de
baixa resistência para uma região de alta resistência.
SIMBOLOGIA
Para que as características próprias do transistor possam ser obtidas, a região intermediária
deve ser a mais estreita possível.
A análise anterior efetuada para o transistor NPN é análoga para o transistor PNP, com
polarização adequada.
BATERIA
Logo, ao contrário do que comumente se acredita, as baterias não são depósitos de energia
elétrica mas sim de energia química, até que um circuito seja conectado em seus pólos,
dando origem a uma reação química que ocorre em seu interior, convertendo esta energia
química em elétrica que é então fornecida ao circuito.
Na grande maioria dos veículos, a bateria é instalada o mais próximo possível do motor de
partida, o qual é o seu maior consumidor de energia. Esta medida visa garantir um melhor
fornecimento de energia ao motor de partida, diminuindo as perdas nos condutores.
CAIXA
A caixa é feita com um material leve, o propileno, excepcionalmente resistente e durável. A
caixa facilmente resiste às vibrações que ocorrem em serviço, em diversos tipos de terrenos.
ELEMENTO OU CÉLULA
É um conjunto de placas e separadores agrupados, ligados em paralelo. Os elementos de
bateria estão apoiados sobre pontes, sem tocar no fundo da caixa. Esse espaço existente é
utilizado para receber a sedimentação de resíduos que se fragmentam das placas, evitando
um curto-circuito entre elas. O elemento ou célula é composto de placas e separadores.
• PLACAS
As placas positivas e negativas são chapas semelhantes a uma peneira grossa, mas na
verdade são grades (compostas de uma liga de chumbo antimônio), coberta de material
ativo. O material ativo usado nas placas positivas é o peróxido de chumbo (PbO ) que lhes
2
dá uma coloração marrom escura; já nas placas negativas, o material ativo usado é o chumbo
esponjoso (Pb), que lhes dá uma coloração cinza.
• SEPARADORES
Para a montagem do elemento, entrelaçam-se as placas positivas e negativas introduzindo-
se entre elas separadores isolantes, o que impede que ocorra curto-circuito entre as placas.
Por ser microporoso, o separador possibilita a passagem de íons que são transferidos das
placas para o eletrólito durante as reações internas da bateria.
BORNES
São pontos de conexão entre a bateria e os circuitos consumidores externos. As baterias
são equipadas com um borne positivo e outro negativo, ambos em chumbo. O borne positivo
possui o sinal mais (+) gravado e é, de uma maneira geral, de cor mais escura e de maior
diâmetro do que o borne negativo, que possui o sinal menos (-) gravado.
ELETRÓLITO
Este conjunto de placas (elementos) é imerso em solução de ácido sulfúrico e água destilada
(eletrólito) que vai provocar a reação entre metais ativos das placas. Quando a bateria está
totalmente carregada, a solução fica com aproximadamente 36% ácido e 64% água (por
peso) e é dito que sua densidade é de 1,260g/l à temperatura de 26,5ºC.
O ácido sulfúrico tem peso diferente da água:é mais pesado. Por conseguinte, quando a
bateria está descarregada, o eletrólito pesa pouco; quando a bateria está carregada, pesa
mais.
Há outras formas de se definir densidade, entretanto, para o nosso estudo, vamos chamar
de densidade o quanto pesa um determinado volume. A densidade da água é 1. Isso significa
que um litro de água pesa 1 quilo. O ácido sulfúrico puro tem a densidade de 1,84, ou seja,
ele pesa 1,84 vezes mais que a água.
No caso da bateria, o eletrólito tem uma densidade de 1260g/l, isto é 1,26 mais pesado que
a água. Quando a bateria se descarrega totalmente, surge mais água no eletrólito e ele fica
mais diluído, a sua densidade cai para 1,16.
• NÍVEL DO ELETRÓLITO
Uma pequena diminuição no nível do eletrólito da bateria, temporariamente pode ser
considerada normal, devido à evaporação da água. Isso ocorre no processo de carga da
bateria, que liberta átomos de hidrogênio e de oxigênio que escapam pelos furos de respiros
das tampas.
As leituras das densidades de cada vaso (elemento) não devem variar de 50 unidades g/l
entre elas. Se isso acontecer, a bateria deverá ser substituída.
• PROCESSO DE DESCARGA
Conectando-se aos pólos de uma bateria os terminais de um consumidor, neste será aplicada
uma diferença de potencial elétrico, fazendo circular no sistema uma corrente elétrica. Neste
momento a bateria está em reação de descarga.Neste processo há uma reação química
entre as placas e o eletrólito da bateria, resultando daí o radical
sulfato SO .O radical sulfato (SO ) passará tanto para as placas
4 4
positivas quanto para as placas negativas transformando-se em
sulfato de chumbo (PbSO ). Quanto mais intensa e prolongada for
4
a descarga maior será esta concentração.
ATENÇÃO!
QUANDO UM CIRCUITO EXTERNO É CONECTADO ENTRE OS PÓLOS DA BATERIA, INICIA-SE UM FLUXO DE CORRENTE
QUE DESLOCA OS ELÉTRONS DAS PLACAS NEGATIVAS PARA AS POSITIVAS, ATÉ QUE HAJA O EQUILÍBRIO ELÉTRICO.
AO MESMO TEMPO, AS PLACAS “ABSORVEM” OS RADICAIS SULFATO (SO ) E O ELETRÓLITO FICARÁ MENOS DENSO.
4
• PROCESSO DE CARGA
O processo de carga de uma bateria consiste em provocar a reação química oposta à
ocorrida na descarga. Para tal, deve-se aplicar à bateria uma tensão maior que a sua tensão
nominal. Desta maneira, faremos circular uma corrente, desta vez em sentido oposto à
descarga.
Esta corrente fará com que o radical sulfato (SO ) que estava ligado
4
às placas de chumbo, dissocie-se e junte-se ao hidrogênio da água
(H), formando novamente ácido sulfúrico (H SO ) e assim voltando
2 4
a densidade correta.
As placas restabelecer-se-ão, ficando a negativa com chumbo puro (Pb) e a positiva com
peróxido de chumbo (PbO ), após receber oxigênio (O ) da água.
2 2
ATENÇÃO!
QUANDO APLICA-SE À BATERIA UMA TENSÃO MAIOR QUE A SUA TENSÃO NOMINAL, FAZ-SE CIRCULAR UMA
CORRENTE EM SENTIDO CONTRÁRIO À DESCARGA, ATÉ QUE HAJA O DESEQUILÍBRIO ELÉTRICO.
AS PLACAS LIBERAM OS RADICAIS SULFATO (SO ) E O ELETRÓLITO FICA MAIS DENSO.
4
CAPACIDADE NOMINAL
É a condição quantitativa de armazenamento de energia que possui uma bateria. A
capacidade de armazenamento depende da quantidade de material ativo, contido nas placas
da bateria. A unidade de medida de capacidade é Ampères x horas (Ah). Este é a critério
mais usado. Baseia-se na corrente que a bateria pode fornecer constantemente durante
20h de descarga à temperatura de 26,5ºC, sem que sua tensão “caia” abaixo de 10,5 volts
(especificado na caixa da bateria).
Por exemplo: uma bateria que consegue fornecer 3A continuamente, durante 20 horas, é
classificada como bateria 60Ah (3A x 20 horas = 60Ah).
DURABILIDADE
A durabilidade da bateria está relacionada a vários aspectos de seu uso. Um dos aspectos
preponderantes é a profundidade de descarga.
• PERDA DE CARGA
As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que não sejam
solicitadas para nenhum uso. Isto ocorre porque reações químicas secundárias indesejáveis
acontecem todo o tempo dentro da bateria. Esta autodescarga como é chamada, varia em
função da temperatura.
Por exemplo: uma bateria de 36Ah à temperatura de 38ºC poderá estar descarregada em 4
meses, enquanto que armazenada à temperatura de 10ºC pouco perderá em 1 ano.
Tanto a umidade como a sujeira sobre a bateria podem provocar uma fuga de corrente
entre os terminais da bateria e o chassis do automóvel que provocam sua descarga.
O ácido que se desprende da bateria além de causar sua descarga pode também atacar as
chapas do automóvel, roupas e pele humana. Portanto, é bastante importante manter os
pólos e a bateria sempre limpos e secos.
TESTES NA BATERIA
Cuidados especiais devem ser observados ao se efetuar um teste em um sistema elétrico
que apresenta funcionamento deficiente.
Alguns defeitos atribuídos à bateria podem ser ocasionados por outros componentes do
sistema. Assim, possíveis falhas da bateria devem ser pesquisadas cuidadosamente, não
só para evitar a indevida substituição de baterias em condições normais de funcionamento,
como para evitar trabalhos desnecessários para a eliminação de falhas cuja origem se
localiza em outras áreas e que poderia vir a inutilizar a bateria.
OBSERVAÇÃO
As informações referentes aos itens 5 a 8 aplicam-se às temperaturas superiores a 18ºC,
com uso do equipamento da SUN modelo VAT 38”.
Deve-se, nesse caso, aplicar uma carga rápida durante 30 minutos e fazer nova verificação
na densidade. Se apenas um pequeno aumento do peso específico do eletrólito for observado
ou se não houver aumento, deve-se aplicar uma carga lenta durante 24 a 36 horas e efetuar
nova verificação de densidade.
Se não for obtido um peso específico do eletrólito de pelo menos 1250g/l ou se houver
entre os elementos uma variação de 40 g/l ou mais, a bateria está danificada.
TESTE DE BATERIAS
• CARGA LENTA
A maioria das baterias pode ser carregada totalmente de 12 a 14 horas. Uma bateria está
completamente carregada quando os vasos formam gases (borbulham) e a densidade deixa
de subir em 3 leituras sucessivas, tomadas a intervalos de uma hora.
Em uma bateria de 15 placas em cada vaso, 7 são positivas e 8 são negativas. o regime
recomendado de carga lenta é de 1/10 da capacidade da bateria. Exemplo: bateria de 36
Ah - corrente para recarga = 3,6 ampères.
• CARGA RÁPIDA
A carga rápida não recupera totalmente uma bateria porém deve ser suficiente para que
forneça energia ao veículo em um caso de emergência.
Nunca deve-se aplicar a carga rápida numa bateria com densidade acima de 1250 g/l. O
regime da carga rápida é de no máximo 1/3 da capacidade nominal da bateria. Exemplo:
bateria de 36 Ah - corrente para recarga = 12 ampères.
A temperatura sobe durante a carga rápida. Se for superior a 49ºC é conveniente diminuir a
intensidade da corrente de carga para evitar danos na bateria.
RECARGA
Antes de submeter a bateria à recarga, deve-se:
1. Verificar o nível do eletrólito, completando-o, se necessário, até aproximadamente 1,5cm
acima das placas.
2. Ligar os terminais do carregador aos da bateria. As ligações dos equipamentos de teste
do sistema elétrico e baterias devem ser feitas de acordo com as instruções do fabricante
do aparelho.
3. Selecionar o tipo de carga no carregador. Neste instante, a voltagem sobre os terminais
da bateria não poderá ultrapassar 14,5V. Valores superiores a 14,5V indicam defeito
interno na bateria.
OBSERVAÇÃO
Mantenha as tampas dos elementos removidas durante o processo de carga pois há liberação
de oxigênio e de hidrogênio da solução. Mesmo depois de finda a carga, a célula pode
acumular hidrogênio, que fica retido no elemento. O hidrogênio, dentro de certa concentração
na atmosfera, torna-se altamente explosivo. Por isso, evite realizar esse processo de carga
perto de locais que possam ter fogo ou faíscas.
A corrente total do circuito será a soma da corrente que cada bateria estará recebendo do
carregador. Caso uma bateria esteja danificada, a corrente desta irá distribuir-se entre as
outras, podendo provocar um excesso de carga; por este motivo, é preferível que a recarga
seja aplicada através de um circuito em série.
As ligações devem ser executadas de forma a unir o pólo negativo da primeira bateria, ao
positivo da segunda e assim sucessivamente. A garra positiva do carregador deve ser ligada
ao borne positivo da primeira bateria; a garra negativa do carregador deve ser ligada ao
borne negativo da última bateria.
A tensão fornecida por este tipo de carregador deve ser ligeiramente maior que a soma
das tensões das baterias sob carga. Por exemplo: para recarga de 3 baterias em série
Vs = ±42V.
INSPEÇÃO PRELIMINAR
Deve-se efetuar, periodicamente, uma inspeção visual da bateria verificando:
• a fixação ao suporte: a bateria não deve estar frouxa, para evitar danos às placas, por
vibração, nem excessivamente apertada;
• os cabos: quanto a corrosão e desgaste do isolamento;
• as conexões: quanto a fixação, corrosão e limpeza; as partes corroídas - bornes, terminais,
cabos, etc. - devem ser limpas com uma mistura de água + bicarbonato de sódio ou água
+ amoníaco e uma escova de cerdas duras;
• jamais deve-se raspar a camada de chumbo dos terminais ou dos cabos;
• o nível do eletrólito: deve ser mantido 1,5cm acima das placas. Atentar para vestígios de
corrosão no suporte; esta característica pode indicar que o eletrólito foi derramado e,
caso não reposto prontamente, pode ter provocado a sulfatação das placas, aumentando
a taxa de descarga da bateria;
• a caixa: quanto a trincas, quebras e deformações; sujeira, em excesso na tampa, pode
provocar a descarga da bateria;
• as tampas dos elementos: quanto a quebra, trincas e obstrução dos tubos de respiro;
• a limpeza: a taxa de descarga pode ser superior à normal, se uma quantidade considerável
de eletrólito for derramada ou se a parte superior da bateria não estiver completamente
limpa. É importante que a bateria seja mantida limpa.
MANUTENÇÃO
O tempo máximo de vida útil de uma bateria somente é atingido quando forem tomados os
necessários cuidados para a sua manutenção e realizadas as inspeções periódicas
recomendadas. Sua capacidade de carga não deve ser excedida por sobrecarga excessiva
e constante, devendo serem observados os requisitos de carga.
2. Ao reabastecer os elementos da bateria, usar somente água destilada; não usar água
de chuva ou de nascente.
3. Conservar a bateria com pelo menos 3/4 de sua carga, evitando, assim, que as placas
se sulfatizem e percam a eficiência.
5. A carga rápida causa um aquecimento repentino na bateria: assim sendo, não deve-se
permitir que temperaturas superiores a 50ºC sejam atingidas, o que poderia danificá-la.
8. Nunca retirar o eletrólito de um elemento cujo nível tenha sido recentemente completado
com água, não tendo, ainda, a bateria sido recarregada.
OBSERVAÇÕES
• Leituras inferiores a 0,5V
- caixa da bateria está em boas condições, necessitando apenas de limpeza.
• Leituras superiores a 0,5V
- limpe a superfície da bateria com uma solução de amônia ou bicarbonato de sódio, e
depois com água. Seque-a, a seguir, e repita o teste.
PRECAUÇÕES
• Os gases liberados durante o período de carga são explosivos. Nunca se deve aproximar
chamas ou permitir faíscas próximas ao local de recarga ou de baterias recentemente
carregadas. Não se deve fumar.
• O ácido sulfúrico usado nas baterias irrita a pele, olhos, nariz e garganta, causando
queimaduras. Deve-se, então, evitar respingos ou contatos com a pele, olhos e roupa. É
recomendável utilizar luvas de proteção e óculos de segurança resistentes a ácidos;
equipamentos comuns de proteção podem ser danificados. É recomendável, também,
ter sempre à mão água e sabão, para casos de respingos acidentais. Em uma emergência,
deve-se neutralizar a ação do ácido, aplicando sobre a parte atingida uma solução de
bicarbonato de sódio ou solução básica (alcalina, fraca). É muito importante evitar a
inalação de vapores ácidos.
Se os olhos forem atingidos, deve-se lavá-los imediatamente com água corrente, durante
cerca de 15 minutos.
SISTEMAS DE AVARIAS
Baterias submetidas a longos períodos de inatividade, em estoque ou instaladas em veículos,
requerem cuidados especiais de manutenção a fim de evitar sua deterioração.
• PLACA SULFATADA
A placa sulfatada reduz a vida útil da bateria. É decorrente de
um longo período de inatividade de uma bateria descarregada
ou a sua utilização com nível baixo de eletrólito.
• PLACA SOLTA
Conseqüência de vibrações causadas pela má fixação da bateria ao seu suporte.
• PLACA EMPENADA
Placas empenadas são conseqüência de superaquecimento provocado por sobrecarga na
bateria. A placa torta força o separador, danificando-o e ocasionando o curto-circuito.
A grade é feita com uma liga dos elementos chumbo e cálcio que, através de um novo
processo de fabricação, caracteriza uma nova geração que necessitam de pouca
manutenção.
Podemos destacar, também, outras vantagens no uso das grades de chumbo e cálcio:
• melhor condutividade;
• menor taxa de autodescarga;
• maior resistência à degradação térmica;
• maior resistência à corrosão.
• PLACA
As grades, uma vez empastadas com o material ativo (podendo ser a pasta positiva ou
negativa) passam a ser chamadas placas. O material ativo é o responsável pela principal
função da bateria, ou seja, converter energia.
A utilização do óxido de chumbo não micronizado resulta em desempenho inferior das baterias
convencionais.
• SEPARADOR
É utilizado para evitar que as placas se toquem. Por ser microporoso, possibilita a passagem
dos íons que se transferem das placas para o eletrólito durante as reações internas da
bateria.
• ENVELOPES SEPARADORES
Nas baterias são utilizados envelopes separadores, sendo envelopadas as placas negativas.
O envelope separador é microporoso para que o eletrólito possa penetrar e a corrente
elétrica fluir das placas de um grupo para as placas de outro grupo com polaridade oposta.
OBSERVAÇÃO
Resistência mecânica é a resistência às vibrações e ao manuseio durante o processo
produtivo da bateria.
O envelope separador evita curto-circuitos porque as três bordas das placas estão seladas.
Nas baterias convencionais, são utilizados separadores comuns de PVC ou celulose, apenas
intercalados, que protegem somente a face da placa, o que possibilita a migração do material
ativo desagregado.
• CONECTOR DE PLACAS
Tem como função unir as placas de um mesmo tipo formando grupos positivos e negativos.
A combinação de um grupo positivo com um negativo dá origem a um elemento.
• ELEMENTO
É um grupo de placas positivas e negativas intercaladas. Entre as placas existe necessidade
de um separador, pois se as placas se tocarem ocorre um curto-circuito. O elemento está
pronto para ser colocado dentro da caixas da bateria. Os elementos são, freqüentemente,
chamados células.
• ELETRÓLITO
O eletrólito consiste de ácido sulfúrico e água. Cada célula é cheia com eletrólito de maneira
que as placas fiquem totalmente cobertas pela solução.
• CAIXA
A caixa é feita com um material leve, o polipropileno, excepcionalmente resistente e durável.
Facilmente resiste às vibrações que ocorrem em serviço em diversos tipos de terrenos. É
dividida em seis células separadas, sendo colocado um elemento em cada célula. Com seis
células conectadas em série, a tensão nominal através dos terminais é de 12 volts. Porém,
para a geração de tensão e corrente, os elementos devem estar completamente imersos,
no eletrólito.
• TAMPA
A tampa é feita do mesmo material da caixa. É injetada em uma só peça e selada a quente
na caixa. A selagem deve ser resistente e não pode permitir vazamentos.
Deste modo, nenhuma quantidade de água é expelida junto com os gases e a perda de
água é praticamente eliminada. As baterias convencionais não têm este dispositivo separador
líquido-gás, ocorrendo a perda de água o que contribui para a necessidade de adição de água.
ATENÇÃO!
INDICADOR DE TESTE ESCURO NÃO SIGNIFICA BATERIA DEFEITUOSA, E SIM BATERIA DESCARREGADA.
INDICADOR DE TESTE CLARO INDICA DEFEITO NO SISTEMA ELÉTRICO DO VEÍCULO.
• DISPOSITIVO ANTICHAMA
A tampa também é provida de respiros que permitem a saída dos gases produzidos durante
o uso da bateria. Um dispositivo antichama não removível poroso é colocado nos respiros,
evitando uma explosão interna ou incêndio da bateria. Este item de segurança não equipa
baterias convencionais.
45 45 425 D
Polaridade
C.C.A.
Tipo de Caixa
Capacidade Nominal (Ah)
EXEMPLO
Resultado de teste realizado
Bateria de 45 Ah
Corrente de descarga aplicada (1/20 de C20) = 2,25A
Tempo de descarga obtido: 21 horas
Portanto: Capacidade real = 2,25A X 21 h = 47,25Ah
Valores de C20 estão listados na tabela “Características técnicas de baterias”.
• TIPO DE CAIXA
As caixas são codificadas pelas letras A, B, C, D, E e H. Suas dimensões e a forma de
fixação estão listadas na tabela “Características Técnicas de Baterias”, nas colunas
encimadas por “Dimensões Externas” e “Fixação”. Neste caso, a letra C significa caixa de
242mm de comprimento, por 175mm de largura por 175mm de altura e fixação 2.
• POLARIDADE
É a localização direita (D) ou esquerda (E) do pólo positivo. A identificação “DF” (Direito
Ford) indica pólos somente para os veículos da Ford. Veja detalhe na tabela de
“Características técnicas de bateria”.
A corrente de descarga para este teste é de 25 ampères a 27ºC, até a voltagem entre os
pólos atingir 10,5 volts.
MONTAGEM
FIXAÇÃO
PÓLOS
100H600E 100H1 100 160 600 300 330 172 239 E2 3/4 I
100H750E 100H1 100 165 750 370 330 172 239 E2 3/4 I
100H900E 100H1 100 165 900 450 330 172 239 E2 3/4 I
Amarelo claro Nível baixo de eletrólito Substituir a bateria (se não houver “partida”)
OBSERVAÇÕES
• Leia a voltagem da bateria.
• Determine aproximadamente a temperatura da bateria e utilize a tabela a seguir.
• Se a voltagem obtida é menor do que a mencionada na tabela, reponha ou troque a
bateria. Se igual ou maior, a bateria está em condições normais de funcionamento.
ALTERNADORES
O alternador é acionado pelo motor por meio de correias e polias. Sua finalidade é alimentar
de energia elétrica todos os consumidores e carregar a bateria. Para isso, o alternador
transforma energia mecânica do motor do veículo em energia elétrica.
Os veículos mais antigos utilizavam para transformar energia mecânica em elétrica o dínamo,
porém esse dispositivo não possui eficiência em marcha lenta, o que não ocorre no alternador
que gera em rotações mais baixas (marcha lenta).
PRINCÍPIO ELETRODINÂMICO
O princípio eletrodinâmico baseia-se no seguinte: Em um condutor elétrico que “corta” as
linhas de força de um campo magnético, é induzida uma tensão elétrica (força eletromotriz
- FEM), sendo indiferente que o campo magnético fique estacionário e o condutor elétrico
em movimento ou, vice-versa, o condutor estacionário e o campo magnético móvel. No
alternador, o condutor elétrico (representado pelo enrolamento do estator) é estacionário e
o campo magnético efetua um movimento de rotação. Daí o nome de “rotor”. Como os
pólos do campo magnético modificam constantemente a sua posição em virtude da rotação,
forma-se no condutor uma tensão com valores e direção que se alternam ou seja uma
tensão alternada.
CORRENTE TRIFÁSICA
No alternador, o enrolamento do estator se compõe de três bobinas. Em cada uma delas,
forma-se uma tensão alternada que recebe o nome de “fase” (fases U, V, W). As bobinas
acham-se dispostas de maneira tal que cada fase se acha a 120º da outra. Essa corrente
alternada de três fases chama-se “corrente trifásica”. A corrente trifásica resulta num
aproveitamento melhor do gerador do que a corrente alternada de única fase.
1 rotação
Uu u
120º 240º
v
Uv
120º
w
Uw
240º
u v w
U
1 período
As três fases acham-se encadeadas entre si por meio de conexão estrela ou triângulo. As
figuras a seguir mostram o símbolo de ligação dos dois tipos de conexão e esquematicamente
a disposição no estator.
U U
u v w v u w v u w
+ +
–
1 período 1 período
A conexão para retificação de onda completa é usada não somente para retificação da
corrente de carga do alternador, mas também para a corrente de excitação, que deve
magnetizar os pólos do campo de excitação.
CORRENTE DE PRÉ-EXCITAÇÃO
Os alternadores são, via de regra, auto-excitantes. Isso significa que a corrente de excitação
é obtida na própria máquina, visto ser desviada da corrente principal.
Como é possível a excitação (ou seja, a formação de um campo magnético) quando ainda
não há passagem de corrente de excitação? Para responder a essa pergunta, é preciso
saber o que significa “magnetismo remanente” ou “remanência magnética”. Ao ser desligada
a corrente de um eletroímã, o respectivo campo magnético não desaparece por completo,
mas um pequeno resto continua existindo no núcleo de ferro. Quando o alternador for
acionado pelo motor do veículo, o magnetismo remanente no núcleo de ferro provocará a
formação de uma pequena força eletromotriz no enrolamento do alternador. Essa pequena
tensão, por sua vez, provocará a passagem de uma pequena corrente elétrica no circuito
fechado do enrolamento de excitação de maneira que o magnetismo remanente é acrescido
de um pouco de eletromagnetismo, que reforça o campo de excitação. Em virtude do campo
de excitação mais forte, resultará uma força eletromotriz mais elevada, etc., constituindo-se
finalmente o valor desejado da força eletromotriz, correspondente à rotação do alternador.
O campo de magnetismo remanente do rotor produzirá a referida tensão somente com uma
rotação elevada. Por isso, é necessária a pré-excitação do alternador na partida do motor.
A maneira mais prática é sob a forma de corrente da bateria, através da lâmpada indicadora
de carga. Após ligado o motor, a corrente de pré-excitação terá o percurso apresentado na
figura a seguir.
Em geral, os alternadores podem funcionar nos dois sentidos de rotação por não haver
necessidade de inversão de corrente (como é o caso nos dínamos). O sentido da rotação
depende exclusivamente do tipo de ventilador empregado.
TIPOS DE ALTERNADORES
Os tipos de alternadores são: alternador de rotor com pólos tipo garra e anéis coletores,
alternador de pólos individuais com anéis coletores (linha automotiva), alternador de rotor
com pólo interno sem coletor, alternador de rotor com pólos tipo garra e unidade excitatriz.
A figura a seguir mostra mais claramente as peças de um alternador K1 com pólos tipo
garra. O rotor gira em dois rolamentos de esferas. O enrolamento de excitação recebe
corrente elétrica através das escovas pressionadas contra os anéis coletores. Os anéis
coletores giram com o rotor e se acham protegidos contra sujeira e água.
Diâmetro externo
G = 100 ... 109mm
K = 120 ... 139mm
T = 170 ... 199mm
U = mais de 200mm
* A tensão de carga (7 volts, 14 volts, 28 volts etc) não deve ser confundida com a tensão nominal. É a tensão
mediante a qual o alternador funciona e consta da sua chapinha de indicação. É um valor aproximado da tensão
de carga necessária para os diversos tipos de bateria e condição de funcionamento. A tensão nominal, por sua
vez, é a tensão de bateria padronizada, isto é, a tensão da rede com o alternador parado (6, 12, 24 volts etc ... ).
Essa tensão nominal também é gravada nos motores de partida e motores elétricos em geral.
** No alternador com mancais próprios, visto do seu lado de acionamento. Rotação à direita = no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio.
∅ DA SISTEMA Nº DE ANÉIS
TIPO RETIFICADOR REGULADOR FIXAÇÃO APLICAÇÃO
CARCAÇA DE ROTOR PÓLOS COLETORES
carros,
pólos anexo em
G1 100...109 12 com incorporado braço caminhões,
tipo garra separado
tratores
anexo em carros,
pólos
K1 130 12 com incorporado braço caminhões,
tipo garra separado
tratores
REGULADOR DE TENSÃO
Ao gerador (dínamo ou alternador) são feitas demandas elevadas, pois a tensão tem que
ser mantida no valor exigido pelos diversos consumidores elétricos
e a bateria receber sempre carga suficiente (mas não em demasia),
não obstante as alterações da rotação do motor do veículo e as
enormes variações de carga nos diversos âmbitos entre o regime
de marcha lenta e o de plena carga. Por isso, são necessárias
medidas especiais para uma regulagem automática da tensão, o
que se obtém com os reguladores, de comprovada eficiência, que
acompanham cada gerador de energia elétrica.
Isso se passa com tanta rapidez, que a tensão do alternador fica praticamente ajustada no
valor constante desejado, não havendo nenhum tremular perceptível da luz.
REGULADORES DE CONTATO
Os reguladores de contatos são empregados de preferência com os tipos menores de
alternadores, “G1” e “K1”. No regulador de contatos, a modificação alternada da corrente de
excitação é feita pela abertura e fechamento de um contato móvel, pressionado contra um
contato fixo pela ação de uma mola. No momento em que a tensão nominal for ultrapassada,
um eletroímã, influenciado pela tensão do alternador e agindo contra a força da mola, abre
os contatos. Um resistor é ligado no circuito de corrente de excitação, resultando na diminuição
da corrente de excitação e, conseqüentemente, queda da tensão do alternador. Quando a
tensão do alternador baixar além da tensão nominal, a força da mola vence a força do
eletroímã e os contatos fecharão novamente.
REGULADORES ELETRÔNICOS
Para alternadores de potências médias e maiores empregam-se - para a regulagem da
tensão - reguladores eletrônicos, com os quais é possível controlar com absoluta segurança
as elevadas correntes de excitação dos alternadores; são além disso de elevada durabilidade
(funcionamento sem desgaste). Os reguladores eletrônicos contém transistores e diodos Z
(diodos Zener), como elementos semicondutores.
• TRANSISTOR
A figura a seguir mostra como, em lugar de um relé, com um eletroímã e contatos (à direita),
um transistor (à esquerda) pode desempenhar a mesma função. No momento em que é
ligado o interruptor no circuito de comando do relé, os contatos do relé fecham o circuito de
corrente principal (circuito de trabalho), portanto com uma corrente relativamente fraca pode
ser comandada uma corrente de trabalho mais forte. Exatamente a mesma coisa ocorre
com o transistor representado na parte esquerda da figura. No momento em que for ligado
o interruptor no circuito de comando, flui uma corrente de comando do terminal negativo da
bateria através do interruptor pelo resistor, à base B, emissor E, ao terminal positivo da
bateria. Em virtude da corrente que passa entre a base e o emissor, o trecho emissor-
coletor (E-C) se tornará condutor, a corrente principal estará ligada. Essa é a característica
principal do transistor.
REGULAGEM DE TENSÃO
O regulador transistorizado, representado de maneira simplificada, funciona da seguinte
maneira:
Partindo do borne D-, passa uma corrente elétrica através de R3, base de transistor principal
T1, emissor “E” do mesmo e atinge o borne D+ (o resistor “R3” serve de proteção contra a
ocorrência de um curto-circuito entre D- e D+). Com isso o trecho C-E se torna condutor, a
corrente de excitação passa agora de D-, enrolamento de excitação, conexões DF, trecho
C-E e atinge D+. O alternador atinge com isso a sua excitação total e a tensão aumenta. A
tensão do alternador vai ter também ao divisor de tensão “R1 - R2”, o qual, por sua vez,
fornece a tensão Zener. Quando for atingida a tensão de aproximadamente 28 volts, a
tensão no resistor R2 será igual à tensão Zener e o diodo Z se tornará condutor. O diodo Z
liga o transistor de comando “T2”. A base do transistor principal “T1” ficará ligada ao borne
D+ através do transistor T2. Não haverá mais passagem de corrente de base. Com isso, o
transistor principal “T1” abrirá o circuito da corrente de excitação. O alternador deixará
então de ser excitado. A tensão baixará para menos do valor teórico, e o diodo Z interromperá
a corrente de base do transistor “T2”. Com isso, a base do transistor principal “T1” será
ligada, através do resistor “R3”, ao borne “D+”. O transistor principal “T1” tornará a ligar a
corrente de excitação.
Esse jogo se repete em uma seqüência rápida, resultando uma tensão regulada com muita
exatidão.
ELIMINAÇÃO DE DESARRANJOS
Em caso de defeitos no equipamento gerador de corrente, deve-se levar em consideração
que nem sempre as causas se encontram no alternador ou no regulador de tensão. Podem
encontrar-se também na bateria, nos condutores, etc.
Para os desarranjos que eventualmente possam ocorrer, veja a seguir as possíveis causas
e os respectivos meios de corrigi-los.
A lâmpada piloto acende com a chave • Existe um ou mais diodos retificadores positivos queimados
de ignição desligada (motor parado). (em curto-circuito).
MOTORES DE PARTIDA
Motores de combustão não dispõem de força própria para sua partida, como por exemplo
uma máquina a vapor, necessitando de um dispositivo impulsor para a partida, ou seja, um
motor de partida.
Não é suficiente girar o motor, a função de um motor de partida é fazer com que o motor
atinja um número mínimo de rotações (40 a 80 RPM no motor a gasolina, 100 a 200 no
motor diesel) para que seja conseguida a mistura ar- combustível ideal e, no motor diesel,
que seja conseguida também a temperatura necessária na câmara de combustão.
Isto se deve ao fato de que um condutor pelo qual flui corrente elétrica exerce uma força em
um campo magnético. A intensidade desta força é proporcional à intensidade do campo
magnético e à intensidade da corrente elétrica, e maior quando campo magnético e corrente
estão perpendiculares entre si.
O torque tem então sempre o mesmo sentido de rotação e permite uma rotação contínua da
espira. Esta inversão da corrente é feita em um coletor
(inversor de corrente) que neste caso é constituído de
dois segmentos semicirculares isolados entre si, aos quais
estão ligadas as duas extremidades da espira. Duas
escovas de carvão estão ligadas com a fonte de tensão
e, assim, flui corrente elétrica através das espiras
individuais.
O campo magnético pode ser gerado por ímãs permanentes ou por eletroímãs (pólos
eletromagnéticos com enrolamento de excitação). Conforme a ligação do enrolamento de
excitação, pode-se diferenciar entre motores de partida com enrolamento em derivação,
em série e em dupla derivação. De um modo geral, os motores de partida possuem, não
duas, mas quatro sapatas polares, com o que se consegue melhor aproveitamento dos
condutores. Em contato com o coletor encontram-se, em geral, também quatro escovas
ligadas aos pares ao borne positivo e negativo da bateria. Por meio dos pólos do motor de
partida, com exceção dos de pequena potência, de tipo ímã permanente, obtém-se o campo
magnético por eletroímãs (bobinas de campo).
Nos motores elétricos de partida, o eletroímã é formado de uma carcaça polar de formato
tubular, em cuja parte interna estão fixadas, em geral, quatro sapatas polares (ímãs polares).
Essas sapatas polares possuem, desde que não se trate de ímãs permanentes como no
motor de partida tipo DW, um enrolamento de excitação (ou bobina de campo) através do
qual flui a corrente para a excitação do campo magnético.
Para que as linhas do campo apontem sempre em uma direção, a bobina de campo é alimentada
com corrente contínua. Como as linhas do campo magnético estão sempre fechadas e se
propagam muito bem no ferro, as carcaças polares e as sapatas polares são feitas desse
material (mais precisamente um aço com propriedades magnéticas excepcionalmente boas).
Nos canais deste núcleo de ferro estão as espiras, ou seja, o enrolamento do induzido,
ligado nas lâminas individuais do coletor. O coletor é fixado diretamente no eixo do induzido.
No coletor encostam, na maioria das vezes, quatro escovas de carvão, devido à mais favorável
passagem de corrente, ligadas aos pares no pólo positivo (+) e no pólo negativo (-) da
bateria (ou massa). O coletor, mediante constante inversão de corrente, cuida para que a
polaridade no induzido inverta em tempo, ao passo que os pólos magnéticos na carcaça
polar mantém sua polaridade inalterada.
OBSERVAÇÃO
O motor elétrico adapta automaticamente a sua corrente elétrica à carga mecânica que tem
de mover.
CHAVE MAGNÉTICA
A função básica de uma chave magnética é comutar altas correntes por meio de correntes
elétricas relativamente baixas.
Como na partida, a corrente no motor alcança algumas centenas de ampères - nos tipos
maiores até mais de mil ampères - geralmente são utilizadas tais chaves no circuito de
partida. Para a ligação da corrente de pequena intensidade, chamada corrente de comando,
é suficiente um dispositivo mecânico (botão de partida, chave de partida).
As figuras a seguir mostram a construção de uma chave magnética. O núcleo fixo, preso à
carcaça, penetra na bobina de um lado; pelo outro, penetra o núcleo móvel. A distância
entre núcleo fixo e o núcleo móvel corresponde ao curso do núcleo móvel. Carcaça, núcleo
fixo e núcleo móvel formam um circuito magnético.
A vantagem desse tipo de chave magnética é uma melhor resistência térmica. Durante a
atração, desenvolve-se uma força magnética mais elevada, e o circuito magnético, uma vez
fechado, curto-circuita o enrolamento de chamada; permanece o campo magnético da bobina
de retenção, o qual é suficiente para reter o núcleo móvel, até a abertura da chave de
partida.
Sob a ação do campo magnético, o núcleo móvel é atraído para o interior da bobina: fecha-
se a ponte de contato com os bornes. Há um contato perfeito graças à mola existente entre
o anel de trava no eixo do núcleo móvel e a ponte. A mola de retrocesso faz com que os
contatos se abram depois de desligada a chave. Nas chaves magnéticas para motores de
partida, o curso móvel é utilizado também para deslocar o pinhão no sentido axial.
Há chaves (também usadas em motores de partida) com funcionamento similar, que porém
só provocam o deslocamento do pinhão.
SISTEMA DE ACOPLAMENTO
O mancal do lado de acionamento do motor de partida contém essencialmente um sistema
de acoplamento, com pinhão, roda livre, elemento de engrenamento, (alavanca ou haste de
comando para executar o curso de engrenamento do pinhão) e mola de engrenamento.
Nestes motores de partida, o movimento de avanço do pinhão gerado pela chave magnética
e os movimentos rotativos do motor de partida são adequadamente unificados e transmitidos
ao pinhão.
PINHÃO
O motor de partida engrena uma pequena engrenagem - chamada “pinhão” - na cremalheira
do volante do motor. Uma elevada relação de transmissão (normalmente entre 10:1 e 15:1)
permite superar a resistência oferecida pelo motor de combustão com um motor de partida
relativamente pequeno, mas de rotação elevada. É possível, assim, manter pequenas as
dimensões e o peso do motor de partida.
Para que o pinhão do motor de partida, durante a partida, possa engrenar perfeitamente na
cremalheira do volante do motor, transmitir o torque necessário e finalmente desengrenar
no momento certo, os dentes apresentam características bem específicas:
• Nos dentes do pinhão, usa-se o perfil envolvente, que propicia um melhor engrenamento.
• Os dentes do pinhão e, conforme o tipo de motor de partida, também os dentes da
cremalheira do volante do motor, têm uma entrada chanfrada.
• Contrariamente ao que ocorre com engrenagens constantemente engrenadas, a distância
entre pinhão e coroa dentada do volante do motor é aumentada para manter grande o
suficiente a folga nos flancos dos dentes.
• Na posição de repouso, a face frontal do pinhão deve ter uma distância mínima em
relação à face dos dentes do volante do motor.
• Tendo em vista uma grande durabilidade, os materiais e os processos de têmpera do
pinhão e do volante são objetos de minuciosos estudos, para uma perfeita adaptação.
Assim que o motor entra em funcionamento e por força própria ultrapassa a rotação de
partida, o pinhão deve desengrenar automaticamente para proteção do motor de partida,
isto é, a união entre eixo do motor de partida e o volante do motor deve ser automaticamente
desfeita. Portanto, os motores de partida são ainda equipados com uma roda livre e com
um sistema mecânico de engrenamento e desengrenamento.
MECANISMO DE ENGRENAMENTO
O mecanismo de engrenamento deve ser tal que o movimento de avanço do pinhão gerado
pela chave magnética e os movimentos rotativos do motor de partida possam agir em conjunto
com todas as situações possíveis do engrenamento porém independentemente. Os diversos
tamanhos de motores de partida diferenciam-se todavia quanto à execução técnica do
mecanismo de engrenamento. As diferenças são destacadas pela denominação do tipo de
motor de partida.
RODA LIVRE
Em todos os tipos de motores de partida, o movimento rotativo é transmitido via uma roda
livre. A roda livre faz com que, com o eixo do induzido acionado, o pinhão seja também
avançado e que, com o pinhão girando mais rapidamente (motor de combustão
“ultrapassando” a velocidade do pinhão), a união entre pinhão e eixo do induzido seja desfeita.
A roda livre ou embreagem está disposta entre o motor de partida e o pinhão e impede que
o induzido do motor de partida atinja rotações inadmissivelmente elevadas com a aceleração
do motor de combustão.
Observe na figura a seguir que com o eixo do induzido acionado, os roletes são travados no
espaço menor, estabelecendo assim uma firme união mecânica. No momento em que ocorre
O eixo do induzido quando em rotação faz com que os roletes sejam travados no espaço
mais estreito.
A grande vantagem desta roda livre é que apenas pequenas massas de peso bastante
reduzido precisam ser aceleradas e que o torque de ultrapasse do motor de combustão é
relativamente pequeno.
EMBREAGEM DE LÂMINAS
A embreagem de lâminas encontra aplicação em motores de partida maiores do tipo de
pinhão deslizante. Quando a rotação do motor ultrapassa a rotação do motor de partida, a
embreagem de lâminas desfaz a união entre o pinhão e o induzido do motor de partida. O
fuso da transmissão mecânica do motor de partida executa a separação. Impede-se, assim,
que o motor de partida seja acelerado até rotações inadmissíveis.
• ACOPLAMENTO MECÂNICO
Condição básica para que a embreagem de lâminas possa acoplar mecanicamente por
atrito, é uma determinada compressão entre as lâminas. Na posição de repouso, o pacote
de lâminas é comprimido por uma reduzida pré-carga das molas de tal modo que o atrito
desenvolvido assegure o arraste do acoplamento.
Se o pinhão após o seu engrenamento atinge sua posição final, deve atuar à plena força
para dar partida ao motor. O acoplamento desliza sobre a rosca de passo rápido para fora,
com o pinhão preso nos dentes do volante do motor e eixo do induzido em rotação,
deslocando-se contra as molas prato, com o que aumenta ainda mais a compressão entre
as lâminas. O aumento da compressão perdura até que o atrito entre as lâminas seja
suficiente para transmitir o torque de partida necessário.
• LIMITAÇÃO DO TORQUE
A compressão das lâminas, aumentada pelo movimento helicoidal do acoplamento e assim
do torque transmitido, é limitado pelo encosto do acoplamento internamente nas molas
prato, uma vez atingida a carga máxima. Sua superfície frontal pressiona as molas prato
contra o colar de encosto do fuso. Desenvolve-se assim um equilíbrio de forças. A compressão
nas lâminas não pode mais ser aumentada.
DESIGNAÇÃO
A designação serve como uma primeira orientação, e é indicada na documentação técnica
dos motores de partida juntamente com o número de tipo.
G F (R) 12 V 0,8 kW
Letra de identificação para φ da carcaça polar
o φ da carcaça polar mm
D D 65 até 79
E E 80 até 99
G G 100 até 109
J J 110 até 119
K K 120 até 139
Q Q 140 até 169
T T 170 até 199
B, D, E, F, G - Características construtivas
Potência nominal em kW
chave
bobina de chamada magnética contato
bobina de retenção
borne de ligação
mola de retrocesso
ponto de contato
alavanca de comando
mancal do lado
mola de engrenamento do coletor
disco de freio mola da escova
coletor
arraste
pinhão escova
carcaça
induzido
eixo do induzido sapata polar
com fuso roda livre anel de guia
batente bobina de campo
1. Pinhão 7. Induzido
2. Cremalheira 8. Coletor com escovas
3. Roda livre 9. Chave magnética com bobinas de chamada e retenção
4. Alavanca de comando 10. Chave de partida
5. Transmissão planetária 11. Bateria
6. Ímã permanente
Como em todos os demais motores de partida com fuso de avanço e alavanca de comando,
a chave magnética para atuação da alavanca de comando e ligação da corrente de partida
está montada sobre o motor de partida, transmitindo o movimento de avanço do pinhão no
eixo do induzido através da alavanca de comando. Todas as variantes do motor de partida
tipo DW são equipadas com a mesma chave magnética.
1. Chave magnética
2. Ímãs permanentes
E. Bobina de chamada
H. Bobina de retenção
• MECANISMO DE ENGRENAMENTO
O mecanismo de engrenamento com roda livre coincide em construção e funcionamento
com a execução descrita para outros motores de partida, e é usado também para as outras
variantes do mesmo tipo.
Como motor de partida, é usado um motor de corrente contínua com campo permanente.
Ao invés dos eletroímãs (sapatas polares com bobinas de campo) na excitação são usados
somente ímãs permanentes. Induzido e ímãs permanentes são diferentes no comprimento
em função da potência de partida.
Esse tipo de motor torna possível reduzir em muito o volume do motor de partida e obter
uma sensível redução no peso. Além disso, como no tipo EV, a alta rotação do motor é
reduzida através de uma transmissão intermediária até a rotação adequada para partida,
sendo simultaneamente obtido o elevado torque necessário para a partida.
Motores de partida deste tipo destacam-se pelo fato de que a chave magnética juntamente
com os outros componentes está disposta coaxialmente, isto é, na mesma direção do eixo.
Motores de partida deste tipo são: KBIQB e TBITF.
O flange de arraste tem uma tampa na qual está instalado o mancal de deslizamento do
induzido do motor de partida no lado do seu acionamento. No lado do coletar, o induzido do
motor tem outro mancal de deslizamento. Do circuito interno, podemos ver que além da
bobina série existe ainda uma bobina em paralelo, para excitação do campo. Esta bobina
em paralelo nas diferentes execuções do motor de partida KB permanece basicamente
ligada nos dois estágios de funcionamento do motor de partida. Nas demais execuções, a
bobina em paralelo no primeiro estágio é ligada em série com o motor de partida para,
através de limitação da corrente do induzido, colaborar para uma lenta rotação do induzido.
No estágio principal, estará em paralelo com o motor de partida. Nos motores de partida
tipo QB, usa-se adicionalmente uma bobina auxiliar para aumento do torque dos estágios
iniciais de engrenamento do pinhão.
Motor de partida sem corrente. Mola do relé de comando Chave de partida é acionada. O batente se apóia na alavanca
mantém a ponte de contato na posição de repouso. de trava. Relé de comando, relé de engrenamento e bobina
de campo auxiliar (N) recebem corrente. Pinhão avanço mas
não engrena: o eixo do motor deve antes girar.
Processo de ligação como no estágio 1a. Pinhão engrena Alavanca de trava é levantada pela alavanca de ligação.
na cremalheira. O induzido gira lentamente. A ponte de contato liga imdiatamente a bobina de campo
principal (R). O motor de partida tem torque total.
O motor do veículo é acionado.
ULTRAPASSE E DESENGRENAMENTO
Quando na partida do motor de combustão, a rotação do pinhão ultrapassa a rotação máxima
sem carga do motor de partida, ocorre uma inversão na força. Por meio do fuso na
embreagem de lâminas é interrompida a união mecânica entre o pinhão e o induzido do
motor de partida, impedindo-se assim que o motor de partida seja acelerado até rotações
muito elevadas.
MANUTENÇÃO
Antes de executar qualquer serviço no motor de partida, é absolutamente necessário desligar
o condutor massa da bateria a fim de evitar o perigo de curto-circuitos. Não colocar
ferramentas sobre a bateria.
• ESCOVAS
Se o acesso às escovas for fácil, verificar periodicamente seu estado. Após retirar a tampa
ou a cinta de proteção, afastar as molas de pressão das escovas com um gancho adequado
(Não torcer as molas para o lado e não levantá-las mais que o necessário); verificar se as
escovas deslizam livremente nas suas guias.
Tanto escovas como porta-escovas deverão estar livres de poeira, óleo ou graxa. Se estiverem
sujos ou presos em suas guias, limpá-los com um pano limpo e que não solte fios (não usar
estopa). Não usar lixa, lima ou faca para limpar as superfícies de contato das escovas. Usar
ar comprimido para limpeza do porta-escovas.
• COLETOR
O coletor deve apresentar uma superfície lisa e uniforme, isenta de óleo ou graxa. Coletores
sujos devem ser limpos com um pano (não usar estopa). Coletores sulcados ou ovalados
deverão ser torneados, rebaixado o isolamento entre as lâminas e novamente torneados
(passe fino). Jamais retrabalhar um coletor com lixa ou lima.
• LUBRIFICAÇÃO
Os motores de partida com avanço por inércia e com furo de avanço possuem buchas
autolubrificantes, dispensando lubrificação. Não usar substâncias dissolventes de graxa na
limpeza destes mancais. No mancal do lado do coletor dos motores com induzido deslizante,
é utilizada uma bucha autolubrificante. Os roletes do lado do pinhão possuem um ponto de
lubrificação. A cada 25.000 a 50.000 km ou de 500 a 1.000 horas de trabalho, ou ainda uma
vez por ano, adicionar o óleo recomendado, sem pressão, 40 a 50 pingos, cerca de 3 cm3.
A lubrificação deve ser feita sempre que se desmontar o motor de combustão ou o motor de
partida.
Outras lubrificações são desnecessárias, à exceção dos motores com transmissão, nos
quais deve-se observar o seguinte:
1. Após 3.000 operações de partida, 50.000 km ou 2.000 horas de serviço, lubrificar as
engrenagens intermediárias, o pinhão e a cremalheira. As superfícies do eixo da trans-
missão, sobre as quais desliza o eixo do pinhão, também requerem lubrificação. Em
condições extremas de funcionamento, com temperaturas elevadas (carcaça atingindo
até 80ºC) ou poeira excessiva, diminuir os intervalos entre lubrificações.
ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS
Muitas falhas atribuídas ao motor de partida, bateria, relés, fiação, contatos ou ligação à
massa podem estar na ignição ou na alimentação de combustível, etc.
A orientação para eliminação de defeitos que damos a seguir abrange apenas a instalação
de partida.
INCONVENIENTES CAUSAS
CHICOTE ELÉTRICO
Serve para fazer a conexão entre os demais componentes do sistema elétrico. Consiste de
um conjunto de cabos, fios, elementos de conexão, elementos de proteção de circuitos, etc.
Isolados individualmente, os fios são agrupados para facilitar a conexão entre os componentes
do veículo.
CABOS
CENTRAL ELÉTRICA
CHICOTE ELÉTRICO ELEMENTOS DE CONEXÃO
CONECTORES
FUSÍVEIS
ELEMENTOS DE PROTEÇÃO DE CIRCUITOS CABOS FUSÍVEIS
DISJUNTORES DE CIRCUITO
Todos esses circuitos serão estudados separadamente, mas no veículo terão funcionamento
simultâneo e independente.
O sistema elétrico veicular recebe tensão por linhas de alimentação. As linhas principais
são representadas por números que indicam a origem da alimentação que o componente
estará recebendo. Algumas montadoras não utilizam esta representação.
Geralmente os terminais dos componentes são identificados com esses números para facilitar
os testes. Além disso, a maioria dos elementos de conexão não possibilita a montagem errada.
Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são importantes:
• os caminhos da corrente ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o fim do
processo de funcionamento;
• a função de cada elemento no conjunto, sua dependência e independência em relação
a outro elemento;
• a localização física dos elementos.
Apresentamos à seguir a simbologia usada em nossos esquemas, para facilitar seu trabalho,
quando da consulta do Manual de Reparações.
• Acessórios - Essa alimentação é utilizada para alguns sistemas que consomem muita
corrente da bateria. Neste caso, a alimentação ocorre somente em um estágio e é desligada
quando o motor de partida for acionado. Em alguns veículos esta saída comanda o
funcionamento do relé de acessórios.
• Motor de partida (linha 50) - é uma alimentação acionada no último estágio do comutador
de ignição, serve para acionar o motor de partida. Em alguns veículos, esta saída comanda
o funcionamento do relé de partida.
LUZ DE MARCHA À RÉ
São instaladas na extremidade traseira do veículo e fornecem iluminação extra para que o
motorista tenha visão traseira, quando o veículo estiver dirigindo em marcha a ré além de
sinalizar aos outros motoristas que o veículo esta sendo manobrado.
LUZ DE FREIO
As luzes de freio são instaladas na extremidade traseira do veículo para evitar as colisões.
Elas indicam ao motorista que está trafegando atrás que veículo
está sendo freado. O circuito possui um interruptor no pedal de freio
que aciona as lâmpadas na traseira.
BUZINA
Este circuito tem como função emitir um sinal sonoro para alertar pedestres ou a outros
motoristas a presença do veículo. A buzina é acionada pelo motorista, por intermédio de um
botão localizado no volante ou na alavanca de seta.Este sistema é composto pelo botão,
relé, e a buzina.
A bobina de comando do relé recebe alimentação positiva, diretamente da bateria (linha 30)
ou via chave de ignição (linha 15). A alimentação negativa vem do botão da buzina que ao
ser acionado possibilita a circulação de corrente pela bobina de comando acionando a linha
de trabalho, que por sua vez alimenta a buzina através do fusível.
O acionamento das lanternas é feito pelo interruptor das luzes, que é comum para dois
circuitos, o circuito das lanternas e dos faróis, este interruptor possui três estágios, no primeiro
estágio, os circuitos não recebem alimentação, no segundo estágio, ele aciona as lanternas,
e no terceiro estágio, as lanternas permanecem alimentadas e os faróis também recebem
alimentação.
LANTERNAS FARÓIS
Alguns modelos são equipados com reostato de controle de luzes que permite ao motorista
controlar a intensidade das luzes do painel de instrumentos.
ILUMINAÇÃO INTERNA
Ilumina o interior do compartimento de passageiros, mas é projetada de modo que não
ofusque o motorista à noite.
FARÓIS
O sistema dos faróis foi projetado para iluminar a pista à frente do veículo. Geralmente há
os faróis altos e faróis baixos, cuja comutação é executada por um interruptor. O
funcionamento deste interruptor depende do sinal proveniente das lanternas, pois se elas
não estiverem ligadas não há o acionamento dos faróis.
• FARÓIS SEALED-BEAM
No farol blindado, não há lâmpada separada. O conjunto é
formado por um filamento lâmpada que é instalado na frente
de um espelho refletor, onde a lente é soldada.
• FARÓIS SEMI-SELADOS
A diferença entre este tipo e o tipo sealed-beam é que nesse caso, a lâmpada é um
componente separado. Uma vez que a lâmpada pode ser substituída com facilidade, não é
necessário substituir o conjunto do farol quando um filamento queimar. Além disso, quando
a lâmpada é substituída não há alteração (sentido e ângulo) na iluminação.
O acionamento dos faróis é feito pelo mesmo interruptor que aciona as lanternas, só que
num terceiro estágio. Nesse estágio é possível somente selecionar o acionamento dos
faróis, este sinal é enviado para o comutador dos faróis que possibilita a seleção do farol
alto ou baixo. Esta alavanca possui ainda uma função de lampejador que permite ao motorista
acender o farol alto por alguns instantes.
RELÉ DE SETA
O relé faz as lâmpadas do sinalizador de direção acenderem por períodos predeterminados.
O mesmo relé é usado em comum para o sinalizador de direção e para luz
de emergência. Quando o interruptor do sinalizador de direção é virado
para direita ou para esquerda, com a chave de ignição ligada, os contatos
do relé ligam e desligam repetidamente devido a carga e descarga dos
capacitores através da bobina de comando do relé.
PAINEL DE INSTRUMENTOS
Os instrumentos estão dispostos no painel à frente do motorista para que este possa ter
facilmente o controle da situação do veículo. O painel de instrumentos usa indicadores do
tipo medidor e indicador luminoso.
Os indicadores do tipo medidor que servem para dar uma informação detalhada do status a
cada momento geralmente dos seguintes elementos:
• VELOCÍMETRO - Integrado pelo indicador de velocidade do veículo, o odômetro que indica distância
percorrida pelo veículo na sua vida útil e o odômetro parcial que pode ser zerado quando
desejar.
MEDIDOR DE COMBUSTÍVEL
O medidor de combustível indica a quantidade de combustível que resta no tanque. É
composto por um indicador, localizado no painel de instrumentos, uma bóia com resistor
deslizante, localizado no tanque de combustível.
Alguns circuitos são comandados por relés normalmente fechados, que são comandados
pelo interruptor térmico, também normalmente fechado.
Este circuito funciona de acordo com o aquecimento do radiador. Quando o radiador está
frio, a lâmina bimetálica está com seus contatos fechados, alimentando a linha de comando
do relé, que abre os contatos da linha de trabalho, desligando o motor elétrico do ventilador.
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
• INTERRUPTOR DE ACIONAMENTO
Está localizado na coluna de direção, ao lado do sinalizador de direção, e através dele,
podemos selecionar o funcionamento do limpador e lavador do pára-brisas, ele pode
desempenhar as seguintes funções:
- Controla a velocidade do motor do limpador
- Controla o funcionamento intermitente do limpador de pára-brisas
- Controla o funcionamento dos lavadores de pára-brisa
• MOTOR DO LIMPADOR
É utilizado um motor do tipo de imã permanente, acoplado a um conjunto redutor que reduz
a rotação de saída. No conjunto redutor está incorporada uma chave de came, que permite
que o limpador pare sempre na mesma posição quando desligado, também freia o motor
eletricamente para impedir que ele continue a girar pela ação da inércia.
O motor utiliza três escovas; de baixa velocidade, de alta velocidade e a escova negativa.
Dependendo da velocidade selecionada, no interruptor de acionamento, a corrente circulará
pelas escovas que determinarão a velocidade de funcionamento do limpador.
• HASTES DO LIMPADOR
É o mecanismo responsável pela movimentação das palhetas, convertem o movimento de
rotação do motor elétrico em movimento oscilante das palhetas.
• PALHETAS DO LIMPADOR
Consiste de uma palheta de borracha que limpa a
superfície do pára-brisas, está ligada a um braço,
que através de uma mola, há mantém com uma
pressão contra a superfície do pára-brisas,
melhorando a eficiência do conjunto.
• RESERVATÓRIO DO LAVADOR
É montado no cofre do motor, o seu tamanho e formato variam de acordo com a posição de
montagem e disponibilidade de espaço. O fluido utilizado é composto por
álcool isopropílico etileno glicol, adicionado com detergente e um agente
anticorrosivo, pois não pode danificar as palhetas, os pára-brisas e a
pintura do veículo.
• MOTOR DO LAVADOR
É um conjunto formado por um motor elétrico de imã permanente, acoplado a uma bomba
hidráulica que envia o fluido do reservatório para os bicos lavadores.
• BICOS LAVADORES
Estão ligados por mangueiras ao motor do lavador e pressurizam o fluido,
fazendo com que este seja descarregado sobre o pára-brisas.
O acionamento das travas das portas pode ser feito externamente pela chave do veículo,
ou internamente pelo interruptor de trava. Quando o sistema de travamento das portas está
integrado com sistema de alarme, pode ocorrer o travamento pelo controle remoto do alarme.
Este sistema é composto pelos seguintes componentes:
• Interruptor de controle da trava da porta
• Interruptor de controle da trava da porta acionado pela chave
• Motor de trava das portas
• Relé de controle da trava
O relé recebe alimentação negativa direto da bateria (linha 30). Todo funcionamento do relé
é controlado pelos interruptores de controle da trava (porta e chave do motorista).
Dependendo da posição do interruptor, o microprocessador interno do relé, recebe
alimentação negativa por um dos seus terminais, que informarão qual relé eletromagnético
deverá ser acionado (trava ou destrava), com isso os motores de trava recebem alimentação
do relé, travando ou destravando as portas.
• SISTEMA CONVENCIONAL
É o sistema mais utilizado entre os veículos, é composto por: relé temporizador, interruptor
de acionamento e motor elétrico.
- Motor elétrico - aciona os mecanismos responsáveis pela subida e descida dos vidros,
possui internamente além de um disjuntos térmico, que em caso de um consumo excessivo
de corrente, desarma, evitando uma sobrecarga no motor elétrico, um conjunto que reduz
sua rotação.
• SISTEMA ANTIESMAGAMENTO
O princípio de funcionamento do sistema antiesmagamento é o mesmo do sistema
convencional, com algumas vantagens, como:
- Subida e descida automática
- Controle antiesmagamento
Para executar estas duas funções foram acrescidos a este sistema mais dois componentes:
um módulo de controle e sensores de rotação.
Caso haja algum bloqueio do vidro, na subida, o módulo de controle aciona a função
antiesmagamento, que imobiliza a subida do vidro e faz com ele retorne alguns centímetros,
invertendo a polaridade do motor elétrico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSCH. Geradores para veículos automotivos. Apostila técnica. São Paulo, 1986.
NISKIER, Júlio e MACINTYRE, Joseph. Instalações elétricas. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara
Koogan S.A., 1992.
ANEXOS